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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

SP conclui entrega da Linha Amarela do Metrô após 17 anos de obras; veja fotos da nova estação

 17/12/2021 Estadão Edição Impressa

 

Após 17 anos de obras, Estado conclui entrega da Linha Amarela do Metrô Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Estadão – Após 17 anos de obras, o governo estadual conclui a entrega da Linha 4-Amarela, com a inauguração nesta sexta-feira, 17, da Estação Vila Sônia. O trecho acrescenta 1,5 km à linha, que vai da Luz, no centro da capital, à nova estação, na zona oeste. O projeto, que chegou a ser prometido pela gestão Geraldo Alckmin para 2014, é concluído após percalços, como o acidente no canteiro de obras que abriu uma cratera em Pinheiros, em 2007, e o rompimento do contrato com o consórcio que iniciou as obras, em 2015. O Estado planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana.

A linha – a primeira do Metrô a ser operada pela iniciativa privada – tem 11 paradas e 12,8 km de extensão. Para especialistas, esse traçado foi importante para conectar regiões muito verticalizadas, com crescente demanda de mobilidade, e também para implementar o modelo de parceria com empresas.

O projeto inicial foi dividido em duas fases: a primeira com as Estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Em janeiro de 2007, houve um deslizamento em um canteiro da Estação Pinheiros, com sete mortes e 79 famílias desalojadas. A segunda etapa, iniciada em 2012, envolve as Estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Mas, em 2015, a obra foi paralisada pelo consórcio responsável e retomada só no ano seguinte, após rescisão contratual e nova licitação.

“Quando assumimos a gestão, todos os contratos estavam praticamente paralisados. Conseguimos acelerar os contratos e concluir todas as obras que precisavam ser feitas dentro desta linha”, afirmou ao Estadão o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, da gestão João Doria (PSDB). A fase 2 teve orçamento de R$ 2,1 bilhões para erguer cinco estações, o que inclui ampliação de Butantã a Vila Sônia e complementação do pátio de manutenção, além da compra de sistemas elétricos e auxiliares.

Testes
Inicialmente, a estação ficará aberta de 10h às 13h em dias úteis, sábados e domingos, com cobrança de tarifa. A fase de testes vai até março, com ampliação gradual do horário. Com o funcionamento integral, a expectativa é de que a estação atenda até 86 mil pessoas por dia. E o total de passageiros na linha deve subir para 896 mil diários.

Conforme a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), foram usados 48.419 m³ de concreto e 980 m² de vidro na construção. O local terá duas plataformas laterais para embarque e desembarque, 20 escadas rolantes, 12 escadas fixas, 46 portas automáticas de plataforma, 4 elevadores e 4 banheiros. Um terminal de ônibus na parte superior também será aberto. O local receberá linhas da capital e intermunicipais. Procurada, a ViaQuatro, concessionária responsável disse que as informações sobre a nova estação são repassadas pela STM.

Ligação
O Estado ainda planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana

Galli defende o modelo de concessão. “Com as características urbanas que nossa região tem, é impossível pensar em transporte de qualidade, com a velocidade e tempo necessários para atender à população se não tiver a participação da gestão privada”, diz. Segundo ele, é discutida a expansão para a Grande São Paulo – hoje a rede é restrita à capital.

“Taboão (de 300 mil habitantes) está nos planos do Estado”, afirma. A ideia é que a condução da obra fique sob responsabilidade da concessionária que opera a linha.

Linha 6
Na quinta-feira, 16, começaram as escavações na Freguesia do Ó para a Linha 6-Laranja, que fará a ligação entre as Estações Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (zona sul) em um trecho de 15 km, com 15 estações distribuídas. Vai passar por diversos bairros onde estão algumas das principais universidades da capital, como a FGV, a PUC, o Mackenzie e a Faap. A previsão de entrega da primeira linha ferroviária totalmente construída pela iniciativa privada no País é para 2025.

Desafios
Cláudio Barbieri da Cunha, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) diz que obras metroviárias são bem-vindas em razão da agilidade. “É um sistema sempre de muito sucesso, pois proporciona alternativa de deslocamento muito mais rápida”, afirma ele, que cobra um ritmo maior de entrega. “É preciso buscar alternativas para que as obras não atrasem tanto.”

O avanço urbano em bairros mais afastados do centro também é apontado pelos especialistas como um fator que cria demanda de mobilidade. “A área da Vila Sônia é uma região verticalizada, que não tem mais para onde crescer. Precisa de transporte de massa para se deslocar”, diz Luiz Vicente de Mello Filho, doutor em Engenharia.

