segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CBTU-BH investe em melhorias para garantir operação com trens acoplados


Está em fase de licitação a implantação de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) que envia imagens da plataforma do metrô para monitores instalados nas cabines de condução dos trens. O objetivo do sistema é garantir maior segurança aos condutores no momento do fechamento das portas, em composições de até oito carros, viabilizando a operação com trens acoplados em Belo Horizonte.
“Ao aprimorar a segurança do metrô, elevamos a qualidade do serviço”, afirma o superintendente da CBTU Belo Horizonte, Miguel Marques. “O atual sistema de CFTV não cobre toda a extensão das plataformas, o que dificulta a utilização regular de trens acoplados, principalmente, nas estações em curva onde o condutor não tem a visão de toda a extensão do trem. Com a ajuda dessas novas tecnologias e câmeras, vamos aumentar a oferta de transporte, sobretudo nos horários de pico onde existe uma demanda reprimida, além de detectar e resolver incidentes de forma mais rápida e efetiva”. Ainda de acordo com o superintendente, os recursos para a implantação do novo sistema foram possíveis graças ao empenho junto à Administração Central da Companhia. “Mesmo com todas as dificuldades, em razão da crise, conseguimos a atenção do presidente da CBTU, José Marques, que nos garantiu o investimento”, concluiu.
Tecnologia de ponta: O investimento envolverá o aumento do número de câmeras nas plataformas, a instalação de conjuntos transmissores/receptores, de gravadores de vídeo nas estações e de monitores de vídeo nas cabines dos trens. A nova contratação contemplará os fornecimentos e os serviços de instalação. Ao todo, serão instalados cerca de 150 novas câmeras fixas, 120 transmissores / receptores de vídeo, 40 gravadores de vídeo e 60 monitores.
A operação com trens acoplados poderá ampliar em torno de 50% a capacidade de atendimento do sistema, elevando para cerca de 320 mil o número de lugares disponibilizados diariamente. As composições poderão ainda ser acopladas ou utilizadas, individualmente, de acordo com a necessidade da Companhia.
Todas as soluções técnicas já foram testadas e aprimoradas com base em um protótipo implantado na estação Calafate e no trem 01.

19/09/2016 – CBTU Belo Horizonte

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Setor de transporte de passageiros sobre trilhos prevê aumento de empregos pelo terceiro ano consecutivo


• De acordo com a ANPTrilhos, até 2020 setor deve contar com 60 mil profissionais empregados;
• Em novembro, São Paulo sedia evento que discutirá o futuro do mercado de trabalho em toda a indústria metroferroviária

Um dos reflexos mais imediatos da recessão econômica é no mercado de trabalho, que acaba sendo um dos mais afetados. A diminuição na atividade industrial atinge na mesma proporção o ritmo de abertura de vagas de trabalho e a manutenção desses postos. No entanto, há setores que sentiram menos os efeitos da crise que assola o país, entre eles, o metroferroviário. Segundo dados da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos (ANPTrilhos), desde 2014 o segmento registra crescimento médio de 10% no número de vagas de trabalho.
De acordo com a superintendente da entidade, Roberta Marchesi, em 2015 a expansão chegou a 6%, alcançando a marca de 41.100 profissionais empregados. “Já é o segundo ano consecutivo que vamos na contramão da crise econômica, nosso segmento vem em uma crescente muito grande no número de empregos, muito em função das inaugurações e implantações de novos sistemas”, afirma.
Roberta prevê que para 2016 a ascensão continue. “Para este ano, esperamos novas vagas de trabalho nesse mercado, especialmente por causa da abertura da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, assim como pela inauguração do VLT da cidade, da expansão da Linha 2 do Metrô de Salvador, entre outras. O segmento vai crescendo e isso gera aumento na empregabilidade”, reforça a superintendente da ANPTrilhos, que será uma das associações presentes na NT Expo 2016, o principal evento dedicado ao setor metroferroviário na América Latina, que será realizado de 8 a 10 de novembro, em São Paulo.

