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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Governo de Minas abre consulta pública sobre concessão do metrô


 11/11/2021 Diário do Comércio (MG) Notícias da Imprensa

Crédito: Alisson J. Silva / Arquivo DC

Diário do Comércio (MG) – O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), abre, nesta quarta-feira (10), consulta pública sobre o projeto de concessão do metrô de Belo Horizonte. Até 10 de dezembro, os interessados poderão enviar propostas de melhorias e alterações sobre os estudos e os documentos em apreciação.

O projeto, estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e conduzido em parceria com o governo federal, prevê a modernização e a ampliação da Linha 1, além da conclusão da construção da Linha 2, assim como a operação dos serviços por 30 anos.

De acordo com o governo estadual, a iniciativa inédita associa a venda da empresa pública federal à concessão dos serviços pelo Estado, com a outorga de melhoria, ampliação, construção e operação do metrô da capital mineira.

A modelagem tem por objetivo atrair a expertise privada para a ampliação e a operação do sistema de transporte, com mais eficiência e facilidade para acessar novas tecnologias necessárias à modernização dos serviços.

As informações sobre a concessão, o formulário e o regulamento com a forma de participação na consulta pública estão disponíveis no site da Seinfra e, também, no portal da Unidade de PPP do Governo de Minas Gerais. Informações e esclarecimentos adicionais podem ser obtidos pelo endereço de e-mail concessaometro@infraestrutura.mg.gov.br.

Projeto

O projeto prevê a ampliação da Linha 1 até a Estação Novo Eldorado, em Contagem, agregando ao trajeto cerca de um quilômetro de extensão. Além disso, está prevista a conclusão da construção da Linha 2, cujas obras foram iniciadas em 1998 e paralisadas em 2004.

Serão destinados R$ 3,2 bilhões para o metrô de Belo Horizonte, sendo R$ 2,8 bilhões do governo federal e cerca de R$ 428 milhões do Governo de Minas, provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

Fonte: https://diariodocomercio.com.br/economia/governo-de-minas-abre-consulta-publica-sobre-concessao-do-metro


Bolsonaro libera R$ 2,8 bi para privatização do metrô de BH e diz que BNDES está à frente do projeto

 01/10/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa

Metrô de Belo Horizonte — Foto: CBTU/Divulgação

Valor Econômico – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quinta-feira (30), em evento na capital mineira, projeto de lei que abre crédito especial de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões serão destinados à desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em discurso, Bolsonaro destacou que a modelagem do projeto de privatização do metrô de BH está sendo feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto também vai destinar R$ 66 milhões para obras do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), R$ 33 milhões em fomento para o setor agropecuário, R$ 22 milhões para projetos de infraestrutura hídrica da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), entre outros.

“Mesmo com menos recursos, estamos apresentando mais trabalho”, disse o presidente, em tom de campanha, acrescentando que sua gestão de quatro anos será comparada com 14 anos de mandatos do PT. O presidente também disse que chega a 1000 dias de governo sem corrupção.

Elogios e investimentos em vacinas
Na cerimônia, o presidente elogiou a administração do governador Romeu Zema (Novo), que o tem apoiado desde as eleições de 2018. Zema chegou a sofrer pressão do partido para fazer oposição a Bolsonaro, seguindo a orientação geral da legenda. Mas esta é a segunda vez no mês que o governador mineiro divide o o palanque com o mandatário.

“Como é bom ter um governador da estatura do Romeu Zema. Homem que ninguém conhecia, uma surpresa sua ascensão. Outros ascenderam, mas o ego subiu à cabeça. A humildade do Zema é o sucesso de seu trabalho em Minas”, afirmou Bolsonaro.

Zema ressaltou que tem trabalhado em conjunto com o governo federal para resolver questões antigas do Estado. Entre elas, a expansão do metrô de BH, que vai receber recursos de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões em crédito especial do governo federal e o restante em investimento do Estado.

“Esse investimento é esperado há décadas e finalmente se torna realidade”, disse Zema. O governador estima que o edital de concessão do metrô será lançado em março de 2022 e que a privatização saia antes da construção da Linha 2.

Zema também destacou a criação do Centro Nacional de Vacinas em parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O centro vai receber R$ 30 milhões de investimento do governo mineiro e R$ 80 milhões do governo federal.

“Vamos nos transformar numa Oxford brasileira. Após a inauguração deste centro, vamos congregar o que há de mais moderno na produção de vacinas com a indústria. Não vamos apenas trazer as tecnologias como fazemos hoje”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, durante o evento, em que os mandatários não falaram com a imprensa.

Fonte: https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/09/30/bolso

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Obras de ampliação do metrô de Belo Horizonte começam em maio de 2018

estação central do metrô de BH

25/10/2017 - Metro Jornal
Em 1986, os vagões do metrô entraram nos trilhos da história do transporte público de Belo Horizonte. Com a promessa de tornar os deslocamentos mais rápidos, as primeiras viagens partiam da Lagoinha, na região Noroeste da capital, até o Eldorado, em Contagem. Um ano depois, o sistema passou a integrar a Estação Central, no coração da cidade. Dos seus 10,8 km para 28,1 km de extensão em 2002, a mesma configuração permanece até hoje. E a novidade do século XX logo se transformaria em frustração: passados 15 anos, sobraram projetos que não saíram do papel.

Quase duas décadas depois da última inauguração, um deles – a proposta de construção da estação Novo Eldorado, na região metropolitana – finalmente será viabilizada. O anúncio foi feito pelo prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), depois que a União disponibilizou um empréstimo de R$ 157 milhões para a ampliação de 1,5 km até o terminal. A previsão é de que as obras sejam iniciadas em maio do próximo ano, com conclusão até o fim de 2019.

“Vamos anunciar a ampliação de mais uma estação. A primeira de duas que esperamos tirar do papel. O metrô beneficia os mais carentes. Transporte limpo, confortável e rápido. Chegar até nosso principal centro comercial é um avanço histórico”, comemorou o chefe do Executivo. E a intervenção abre caminho para mais uma meta, a de levar os trilhos até o bairro Bernardo Monteiro, ao custo de R$ 550 milhões e mais 2,5 km de linha.

“Que notícia boa”, declarou a estudante Rafaella Ruiz, 22 anos, ao saber da melhoria através da reportagem. A jovem, que mora no Novo Eldorado, usava diariamente o metrô para voltar da faculdade. “Como consegui um estágio, não compensava mais usar o sistema por conta da rota”, apontando uma das deficiências da linha, restrita a algumas regiões. Até chegar à Estação Eldorado, ela leva pelo menos 25 minutos. “Pegava um ônibus até lá, descia na Lagoinha e usava o Move até a UFMG”, disse. O maior tempo de deslocamento era gasto nas baldeações que levavam até os terminais. “Já é uma melhora, vai beneficiar muita gente do bairro”, comentou sobre a obra.

“Falta vontade política”

Para o consultor em transporte e trânsito Osias Baptista Neto, o grande problema da Grande BH é o metrô ser gerido pelo governo federal. “O Estado e os municípios, através de um consórcio, deveriam ter assumido o gerenciamento desde 1995. As pressões e as necessidades de Brasília não estão focadas aqui”, argumentou. Conforme o especialista, a alternativa que restou para BH foi investir no Move. “Fez o BRT por cima de onde passaria o metrô. Se esperasse por ele, até hoje não teria nada”.