Para tornar o transporte público mais atrativo, especialistas também defendem melhorias em áreas próximas da estação, de modo a privilegiar pedestres e ciclistas. Com a necessidade de cortar emissões de gases de efeito estufa, há necessidade de reduzir o total de veículos nas ruas e oferecer alternativas menos poluentes e mais integradas. “O entorno também precisa ter vias e calçadas bem conservadas. As pessoas com mobilidade reduzida precisam chegar até a estação”, continua Mello Filho.

Linha do tempo
12/2004 – O então governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a primeira fase da Linha 4, que consiste na construção das estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista, República e Luz, deve ficar pronta em 2008

01/2007 – Desmoronamento no canteiro de obras da Estação Pinheiros provoca a abertura de uma cratera de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas morrem no acidente

05/2010 – As duas primeiras estações da Linha 4-Amarela, Paulista e Faria Lima, são abertas.

10/2011 – Após sucessivos atrasos, a primeira fase da Linha 4 começa a operar completamente, com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz)

11/2014 – Inauguração da Estação Fradique Coutinho

07/2015 – O governo de SP rompe contrato com o consórcio responsável pela construção de estações que faltavam na Linha 4. Obras são retomadas no dia seguinte

2018 – Inauguração das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,apos-17-anos-de-obras-estado-conclui-entrega-da-linha-amarela-do-metro,70003928601

 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Projeto da Linha 16-Violeta ganha notoriedade internacional por avanços tecnológicos

 07/06/2022 Metrô CPTM Notícias da Imprensa

 

Linha 16-Violeta foi destaque internacional (Jean Carlos)

Metrô CPTM – O Metrô de São Paulo ganhou destaque internacional com o projeto da futura Linha 16-Violeta. Na última quarta-feira (1) ocorreu em Berlim, na Alemanha, o International Sustainable Railway Awards (ASRI), promovido pela União Internacional das Ferrovias (UIC).

A Linha 16-Violeta foi um dos três projetos selecionados na categoria “Melhor uso de tecnologia de baixo carbono”. Além disso, o projeto do Comitê de Gerenciamento de energia também foi reconhecido entrando na categoria ”Melhor adaptação e resiliência às Mudanças Climáticas”.

O novo tramo metroviário surge a partir da substituição do trecho leste da Linha 6-Laranja. A previsão é de que o novo ramal subterrâneo tenha aproximadamente 21,8 km de extensão e demanda prevista de 630 mil passageiros por dia.

Destaques

O projeto da Linha 16-Violeta ainda está em elaboração pelo Metrô e incorporará uma série de inovações. Uma das principais novidades tecnologicas é o uso do “TBM 4” para a construção dos túneis.

O tatuzão utilizado para a escavação de parte considerável da Linha 16 deverá ter diâmetro de aproximadamente 14 metros. Originalmente o tamanho da tuneladora seria de aproximadamente 15,8 metros, mas Metrô conseguiu realizar, em um trabalho conjunto com diversas equipes, um equacionamento da disposição de equipamentos,

Uma das vantagens na construção de uma linha com uma tuneladora dessa envergadura é a possibilidade de construir em um mesmo túnel as estruturas de via e também de plataformas, que se apresentarão como sobrepostas, ou seja, uma sobre a outra. Cabe citar que a capacidade de transporte e o gabarito dos trens poderá ser mantido.

Segundo informações obtidas pelo site, o TBM 4 seria utilizado entre as futuras estações Regente Feijó e Oscar Freire, trecho que corresponderia a aproximadamente 12 km. O terreno entre os dois pontos é favorável para adoção dessa solução.

O projeto em estudo pelo Metropolitano possui cerca de 33 km de extensão e previsão de frota com 71 trens. Essa informação indica que existe a possibilidade de extensão da linha de forma que possa atender a pontos mais distantes e ampliar as possibilidades de integração com outras linhas do sistema.

Com a construção dos túneis de grande diâmetro será possível obter uma redução de custos para a construção de pátios. Somente com o trecho de 12 km ao longo da linha será possível estacionar até 23 trens, o que representa, além de uma economia significativa de energia, a possibilidade de adotar melhores estratégias operacionais.