Estima-se que até o final de 2020 o quadro de profissionais contratados chegue ao número de 60.000.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Linha Prata do monotrilho começa a operar em horário normal nesta quarta



Primeiro monotrilho do país opera 2 estações em trecho de 2,9 km.
Monotrilho tinha sido prometido para 2010 pelo ex-governador José Serra.
Do G1 São Paulo
A Linha 15-Prata do monotrilho passa a funcionar normalmente, com horário ampliado, a partir desta quarta-feira (26). O monotrilho vai funcionar entre 4h40 e 0h, horário das demais linhas.

Inaugurada em 2014, o trecho da linha funcionava das 7h às 19h desde agosto de 2015, data que teve início a operação comercial. Antes, o monotrilho funcionava em modelo de teste.

Os trens percorrem 2,9 km entre o Oratório e a Vila Prudente, onde há integração com a Linha 2-Verde do Metrô. O intervalo de circulação é de seis minutos. É o primeiro monotrilho em operação no país.

O governo estadual prometeu entregar o novo trecho, com 18 estações, até o segundo semestre de 2018.
Quando estiver completa, ligando o Ipiranga a Cidade Tiradentes, a Linha 15 deve transportar 500 mil pessoas diariamente. Os trens do monotrilho trafegam a 15 metros de altura e têm sua operação totalmente automática.

Atrasos
Em 2009, o então governador José Serra (PSDB) disse que a expectativa era que a Linha 15-Prata chegasse da Vila Prudente a São Mateus até 2010, com a expansão até Cidade Tiradentes concluída em 2012.
Depois, em julho de 2013, a entrega do primeiro trecho foi prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para janeiro de 2014. Quando o prazo chegou, a abertura foi adiada para março e, finalmente, a operação assistida começou em agosto de 2014.


CPI descobre desvios de R$ 315 milhões no VLT e R$ 109 milhões na Arena

COPA 20/10/2016 10:49 Fonte: Folha Max

A obra, que está parada desde dezembro de 2014, está com o contrato sendo discutido na Justiça

Divulgado hoje, na Assembleia Legislativa, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo pediu o indiciamento de 96 servidores públicos, 16 empresas e sete consórcios de empresas. A investigação apontou também diversas falhas e irregularidades nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

A obra, que está parada desde dezembro de 2014, está com o contrato sendo discutido na Justiça. Entre as irregularidades apontadas pela CPI, está a fraude na nota técnica, que autorizou o financiamento do VLT, fraude ocorrida dentro do Ministério das Cidades.

O calendário para a execução das obras também foi apontado como uma das irregularidades cometidas. “O Consórcio VLT nunca cumpriu o cronograma que ele mesmo propôs ao vencer a licitação e assinou no contrato. O proposto pela Secopa era inexequível desde a origem”, diz um trecho do relatório. 

Outra irregularidade apontada está no aditivo do VLT de 120 dias. Segundo o relatório, o procedimento foi fraudado, tendo em vista que não havia justificativa técnica para a prorrogação do prazo.

Entre os agentes políticos indiciados, estão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-deputado José Riva, os ex-secretários da Copa do Mundo, Maurício Guimarães e Eder Moraes Dias, além dos ex-diretores da Agecopa, Yuri Bastos Jorge, Carlos Brito e Yenes Magalhães. Dos pouco mais de R$ 2,5 bilhões analisados pela CPI em valores das obras investigadas, sendo que quase R$ 2 bilhões foram efetivamente pagos, ficou constatado o desvio de R$ 541 milhões.

Foi pedido a devolução destes recursos. A maior parte dos valores solicitados, R$ 315 milhões, se referem a obra do VLT.

Outros R$ 109 milhões se referem a obras da Arena Pantanal e R$ 115 milhões nas demais obras de mobilidade urbana. A CPI ainda apresentou recomendações ao Governo do Estado.