Outra característica que diz muito sobre o sistema nas duas cidades é o trilho na superfície. “Ele só é subterrâneo onde não tem espaço por conta dos prédios, das ruas. Nesses locais está a demanda. Quando vai por cima, os lugares têm densidade urbana menor e, consequentemente, menos passageiros. É lógico”.


Prefeito de Contagem anuncia ampliação do metrô na cidade

O prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (23) a ampliação do metrô no município. Com financiamento de R$ 157 milhões negociado junto ao governo federal, será construída a estação Novo Eldorado. Na prática, a ampliação significa 1,5 km a mais na linha 1 do metrô – que atualmente tem 19 estações: Eldorado a Vilarinho.

A assinatura do financiamento está prevista para a próxima segunda-feira, quando o ministro das Cidades, Bruno Araújo, estará em Contagem. O dinheiro sairá do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A prefeitura terá quatro anos de carência para começar a pagar o financiamento, que terá prazo de 20 anos para ser quitado.

“A mobilidade pública nacional é uma vergonha. A população paga caro por um serviço sem qualidade. Contagem resolveu sair do debate de quem vai pagar. A prefeitura vai pagar. Assumimos a responsabilidade de captar recursos”, afirmou Freitas, durante palestra para a Comunidade Lusófona na Universidade Paris-Sorbonne, em Paris, na França.

Para o prefeito, o metrô de Belo Horizonte é vergonhoso. “O metrô tem apenas uma linha, que há anos não aumenta nem um centímetro”, afirmou. A próxima meta do tucano é conseguir viabilizar a ampliação do metrô até o bairro Bernardo Monteiro. O custo seria de R$ 550 milhões para mais 2,5 km de linha. Alex Freitas explica que o valor da obra até o Novo Eldorado é menor porque no local já existe parte da estrutura necessária – atualmente, lá está a área do pátio de manobra. “Como não serão necessárias desapropriações nesse trecho, será a obra de metrô mais barata do Brasil”, disse.

A previsão é de que a licitação esteja pronta até o mês de março de 2018 e que a obra comece em maio. A duração do trabalho seria de um ano e meio, ou seja, a nova estação deve ficar pronta no fim de 2019. Para garantir a operacionalização da nova estação, a prefeitura também terá que fazer um convênio com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Alex Freitas destacou a falta de diálogo por parte do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), sobre a mobilidade na região metropolitana. Entretanto, ele se diz aberto para conversar sobre o tema com todos os prefeitos da região.

“Não encontramos diálogo na atual gestão de Belo Horizonte. Esse avanço do metrô vai beneficiar ainda mais a capital. Apesar dos dois prefeitos terem ideologias diferentes, Belo Horizonte é a capital de todos, e os prefeitos têm que se relacionar. Se não encontrar diálogo com a capital, vamos encontrar nas agências metropolitanas de desenvolvimento. Contagem vai colaborar. Espero que o Kalil acorde para importância do cargo que ele ocupa”, declarou.

Licitação ônibus
Para melhorar o transporte público em Contagem, o prefeito Alex Freitas também anunciou para o mês de novembro a abertura de licitação para as empresas de transporte. “Faremos a licitação do transporte público. Serão ônibus novos, elétricos, confortáveis e linhas regulares. Sem exagero na comparação, um ônibus em Contagem é, hoje, uma carroça. Não há conforto algum. Mudaremos essa realidade. E iremos além”, afirmou.

Segundo ele, os contagenses lamentam um péssimo transporte público que é ofertado. “Nosso povo perde horas dentro de ônibus em péssimas condições. Paga uma tarifa cara para ter um serviço que deixa muito a desejar. Agora, em novembro, teremos a chance para resolver a questão”, afirmou.

Além da licitação será implementado o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), que prevê uma série de intervenções viárias na cidade. A principal delas é a implantação do BRT na avenida João César de Oliveira.


23/10/2017 – O Tempo

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Metrô de Belo Horizonte passa a operar até meia-noite a partir de segunda-feira


01/09/2017 - Estado de Minas

Depois de um longo impasse que terminou até em ação Judicial, o metrô de Belo Horizonte vai começar a funcionar até meia-noite na próxima segunda-feira. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) vai iniciar, em caráter experimental, a operar até este horário. A medida será feita até 30 de setembro. Atualmente, as composições rodam de 5h às 23h.

De acordo com a CBTU, os testes serão para avaliar se o serviço é viável. “Durante a fase de testes, a empresa vai realizar estudos experimentais que permitirão avaliar aspectos como: demanda, custos adicionais, intervalos entre viagens, segurança operacional, adequações necessárias nas rotinas de manutenção e operação, entre outras medidas”, disse a empresa.

O horário é uma demanda antiga dos vereadores da capital mineira, que alegam terem sido cobrado por usuários. O projeto de lei apresentado em 2014, que estabelece que o sistema metroviário da capital deve funcionar uma hora a mais que o habitual, foi aprovado em dezembro. Porém, um mês depois teve a primeira reviravolta.

Recém empossado, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) vetou o projeto alegando que o sistema metroviário faz a ligação de BH com outros municípios, tirando, assim, a competência da Câmara Municipal para legislar sobre a situação. Outro argumento de Kalil foi em relação à CBTU. Segundo o administrador, a companhia também não teria autonomia para realizar a mudança no horário de funcionamento do metrô, devido à dependência de recursos federais para manter o funcionamento do sistema metroviário.

Em março, os vereadores derrubaram o veto. Eles alegaram, no plenário da Câmara que a ampliação do horário de funcionamento das atividades no metrô representaria melhorias nas condições no transporte público de BH, além de favorecer os usuários que precisam se deslocar pela cidade no período noturno.

Justiça

Diante da situação, a CBTU entrou na Justiça para barrar a lei 11.031/17, alegando, entre outros motivos, foi a usurpação de competência, por parte do município de Belo Horizonte, para legislar sobre assunto relativo a transporte intermunicipal. Em maio, o juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, concedeu liminar à Companhia suspendendo o cumprimento da norma.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Metrô deve ganhar mais uma estação em Contagem, diz prefeito


28/08/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
O prefeito de Contagem, Alex de Freitas, afirmou nesta quinta-feira que a cidade está prestes a fechar acordo com o governo federal para viabilizar a ampliação do metrô na cidade. Segundo ele, o município se propôs a assumir o financiamento das obras e pretende anunciar nos próximos 45 ou 60 dias o projeto de uma nova estação, a Novo Eldorado.

A cidade busca, dentro do programa Avança Cidades – Mobilidade, do governo federal, um empréstimo de R$ 157 milhões, com quatro anos de carência e 20 anos para pagamento. “Contagem assumirá o financiamento para que conclua mais uma estação do metrô em Contagem e estamos abrindo outras frentes de financiamento para estudar o avanço até Bernardo Monteiro e Boa vista”, disse.

Alex de Freitas disse ter conseguido uma sinalização do presidente Michel Temer (PMDB) no fim do ano e que se encontrou pelo menos cinco vezes com o ministro das Cidades Bruno Araújo sobre a ampliação do metrô. Segundo Freitas, havia um projeto associado à Metrominas, sobre o qual foram feitas as tratativas com o governo federal.


24/08/2017 – Estado de Minas

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Articulação busca acelerar expansão do metrô em Contagem


13/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
As negociações para ampliação da linha do metrô em Contagem, com a possibilidade de construção de três novas estações, chegaram a Brasília. A última movimentação foi uma reunião entre o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, a partir de articulações do prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB).

