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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Corredores de ônibus no Brasil precisam de melhorias, aponta estudo do ITDP

23/08/2016
Os corredores de ônibus são a solução adequada para oferecer melhor mobilidade urbana e qualidade de vida nas principais cidades brasileiras, com custos baixos e implementação rápida. No entanto, os sistemas que já existem e os que ainda estão em desenvolvimento precisam de mais investimentos para que tenham estes resultados positivos de maneira plena.

É o que mostra o ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento). Desde 2013, a entidade internacional vem avaliando corredores de ônibus no país e lançou um manual de Padrão de Qualidade BRT, com quatro classificações, de acordo com os resultados: Básico, Bronze, Prata e Ouro.

Segundo o blog “Ponto de Ônibus”, o ITDP apontou que um dos maiores entraves para que os corredores de ônibus sejam melhores é a falta de investimentos adequados por parte do poder público, desde o planejamento até a atualização dos sistemas.

É o caso do Corredor Metropolitano ABD, em São Paulo. Os serviços da operadora Metra são bem avaliados na cidade, com aprovação superior à do Metrô de acordo com a mais recente pesquisa da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos). Mas o governo do estado ainda não atualizou as paradas, que são ainda as mesmas de 1988, quando o embarque era ainda pela porta traseira dos ônibus e trólebus. Também não há pontos de ultrapassagem entre os ônibus e em alguns trechos, os coletivos se misturam ao trânsito comum. Estes aspectos não fazem parte do contrato de operação.

Recentemente, a entidade divulgou os resultados das avaliações e reavaliações de 12 corredores de ônibus de grandes sistemas, dentre eles: Rede Integrada de Transportes – RIT (Curitiba); Linha Verde Sul (Curitiba); Eixo Anhanguera (Goiânia); Uberlândia (Minas Gerais); Extensão ABD; Morumbi, Expresso Tiradentes (São Paulo); Corredor ABD (ABC Paulista); Expresso DF Sul (Distrito Federal); MOVE Cristiano Machado (Belo Horizonte); MOVE Antônio Carlos (Belo Horizonte); BRT Transcarioca (Rio de Janeiro); e BRT Transoeste (Rio de Janeiro).

O que determinou se o corredor recebeu classificação ouro, prata, bronze ou então considerado apenas básico, de acordo com a análise dos técnicos e estudiosos do ITDP, foi o fato o sistema atender total ou parcialmente cinco aspectos apontados pela entidade como essenciais para um sistema ser considerado BRT:

Infraestrutura segregada com prioridade - Infraestrutura segregada com prioridade de passagem é vital para garantir que ônibus possam circular de forma rápida e desimpedida por congestionamentos. Por isso a presença de faixas exclusivas de ônibus constitui a 1ª característica que define um corredor BRT.

Alinhamento das vias de ônibus - Outra característica importante é o alinhamento das faixas de ônibus. A presença do corredor no eixo central evita que os ônibus tenham que circular nas faixas próximas às calçadas, onde há muito movimento de carros e outros veículos para embarque e desembarque.

Cobrança da tarifa fora do ônibus - O pagamento da tarifa fora do veículo é feito na própria estação, e não no interior dos ônibus, eliminando os atrasos causados por passageiros efetuando pagamento e esperando sua vez para pagar dentro dos ônibus. Essa é a terceira característica de um sistema BRT. movimento de carros e outros veículos para embarque e desembarque.

Tratamento das interseções - A quarta é o tratamento das interseções. A proibição de que outros veículos atravessem as faixas de ônibus para virar nas interseções reduz atrasos que isto pode provocar no movimento dos ônibus e facilita sua passagem pelas interseções.


Plataforma de embarque em nível - A quinta e última característica que define um sistema BRT são as plataformas de embarque em nível, alinhadas com o piso dos ônibus. Elas garantem um embarque rápido e fácil, com acessibilidade total para passageiros com necessidades especiais.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Ônibus vai ter cara de metrô e tomada para celular

Prefeitura vai entregar 2 mil BRTs até o início de 2017
Publicado: 17 de junho de 2015 às 11:47


