sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

China inaugura maior linha de trem de alta velocidade do mundo

26 de Dezembro de 2012 04h22

A China inaugurou nesta quarta-feira a linha de trem de alta velocidade mais longa do mundo, a qual, com quase 2,3 mil km de extensão, liga Pequim à cidade de Cantão e consolida o país asiático como líder mundial neste tipo de rede ferroviária.

O primeiro trem bala partiu hoje às 9h locais de Pequim e, de acordo com a previsão divulgada pelas autoridades, chegará a Cantão - cidade situada no sul do país - oito horas depois, o que representa uma redução de 12 horas no tempo de viagem em comparação com os trens convencionais. 

Os trens de alta velocidade, que viajam em uma média de 300 km/h, possuem paradas estabelecidas nas principais cidades do interior da China (entre elas Shijiazhuang, Zhengzhou, Wuhan e Changsha) e passam por seis províncias chinesas, nas quais vivem quase a metade da população nacional (600 milhões de pessoas).

 Com a abertura desta linha, a China se mostra como o líder mundial em linhas ferroviárias de alta velocidade, com mais de 9,3 mil km de linha operando em todo o país.

Ligação mais ágil com o Entorno

Autor(es): ALMIRO MARCOS
Correio Braziliense - 26/12/2012

Edital de seleção da empresa que vai elaborar o estudo de viabilidade do projeto que prevê o transporte de passageiros por meio dos trilhos sai esta semana

Está marcada para amanhã a publicação, no Diário Oficial da União, do edital de contratação de uma empresa para fazer o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) de implantação da ligação ferroviária — por meio de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) — entre Brasília e Luziânia. O projeto está sob responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). A intenção é adaptar os trilhos já existentes, hoje utilizado apenas para cargas, ao transporte de passageiros, fazendo assim a ligação da Rodoferroviária ao centro da cidade do Entorno sul.

O lançamento da concorrência é o primeiro passo efetivo desde a assinatura de um acordo, em 15 de dezembro do ano passado, entre os ministério dos Transportes, da Integração Nacional, o Governo do Distrito Federal, o governo de Goiás, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Sudeco. À época, a expectativa era de que o EVTEA fosse contratado em poucos meses, mas o prazo acabou se estendendo mais do que o programado. "O certo é que estamos dando andamento ao projeto. Não voltaremos atrás", garante o diretor-superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado.

O estudo tem custo estimado entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, recursos da superintendência levantados a partir de emendas de parlamentares do DF no Congresso Nacional. É ele que vai apontar se a instalação do VLT é viável, além de determinar as adaptações necessárias e o modelo de exploração mais adequado. Entre as obras necessárias, estão a construção de estações e de cerca — sete quilômetros de trilhos — ligando a linha já existente ao centro de Luziânia.

Quanto à viabilidade, Marcelo Dourado diz não ter dúvidas. "Tenho dois estudos, um da ANTT e outro feito por um engenheiro particular, indicando que o projeto tem tudo para dar certo. Afinal, os trilhos já existem, estão em bom estado e só precisaremos fazer adaptações", diz. Hoje, a linha é explorada apenas para conduzir cargas pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), duas vezes ao dia. "O transporte de passageiros não vai inviabilizar o que já é feito atualmente", explica o superintendente.

Depois da publicação do edital, a previsão é que, de 30 a 40 dias, a empresa ganhadora seja conhecida. A elaboração do EVTEA deve ser concluída em seis ou oito meses. A expectativa é que entre setembro e outubro do próximo ano, ocorra o lançamento da concorrência relativa às obras. A previsão é que, ainda em 2013, o trabalho comece. O custo total está estimado em R$ 80 milhões. A obra poderá atender cerca de 600 mil pessoas, em especial moradores do Gama, de Santa Maria e de cidades goianas do Entorno sul (que inclui, além de Luziânia, Novo Gama, Cidade Ocidental e Valparaíso).