De acordo com o deputado, o ministro ficou interessado na proposta e se prontificou a conhecer a cidade nos próximos meses e também detalhes do projeto.

Um diferencial seria a proposta do município de arcar com parte dos investimentos. A prefeitura se dispõe a custear um terço dos cerca de R$ 700 milhões necessários para a extensão da linha em sete quilômetros, com três novas estações entre o Eldorado e Bernardo Monteiro.

“Conversamos sobre a totalidade do projeto e não somente sobre a abertura de uma nova estação. É um projeto factível. Não é algo comum um prefeito se dispor a investir nesse tipo de iniciativa”, afirma.

Ainda de acordo com João Vítor, será preciso que a União autorize o investimento da prefeitura no projeto. “E claro, que o governo federal também se comprometa a aportar recursos”, completa.

Num primeiro momento, o município se propõe a construir pelo menos dois quilômetros de linha, ao custo de aproximadamente R$ 230 milhões, com a abertura de estação no Novo Eldorado.


13/04/2017 – Hoje em Dia

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Apenas 27% da população de BH mora perto do metrô ou do Move

09/08/2016 08:00 - O Tempo - BH

Morar perto do metrô ou do BRT (sigla em inglês para “transporte rápido por ônibus”) significa economizar tempo e ganhar qualidade de vida. Mas apenas 27% da população de Belo Horizonte pode “se dar ao luxo” de caminhar no máximo 15 minutos até uma estação. A grande maioria (73%) está fadada aos congestionamentos, seja de carro (para quem tem um) ou nos ônibus convencionais sem pistas exclusivas. Na região metropolitana, essa dura realidade é enfrentada por 86% da população.

Os dados fazem parte do indicador de proximidade do transporte de média e alta capacidades, o PNT (do inglês “People Near Transit”), elaborado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) – entidade sem fins lucrativos que promove o transporte sustentável e equitativo no mundo. O PNT estabelece como parâmetro de proximidade um raio de até 1 km das estações de BRT, metrô, trem e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em uma caminhada máxima de até 15 minutos.

Conforme o estudo, que ainda não foi concluído e analisou 30 cidades no país e no mundo, o transporte de massa em Belo Horizonte é menos acessível do que no Rio, onde 47% dos habitantes moram perto das estações, e está longe de atingir a marca de 100% de Paris, na França.

Houve, entretanto, um avanço no período pré e pós-Copa do Mundo de 2014. Na capital mineira, 16% da população morava a, no máximo, 1 km de distância do metrô em 2010. Com a construção do Move, o índice subiu para 27%. “Foi um aumento similar ao observado no Rio, de 36% para 47%, mas o Rio já tinha mais redes de transporte. De fato, os corredores de BH foram alocados em pontos onde a população precisava, mas é necessário expandir”, disse o coordenador de transporte público do ITDP, Gabriel Oliveira.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, o número de pessoas que têm acesso a pé ao metrô ou ao Move passou de 8% para 14% no mesmo período – abaixo da Grande São Paulo (19%) e da Grande Rio (28%). A metalúrgica Denise Braga Monteiro Mansur, 44, sabe o que significam esses dados. Moradora do bairro Novo Eldorado, em Contagem, ela precisa pegar um micro-ônibus até a estação de metrô Eldorado todos os dias. “A pé seria inviável, dá mais de 40 minutos de caminhada”.

Para chegar ao trabalho, ela desce na estação Carlos Prates e pega outro ônibus até o bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital. Ao todo, ela gasta 1h15 para ir trabalhar e 1h30 para voltar. “O metrô é cheio, mas é um percurso pequeno. Já o ônibus, além de cheio, enfrenta trânsito. Canso mais no percurso que trabalhando”, disse.

Demorado

Estudo.Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, do mês passado, o trabalhador de BH e de municípios do entorno gasta, todos os dias, 125 minutos no trajeto casa/trabalho/casa. São 11 minutos a mais do que a média nacional.

Saiba mais

Parceria. A BHTrans informou que é parceira do ITDP e que estuda a possibilidade de incluir o PNT como um indicador permanente para promover uma descentralização sustentável do sistema.

Expansão. A BHTrans informou que não tem dinheiro para expandir o Move. Sobre o metrô, o governo do Estado declarou que fez proposta à União para assumir a gestão, no lugar da CBTU, e que os projetos básicos para modernização e expansão da linha 1 (trecho em operação) e implantação das linhas 2 (Barreiro/Hospitais) e 3 (Lagoinha/Savassi) estão concluídos. Há projetos funcionais e básicos da linha 4 em estudos (Novo Eldorado/Betim), com previsão de 20,5 km de extensão de metrô e VLT.

EXTENSÃO

Só 1% das vias tem prioridade no transporte coletivo

Quem depende de ônibus para se deslocar em Belo Horizonte esbarra ainda em outro indicador nada favorável: pouco mais de 1% das vias públicas têm faixas exclusivas para o transporte coletivo – são 54,6 km contra um total de 4.600 km de ruas e avenidas.

“O índice evidencia a margem que existe para trazer maior prioridade para o transporte público e garantir uma conexão mais atrativa e rápida entre pessoas e oportunidades. O transporte coletivo sem pista exclusiva não é vantajoso”, avaliou o coordenador de transporte público do ITDP, Gabriel Oliveira. Não à toa, o número de veículos registrados na capital chega a 1,7 milhão.

A BHTrans informou que a ampliação das faixas exclusivas “será natural, assim que a capital conseguir recursos para realizar as obras necessárias”. A autarquia declarou ainda que pretende implantar uma rede estruturante do transporte coletivo, com sistemas de média e alta capacidades ao longo dos principais corredores. Porém, não há prazo nem recursos para isso. Nem a capital, nem a região metropolitana têm VLT e/ou trem.

Gabriel Oliveira explicou que utiliza os modais de média e alta capacidades porque eles têm o perfil de organizar a cidade e atrair uma rede de serviços a seu redor. “São estruturas que vão estar ali por anos, que trazem segurança de investimentos, priorizam o pedestre e o ciclista, aumentam a quantidade de 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Governo federal fará repasses de recursos para metrô de BH a conta-gotas