Veículos vão circular em corredores e faixas exclusivas (Foto: Sérgio Castro/Estadão)
Ônibus prateado, com "cara de Metrô", ar-condicionado e tomada para carregar o telefone celular. A Prefeitura de São Paulo vai começar a entregar 100 veículos novos por mês, do tipo BRT, que irão circular nos 121,3 quilômetros de corredor de ônibus e 386,8 quilômetros de faixas exclusivas da capital - rede estrutural de transporte coletivo.
Segundo o secretário municipal de Transporte, Jilmar Tatto, pelo menos 2 mil veículos deste tipo estarão em circulação até o começo de 2017. Um desses coletivos começou a ser exposto nesta terça-feira, 16, em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central. Os modelos com capacidade para 118 passageiros em pé e outros 55 sentados também terão wi-fi grátis e catraca dupla para evitar filas no lado de fora dos coletivos.
"Em viários com grandes carregamentos de pessoas, tem que colocar ônibus grande", afirmou Tatto. O objetivo desses BRTs, segundo Tatto, é "andar em linha reta", por isso eles não vão rodar dentro de bairros. "Não tem sentido um ônibus desse tamanho entrar em um bairro. Na Vila Madalena tem ônibus grande andando dentro do bairro, o que não faz sentido."
Para atender os bairros e regiões com viários menores e estreitos, a São Paulo Transportes (SPTrans) vai aumentar a oferta de linhas circulares. De acordo com Tatto, o ideal é que as linhas do chamado sistema local, não entrem nos corredores de ônibus. Caso seja necessário, este tipo de veículo não vai ultrapassar a casa dos 20% dos coletivos pequenos em corredores de transporte coletivo. 
Metrô sobre pneus.  A cor prateada do BRT tem como objetivo criar uma identidade visual, informando aos passageiros que aquele veículo trafega em corredores e faixas exclusivas de ônibus. Tatto afirmou que a Prefeitura vai "metronizar" os ônibus do sistema estrutural na cidade São Paulo. Hoje, os veículos que trafegam pelos corredores têm duas cores: branca e a da concessionária (azul, verde, lilás, amarelo, laranja e vermelho). 
Além da cor que é igual a dos vagões do transporte sobre trilhos, os BRT's, segundo a promessa de Tatto, também terão intervalos menores, operação assistida (acompanhamento em tempo real por meio de GPS) e partidas programadas. 
O prefeito Fernando Haddad (PT) também foi conhecer o novo ônibus. "O transporte coletivo sobre superfíce é cada vez mais regra do que exceção, mesmo onde tem rede metroviária ampla", afirmou. De acordo com ele, até o final de julho a Prefeitura deve lançar a audiência pública para a nova concessão do transporte público em São Paulo. As exigências serão cobradas nos contratos com as empresas. (AE)


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ministro das Cidades discute andamento de obras do PAC em Recife

Mobilidade urbana

Capital pernambucana contará com recursos federais para a construção de corredores de ônibus e implantação da Via Mangue
por Portal Brasil publicado: 25/11/2014 17h30 última modificação: 25/11/2014 17h30
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Na manhã desta terça-feira (25), o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, se reuniu com representantes da prefeitura de Recife para debater o andamento de obras de mobilidade urbana prevista pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O município possui a obra de implantação de corredores de ônibus selecionada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades e a obra da Via Mangue selecionada no PAC Copa.

No Pacto da Mobilidade Urbana, a prefeitura terá recursos para a implantação de diversos corredores BRS nas Avenidas Abdias de Carvalho, Beberibe, Recife, Domingos Ferreira e Mascarenhas de Moraes, além de recursos para elaboração de projetos e Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para implantação de VLT na Avenida Norte.

O Pacto foi lançado pelo Governo Federal para atender as demandas do setor registradas durante as manifestações populares em 2013.

O prefeito pretende entregar até a próxima sexta-feira (28), à Caixa Econômica Federal, a documentação técnica com a definição do acesso à Via Mangue, que ocorrerá com construção da Alça da Ponte do Encanta Moça.  Segundo Geraldo Melo, essa solução viabilizará a implantação de corredores BRS em vias paralelas, atendendo a mais de 200 mil passageiros por dia.

A obra dos corredores BRS selecionadas pelo Pacto da Mobilidade terá seu processo de contratação iniciado após a publicação da portaria de seleção, prevista para as próximas semanas. Nas obras do Corredor Fluvial (Oeste e Norte), de responsabilidade do governo do estado de Pernambuco, caberá à prefeitura remover 1.242 famílias que moram em palafitas para três conjuntos habitacionais em fase de conclusão.

Sem a remoção não será possível fazer a dragagem sem colocar em risco a estrutura das palafitas. De acordo com o prefeito,  a previsão é regularizar o pagamento às construtoras e retomar a obra dos residenciais em janeiro. 

A alteração da proposta do VLT da Avenida Norte, obra importante para a população de Recife, será discutida em nova reunião com a presença de representantes do governo de Pernambuco. A proposta sofreu alterações após aprovação pelo Governo Federal, mas já estão concluídos o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) e o projeto básico.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ônibus em São Paulo é mais rápido em faixa do que em corredor exclusivo

02/12/2013
Enquanto a cidade de São Paulo ganhou 270 quilômetros de faixas exclusivas que aceleraram os ônibus que passam por elas, nos antigos corredores a velocidade dos coletivos continua baixa. Vistas como paliativo para melhorar a fluidez dos ônibus, as faixas à direita tiveram sua implantação acelerada depois dos protestos de junho. As informações são da “Folha de S.Paulo”.