Entre elas, estão a retomada imediata das obras do VLT, com as correções das irregularidades apontadas pela CPI, além da retomada de outras obras que ainda não foram entregues em caráter definitivo, como a Arena Pantanal, trincheiras do Santa Rosa e Complexo do Tijucal, por exemplo.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CCR iniciará obras de integração do terminal da rodoviária com o metrô de Salvador

http://www.todabahia.com.br/ccr-fara-integracao-do-terminal-de-onibus-da-rodoviaria-com-o-metro-de-salvador/
 
18 de outubro de 2016, 12:00

O terminal de ônibus da Rodoviária, administrado pela concessionária CCR Metrô Bahia, passará por uma grande reforma que permitirá a integração dos ônibus à futura estação do metrô – Estação Rodoviária. As obras de modernização do terminal acontecerão no sábado (22), sem interromper a operação das 98 linhas de ônibus e a circulação de mais de 25 mil usuários que passam diariamente pelo terminal.
A CCR informa que, com a requalificação, o espaço ficará mais acessível e confortável para usuários, rodoviários e colaboradores com a instalação de câmeras de vigilância integradas ao Centro de Controle Operacional (CCO) do metrô, elevador na passarela de acesso, piso tátil, guaritas de entrada e saída, posto policial, sala de primeiros socorros, escadas rolantes, sanitários para Pessoas com Deficiência (PCD), além dos sanitários comuns.
Também estão previstas novas áreas de comércio e serviço, além de adequações da malha viária das plataformas de embarque e desembarque de passageiros, criação de área externa para o estacionamento de ônibus e reforma do pavimento e cobertura do terminal. As obras serão executadas em cinco fases e têm duração prevista de sete meses.


São Paulo estimula start-ups a criarem soluções de mobilidade urbana

Henrique Medeiros (Mobile Time)

A cidade de São Paulo conta um hub de start-ups dedicadas a pensar soluções para a mobilidade urbana da capital paulista. É o Mobilab, o Laboratório de Mobilidade Urbana da Prefeitura da São Paulo, que reúne oito start-ups como residentes em sua sede e que contam com o apoio da SPTrans (empresa de transporte de ônibus de São Pauloe) da Secretaria Municipal de Trasportes (SMT).

Os projetos de cada uma das oito residentes foram apresentados ao público nesta segunda-feira, 17, no primeiro dia da Futurecom 2016, em São Paulo. Em um formato de pitch, eles mostraram suas ideias e os seus primeiros resultados para uma plateia formada por especialistas.

A Scipopulis apresentou um conceito de controle de gestão para a frota de ônibus com análise de dados e monitoramento. A plataforma, desenvolvida por quatro professores doutores de universidades paulistanas, já está sendo usada pela SPTrans em São Paulo e também nas capitais Montevidéu e Santiago.

Já a Onboard Mobility criou um serviço de pagamentos móveis que é útil para o passageiro. Por meio de seu app, o usuário substitui os cartões de transporte público pela tela do celular. Usando NFC, 3G, 4G ou Wi-Fi e cartão de crédito, o app Onboard pode funcionar em diversos lugares do mundo e consegue fazer conversão automática de moedas e dar informações sobre tarifas. 
    
Kolektivo e LogBee são duas empresas que trabalham com logística. A primeira relaciona pessoas que querem buscar e receber pacotes com preço mais em conta que os correios nas cidades de São Paulo e Campinas. A segunda se destaca por fazer entregas na capital paulista com motoristas autônomos. A MubMaps e a Woole, por sua vez, trazem conceitos para ajudar ciclistas a traçarem rotas na cidade.

Com foco nos motoristas, a Parknet mostra os melhores lugares para o condutor deixar seu carro. O app, que já teve mais de 1 mil downloads em suas primeiras semanas nas lojas de app, funciona com uma tecnologia de predição chamada de “Suzy”, que revela aos motoristas os melhores pontos para estacionar.

E para os pedestres a Beeline criou seu app que permite aos usuários traçarem rotas para andarem a pé. Eles podem compartilhar rotas dando indicações de quais caminhos são mais rápidos e tranquilos, além de ter opção para turistas desbravarem as cidades.

Além dos seus próprios projetos de aplicativos para ciclomobilidade, transporte público, logística, transporte individual e mobilidade a pé, o Mobilab conseguiu produzir tecnologias para uso da própria secretaria, como um painel com mapa de calor que provê informações de multas e reclamações para a SPTrans e um sistema que permitirá controlar o sistema de semáforos da capital, que até então não eram conectados.