Estado de Minas / G1| Estado de Minas / G1

A tão esperada obra de ampliação do metrô de Belo Horizonte dependerá de uma reviravolta no cenário econômico para sair do papel e, mesmo com um ambiente favorável, pode ficar para 2020. Conforme antecipou o Estado de Minas na edição de nessa terça-feira, este ano haverá pouco avanço e o novo prazo estimado para a entrega da obra é de cinco a oito anos. Em visita à capital mineira nessa terça-feira, onde se reuniu com o governador Fernando Pimentel (PT) e com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), citou o cenário de ajuste econômico para justificar os poucos repasses para 2015 e não falou em prazos para o início da obra. Segundo Kassab, o ministério avalia um repasse de R$ 150 milhões até dezembro, que poderão ser usados para revisar projetos e iniciar as melhorias na linha 1 (Vilarinho/Eldorado).
 "Não podemos adiantar o cronograma, porque dependerá de licitações e liberações de verbas. Vamos trabalhar para que o prazo final de entrega seja garantido. Mas é preciso lembrar que existe um cenário de ajustes”, afirmou o ministro. O prazo inicial de entrega previsto quando a obra foi anunciada em 2011, entre 2017 e 2018, já não é mais levado em conta pelas equipes técnicas que coordenam o projeto. "É uma intervenção de grande porte, que tem um prazo entre cinco e oito anos. Se tivermos um volume de repasses pequeno no primeiro ano, podemos compensar no ano seguinte”, explicou Kassab.
Para a área de habitação, o ministro anunciou que a presidente Dilma Rousseff (PT) deverá lançar a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida em agosto, com previsão de 300 mil unidades para Minas Gerais. Kassab garantiu ainda que o governo federal tem acompanhado com atenção as obras para garantir o abastecimento de água na capital mineira.
Após o encontro, Marcio Lacerda lamentou os adiamentos na expansão do metrô e afirmou que a prefeitura depende dos repasses federais para que a obra avance. O prefeito apontou também a determinação do governo de Minas em revisar os projetos elaborados entre 2013 e 2014 como um dos pontos que comprometeram o andamento do cronograma inicial. Ele lembrou que, em 2011, a presidente Dilma esteve em BH para anunciar a liberação de recursos, sendo que o primeiro repasse foi feito no final de 2012. "A tendência é não serem assinados novos contratos este ano. Talvez a partir do ano que vem”.
Em visita a Belo Horizonte nesta terça-feira (2), o ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD) garantiu que os recursos federais destinados à expansão da Linha 1 (Eldorado/Vilarinho) e à construção da Linha 2 (Barreiro/Nova Suíça) do metrô de capital mineira estão assegurados, mas não informou quando as obras vão começar.
"É público que, no presente ano, nós teremos uma redução de investimentos também no campo da mobilidade. Mas será construído um cronograma que nos permite afirmar que existe, inclusive, uma chance bastante grande que não seja alterado o prazo de entrega da obra", disse. Há dois anos, a previsão era que as obras do metrô estariam concluídas em 2017.
Por causa do ajuste fiscal feito pelo governo federal, a pasta do Ministério das Cidades perdeu R$ 17,2 bilhões no orçamento deste ano. Segundo Kassab, cerca de R$ 150 milhões serão liberados este ano para o metrô de Belo Horizonte. A obra completa está orçada em R$ 5 bilhões.
Já o prefeito Márcio Lacerda (PSB) está pessimista quanto ao avanço do metrô. "O governo federal, em 2015, não tem recursos, principalmente recursos do tesouro pra repassar novos contratos de financiamento e de repasse. A tendência é não serem assinados esse ano ou, se forem assinados um pouco mais adiante, para recursos começarem a entrar no próximo ano", disse.
Em fevereiro, o prefeito foi a Brasília se reunir com o ministro, afirmando que os projetos da primeira fase das obras já estavam concluídos. Eles aguardam apenas avaliação da Caixa Econômica Federal. Na época, o município também informou que as licitações para o início das obras dependiam da transferência da direção do sistema de metrô, hoje operado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), para a empresa estadual Metrominas.
Porém, o governo estadual decidiu rever os projetos das linhas 1 e 2. Não há prazo para que esta avaliação seja concluída. Já a linha 3 (Lagoinha/Savassi) não está sendo analisada porque a prioridade, segundo o Ministério das Cidades, é a primeira fase da ampliação.

"Neste momento, eu diria que a previsão não é otimista em relação a Linha 3 porque o governo federal assumiu compromissos de investimento em mobilidade de R$ 50 bilhões pelo país a fora e não vai conseguir cumprir conosco em curto prazo todos os compromissos que assumiu antes desta crise econômica", disse Lacerda. 

terça-feira, 28 de julho de 2015

Maioria das novas composições do metrô de BH já deveria estar nos trilhos

Gabriela Sales - Hoje em Dia
Lucas Prates/Hoje em Dia

Composições têm sido testadas durante a madrugada Lucas Prates/Hoje em Dia

O metrô de Belo Horizonte deveria operar, no mês que vem, com uma capacidade ampliada de 50% no volume de passageiros, ou seja, dos 220 mil ao dia para 340 mil. Pelo cronograma de aquisição de dez novos trens, anunciado pelo governo federal em novembro passado, todos estariam nos trilhos em agosto. Até agora, porém, não transportaram ninguém.

Um investimento de R$ 171,9 milhões destinado a desafogar o sistema, mas que ainda não resultou em benefícios. Os veículos, adquiridos de uma empresa espanhola e montados em São Paulo, estão estacionados nos pátios de manutenção das estações São Gabriel e Eldorado. 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) argumenta que as composições estão em teste e insiste em dizer que o processo segue dentro do programado. No entanto, quando a suplementação da frota foi anunciada, a promessa era colocar as composições em operação da seguinte forma: uma em janeiro, uma em março, uma em abril, duas em maio, duas em junho, duas em julho e a última em agosto.

Enquanto isso, passageiros se espremem nos vagões de composições antigas, com mais de 30 anos de uso, principalmente nos horários de pico. Fora o desconforto: quanto mais cheio, mais quente. Os trens não têm ar-condicionado. 

“A sensação é que estamos em um forno. Não tem passagem de ar, e o aperto é grande”, diz a auxiliar administrativa Patrícia Mourão, de 26 anos.

De acordo com a assessoria de imprensa da CBTU, que não disponibilizou nenhum técnico para explicar a demora na instalação dos novos vagões, as composições passam por testes de comissionamento, obrigatórios antes da entrada em operação. 

Segurança

Nos testes, são verificados sistemas de freios, conjuntos pneumáticos, portas, iluminação, performance, informações ao passageiros, dentre outras especificações técnicas. Agora, em uma nova estimativa, a CBTU pretende colocar as composições em atividade “no segundo semestre deste ano, de forma gradativa”, mas não especifica datas.

Para o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro), a demora é resultado de falha no cronograma. “Os testes são imprescindíveis para que o novo dispositivo comece a operar. Isso requer tempo para que os ajustes necessários sejam feitos de forma a garantir a segurança de usuários e funcionários”, explica o vice-presidente Romeu José Machado Neto. 

Além de mais modernas, as novas composições têm ar-condicionado e vagões integrados. Painéis eletrônicos informam aos passageiros o nome da estação que se aproxima.

Os veículos têm, ainda, tecnologias sustentáveis, como iluminação por LED, mais econômica e durável que a convencional. 


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Metrô ganha reforço para hora do rush

ESTADO DE MINAS 24/04/2014

Já está circulando em Belo Horizonte a nova composição do metrô com capacidade duplicada, após a chegada do reforço de quatro vagões. As viagens do "trem estendido" acontecem durante o horário de pico da manhã para aliviar a lotação enfrentada pelos passageiros.

O trens circulam normalmente com quatro vagões com capacidade total de 1.002 passageiros. A partir de ontem, outros quatro carros extras foram acoplados a essa composição específica, chegando a oito.

A princípio, o reforço vai ser adotado em duas viagens: uma da Estação Vilarinho até ao Eldorado e outra no sentido contrário. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o objetivo é aumentar o número de composições duplas para oferecer mais lugares aos usuários no horário de maior movimentação do sistema.

A CBTU estuda outras formas de incrementar o atendimento ao usuário. A companhia anunciou ter adquirido 10 novos trens, que devem chegar a Belo Horizonte no segundo semestre. O investimento total foi de R$ 171,9 milhões para aumentar a capacidade do sistema em 50%.

