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domingo, 28 de novembro de 2021

Marcopolo Rail fornecerá People Movers articulados para o consórcio Aerogru

 


15/09/2021 RF Revista Ferroviária

A Marcopolo Rail, divisão da Marcopolo focada no desenvolvimento de novos modais sobre trilhos, fornecerá people movers para o consórcio AeroGRU, formado pelas empresas Aerom, HTB, FBS e TSEA. O consórcio é responsável pelo projeto de transporte de passageiros da linha 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos terminais 1, 2 e 3 de passageiros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A proposta comercial de fornecimento dos veículos foi validada entre a companhia e o consórcio este mês.

O Termo Aditivo para construção do Trem de Acesso ao Aeroporto de Guarulhos – Airport People Mover – foi assinado pelo hoje (8/9) pela manhã, marcando o início das obras de construção do sistema.

Serão três composições de dois carros, conhecidos tecnicamente como Automated People Movers (ATM), fabricados e integrados pela Marcopolo Rail. O sistema terá funcionamento autônomo (driveless) e fará um trajeto de 2,6 quilômetros entre a estação ferroviária e o aeroporto. O percurso prevê quatro paradas (estação CPTM, terminal 1, terminal 2 e terminal 3) e, de acordo com o projeto, poderá ser percorrido em seis minutos.

“Com essa iniciativa, ampliamos a nossa atuação no país e reforçamos nossa estratégia de parcerias. Acreditamos fortemente no potencial do metroferroviário brasileiro, que tem condições de avançar nos deslocamentos de alta capacidade com velocidade, eficiência e conforto, além apresentar diversas vantagens na relação custo versus benefício no médio prazo”, afirma Petras Amaral, business head da Marcopolo Rail, que participou da cerimônia.

A Marcopolo Rail iniciou o fornecimento de People Movers para a Aeromóvel, em novembro de 2017. Na oportunidade, a Aerom desenvolveu conjuntamente com a Marcopolo Rail a geração G6 dos veículos do Sistema Aeromovel, representando uma evolução tecnológica significativa em relação àqueles em operação no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).

O veículo foi totalmente projetado, calculado e equipado seguindo os mais rigorosos padrões da indústria de APMs determinados pela norma ASCE 21-13 (Automated People Mover Standard), utilizando componentes de fornecedores consagrados do setor metroferroviário em subsistemas críticos como gangways, sensores, coletores de energia, portas de serviço, molas da suspensão secundária, rodeiros, freios e tantos outros.

“Este importante projeto reforça a parceria estratégica entre Marcopolo Rail e a tecnologia aeromóvel, além de demonstrar o potencial das soluções de mobilidade brasileiras para o mundo”, finaliza Petras.  No ano passado, a Marcopolo Rail iniciou um ciclo de ampliação de seu portfólio, com o lançamento do Prosper VLT, um produto de embarque em nível focado nos segmentos urbano, intercidades e turismo, tendo como primeiro cliente a Giordani Turismo, operadora gaúcha de Bento Gonçalves.

 

domingo, 12 de janeiro de 2020

15 meses após inauguração, trem para Cumbica que pode ter até 2.000 pessoas circula com 35


  08/01/2020
person Folha de S.Paulo

 Vagões vazios do Expresso para Guarulhos nesta segunda-feira (6) - Bruno Santos/Folhapress

Dia 6, primeira segunda-feira de 2020. O relógio marcava 11h57, e o trem surgia na plataforma da estação da Luz, no centro de São Paulo.
Não havia filas. Não havia tumulto. Não havia correria. Apenas 36 passageiros aguardavam pela chegada da composição. As portas fecharam ao meio-dia. É hora de o trem seguir para a sua segunda viagem do dia até o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
Os 36 passageiros não ocuparam nem os 40 assentos disponíveis em um dos oito vagões. Deu para viajar sozinho num vagão inteiro, limpo e climatizado, esticar as pernas e dormir no trajeto, que dura cerca de 30 minutos, sem paradas e com seguranças circulando pelo corredor.
Na volta, a Folha pegou o Expresso das 15h e viajou com outros 35 passageiros até a Luz.
A situação presenciada pela Folha ocorreu num dia em que Cumbica recebeu cerca de 145 mil passageiros, um pico nessa época do ano provocado pelas férias escolares. O número leva em consideração o total de pessoas que circularam pelos três terminais em voos que chegaram e decolaram do aeroporto.
A GRU Airport, concessionária responsável pela gestão do maior terminal aeroportuário do país, não informou quantos desses passageiros ficaram em São Paulo.
Mas nem a comodidade e a alta demanda de Cumbica fizeram o serviço da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decolar. Até agora, o Expresso vem atraindo pouca gente.
Em 2019, atingiu uma média de 350 passageiros ou 35 ocupantes em cada uma das dez viagens (ida e volta) que faz nos dias úteis. Um trem da CPTM possui 320 assentos; incluindo quem viaja em pé, pode transportar até 2.000 pessoas.
Como o serviço expresso foi criado só em outubro de 2018, não é possível fazer uma comparação anual.
A linha 13-Jade da CPTM, da qual o Expresso faz parte, custou R$ 2,3 bilhões, valor pago com financiamento do BNDES e com dinheiro da Agência Francesa de Desenvolvimento e do Banco Europeu de Investimento.
O economista Flávio Roberto de França Júnior, 56, é um habitué do Expresso. Falou com a Folha sentado sozinho num vagão e com o laptop ligado. "É muito barato, limpo e seguro. Eu aproveito os 30 minutos da viagem para trabalhar já daqui."
"Mas não é um serviço de primeiro mundo. O ideal seria ter um trem já ligando o aeroporto de Congonhas [doméstico] a Guarulhos", diz. "O intervalo entre as viagens deveria ser menor. Isso atrapalha muito". Hoje, são duas horas entre uma viagem e outra, nos dois sentidos.
A assistente social Jaqueline dos Santos, 36, e o marido, o eletricista Roberival Silva, 41, viajaram no trem do meio-dia porque ficaram com medo de pegar o próximo, das 14h. O motivo: o voo do casal para Maceió (AL) era às 15h. "[O trem] deveria sair de 30 e 30 minutos. A gente tem que chegar muito antes no aeroporto por causa desses horários mais espaçados."
O Expresso foi inaugurado em 16 de outubro de 2018. Liga o centro da capital paulista ao aeroporto de Guarulhos em viagens diretas. Nos feriados e nos finais de semana, são três deslocamentos em cada sentido.
Rumo ao aeroporto, o primeiro trem parte às 10h. No sentido contrário, às 9h. O bilhete custa R$ 8,80 -o dobro do valor cobrado no serviço de transporte sobre trilhos nas demais linhas. Quem está no Metrô, precisa desembarcar na Luz e comprar o bilhete exclusivo do Expresso.
Mas o maior problema do serviço, apontado por Jaqueline e Roberival, é a falta de conexão direta entre o trem e os terminais de Cumbica.
Os 36 passageiros que estavam na viagem acompanhada pela Folha desembarcaram na estação Aeroporto (última da linha 13-Jade), que fica do outro lado da rodovia Hélio Smidt. Com malas em mãos, atravessaram uma passarela e ainda pegaram um ônibus para acessar a área de embarque.
"Gera um incômodo, né. O absurdo de dinheiro que gastou nisso aqui e ainda tem que pegar um ônibus até o terminal. Já gera um transtorno", reclama Roberival.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Aeroporto de Guarulhos terá trem entre terminais de passageiros e linha da CPTM