Além do espaço para os trens, poderão ser alocados salas técnicas e equipamentos de apoio como máquinas para a lavagem de trens. Dessa forma, a Linha 16-Violeta, que contaria com 2 ou 3 pátios para apoio, poderá ter apenas com uma única base para a realização de serviços pesados.

Sob o ponto de vista energético a Linha 16-Violeta também desponta de forma positiva. O uso dos elevadores de alta capacidade em estações de menor demanda possibilita a economia de energia. Segundo estudos, o consumo de energia desses elevadores representa 10% do gasto de uma escada rolante. Isso representa uma economia significativa de energia nas estações.

Existe também a proposta para a instalação de painéis solares ao longo das estruturas da linha. Estações, VSEs e pátios para manutenção estariam contemplados somando um valor superior a 230 mil m². 

A implantação desses painéis poderiam suprir 100% do consumo de energia de todas as estações e do pátio, além de diminuir o valor consumido pelos trens. Ao todo a instalação deste sistema de apoio representa uma economia global de 38% de todo o consumo energético da Linha 16-Violeta, com a possibilidade de amortização ao longo de aproximadamente cinco anos de uso.

O projeto da Linha 16-Violeta visa trazer, além de importantes atualizações tecnológicas, uma nova maneira de se construir metrô. O foco na economia de energia está alinhada com uma agenda sustentável que pretende não só reduzir os custos de operação da linha, mas poupar recursos naturais, promovendo ainda mais qualidade de vida.

Fonte: https://www.metrocptm.com.br/projeto-da-linha-16-violeta-ganha-notoriedade-internacional-por-avancos-tecnologicos/

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Em 3 anos, monotrilho da Linha-15 Prata ficou 159 dias com operação paralisada

03/11/2021 G1 Notícias da Imprensa

 

Monotrilho da Linha 15-Prata — Foto: Marcos A. Silva/ Metrô/Divulgação

G1 – O monotrilho da Linha-15 Prata ficou 159 dias com a operação paralisada de 2019 a outubro deste ano, de acordo com levantamento feito pelo SP2. Em 97 desses dias, a paralisação foi total.

Nesta terça-feira (2), a linha vai funcionar só a partir das 16h. A paralisação, segundo o Metrô, é por causa dos testes para que a estação Jardim Colonial entre em funcionamento. Os ônibus do sistema Paese vão fazer o trajeto para os passageiros que utilizam o monotilho.

Um acidente chama a atenção do Ministério Público em especial. Um inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público para investigar a obra após o estouro de pneus de uma das composições ter resultado na paralisação completa da linha por três meses em 2020. O processo também menciona a colisão entre dois trens que ocorreu em 2019 e uma sequência de falhas na linha em 2020.

“Conclui-se que a Linha 15 – Prata possuía problemas de projeto e execução nas obras civis que levaram a irregularidades na via-guia, bem como, problemas de projeto e fabricação e montagem dos trens e seus componentes, resultando em interferência entre o run flat e superfície interna da banda de rodagem dos pneus, sendo a combinação destes dois fatores a causa do estouro do pneu da composição M20”, diz o relatório do Ministério Público.

De acordo com o MP, entendeu-se que as irregularidades encontradas são de responsabilidade das empresas que formam o Consórcio Monotrilho Leste: Construtora Queiroz Galvão, Construtora OAS, Bombardier Transit Corporation e Bombardier Transportation Brasil.

No dia 27 de fevereiro de 2020, cinco pneus estouraram e todos os trens da linha foram recolhidos para análise. A linha foi interditada completamente no dia 29 de fevereiro, e a operação só foi retomada parcialmente em junho de 2020.

Os pneus do monotrilho funcionam com o sistema “run flat”, com um reforço de borracha. Análise técnica apresentada pelo próprio Consórcio já havia identificado que o problema da ruptura ocorreu devido ao toque entre o dispositivo “run flat” e a face interna do pneu de carga.

Segundo o relatório do MP, a folga entre os pneus e os dispositivos de “run flat” do monotrilho é inferior à necessária, “com riscos de superaquecimento, rupturas, projeção e queda de elementos, como o ocorrido em 27/02/2020”.

O promotor Silvio Marques, responsável pelo inquérito, solicitou novas informações ao Metrô e às empresas do Consórcio sobre a segurança da Linha-15 e prejuízos sofridos pelo erário.

Em nota enviada ao g1, o Consórcio Expresso Monotrilho Leste informou que “vem prestando todos os esclarecimentos solicitados”.