Está em estudo também a implantação de um vagão exclusivo para mulheres no metrô de BH. O espaço destinado ao público feminino é uma tentativa de evitar o assédio, especialmente em horários de pico. A medida já foi adotada no Rio de Janeiro e recentemente em Brasília. Uma audiência pública foi realizada na Praça da Estação, no Centro da capital, em março, para discutir projeto nesse sentido apresentado na Câmara de Belo Horizonte.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Governo de Minas contesta Lula sobre metrô de BH

O GLOBO – RJ 17/02/2014

Nota diz que União é responsável pela paralisação nas obras

BELO HORIZONTE > O governo de Minas Gerais reagiu ontem às críticas do ex-presidente Lula sobre a demora na ampliação do metrô em Belo Horizonte. Na última sexta-feira, durante a comemoração do aniversário do PT na capital, Lula afirmou que as obras ainda não saíram do papel por falta de projeto básico, que deveria ter sido providenciado pelo governo mineiro, comandado pelo governador Antonio Anastasia, do PSDB, partido do senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência.

Em nota, o governo mineiro disse ser de inteira responsabilidade do governo federal a expansão das linhas do metrô. O estado se queixou de que, nos últimos anos, sob a gestão petista no governo federal, a obra ficou totalmente parada, comprometendo a Mobilidade Urbana na terceira maior região metropolitana do país . A nota diz ainda que, neste período, o governo mineiro se ofereceu para colaborar, fazendo vários esforços para sensibilizar o governo federal no sentido de retomar as obras .

Em resposta a Aécio, que tinha criticado o valor dos repasses para obras de grande impacto, como o metrô, Lula declarou sexta-feira que a ampliação do Trem Urbano só não saiu por culpa do governo do estado:

- A verdade é que o metrô está precisando de um projeto do governo de Minas. Nós somos republicanos, mas não somos tontos para repassar verba para obra sem projeto.

Segundo o governo mineiro, o convênio para liberação de recursos para elaboração dos projetos só foi assinado pelo governo federal em abril de 2013: Os projetos de engenharia estarão concluídos em abril de 2014, em apenas 12 meses, prazo recorde para projetos de tal complexidade. Portanto, o governo do estado está rigorosamente em dia com as obrigações assumidas .

terça-feira, 18 de março de 2014

Dilma anuncia investimento de R$ 2 bi no metrô de BH

Revista Ferroviária 20/01/2014
A presidente Dilma Rousseff anunciou, na última sexta-feira (17/01), o investimento de R$ 2 bilhões no metrô de Belo Horizonte (MG), operado pela CBTU. Os recursos serão destinados para a modernização e ampliação da linha existente e construção de duas novas linhas.
A ampliação do metrô será realizada por meio de parceria entre os governos federal, estadual e a prefeitura de Belo Horizonte. A Linha 1 será contemplada com a construção das estações Novo Eldorado, em Contagem, e Calafate II, e também com melhorias nos acessos as estações existentes.

A Linha 2, que será construída, irá atender o trecho Barreiro-Calafate II, com 10 quilômetros e 5 estações. Já a Linha 3, será implantado o trecho Savassi-Lagoinha, e terá 4,5 quilômetros e também 5 estações.

“Nós vamos ao concluir esses investimentos chegar a 44,5 km de linhas de metrô aqui na grande BH, com 31 estações”, anunciou Dilma em evento na capital mineira.

A malha metroviária de Belo Horizonte é operada pela superintendência de Trens Urbanos de da CBTU e, atualmente, opera com uma linha, 19 estações e 28,2 quilômetros de extensão.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Metrô de BH recebe R$ 53 milhões para projetos de engenharia

16/04/2013 - Estado de Minas
O governador Antônio Anastasia (PSDB) assinou nesta terça-feira contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 52,8 milhões para a contratação de estudos e projetos de engenharia para viabilizar as obras do metrô de BH. Os recursos para a obra, que faz parte do PAC Mobilidade Grandes Cidades do governo federal, serão usados nos projetos de engenharia para a ampliação das três linhas do transporte com trens. A assinatura do contrato ocorreu com a presença do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; do presidente da Caixa, Jorge Hereda; do secretário de Obras Públicas, Carlos Melles e o presidente da Metrominas, Fabrício Sampaio.

O projeto que prevê a expansão do metrô está avaliado em R$ 3,1 bilhões e foi anunciado pela presidente Dilma, juntamente com o governador Antônio Anastasia e o prefeito Marcio Lacerda (PSB), na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em abril do ano passado. Sendo destinados para as obras R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União, R$ 878 milhões financiados junto ao BNDES e R$ 1,2 bilhão repassados pelo governo estadual e prefeitura, valor contratado por meio da modalidade parceria publico privada (PPP).

Conforme o presidente da Metrominas, a previsão é que no início do ano que vem as obras devem ser iniciadas. Segundo o secretário de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, dentro de alguns meses os projetos devem estar prontos. “Nós já demos as ordens para a contratação dos projetos. Agora chegaram os recursos. Dentro de alguns meses nós teremos os projetos prontos”, disse.

Os recursos serão empenhados para a melhoria e reforma da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) – acréscimo de 1,7 quilômetro no sentido Contagem – construção da Linha 2, que ligará a região do Barreiro à estação do Calafate – extensão de 10,5 quilômetros e seis estações – e construção da Linha 3, que ligará a Savassi à estação da Lagoinha – extensão de 4,5 quilômetros e cinco estações. Assim que estiverem concluídas, o volume de passageiros transportados será elevado de 200 mil por dia, para 900 mil. Com 12 novas estações a extensão dos trilhos chegará a 44 km.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Governo abre consulta pública para construção de novas linhas do metrô de BH

Cristiane Silva
Publicação: 12/12/2012 10:40 Atualização: 12/12/2012 10:44


O governo de Minas abriu nesta quarta-feira a consulta pública para as empresas interessadas na parceria público-privada para a construção das novas linhas do metrô de Belo Horizonte. O anúncio foi publicado no Minas Gerais, diário oficial do estado, na terça-feira. Após o processo, será feita a licitação onde o governo vai decidir qual dos interessados será responsável pelos trabalhos e pela manutenção.

As obras previstas, segundo o edital, são a expansão da Linha 1, no trecho entre as estações Eldorado e Novo Eldorado, bem como a operação e manutenção do trecho entre as estações Vilarinho e Novo Eldorado; a implantação, operação e manutenção da Linha 2, entre as estações Barreiro e Nova Suíssa; e também a operação e manutenção da Linha 3, entre a Savassi e a Lagoinha. O valor estimado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) é de mais de R$ 15 bilhões de reais.

A consulta à minuta do edital e aos respectivos anexos referentes ao processo de licitação já está disponível no site da Metrominas. Os interessados podem enviar sugestões e comentários para o e-mail metrormbh@transportes.mg.gov.br.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sondagem para novas linhas do metrô de BH ocorre há dois meses

Há dois meses, em diferentes pontos da capital, homens e máquinas fazem sondagens para saber das condições do subsolo por onde devem passar duas novas linhas do metrô de BH

Publicação: 22/11/2012 06:41 Atualização: 22/11/2012 06:45

O solo de alguns dos pontos mais movimentados de Belo Horizonte vem sendo sondado desde setembro. Para descobrir por onde podem passar as duas novas linhas do metrô da capital, cujas obras devem começar em 2014, operários usam grandes máquinas para perfurar a terra para saber a estrutura do subsolo. Essas sondagens iniciam o longo caminho a ser percorrido até que os novos trilhos passem a funcionar. As perfurações podem ser mecanizadas ou manuais. Os furos são pequenos, têm aproximadamente 10 centímetros de diâmetro, mas a profundidade varia de 30m a 50m, dependendo do túnel a ser escavado. O objetivo do trabalho é obter amostras do solos, rochas e outras informações geofísicas, como a presença de água e a resistência das camadas do terreno. É possível observar se há obstáculos à passagem do metrô.