De acordo com o último balanço, a velocidade média dos ônibus nessas vias subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h, o que representa um ganho de quase 50%. Já os corredores ficam à esquerda justamente para terem melhor desempenho e menos interferências, evitando as conversões dos carros. Não é à toa também que são mais caros de construir e que são posicionados nos principais eixos viários, como Rebouças e Nove de Julho.

A velocidade dos ônibus nos nove corredores existentes, que totalizam 130 km, se limitou a 13,5 km/h no primeiro semestre, contra 14,5 km/h no mesmo período do ano passado, sob a gestão do então prefeito Gilberto Kassab. A prefeitura adotou, nos últimos meses, nova metodologia de medição. Mesmo assim, a velocidade se limitou a 16,6 km/h em agosto e setembro, últimos dados disponibilizados. A prefeitura reconhece as distorções e promete uma reestruturação a partir de 2014.

Mestre em transportes pela Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg comentou que os corredores estão saturados. “Chegam a ter 300 ônibus por hora. Já as faixas estão vazias. Na da av. Sumaré, por exemplo, são cerca de 30. É por isso que os ônibus estão mais rápidos nelas”, disse.

Obras do VLT de Recife começam no 2º semestre de 2014

19/12/2013 - G1 PE
A Prefeitura do Recife detalhou, nesta quinta-feira (19), como será a aplicação dos investimentos de R$ 2,9 bilhões em mobilidade urbana anunciados pela presidente Dilma Rousseff durante visita ao Complexo Portuário de Suape, no Litoral Sul do estado, na última terça (17). A linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Norte, um dos projetos mais esperados para desafogar o trânsito na região, vai contar com 13,4 quilômetros e as obras devem ser iniciadas no segundo semestre de 2014, com previsão de 24 a 30 meses de duração.

O trecho Norte do VLT vai contar com 17 estações, do Terminal Integrado da Macaxeira até o TI Joana Bezerra, atendendo a uma demanda estimada em 128 mil passageiros por dia. “Esse é um projeto que atende uma área de alta densidade demográfica, que gera uma demanda muito forte para o sistema coletivo de transporte”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antônio Alexandre.

A licitação para a implantação do VLT deve sair em março do próximo ano e vai incluir tanto o projeto executivo, quanto a obra. “Com isso, nós ganhamos tempos ao incluir os dois, se não, seria uma licitação para o projeto, outra para a obra”, pontou o secretário de Infraestrutura e Serviço Urbano, Nilton Mota.

O corredor do VLT vai seguir pelo canteiro central da Avenida Norte, muito semelhante às pistas exclusivas de ônibus. Ele vai passar pela Avenida Cais do Apolo, Ponte Giratória, Avenida Sul até chegar ao TI Joana Bezerra. “Vão ser necessárias algumas desapropriações, mas tudo isso faz parte do estudo”, adiantou Alexandre. O projeto prevê, ainda, entre outros pontos, drenagem da via, embutimento de fios, uma ciclovia e obras nas calçadas.

A Avenida Domingos Ferreira, na Zona Sul da capital, também deve receber uma linha de VLT. Serão investidos R$ 31,7 milhões em estudos técnicos e de viabilidade econômica para a implantação do projeto na via e em outra área central do Recife. “Os corredores de ônibus já entram antecipando como prioridade de transporte coletivo na Avenida Domingos Ferreira para que, concluindo o estudo do VLT, ele entra e substitui”, detalhou a presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira.
Ônibus e barcos

Os cinco corredores exclusivos de ônibus, outro investimento anunciado pela presidente Dilma Rousseff, vão custar R$ 98,3 milhões e serão semelhantes à linha azul recém-implantada no Recife. Os projetos preveem 5,5 quilômetros de pista exclusiva na Avenida Abdias de Carvalho, sete quilômetros na Avenida Beberibe, 2,6 quilômetros na Avenida Recife, oito quilômetros na Avenida Abdias de Carvalho, onde já começou a troca de placas de concreto, e 11,3 quilômetros na Avenidas Domingos Ferreira.

Já o projeto do corredor fluvial sul, que irá transportar passageiros em barcos pelo Rio Capibaribe, conta com 9,5 quilômetros, saindo da Agência Central dos Correios, na Avenida Guararapes, passando pelo bairro da Imbiribeira até chegar ao ponto final na Bacia do Pina, na altura da Rua Antônio Falcão. O projeto, realizado através de uma parceria do governo federal com o estado, está orçado em R$ 172 milhões.