Já o Metrô afirmou que multou as empresas pelas falhas encontradas. “A conclusão do Ministério Público de que o Consórcio CEML é o responsável pelas inconformidades que levaram aos danos nos pneus de um dos trens da Linha 15, e posterior substituição das peças de outras composições, vai ao encontro do que foi constatado pelo Metrô à época, que inclusive multou essa empresa pelas falhas encontradas”, diz.

Histórico de falhas
Em janeiro de 2020, a Linha-15 Prata foi recordista de falhas no sistema de trilhos da cidade. Levantamento feito pela TV Globo com base nas informações do Metrô apontou que a linha teve operação normal em 76,4% do tempo, ou seja, a cada quatro horas de funcionamento, uma foi atípica.

Logo no início do ano, a Linha 15-Prata enfrentou falhas que duraram mais de quatro dias. Por conta de problema na altura da estação São Lucas, na Zona Leste, os trens circulavam com lentidão e maior tempo de parada.

Em 2019, foram 27 dias com funcionamento em operação parcial. O caso mais grave foi de uma colisão entre dois trens em uma área de manobra. O acidente ocorreu nos trilhos que passam sobre a Avenida Sapopemba. Não houve feridos.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/11/01/em-3-anos-monotrilho-da-linha-15-prata-ficou-159-dias-com-operacao-paralisada.ghtml

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Metrô de São Paulo encomendará 63 novos trens em 2022

 16/12/2021 Metrô CPTM Notícias da Imprensa

Trens que operam na Linha 2-Verde (Jean Carlos)

Metrô CPTM – O Metrô de São Paulo se prepara expandir sua frota de trens como há tempos não se via. A companhia deve dar luz verde para receber 63 novos trens em duas encomendas em 2022 a fim de reforçar as linhas 2-Verde e 15-Prata nos próximos anos.

A novidade, trazida pelo diretor de engenharia e planejamento do Metrô, Paulo Meca, nesta semana em entrevista à ABIFER, é que ambos os processos deverão ser resolvidos ainda no ano que vem.

O primeiro escopo já está bem adiantado e envolve um novo lote de trens Innovia 300 de monotrilho para a Linha 15. O governo já havia mencionado que 19 composições serão fabricadas nos próximos anos a fim de complementar a atual frota de 27 trens e dar conta da demanda que será trazida pela expansão do ramal até Ipiranga de um lado e Jacu Pêssego do outro.

A questão, nesse caso, se resumia a chegar a um acordo com a Alstom, que assumiu a Bombardier, fornecedora do modelo. Quando assinou contrato com o consórcio CEML, o Metrô fez um pedido de 54 trens Innovia 300, mas apenas metade foi construída até agora.

Segundo Meca, a companhia está finalizando o ajuste de cronograma para que a nova leva de 19 trens comece a ser fabricada.

Não se sabe ainda se a Alstom irá montar os novos monotrilhos em Hortolândia, como da primeira vez, ou se concentrará toda a produção em Taubaté, unidade que será responsável por fornecer os trens da Linha 6-Laranja e a nova frota da ViaMobilidade Linhas 8 e 9.

A princípio, o reforço de modelos Innovia 300 só deverá ser necessário daqui a cerca de dois ou três anos, quando as novas fases de expansão estiverem próximas de serem entregues e também por conta do amadurecimento da operação do ramal.

Novos trens de bitola de 1.600 mm
Já a encomenda de 44 trens para a Linha 2-Verde marca a retomada de pedidos de composições equipadas com alimentação de energia por terceiro trilho e bitola de 1.600 mm, padrão que foi abandonado nos novos projetos. Desde a introdução da Frota H, concluída no final de 2011, o Metrô não recebe um trem novo para as suas linhas de maior porte.

Segundo Meca, a nova frota deve ter o edital publicado até março ou abril, dependendo apenas de autorização do governo federal para um financiamento feito pelo Banco Mundial.

Apesar da prioridade em reforçar a Linha 2, que ganhará mais 8 km até 2026, a frota de trens deve permitir o aumento do número de trens disponíveis nas linhas 1 e 3, mesmo que seja pelo repasse de unidades mais antigas.

Algumas perguntas serão respondidas quando o edital for publicado como se haverá passagem entre os vagões, como ocorre nas novas frotas, e a adoção de nível de automação GoA4, que permite trens sem operador, como na Linha 4-Amarela e na Linha 15-Prata.