No Barreiro, as sondagens estão sendo realizadas em dois pontos: nas avenidas Olinto Meireles, próximo à Avenida Tereza Cristina, e Afonso Vaz de Melo, perto do Shopping Barreiro. Essas sondagens integram o projeto de instalação da linha 2, que será totalmente subterrânea. Ela prevê a criação de sete estações e, ao longo de 10,5 quilômetros, ligará o Barreiro ao Bairro Nova Suíça, na Região Oeste da capital. O trabalho é desenvolvido na Região Centro-Sul, onde a Linha 3 terá 4,5 quilômetros, se estendendo por cinco estações e ligando a Savassi ao Complexo Viário da Lagoinha. Há sondagens sendo feitas na Rua Pernambuco – nas esquinas com a Rua Bernardo Guimarães e as avenidas Brasil e Cristóvão Colombo – e na região da rodoviária – próximo à Avenida Antônio Carlos e às ruas Além Paraíba e Itapecerica. Entre os locais onde já foram realizadas sondagens estão o pátio inferior da rodoviária e a Praça Sete, no Centro. A linha 1, que conta com 18 estações, será ampliada em 1,7 quilômetro e ganhará outra estação, a de Novo Eldorado, em Contagem, região metropolitana da capital. Porém, as sondagens para essa linha ainda não começaram.

As perfurações foram iniciaradas em 3 de setembro, após negociações com concessionária de energia, água e telecomunicações, fosse aberto o chão em locais indevidos. As investigações do subsolo devem ser concluídas em março de 2013, de acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). No total, as perfurações vão custar R$ 6,4 milhões e buscam dar subsídios ao projeto de engenharia, que vai desenhar o trajeto exato dos novos trilhos do metrô.

O processo de licitação para contratação da empresa responsável pelo projeto foi aberto em 31 de outubro. A empresa vencedora será anunciada ainda neste mês, segundo a Setop, e terá 12 meses para terminar o projeto. Em seguida, abre-se nova licitação, dessa vez para contratar a construtora responsável para executar as obras, que, na melhor das hipóteses, só começam em 2014. “O início das obras depende da liberação de recursos do governo federal”, informa nota oficial da secretaria, que evita fixar datas para as novas estações entrarem em atividade.

CRÍTICAS
Em audiência pública realizada na Câmara Municipal em julho, os itinerários das novas linhas apresentados pela Trem Metropolitano S.A. (Metrominas), sobretudo o da Linha 2, foram criticados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e pelo Sindicato dos Metroviários (Sindimetro). O representante da operadora federal dos trens da capital, Adão Guimarães Silva, afirma que os passageiros do Barreiro, embora tenha o Centro como principal destino, terão que descer na estação Nova Suíca e ingressar nos já abarrotados vagões da Linha 1 (Eldorado/Vilarinho). “O estudo da CBTU concluiu que o melhor itinerário seria Barreiro–Santa Tereza (na Região Leste, perto da área hospitalar, passando pela Praça Sete)”, diz. O Sindimetro concorda: “O certo é ir direto do Barreiro à Praça Sete e Santa Tereza. Nem que seja preciso deixar a Linha 3 (Savassi–Lagoinha) para depois”, disse o vice-presidente do sindicato, Romeu José Machado Neto.

O coordenador do projeto do metrô pela Prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Duarte, admitiu que o planta, como está, cria um gargalo na Estação Calafate. “Será uma questão operacional. Estamos fazendo estudos e simulações, em busca de soluções. Uma das respostas pode ser o trem da Linha 2 ingressar nos trilhos da Linha 1 e cumprir o restante de seu itinerário até o Centro”, afirma. Especialista em transportes e trânsito, Frederico Rodrigues concorda que “o ideal seria a linha 2 sair do Barreiro direto para o Centro”. Se isso não for feito e o usuário dessa linha tiver que tomar outro trem na Linha 1, “será preciso ampliar a capacidade de funcionamento” da linha 2, constata Rodrigues, doutor em engenharia de transportes. Mas ele considera que o projeto atual “já representa um ganho significativo” e elogia o traçado da Linha 3 (Savassi/Lagoinha). “Atualmente, o trem metropolitano não passa exatamente nos centros de demanda, os locais mais movimentados da cidade, como Praça Sete e Savassi. A Linha 3 corrige esse problema”, analisa. De acordo com a Setop, a capacidade do metrô será ampliada de 200 mil passageiros por dia para 980 mil, após a abertura das novas estações, enquanto o número de vagões aumentará de 100 para 240.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Metrô de BH tem R$ 750 mi à espera de aprovação

21/11/2012 - Estado de Minas

Mal conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa três empréstimos somando cerca de R$ 4,1 bilhões, o governo do estado já tem na fila de votação do plenário outro financiamento. Desta vez, serão contratados R$ 750 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades – para expansão do metrô de Belo Horizonte. O projeto que autoriza a operação de crédito foi aprovado ontem na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia.

O projeto não informa quais serão as intervenções financiadas, indicando apenas que os recursos vão para atividades definidas no Plano Plurianual de Ações Governamentais (PPAG) relacionadas às áreas de infraestrutura e mobilidade urbana. Também foi aprovado na comissão o projeto que modifica carreiras no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). No plenário, os deputados estaduais aprovaram o pagamento de adicional de insalubridade a servidores da saúde e a alguns da educação superior por trabalharem em contato com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de contágio. O abono será pago nos percentuais de 10%, 20% e 40%, dependendo do grau de risco.

Também foi aprovado projeto da Procuradoria Geral de Justiça que cria 559 cargos no Ministério Público de Minas Gerais. O relator Zé Maia (PSDB) tentou incluir um substitutivo de última hora, mas os parlamentares optaram por aprovar o texto original, já que desconheciam o teor da mudança. São 129 cargos de oficial, 418 de analista e 12 em comissão, que custarão aos cofres do estado R$ 33,95 milhões por ano.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CBTU retoma contrato de construção da Linha 2 de BH

Revista Ferroviária 20/09/2012

A Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU BH) anunciou nesta semana a retomada do contrato com o Consórcio BH-Metrô,  composto pela Via Dragados S/A e Mendes Júnior Trading e Engenharia S/A, responsável pela implantação do trecho Calafate-Barreiro da Linha 2 da capital mineira.  Com a reativação do contrato, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) negociará com o Governo Federal a liberação dos recursos, que devem ser do PAC da Mobilidade.  As obras estavam paralisadas desde abril de 2004, por falta da liberação de verbas. O valor atual do saldo do contrato com o Consórcio BH Metrô é de cerca de R$ 80 milhões.

O trecho já conta com obras de infraestrutura, contenções, drenagem, vedação, passarelas e passagens inferiores da Gameleira até o anel rodoviário.  Agora serão realizados os serviços de infraestrutura, uma passagem inferior na Rua Benjamim Flores, outra passagem inferior na Rua Tupã, três passarelas, a transposição de parte da linha de carga e vedação de parte do trecho, entre a Gameleira e o anel rodoviário. Essas obras devem ficar prontas em dois anos, contando a partir da liberação dos recursos.  Além disso, serão construídas as estações e implantados os sistemas de sinalização e rede área. Doze trens devem comprados para o trecho.