  29/05/2019
person Estadão
  
Governo federal quer monotrilho entre CPTM e terminais. Foto: Felipe Rau/Estadão

Transporte será gratuito e terá capacidade para 2 mil passageiros por hora; obras serão iniciadas em setembro e deverão ficar prontas até maio de 2021
A concessionária GRU Airport, que opera o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, construirá um trem tipo monotrilho para conectar o aeroporto e a Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O anúncio foi feito nesta terça-feira, 28, pelo governador João Doria (PSDB) na presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Hoje, essa ligação é feita por ônibus.
Doria vinha intermediando o diálogo entre a GRU e a União para a execução da obra desde que assumiu o cargo, uma vez que o Estado não tem atribuição para fazer a obra na área federal. O acordo  prevê que a GRU executará a obra em troca do abatimento dos custos   na parcela anual de outorga que paga para a União, que é de cerca de R$ 870 milhões. O valor estimado com a obra é de R$ 175 milhões. A operação tem um gasto estimado em até R$ 70 milhões ao ano.
Quando a gente faz as contas, vale muito a pena. O recurso da outorga vai para o Fundo Nacional da Aviação Civil, que está superavitário, dando conta da demanda de investimento nos aeroportos regionais, e nos permite fazer esse investimento, que no final se reverte em valorização do equipamento que nos temos (o aeroporto), disse o ministro Freitas.
O diretor presidente da GRU, Gustavo Figueiredo, afirmou que, em um primeiro momento, não era obrigação da concessão a construção do transporte, mas que a obra estará equacionada com outros investimentos planejados pela GRU, como a ampliação dos terminais. Temos um grupo de trabalho formado por especialistas da CPTM que estão nos ajudando bastante nesse processo, afirmou. A controladora da GRU, a Invepar, também controla empresas que operam ramais de metrô e VLT no Rio.
Promessa é que obras começam e setembro
O modelo exato do monotrilho não está definido. O que foi anunciado é que serão dois trens, com dois ou três vagões cada, que farão a ligação da Estação Aeroporto com os terminais 1, 2 e 3, em um percurso de 2,6 quilômetros. O embarque será gratuito. O tempo entre a estação e o terminai 3, o internacional, será de até 6 minutos, segundo Doria. A capacidade é de 2 mil passageiros por hora em cada sentido. É uma versão menor do que os monotrilhos da cidade, cuja capacidade supera os 40 mil passageiros.
As obras terão o início em setembro, disse o governador, e devem durar até maio de 2021. A GRU tem um grupo de trabalho com técnicos da CPTM para definir os detalhes da construção. O tempo de viagem da Luz até o terminal 3 será de 46 minutos, completou Doria.
Ao término da concessão da GRU, em 2032, os trens terão a propriedade transferida para a união. O traçado da obra é inteiro no terreno do aeroporto, que também é federal. Assim, não serão necessárias desapropriações.
Mais trens e horários
Em 2019, Cumbica está tendo uma média de 3,5 milhões de passageiros por mês, que usam 22 mil voos mensais. Na Linha 13 da CPTM, há média de 270 mil usuários - 168 mil usam a Estação Aeroporto.
Na coletiva em que o projeto foi anunciado, o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, anunciou que os oito trens especiais para a linha, com bagageiro para malas, começam a chegar a partir de agosto. Eles foram comprados ainda na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Baldy prometeu que, ainda neste ano, apresentará soluções para aumentar o número de viagens do aeroporto até as estações Brás e Luz, onde há conexões com o Metrô. Atualmente, essa ligação só ocorre em horários especiais e, no caso da ligação com a Luz, há cobrança de tarifa extra. As partidas rotineiras, a cada 15 minutos, ligam a linha do aeroporto com outra linha da CPTM, e a viagem até o centro da cidade supera o templo de uma hora e meia.