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Pesquisa mostra insatisfação com transporte público em dez capitais

Plataforma da CPTM na Estação da Luz, São Paulo. Image © Romullo Baratto

Levantamento inédito sobre mobilidade urbana feito em dez capitais brasileiras capta a insatisfação de trabalhadores que utilizam transporte público. De acordo com a pesquisa “Mobilidade para ir e vir do trabalho”, realizada pela empresa Vagas.com com 3.208 questionários, 45% dos entrevistados têm percepção ruim ou péssima do uso do ônibus no trajeto casa-trabalho, trabalho-casa. No caso dos trens, o índice de ruim ou péssimo é 44%. 

Brasília (59%), Recife (57%), Salvador (49%) e Belo Horizonte (48%) foram as cidades que concentraram as piores avaliações (péssimo e ruim) dos passageiros de ônibus. No caso dos trens, foi em São Paulo onde houve maior percentual de péssimo ou ruim (47%). A rejeição ao metrô é menor (28%) na média verificada nas dez capitais do país. 

O levantamento aponta que o meio de transporte com melhor avaliação (excelente) são moto (63%), carro (60%) e bicicleta (56%). Ainda assim, o uso do automóvel para ir e vir do trabalho angariou muitas críticas quando os entrevistados foram confrontados com condições de infraestrutura viária, segurança, agilidade e conforto. Para 36% é pior ir e voltar do trabalho de carro atualmente do que há um ano. O uso do carro obteve sensação de piora em Curitiba (38%) e São Paulo (37%).

“No geral, a pesquisa mostra que existe uma percepção melhor para utilização de meios de transportes privados em relação aos públicos, mas o aspecto trânsito ruim e conforto pesam bastante e revelam que usar o carro para ir e voltar do trabalho também gera insatisfação”, afirma Rafael Urbano, coordenador da pesquisa.

Ele diz que as informações pode ser usadas, pelas empresas, como dado importante para promover ações de qualidade de vida. “As empresas hoje em dia estão cada vez mais preocupadas com a questão da qualidade de vida do empregado, esses dados podem ajudá-las — e estamos compartilhando as informações com nossos clientes — a pensar em alternativas para minimizar a insatisfação dos funcionários, como home office ou horários mais flexíveis para entrada e saída”, complementa Urbano.

Bicicletas
Um dos destaques da pesquisa do Vagas.com é a bicicleta. Mais de 60% dos entrevistados responderam que utilizariam esse meio de transporte se fosse possível. Mas 94% dos respondentes sabem que as empresas não estão preparadas para receber funcionários ciclistas com a infraestrutura necessária no local de trabalho (vestiários e bicicletários), para não dizer das condições viárias oferecidas nas cidades.

Na média das dez capitais pesquisadas, o levantamento aponta que leva-se uma hora e 43 minutos para ir e voltar do emprego num trajeto médio percorrido de 28 km. No Rio, os cariocas ouvidos gastam, em média, duas horas e nove minutos no percurso casa-trabalho, trabalho-casa.
 Via Mobilize


De quem deveria ser a responsabilidade pelas calçadas?