O interesse do GDF no projeto é evidente, já que, quando o trem estiver em funcionamento, muitos carros e ônibus deixarão de circular nas ruas da capital. Uma das vias que seriam beneficiadas é a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), principal eixo de Saída Sul. Projeções da ANTT indicam que o VLT pode retirar, por dia, cerca de 40 mil veículos do sistema viário. O próprio governador Agnelo Queiroz tem demonstrado interesse em investir em meios de transporte alternativos ao individual. Projetos locais têm incentivado corredores exclusivos de ônibus, ampliação do Metrô e criação de ciclovias.

Memória

Ideia antiga
A ideia de estabelecer uma ligação ferroviária para passageiros entre Brasília e Luziânia, por meio de trilhos já usados no transporte de carga, já é discutida há bastante tempo. Mas foi somente no primeiro governo Lula, em 2003, que o debate ganhou contornos de projeto. Em maio daquele ano, o governo federal anunciou que seriam feitos estudos de viabilidade no trecho e em várias outras regiões do país, como parte do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, ação do Plano Nacional de Revitalização de Ferrovias. Apesar de muita badalação em torno da notícia, a proposta não avançou por aqui e acabou engavetada. O assunto só foi retomado no ano passado, quando, em meados de dezembro, a Sudeco e os governos de Goiás e do DF assinaram um acordo.

Custo-benefício
Os veículos leves sobre trilhos (VLT) são muito populares na Europa para o transporte de passageiros em áreas urbanas. Eles têm a seu favor pontos como trânsito mais rápido — por circularem em trilhos específicos e sem concorrência com o transporte viário —, poluição mínima e capacidade maior de transporte de passageiros do que o sistema rodoviário. Em contrapartida, o custo de instalação é mais alto do que o tradicional. Os defensores dos VLTs garantem que, a médio e longo prazos, o custo-benefício é bem maior do que o investimento em ônibus.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Governo deve prorrogar mais uma vez o IPI reduzido para veículos

Governo deve prorrogar mais uma vez o IPI reduzido para veículos
19/12/2012 – http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1203506-governo-deve-prorrogar-mais-uma-vez-o-ipi-reduzido-para-veiculos.shtml
VALDO CRUZ
SHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA

O governo deve prorrogar mais uma vez a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado na venda de veículos, que vence no final deste ano.
A proposta da equipe econômica, encaminhada à presidente Dilma Rousseff, prevê uma diminuição gradual do benefício, para que ele seja eliminado até o final do primeiro semestre de 2013.

O Ministério da Fazenda avalia que, neste momento, ainda é importante manter o estímulo fiscal para o setor a fim de garantir a retomada do crescimento da economia no início do próximo ano.

A palavra final será da presidente Dilma Rousseff, que está preocupada com o ritmo lento da economia em 2012, quando o país deve crescer apenas 1%.

A eliminação gradual do incentivo já foi discutida com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que concorda com a proposta batizada de "escadinha".

Esta é a terceira prorrogação do benefício tributário desde seu anúncio, em 21 de maio. A primeira foi em agosto, a segunda em outubro e o prazo final seria dezembro.
As vendas de veículos cresceram nos meses em que a medida deveria terminar (agosto e outubro) e caíram nos meses seguintes (setembro e novembro).

O benefício varia de acordo com a potência do motor e se o automóvel é nacional ou importando.

Os carros com potência de mil cilindradas produzidos no país, por exemplo, tiveram sua alíquota de IPI reduzida de 7% para 0. Até 2.000 cilindradas, o IPI caiu de 11% para 5,5% nos modelos a álcool e flex. No modelo a gasolina, de 13% para 6,5%.

O governo também avalia a prorrogação do benefício para a linha branca, que reduziu a cobrança de IPI de produtos como máquinas de lavar, fogão e geladeira.

As medidas poderiam ser discutidas ontem à noite durante reunião do ministro Guido Mantega (Fazenda) com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada.

Comentário do TransUrbPass: O governo se diz preocupado com o problema da mobilidade nos centros urbanos brasileiros, mas fica implementando medidas totalmente opostas ao incentivar a compra e, assim, o uso e automóveis. 