Fonte: https://www.metrocptm.com.br/metro-de-sao-paulo-encomendara-63-novos-trens-em-2022/

 

sábado, 20 de novembro de 2021

Metrô de São Paulo faz lançamento de primeira viga da Linha 17-Ouro na Marginal Pinheiros

 15/09/2021

O Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, acompanhou nesta quarta-feira (15) o lançamento da primeira viga-guia da Linha 17-Ouro no trecho da Marginal Pinheiros, em construção pelo Metrô. A ação marcou a retomada da implementação da via por onde vão passar os trens do monotrilho que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos.

“As obras da Linha 17 fazem parte do programa Pró SP, que lançamos hoje, e que concentra todos os esforços de investimentos do governo para a retomada econômica do estado no pós-pandemia. São R$ 47,5 bilhões em recursos até 2022 em mais de oito mil obras”, afirmou o Vice-governador.

A operação envolve o uso de um equipamento específico instalado próximo à estação Morumbi, chamado de “treliça lançadeira”, que vai fazer o lançamento de 129 vigas na região da Marginal Pinheiros até o início do próximo ano, de um total de 137 vigas que faltam para concluir as vias da Linha 17. Ao todo, a linha contará com 573 vigas, sendo que a maioria já foi instalada.

“É uma ação de engenharia complexa que marca um ponto importante da retomada das obras da Linha 17-Ouro. Assumimos esse compromisso, voltamos também com as obras das estações e conseguimos uma nova fabricante para os trens que vão ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos”, reforça Alexandre Baldy, Secretário dos Transportes Metropolitanos.

Essa treliça vai receber as vigas ao lado da pista da Marginal, elevá-las a uma altura de mais de 15 metros e passar sobre a via férrea da Linha 9-Esmeralda, chegando a lateral do Rio Pinheiros. Neste local, a própria treliça movimenta a guia, posicionando-a no local exato onde ela ficará. Uma outra estrutura igual vem sendo montada entre as pontes Estaiada e do Morumbi, para agilizar a colocação das vigas em outro trecho.

Para garantir a segurança dos envolvidos, o lançamento será feito ao longo das madrugadas, quando a Linha 9 da CPTM está fechada. Ao longo do dia, as atividades serão preparatórias, recebendo e elevando as vigas. As “treliças lançadeiras” têm cerca de 70 metros de comprimento, com capacidade de carga de 140 toneladas, podendo lançar as vigas em uma distância de até 45 metros.
Cada viga é feita de concreto com 30 metros de comprimento por dois metros de altura, pesando 90 toneladas. Servem como uma espécie de trilho, para que os trens do monotrilho circulem sobre elas com pneus.

“Quando chegamos em 2019, fizemos de tudo para destravar essa obra. Isso foi possível com novas licitações e contratações, retomando a construção que logo vai colocar essa importante linha à disposição da população”, afirmou Silvani Pereira, Presidente do Metrô de São Paulo.

As obras do trecho prioritário da Linha 17-Ouro – com 7,7 km e oito estações entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi – foram retomadas nesta gestão, após a rescisão de contratos parados de obras e fabricação de trens. Novas licitações foram feitas, possibilitando a volta das atividades de construção de sete estações e do Pátio – a oitava, Morumbi faz parte de outro contrato -, além da complementação da via e fabricação dos trens. A meta é concluir esse trecho até o fim de 2022, para ligar o Aeroporto de Congonhas à malha de transporte sobre trilhos, com conexão direta às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.

15/09/2021 – Metrô de São Paulo

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

São Paulo vai eliminar bilheterias do Metrô e da CPTM até o fim de 2021

 05/10/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa

Foto: AP Photo/Andre Penner

Valor Econômico – As bilheterias das estações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em São Paulo devem ser fechadas gradualmente até o final de 2021. No ano que vem, a aquisição dos bilhetes digitais poderá ser feita por meio de aplicativo de celular e em máquinas de autoatendimento nas estações. O Bilhete Único e o cartão Bom continuam sendo aceitos como forma de pagamento da passagem.

As informações foram divulgadas pelo “Bom Dia, São Paulo, da TV Globo”, e confirmadas pela “Folha de S. Paulo”. Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a expectativa é que todas as bilheterias sejam fechadas até o final do ano.

A mudança já começa nesta sexta-feira, com a redução do horário de funcionamento das bilheterias das estações Belém, na linha 3-vermelha do Metrô, e Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM. O serviço de guichês estará disponível nos horários de pico: das 6h às 10h e das 16h às 20h.