24/09/2016 08:48 - Gazeta do Povo
Na maioria das grandes cidades brasileiras a legislação determina que construção e conservação de calçadas sejam tarefas de responsabilidade dos proprietários dos imóveis. Com exceção, geralmente, da região central e algumas vias prioritárias. E é assim faz tempo, segundo o professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, Eduardo Tomasevicius Filho, que buscou, há alguns meses, as origens legislativas da questão. “Em São Paulo, por exemplo, desde a época colonial já existiam leis colocando a calçada como uma responsabilidade do cidadão, mas resguardando, ao mesmo tempo, o caráter coletivo desse espaço. O problema é que as cidades cresceram muito e de forma desordenada e me parece que o caminho não pode mais ser este”, afirma ele.
Mas está cada vez mais difícil defender leis que responsabilizem apenas os proprietários de imóveis pelos passeios, como explica outro professor da USP, Luis Fernando Massonetto, da área de Direito Econômico, Financeiro e Tributário e ex-secretário de Negócios Jurídicos da prefeitura de São Paulo. “A política de acessibilidade universal exige uma responsabilização coletiva pela garantia de igualdades de direitos na fruição do espaço público. Neste sentido, o poder público, especialmente o poder público municipal, tem o dever de manter as calçadas e garantir a circulação universal das pessoas como um direito fundamental.”
Massonetto explica que a Lei 13.146/2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, alterou o Estatuto das Cidades, dizendo que “compete à União promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção e melhoria das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais espaços de uso público.”
“Fica claro, portanto, que a atribuição de preservação das calçadas como responsabilidade exclusiva dos proprietários não é mais suportada pelo ordenamento jurídico”, ressalta o jurista. Esse ganho de responsabilidade por parte dos municípios, porém, não significa que o custo para a construção e conservação das calçadas deva sair apenas dos cofres públicos.
Responsabilidade x custos
Massonetto lembra que as metrópoles brasileiras vivem hoje o que ele chama de financiamento perverso, de austeridade na depreciação do capital fixo das cidades. “Todo um esforço geracional para incrementar a infraestrutura urbana começa a desaparecer rapidamente pela crise orçamentária e financeira. Ou seja, nem mesmo universalizamos a infraestrutura das cidades e já começamos a perder o que havíamos conseguido construir em décadas pela redução das [receitas para as] despesas com manutenção.”
Para reverter este quadro, diz ele, é preciso rediscutir as fontes de recursos das cidades, incrementando a receita de IPTU e pensando em fontes alternativas a partir de exemplos como a contribuição por melhoria. Instrumento previsto no artigo 81 do Código Tributário Nacional e também no Estatuto das Cidades, a contribuição por melhoria é usada quando uma obra implica em valorização imobiliária das edificações do seu entorno. Com base na função (residencial, comercial, sem fins lucrativos etc) e no possível acréscimo de valor venal de cada imóvel, é calculada a contribuição de cada proprietário.
Embora muitos municípios usem tais instrumentos no país, a frequência com que isso acontece ainda é baixa. Se mexer no valor do IPTU já é um vespeiro político, imagine juntar a isso contribuições pontuais por algumas obras públicas.
Entre R$ 150 mil e R$ 1 milhão
É o quanto pode variar o custo do quilômetro de calçada. A variação decorre do que o projeto contempla: um passeio de 1,5 metro de largura em apenas um lado da via, com regularização do piso, blocos de concreto cinza e pequenas adequações de acessibilidade; ou um passeio que tenha também reforço nos acessos de veículos, grama, paisagismo, meio-fio e drenagem.
IPTU = Vespeiro político
A correção do valor do IPTU é tão ou mais polêmica politicamente quando o reajuste da tarifa de ônibus nas cidades brasileiras. Em Curitiba, onde não havia aumento desde 2003, a gestão de Gustavo Fruet aprovou em 2014 uma correção escalonada da planta genérica de valores imobiliários da cidade, levando em conta também a inflação (IPCA). Assim, em 2015, as alíquotas aplicadas foram de 11,39% para os imóveis edificados e 14,39% para os não edificados. Neste ano, 14,48% e 17,48%. E em 2017 o aumento previsto é de 4% e 7%, mais inflação. Alguns candidatos à prefeitura de Curitiba estão prometendo rever essa correção.
No Paraná
Há quatro anos, um estudo feito por um grupo de pesquisadores de diferentes universidades e em parceria com o Lincoln Institute of Land Policy sobre a contribuição por melhoria (CM) mostrou que 307 dos 399 municípios do Paraná utilizaram o instrumento entre os anos de 2000 e 2010. Ao todo, o levantamento verificou que, nesse período, foram arrecadados mais de US$ 77 milhões por esses municípios. Naqueles com menos de 50 mil habitantes (277), a representatividade média desse instrumento em relação?à receita própria foi de 2,14%. Já, no outro extremo, nas cidades com mais de 500 mil habitantes (Curitiba e Londrina), essa proporção caiu para 0,12% – muito em razão da capacidade arrecadatória já instalada nesses municípios, via IPTU e o ITBI. Para acessar o documento na íntegra acesse o link http://bit.ly/2cSoifV . Na atual gestão de Curitiba, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Finanças, a CM não foi utilizada e “há muitos anos este tipo de contribuição não é solicitado a moradores da cidade.”