O projeto da Linha 2 de Belo Horizonte  tem 19,5 km e 15 estações entre o Barreiro e o Hospital Santa Tereza, com trechos subterrâneos e em superfície.  A implantação será em duas etapas, sendo a primeira do trecho em superfície e a segunda do subterrâneo. O trecho Calafate-Barreiro é em superfície e conta com 10,5 km e seis estações. Cerca de 300 mil usuários serão beneficiados com a conclusão do trecho.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Belo Horizonte licita projeto básico das linhas 1, 2 e 3

Revista Ferroviária 13/09/2012 - G1 MG

A Empresa Pública Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas) publicou, nesta quinta-feira (13), o aviso de licitação do projeto básico de engenharia das linhas 1, 2 e 3 do metrô. O custo está previsto em cerca de R$ 18,5 milhões para a expansão das linhas 1 e 2, e de R$ 14,6 milhões para os obras da linha 3. A Metrominas explicou que o projeto é importante para estabelecer os custos que vão possibilitar a elaboração do edital para as obras.

De acordo com a empresa, na linha 1 está prevista a reforma e melhoria das estações, aquisições de novos trens e o aperfeiçoamento dos sistemas elétricos e de comunicação. A ampliação até a estação do Novo Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte também está entre as propostas.

A linha 2, que está prevista para ter uma extensão de 10,5 km, ligará a Região do Barreiro ao bairro Calafate, na Região Oeste da capital, por meio de sete estações.

Já a terceira linha, totalmente subterrânea e com 4,5 km de extensão, ligará a Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte ao bairro Lagoinha, na Região Oeste da cidade, com cinco estações previstas.

A entrega das propostas está prevista para o dia 30 de outubro, quando vai ocorrer a licitação. De acordo com a Metrominas, após a ordem de serviço, a obra será feita em 12 meses.

Todas as informações sobre o processo vão estar disponíveis no site do governo a partir desta sexta-feira (14).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Estações como pólos de desenvolvimento

Este trabalho foi apresentado pelos autores na 18a Semana de Tecnologia Metroferroviária da AEAMESP.
Resumo:
O trabalho apresenta um procedimento de avaliação das estações metroferroviárias como pólos promotores de desenvolvimento socioeconômico. Apresenta também um estudo de caso com as estações do metrô de Belo Horizonte da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU.
Relevância:
O conhecimento, com base na centralidade, da vocação e potencial de cada estação em fomentar determinadas atividades, dá suporte para se alcançar a integração entre transporte e uso do solo, contribuindo para a criação de um ambiente auto-sustentável.
Descrição:
Para que uma cidade possa existir e realizar suas funções econômico-sociais, ela tem que estar estruturada com base em seu sistema viário e de transporte.
O sistema de transporte de uma cidade, por sua vez, compreende a coordenação de todos os modos e infra-estruturas de transporte à disposição da sociedade, estando aí incluídos os modos motorizados e não motorizados. Sendo assim, um sistema de transporte bem estruturado é aquele que está organizado de forma a atender as necessidades de deslocamento da sociedade pelo menor custo generalizado e ser ao mesmo tempo sustentável.
Nesta perspectiva, um sistema de transporte bem estruturado induz o desenvolvimento socioeconômico da região onde está inserido, na medida em que possibilita maiores fluxos de pessoas e mercadorias.
Assim, torna-se relevante coordenar o planejamento da infra-estrutura de transporte e do uso do solo com uma concepção que promova, além da integração entre modos de transporte, o desenvolvimento socioeconômico da região, de modo a se criar condições de sustentabilidade do sistema. Tal articulação é fundamental porque a disponibilidade de serviços de transporte influencia o processo e os padrões de expansão das áreas urbanas e define (ou reorienta) o uso do solo e sua ocupação. Planejamento urbano e planejamento de transporte têm que caminhar juntos.

No final do século XX, surgiram novas tendências no sentido de favorecer a organização do espaço urbano com base no seu sistema de transporte público e empreendimentos a ele associados, que vêm sendo chamados de TOD – Transit Oriented Development. Neste modelo se reforça as atenções na implantação ou revitalização de empreendimentos na área de influência do sistema de transporte público existente ou que se encontra em implantação.
No que concerne ao transporte público e particularmente ao transporte sobre trilhos, o local considerado ideal para as intervenções é o entorno das estações, onde se busca também dotar a área de outros requisitos que impliquem na diminuição das viagens por transporte individual de seus habitantes para outros pontos da cidade.
As estações metroferroviárias inseridas no espaço geográfico têm uma tendência natural de exercer um papel importante na relação do sistema de transporte com o ambiente urbano, e podem contribuir na implantação de projetos, uma vez que são focos de integração modal e canal de comunicação entre as duas regiões separadas pela via férrea. Por outro lado, a concentração de atividades socioeconômicas no seu entorno, tende a criar um tipo de uso do solo com características compactas. Esses aspectos fazem com que as estações se tornem candidatas a pólos de articulação do transporte com o desenvolvimento socioeconômico e elemento importante na estruturação e organização do espaço metropolitano.
As centralidades urbanas (concentração de bens e serviços) são identificadas a partir da demanda de transportes. No entanto, uma questão relevante diz respeito à distribuição dos equipamentos urbanos na estrutura urbana associada. Um corredor metroferroviário, por exemplo, corta o espaço urbano linearmente e tem a tendência de distribuir os equipamentos urbanos no entorno da linha e da estação, formando uma rede de comunicações com as características dos indicadores apresentados a seguir.
1. Cálculo das Centralidades
As ligações da rede de estações de um sistema metroferroviário se configuram como uma rede de comunicação. Nesse contexto, um ator é central em uma rede, quando pode comunicar-se diretamente com muitos outros, ou está próximo de muitos atores ou, ainda, quando há muitos atores que o utilizam como intermediário em suas comunicações.
Uma rede de comunicação pode ser representada formalmente através de um grafo. Portanto, com base na Teoria dos Grafos, pode-se utilizar uma técnica de avaliação das estações metroferroviárias, onde a centralidade é um atributo dos elementos representados pelos vértices e sua medida está associada à importância, ao prestígio e à influência de atuação de cada elemento.
Um grafo G = (V, A) é uma estrutura matemática definida por um conjunto V, discreto e finito, cujos elementos v são chamados de vértices ou nós, e por um conjunto A de ligações ou relações de adjacências, designadas arestas, que são pares de elementos (v, w) de V, que guardam alguma relação entre si. A forma como um vértice se relaciona com os demais identifica a sua centralidade, ou seja, o seu poder dentro da rede. Como se verá a seguir, diversos indicadores são utilizados para caracterizar a centralidade de cada vértice.
1.1 Indicadores de centralidade e medidas associadas
Uma medida de centralidade na qual as unidades de centralidade são adicionadas entre os elementos conectados, isto é, à centralidade de um elemento são adicionadas as centralidades daqueles que com ele estão conectados, sendo o cálculo do status ou soma das distâncias entre v e todos os outros vértices de acordo com a expressão:

Onde: dij é a distância (física, temporal ou número de caminhos) entre o vértice i e o vértice j.
Para esclarecer conceitualmente o modelo de centralidade aplicado a uma rede de comunicação social, deve-se distinguir ainda as seguintes centralidades:
a)    Centralidade de informação.
Tem como base a idéia de que o número de relações diretas que um elemento estabelece com os outros (dado pelo grau do vértice correspondente) é um aspecto importante de sua posição estrutural e está associado ao número de interações ou conexões de um elemento em uma rede. A sua importância (posição na rede) está associada ao número de elementos interagindo com ele. Se esse número for elevado aumentam as chances de satisfação de necessidades, diminui a relação de dependência em relação aos outros e aumenta o acesso aos recursos disponíveis na rede. Em uma rede de informações ou de difusão de uma infecção, a centralidade de informação traduz a capacidade de receber uma informação ou de ser infectado (o que indica um eventual aspecto negativo). Na matriz de adjacência do grafo associado à rede, a centralidade de informação pode ser obtida adicionando-se os valores relacionados nas linhas ou nas colunas.
b)    Centralidade de proximidade.
Está associada à rapidez de acesso de um elemento em relação aos outros na rede. O elemento com maior centralidade de proximidade é aquele que se comunica com maior rapidez com todos os outros. Ele é tão mais central quanto menor for o caminho que ele precisa percorrer para alcançar os outros elos da rede. No grafo associado à rede, a centralidade de proximidade corresponde ao inverso da soma das distâncias do vértice em questão aos demais, ou seja, dos valores relacionados nas linhas/colunas da matriz de distância.
Em um processo de difusão, a centralidade de proximidade traduz a rapidez com que uma informação chega a um elemento ou a rapidez com que será infectado.
c)    Centralidade de intermediação.
Informa a dependência relativa de um elemento em relação aos demais, ou seja, tem como base a idéia de que a dependência relativa a um elemento é um aspecto importante de sua posição estrutural e está associada ao número de vezes que um elemento participa quando é estabelecida uma interação pelos menores caminhos na rede. O elemento com maior centralidade de intermediação é aquele que participa mais ativamente num processo de interação, no qual se percorre os caminhos mais curtos.
No grafo associado à rede, a centralidade de intermediação diz respeito ao número gij(v) de caminhos geodésicos entre i e j que passam por um vértice v, relacionado ao número total gij desses caminhos. Em um processo de difusão, um vértice que tenha a maior centralidade de intermediação pode controlar ou facilitar o fluxo de informação, atuando como uma ponte ou servindo de elo entre regiões isoladas na rede.
d)    Centralidade de autovetor.
Tem como base a idéia de que um elemento é mais central se estabelece relações com elementos que também estão numa posição central, o que é um aspecto importante de sua posição estrutural. A centralidade de um elemento é uma combinação linear das centralidades dos elementos com ele conectados. Em uma rede de comunicação, aquele elemento que recebe informações de elementos que são fontes de informação tem uma posição privilegiada.
Seja R = [rij] uma matriz de relacionamento, não necessariamente simétrica e com diagonal principal nula. Então:
2. Estudo de caso: Metrô de Belo Horizonte.
a)    Centralidade de Informação (calculada a partir das Matrizes O/D ferroviárias de 2006 e 2009))


Pelo gráfico apresentando os cálculos da centralidade no ano de 2009, observa-se que as estações com maior centralidades de informação foram: Eldorado, Lagoinha, Central, São Gabriel e Vilarinho. Tirando as duas estações centrais (Lagoinha e Central), as demais retratam a influência da existência de terminais de integração com o sistema ônibus exercem sobre a centralidade. Estas centralidades demonstram a capacidade que estas estações têm de transferir e receber passageiros.
Ao se comparar com o gráfico de 2006, verifica-se uma mudança significativa na centralidade das estações num curto espaço de tempo, com a consolidação do trecho entre Minas Shopping e Vilarinho e o aumento das integrações em determinadas estações. No entanto, observa-se que houve uma maior concentração das centralidades nos pontos terminais, o que até certo ponto indica uma sub-utilização das demais estações no contexto da irradiação do desenvolvimento e aumento do movimento pendular.
b)    Centralidade de Autovetor (calculada a partir das Matrizes O/D ferroviárias)
Possuem maior centralidade nesse indicador, ou seja, as estações que estabelecem mais relações com as outras: Eldorado, Central, São Gabriel e Vilarinho. A seguir aparecem: Calafate, Lagoinha e José Cândido.
c)    Centralidade de Proximidade (calculada com base nas distâncias entre as estações)

A centralidade de proximidade apresenta uma curva bem próxima de uma curva normal. Tomando a variância para os valores de centralidade foi obtido um valor igual a 0,01%, um valor bastante pequeno, o que indica que as distâncias entre as estações são, em média, quase as mesmas. As estações localizadas mais no centro da linha apresentam maior centralidade: Central, Santa Efigênia, Santa Tereza, Horto e Santa Inês.
     d) Centralidade de Intermediação (calculada a partir dos caminhos geodésicos entre estações)
Como no indicador anterior, apresentam maiores centralidades de intermediação, as estações localizadas mais no centro da linha: Central, Santa Efigênia, Santa Tereza,Horto e Santa Inês
3. Conclusões
Estação
Centralidade
Informação
Autovetor
Proximidade
Intermediação
1
Eldorado
14%
11%
3%
0%
2
Cidade Industrial
2%
2%
4%
2%
3
Vila Oeste
3%
4%
4%
3%
4
Gameleira
4%
5%
5%
5%
5
Calafate
5%
7%
5%
6%
6
Carlos Prates
3%
4%
6%
7%
7
Lagoinha
7%
6%
6%
7%
8
Central
10%
8%
6%
8%
9
Sta. Efigênia
4%
5%
7%
8%
10
Sta. Tereza
4%
5%
7%
8%
11
Horto
1%
2%
7%
8%
12
Sta. Inês
4%
5%
6%
8%
13
José Cândido
5%
6%
6%
7%
14
Minas Shopping
2%
3%
6%
8%
15
São Gabriel
11%
10%
5%
6%
16
1° de Maio
1%
1%
5%
5%
17
Waldomiro Lobo
3%
3%
5%
3%
18
Floramar
3%
3%
4%
2%
19
Vilarinho
11%
10%
4%
0%

Pela análise geral, pode-se dizer que a estação mais expressiva em graus de centralidade é a Central, pois sua presença é bastante significativa em todos os indicadores calculados, mesmo naqueles em que ela não se destaca entre as quatro maiores, esteve presente entre os 6 primeiros. A seguir, pelo mesmo motivo, aparece a estação Lagoinha.
A subutilização de muitas estações ferroviárias demonstra na realidade a subutilização da infraestrutura ferroviária existente. Isto é um enorme desperdício de recursos ao se considerar que, próximo à linha do trem, aparecem corredores rodoviários congestionados, com elevados índices de acidentes e as conseqüentes deseconomias associadas a esses fenômenos. Um modelo excessivamente rodoviário potencializa a dispersão das atividades e da mancha urbana, dificultando as soluções relacionadas com a mobilidade da população.
Por outro lado, este tipo de estudo no âmbito da estação ferroviária é um importante auxiliar no planejamento das integrações.

AUTORES
Fernando de S. Bittencourt: Gerente Técnico da Gerência de Planejamento e Estudos de Transporte da CBTU. Economista com cursos de extensão em Financiamento de Projetos de Transporte (FGV-RJ), Avaliação Socioeconômica de Projetos de Trens Urbanos – CEPAL (ONU) / SPI (Ministério de Planejamento) e Transporte e Desenvolvimento Urbano – PET – COPPE/UFRJ.
Marina dos Santos Nascimento: estagiária de estatística da CBTU. Cursando o 6º período da ENCE – Escola Nacional de Ciências Estatísticas (IBGE).
Lilian de Sousa Pires: estagiária de estatística da CBTU. Cursando o 6º período da ENCE – Escola Nacional de Ciências Estatísticas (IBGE).