No dia 15, as bilheterias dessas estações serão desativadas. O calendário com a desativação dos guichês das demais estações deve ser informado em uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda.

Em abril, as bilheterias de 16 estações começaram a vender somente os bilhetes digitais com QR Code. Esse tipo de passagem substituiu o antigo bilhete unitário de papel, chamado de Edmonson.

À época, o governo informou que o novo modelo era mais seguro e proporcionava economia de R$ 100 milhões por ano com a emissão dos tíquetes tradicionais.

O sistema de pagamento de bilhetes unitários por QR Code passou a ser aceito em todas as estações do Metrô e da CPTM em dezembro de 2020, após pouco mais de um ano de testes.

Na época, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o novo sistema traria “facilidade e agilidade” aos passageiros da rede metroferroviária e que o modelo ajudaria a reduzir fraudes envolvendo bilhetes de transporte.

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/10/04/sao-paulo-vai-eliminar-bilheterias-do-metro-e-da-cptm-ate-o-fim-de-2021.ghtml

 

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Entregue a última estação da Linha 5 do Metrô de São Paulo



 09/04/2019
 Estadão
Com goteiras e poças d'água e sem portas automáticas nas plataformas, a Estação Campo Belo foi inaugurada nesta segunda-feira, 8, após uma série de atrasos, completando a Linha 5-Lilás, que passou a ter todas as 17 estações em funcionamento. Nos 20 quilômetros de extensão, a linha atende a zona sul de São Paulo, ligando o Capão Redondo à Chácara Klabin, e transporta diariamente 550 mil passageiros em média.
Usuários elogiam rapidez, limpeza e imponência das estações, mas se queixam de goteiras, ausência de portas automáticas e até falta de elevador nas estações do ramal. As portas automáticas nas plataformas já começaram a ser instaladas em algumas estações, como a Santa Cruz. Na AACD-Servidor, somente a plataforma no sentido Capão Redondo tem portas automáticas; a estrutura do lado oposto, sentido Chácara Klabin, está em fase de implementação.
A previsão inicial era de que a Linha 5-Lilás fosse entregue em 2016. Em julho do ano passado, a Companhia do Metropolitano, que administra a rede, informou que haveria novos atrasos no cronograma das estações que seriam inauguradas no primeiro semestre de 2018. Na época, foi informado que a Estação Campo Belo seria entregue em dezembro.
A primeira estação da linha, Adolfo Pinheiro, foi aberta em 2014. As Estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin foram concluídas em 2017. Já as Estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin foram inauguradas em 2018. Durante a primeira semana de funcionamento, a Estação Campo Belo terá operação reduzida, das 10 às 15 horas, mas com cobrança de tarifa.
Para o estudante Gustavo Batista, de 17 anos, a Linha 5-Lilás é a melhor de toda a rede metroviária. "Não sei se é porque é a mais nova, mas é a que menos demora, tanto o tempo de espera do trem quanto a viagem em si. E é também a mais limpa", afirma. Sobre a ausência de portas automáticas, o pai de Gustavo, o vendedor Pedro Batista, de 59 anos, diz que "para dar mais segurança é sempre bom ter portas automáticas".
Críticas
Mas também há reclamações sobre o ramal. Entre as Estações Moema e Campo Belo, por exemplo, faltam ainda máquinas para recarga do bilhete único - somente guichês com funcionários. Usuários relataram ter visto goteiras na Santa Cruz no último fim de semana, após a tempestade que atingiu a capital paulista.
É o caso também da plataforma da AACD-Servidor, que leva usuários do transporte público - incluindo cadeirantes - até a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Lá, um balde foi colocado para coletar as gotas que caem do teto, ao lado de uma placa amarela de alerta. "Dá para ver que foi entregue do jeito que deu. Como a gente necessita, ainda é melhor assim, funcionando, mesmo com goteira", diz a professora Nilda Rosa, de 53 anos. Nesta segunda, ela levava o pai, cadeirante, para a AACD.
A Companhia do Metropolitano disse que as obras estão dentro da garantia e as empreiteiras foram acionadas para reparos nos locais onde foram observadas goteiras. Sobre o problema com as portas, o Metrô disse ter multado a empresa contratada em mais de R$ 50 milhões pelo atraso no cumprimento do cronograma estabelecido. Sobre as máquinas de recarga, a ViaMobilidade, concessionária da linha, disse que, na Estação Campo Belo, elas devem ser instaladas ainda em abril. Para as demais, há um processo de negociação em andamento.
Expansão
O número de usuários da Linha 5-Lilás deve aumentar após a integração com a Linha 17-Ouro (monotrilho), cujo contrato foi rescindido em função da lentidão nas obras.
Na inauguração desta segunda, o governador João Doria (PSDB) disse que foram retomados os estudos do Metrô para levar o modal até o Jardim Ângela, na zona sul. O tucano anunciou ainda a retomada das obras paradas do metrô e sinalizou a adoção do modelo de Parceria Público-Privada (PPP) para a conclusão do restante das estações.
"A boa notícia é que iniciamos os estudos, formalmente, para levar o metrô até o Jardim Ângela. A perspectiva é de, ainda este ano, atender até 850 mil usuários por dia (na Linha 5-Lilás). A outra boa informação é que, todas as obras paradas do Metrô serão retomadas em regime de concessão privada."