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Alemanha vai proibir carros a combustão

14/10/2016
Os carros com motor à combustão têm os dias contados na Alemanha. O Conselho Federal do país aprovou, na última semana, uma resolução que proíbe a venda de veículos a diesel e a gasolina a partir de 2030 (no país, o álcool não é usado como combustível), segundo o portal de notícias “UOL”, com informações da revista alemã “Der Spiegel”.

A decisão foi tomada com o objetivo de atender a decisão de reduzir as emissões de poluentes determinadas, no fim de 2015, pelo Pacto Mundial sobre o Clima da Conferência de Paris.

O governo alemão investiu € 1,1 bilhão (R$ 3,8 bilhões) para subsidiar a compra de carros elétricos até 2019, para incentivar o processo de substituição dos carros a combustão, com subsídios de  € 4 mil (R$ 14 mil) para a compra de um carro elétrico e de € 3 mil (R$ 10 mil) para um híbrido.


A decisão proíbe a venda de veículos com motor a combustão a partir de 2030, mas a frota com esse combustível poderá rodar até 2050, portanto por mais vinte anos, quando, então, será proibido rodar com qualquer veículo a gasolina e diesel. A medida vai provocar grandes mudanças na sociedade alemã, pois inúmeras atividades e profissões serão simplesmente aniquiladas, enquanto outras surgirão. O compromisso do governo alemão é reduzir entre 80% e 95% a emissão de dióxido de carbono (CO2) até 2050

Programa piloto testa pagamento de passagens de ônibus com cartão de crédito, débito e pré-pago

18/10/2016 - IPESI INFORMA

A Autopass, empresa de tecnologia, meios de pagamento e soluções para a mobilidade urbana, iniciou as operações no dia 17 de outubro do projeto piloto de pagamento de passagem de ônibus com cartão de crédito, débito e pré-pago.

O pagamento por aproximação será feito com a tecnologia Contactless, que opera com cartões inteligentes. As vantagens dos cartões "sem contato" são o uso simplificado, o tempo de validação mais rápido e a alta durabilidade tanto do cartão quanto das leitoras, já que o plástico não necessita ser inserido, somente encostado no validador.

"Este serviço agiliza o processo de pagamento e oferece um atendimento mais confortável aos passageiros. Não será preciso que o cliente digite a senha. É uma inovação a favor da mobilidade urbana e do cidadão", afirma o CEO da Autopass, Rubens Gil Filho.

Em fase de testes, o projeto contempla os ônibus da linha 376 de transporte público da empresa Metra, que atende a Região Metropolitana de São Paulo e a Zona Sul da capital.

O meio de cobrança com cartão de crédito e débito já é usado no sistema de transporte de Londres desde 2012. Estimativas apontam que cerca de 1 milhão de passagens são pagas por esta forma todos os dias, o que representa mais de 25% das viagens na capital da Inglaterra. O que se pretende, especialmente numa cidade muito movimentada como Londres, é que os cidadãos não tenham que fazer fila para comprar ou carregar o bilhete de transporte e que possam usar o cartão com que pagam as suas compras para entrarem, diretamente, no metrô ou nos ônibus.

Gil Filho sinaliza que a Autopass será pioneira na implantação desse sistema no Brasil e que a empresa está pronta para ampliar as cidades atendidas com essa mesma tecnologia

Barcas sofrem redução de viagens

Linhas de Arariboia, Cocotá e Charitas serão alteradas a partir do dia 1º de novembro
20/10/2016 09:38:59
O DIA
Rio - As viagens das barcas nas linhas Praça 15-Arariboia, Praça 15-Cocotá e Praça 15-Charitas serão reduzidas a partir do dia 1º de novembro. Na ligação entre a Praça 15, no Rio, e a Praça Arariboia, em Niterói, o ajuste será apenas nos domingos e feriados. As mudanças valerão para os dias úteis nas outras duas linhas, que continuarão sem operação nos fins de semanas e feriados.
Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, “a medida visa readequar a operação nas linhas em horários em que há baixa demanda de passageiros, conforme levantamento apresentado pela CCR Barcas.” O órgão diz que a nova grade foi autorizada em caráter experimental, para racionalizar os custos da operação.
Na linha Praça 15-Praça Arariboia, o intervalo entre as saídas passará de 30 para 60 minutos aos domingos e feriados. Nesses dias, os horários da primeira e da última partida de Niterói (às 5h30 e às 23h30) e da primeira e da última saída do Rio (às 6h e às 23h) serão mantidos.
A ligação Rio-Cocotá passará a ser realizada com apenas três viagens pela manhã, no sentido Praça 15 (às 6h, 8h e 9h20) e três no período da tarde e noite no sentido Cocotá (às 17h30, 18h40 e 19h50). O governo informou que, devido à baixa demanda, as viagens nos demais horários serão suprimidas e haverá reforço de oito linhas de ônibus que seguem para o Centro do Rio (321, 322, 323, 324, 325, 326, 327 e 328).