terça-feira, 9 de julho de 2019

Monotrilho acumula trapalhadas e vira herança maldita para Doria


  
08/07/2019
person Folha de São Paulo
Atrasada e com modelo inédito bancado por gestões tucanas, a linha 15-prata do metrô acumula problemas que vão de batida de trens a desabamento de um muro.
O primeiro trecho da linha foi aberto em 2014, mas até o fim do ano passado o monotrilho ainda estava oficialmente em fase de testes. As trapalhadas, que começaram ainda antes da inauguração, vêm se intensificando nos últimos meses e se tornando uma herança maldita deixada por Geraldo Alckmin (PSDB) para o governador João Doria (PSDB).
Para especialistas, a situação é reflexo da adoção de monotrilho em proporção não testado no mundo, no qual o metrô paulistano terá de aprender por meio dos próprios erros.
O monotrilho -espécie de trem com rodas, sobre um estrutura elevada -foi apresentado como uma solução rápida e barata para ligar a Vila Prudente à Cidade Tiradentes, mas virou uma obra demorada e cara.
A promessa do monotrilho vem de 2009, ainda com o então governador José Serra (PSDB). Parte das estações tiveram problemas na fase de obras e foram inauguradas às pressas pelo ex-governador Alckmin, antes das eleições onde concorreria à Presidência.
Na última semana, o muro de uma das últimas estações entregues, a Camilo Haddad, na região do Parque São Lucas (zona leste de SP), desabou sobre a escada que dá acesso à plataforma.
"Fizeram isso aí de qualquer jeito, sem viga, sem nada, apenas areia", disse o vigia José Benedito dos Santos, 63, morador da casa ao lado do muro que desabou, que ficou cheia de rachaduras. "Poderia ter matado alguém. As pessoas costumam ficar sentadas nessa escadaria."
O incidente foi o quarto relevante neste ano relacionado à linha. Os problemas começaram em janeiro, quando um equipamento chamado terceiro trilho, que fornece energia aos trens, se soltou e ficou pendurado a 15 metros do solo. A circulação foi interrompida.
Um dia depois, um incidente ainda mais grave: dois trens bateram. Como os vagões estavam vazios, ninguém se feriu.
Em maio, houve o caso de um pneu e uma composição do monotrilho que se deslocou da viga de rolamento durante uma manobra.
De acordo com dados obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo jornal Agora, do grupo Folha, no primeiro bimestre do ano a 15-prata era linha com mais falhas notáveis, com 38% do total da rede.
Passageiros que chegam ao monotrilho vindos da linha 2-Verde relatam queda no padrão. Saem de um trem lotado, porém veloz, e entram numa composição trepidante e demorada.
O porteiro Ricardo Francisco da Silva, 38, afirma que os trens passaram a ter maior tempo de intervalo após os incidentes deste ano. "É muito lerdo. De noite, depois das 22h, às vezes esperamos bem mais de dez minutos por um trem", diz ele.
Em 2018, o intervalo médio entre trens nos dias úteis foi de quatro minutos nos horários de pico e de seis nos demais. Na linha 3-Vermelha, por exemplo, a média é de cerca de dois minutos em ambos os períodos.
Silva relata ainda que mais de uma vez foi surpreendido com a interrupção da linha para testes. "Nesses dias, colocam o Paese [ônibus que faz o mesmo trajeto] e eu chego atrasado na certa."
A fase de testes do monotrilho oficialmente acabou, mas o metrô ainda trata a linha com cuidado. Apesar de o sistema funcionar sem maquinistas, em geral um funcionário permanece no primeiro vagão, a postos para algum imprevisto.
"A linha 15 é uma experiência, inaugurada sem que todos equipamentos estivessem testados", afirma o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo. "O sistema de sinalização, por exemplo, que levou aquele choque entre trens, ainda está em implantação".