A operação da linha Praça 15-Charitas será interrompida entre 12h e 16h e os intervalos entre as viagens serão ajustados de 15 para 20 minutos nos horários de pico. Como alternativa, das 12h às 16h, além da Linha Arariboia–Praça XV, haverá reforço nas linhas de ônibus sociais e seletivos (740D, 750D, 760D, 775D, 1905D, 1910D e 2750D).

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Prefeituras discutem mais um imposto para bancar o transporte

GAZETAONLINE 16/10/2016 - 08h18 - Atualizado em 16/10/2016 - 18h18
Autor: Iara Diniz | idiniz@redegazeta.com.br
Prefeitos discutem novo tributo para financiar o serviço

A responsabilidade de manter o transporte público nos municípios pode pesar mais uma vez no bolso da população. Prefeitos de todo país estão discutindo a criação de um novo imposto na gasolina para custear o transporte coletivo. O tributo, chamado de Cide Municipal, pode baratear as passagens em até R$ 1,20.

O funcionário público Warley não concorda com a proposta. Para ele, é inviável a criação de mais um tipo de imposto.

A ideia é que o recurso seja arrecado nos postos de gasolina e repassados diretamente para as prefeituras. A proposta, elaborada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), sugere que os motoristas paguem R$ 0,10 centavos a mais em cada litro de gasolina. O dinheiro seria depositado em uma conta e utilizado exclusivamente para subsidiar o transporte coletivo, como explica o vice-presidente de Mobilidade Urbana da FNP, Antônio Pannuzio.

“Diferente de outros fundos e recursos orçamentários, para este tributo seria criada uma conta, e bloqueada. As distribuidoras de combustíveis teriam obrigação de informar quanto foi destinado aos postos, para conseguirmos fiscalizar se o tributo está sendo recolhido da forma correta”, disse.

Cerca de 3.300 municípios podem ser beneficiados pela Cide Municipal. A estimativa é de uma economia de R$ 11 bilhões por ano, segundo estudos da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

“Isso representa cerca de 30% do custo com transporte público no Brasil. Com a tarifa da passagem reduzida, as pessoas seriam estimuladas a usar o transporte público e as prefeituras, que vivem um drama para manter o serviço, ficariam mais aliviadas”, disse o presidente da NTU, Otávio Cunha.

Custos elevados
A discussão de um imposto nos municípios surge da dificuldade dos gestores municipais de financiarem o transporte público e manterem as tarifas baixas. Atualmente, existe uma Contribuição de intervenção no domínico econômico de Combustível (Cide Federal), que destina 7% do tributo recolhido para os municípios. O recurso, porém, é insuficiente, segundo Panuzzio.

Patrícia não se importaria de pagar um pouco a mais na gasolina, desde que visse o recurso sendo bem empregado 

“A Cide Federal não resolve nosso problema, o repasse é muito pequeno. A legislação hoje joga a responsabilidade para o município, mas está muito claro que o município não dá conta sozinho.” ressaltou.

Dos anos 90 até hoje, o transporte público coletivo perdeu pouco mais de 30% da demanda. Os insumos na área aumentaram e a procura pelo serviço diminuiu, tornando o cenário crítico, segundo Cunha.

“Há algum tempo só com a tarifa a gente conseguia remunerar o prestador de serviço. Perdemos passageiros para o transporte individual por causa da qualidade. Transporte público de qualidade custa caro, precisa de subvenção, e os municípios precisam de ajuda nisso”, disse.

No congresso
A proposta da FNP já foi apresentada à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que analisa mudanças nos recursos da Cide-Combustível Federal.