Atualmente, apenas seis estações estão em funcionamento, entre Vila Prudente e Vila União. A gestão Doria, que retomou obras paradas em 2018, promete mais quatro estações para este ano e uma última, Jardim Colonial, para 2021.
O custo do trecho -de 15,3 km e 11 estações -é de R$ 5,2 bilhões.
Em 2013, o governo estadual prometeu gastar R$ 5,4 bilhões (R$ 7,4 em valores atualizados) para fazer os 26,6 km da linha, até Cidade Tiradentes. O prazo previsto no edital para a entrega de toda a linha venceu há quatro anos.
"É uma operação muito ambiciosa fazer um monotrilho trabalhar igual uma linha de metrô. Não temos precedentes no mundo", afirma o consultor Marcus Quintella, coordenador da FGV Transportes, que desenvolveu um estudo sobre monotrilhos. "Em nenhum lugar monotrilho tem um intervalo de 90 segundos, 180 segundos, querem aqui."
O consultor cita que o maior monotrilho do mundo, em Tóquio, transporta 180 mil pessoas por dia. A demanda prevista para o monotrilho até o Jardim Colonial é de 405 mil.
Quintella afirma que, devido uma série de limitações, mais das metade dos monotrilhos do mundo foi desativada. Entre os motivos apontados está o fato de o meio de transporte, que não é de alta capacidade, acabar tento um custo muito alto e exigir subsídios governamentais. 
"É um modo que hoje se mantém em cidades da Ásia muito mais como ligações para aeroportos, parques de diversões, ligações industriais, do que propriamente para transporte de massa", diz.
A gestão João Doria dá sinais de que riscou dos planos o modelo monotrilho. O governador anunciou que desistiu do projeto de construir um monotrilho até a região do ABC, que será substituído por um BRT sistema de transporte com ônibus rápidos).
O secretário de Transportes, Alexandre Baldy, usou as obras paradas de outro monotrilho, o da linha 17-ouro, como contraexemplo do que gostaria que acontecesse em São Paulo. Prometida para a Copa do Mundo de 2014, a linha é um dos maiores fracassos da gestão Alckmin.
OUTRO LADO
O Metrô afirma que o monotrilho da linha 15-prata é um "meio de transporte seguro, moderno, tecnológico e pioneiro em São Paulo".
"O projeto conta com todos os certificados de segurança exigidos pela legislação vigente no Brasil e internacionalmente", afirma a nota.
De acordo com a empresa, a recente queda de um muro divisório não estrutural "não toca, de forma alguma, a segurança da Linha 15".
Relatório interno do Metrô constatou falha humana no caso da batida entre trens, em janeiro. O documento afirma que uma ação de funcionário tornou invisível uma das composições ao sistema, causando a batida.
Já os metroviários afirmam que o monotrilho não tem um segundo sistema que conseguiria captar essa falha e corrigir o problema.
Sobre o aumento de falhas, o Metrô afirmou anteriormente que "era esperado e se deveu à implantação de quatro novas estações na linha 15-prata e a implementação desta em período integral". ​
CRONOLOGIA DE FALHAS
28 de junho - Um muro que divide a estação Camilo Haddad, do monotrilho, de casas vizinhas, desabou em área de pedestres.
16 de maio - Pneu de uma composição do monotrilho se deslocou da viga de rolamento durante uma manobra.
29 de janeiro - Dois trens se chocaram na estação Jardim Planalto.
28 de janeiro - Um equipamento se soltou, ficou pendurado a 15 metros de altura do solo e interrompeu a circulação de trens entre as estações São Lucas e Vila União.
2018 - Empresa contratada para fazer o acabamento e a instalação hidráulica de quatro estações abandonou obras e trabalhos ficam paralisados.
2015 - Governo decide congelar plano para a construção do monotrilho até a Cidade Tiradentes. Com isso, seis estações previstas inicialmente não tem mais previsão de entrega 
2014 - Uma falha no projeto do monotrilho causou paralisação da obra, uma vez que engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. Isso obrigou o governo a fazer um novo projeto e mudar o córrego de lugar.