“A justificativa para se criar a Cide Municipal tem um aspecto político forte, você busca melhorar o transporte público, criando um imposto sobre o transporte individual. A gente já fez algumas audiências e reuniões com os deputados. Estamos finalizando o texto para apresentá-lo”, disse Pannuzio.

A ideia da FNP era conseguir encaminhar a proposta para votação até o final do ano, mas a ideia pode ser adiada devido ao ano eleitoral. “A gente sabe que em ano eleitoral é tudo muito complicado. Vamos tentar que isso seja levado para o congresso o mais rápido possível”, finalizou Pannuzio.

O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo, Dalton Perin, acredita que o novo tributo pode ajudar a enfrentar os desafios do transporte. “A princípio é uma alternativa para não deixar a população descoberta de serviços essenciais. Não é o imposto muito significativo e pode realmente ajudar”, finalizou.

A PROPOSTA

Cide municipal

Criação
A ideia propõe um tributo próprio sobre a gasolina nos municípios. O valor recolhido seria repassado diretamente para as prefeituras para subsídio exclusivo do transporte coletivo público.
Valor
Os motoristas pagariam R$ 0.10 a mais a cada litro de gasolina.
Economia
Estima-se que sejam economizados R$ 11 bilhões por ano com a cobrança, o que representa 30% do custo do transporte público do país.
Redução da Tarifa
As passagens podem ser reduzidas em até R$ 1,20.
Imposto federal
Cide Combustível
É uma contribuição que já existe sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados. A maior parte dela é destinada para União. Apenas 7% do valor é repassado aos municípios para investimento em transporte público.


Primeiro ônibus movido a gás do Brasil circula no Recife

Nove veículos vão entrar em fase de testes na manhã desta quarta-feira (19)
LeiaJa por Eduarda Esteves ter, 18/10/2016 - 14:16

Começa a circular no Recife, nesta quarta-feira (19), o primeiro ônibus nacional movido a Gás Natural Veicular (GNV). O veículo vai entrar em fase de testes com passageiros nas principais ruas do centro da capital pernambucana, na linha 117 - Circular (Prefeitura/Cabugá) e segue até o dia 10 de novembro. De acordo com o secretário das Cidades, Francisco Papaléo, o novo modelo de ônibus emite 70% menos gases poluentes do que os coletivos tradicionais à diesel e reduz os custos operacionais por quilômetro rodado.
Empresa responsável por desenvolver o veículo, a Scania, informou que o modelo tem autonomia para rodar 450 quilômetros em média sem a necessidade de abastecimento. Com  15 metros de comprimento e ar-condicionado, o modal tem cacacidade de transportar até 130 passageiros. O valor da passagem paga pelo usuário será de R$ 2,80 (valor do Anel A). 
Embora veículos com essa tecnologia a GNV já rodem na Europa há dez anos e também estejam em desenvolvimento em outras cidades da América Latina, este é o primeiro registro no Brasil. Para Eduardo Monteiro, chefe de vendas de chassis urbanos da Scania do Brasil, a expectativa é que após a fase de testes e demonstrações no Recife, os veículos possam ser adquiridos por empresas de transporte público. "A partir de fevereiro de 2017, a gente acredita que os ônibus já estejam disponíveis para a compra", afirmou o gestor.
O valor do ônibus movido a Gás Natural Veicular (GNV) custa em torno de 30% a mais do que um tradicional à diesel. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, o valor é de R$ 650 mil. Para Décio Padilha, presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), apesar do alto valor inicial na compra do ônibus, a economia pode ser percebida a curto prazo. "Além dos benefícios a população por causa da questão ambiental e de conforto, os empresários ganham em termos de durabilidade do veículo", afirmou Padilha.

O veículo passou primeiramente por Sorocaba (SP), depois por Londrina (PR), Florianópolis (SC), São José dos Campos (SP) e pela capital paulista. Em São Paulo, a demonstração foi durante os meses de junho a agosto de 2015. Lá, o veículo a gás foi colocado para acompanhar um ônibus similar a diesel num total de 12 semanas por duas linhas do Sistema SPTrans. O custo por km do GNV foi 28% inferior ao do diesel.