Governo abre consulta pública para construção de novas linhas do metrô de BH

Cristiane Silva
Publicação: 12/12/2012 10:40 Atualização: 12/12/2012 10:44


O governo de Minas abriu nesta quarta-feira a consulta pública para as empresas interessadas na parceria público-privada para a construção das novas linhas do metrô de Belo Horizonte. O anúncio foi publicado no Minas Gerais, diário oficial do estado, na terça-feira. Após o processo, será feita a licitação onde o governo vai decidir qual dos interessados será responsável pelos trabalhos e pela manutenção.

As obras previstas, segundo o edital, são a expansão da Linha 1, no trecho entre as estações Eldorado e Novo Eldorado, bem como a operação e manutenção do trecho entre as estações Vilarinho e Novo Eldorado; a implantação, operação e manutenção da Linha 2, entre as estações Barreiro e Nova Suíssa; e também a operação e manutenção da Linha 3, entre a Savassi e a Lagoinha. O valor estimado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) é de mais de R$ 15 bilhões de reais.

A consulta à minuta do edital e aos respectivos anexos referentes ao processo de licitação já está disponível no site da Metrominas. Os interessados podem enviar sugestões e comentários para o e-mail metrormbh@transportes.mg.gov.br.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coordenador do MDT critica persistência do choque entre política em favor dos automóveis e a Lei de Mobilidade Urbana

http://portal1.antp.net/site/brsl/Lists/Prdcs/noticiamdt.aspx?AspXPage=g%5F1E16728ADA8E45BDAE90DD2E9B8A1F84:%2540codigo%3Dimdt12117701

“Enquanto há uma política de estado que busca universalizar a propriedade e também o uso do automóvel como modo principal de deslocamento urbano, a Lei de Mobilidade Urbana coloca como prioridade o transporte não motorizado, o transporte público e somente em último lugar o transporte feito por automóvel”, disse o coordenador do MDT, Nazareno Affonso, durante a realização em São Paulo da edição regional Sudeste do Seminário Nacional de Mobilidade Urbana. Ele enfatizou que, a partir de agora, os governantes precisam implementar políticas públicas coerentes com a nova legislação referente à mobilidade nas cidades.

Ao participar no dia 29 de novembro de 2012, em São Paulo, da edição regional Sudeste do Seminário Nacional de Mobilidade Urbana – um dos cinco seminários definidos pelo Conselho Nacional das Cidades para divulgar a Lei de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/12) –, o coordenador nacional do MDT, Nazareno Affonso, apontou e criticou o choque que se estabelece entre uma política de estado em favor dos automóveis e a Lei de Mobilidade Urbana.

“Enquanto há uma política de estado que busca universalizar a propriedade e também o uso do automóvel como modo principal de deslocamento urbano, a Lei de Mobilidade Urbana coloca como prioridade o transporte não motorizado, o transporte público e somente em último lugar o transporte feito por automóvel”, disse, mostrando que, a partir de agora, os governantes precisam implementar políticas públicas coerentes com a nova legislação referente à mobilidade nas cidades.

Nazareno assinalou que a Lei de Mobilidade Urbana permite que se recupere um patrimônio público “que foi usurpado”, com a apropriação “absolutamente antidemocrática das vias” pelos automóveis. 

O grande número de automóveis em grandes e médias cidades brasileiras acaba fazendo com que os ônibus tenham que enfrentar congestionamentos que ampliam o tempo de viagem e aumentam o custo do transporte, o que se reflete no valor da tarifa. “A Lei de Mobilidade Urbana está dizendo que essa situação mudou, e que, a partir de agora, será preciso haver democracia na utilização da via, com melhores calçadas, espaço para circulação de bicicletas e garantia de fluidez ao transporte público no trânsito. Tudo isso está em nas  mãos do Poder Público e da sociedade civil, com a nova lei”.

Especificamente sobre a fluidez do transporte público, ele chamou a atenção para experiência recente do Rio de Janeiro com o Bus Rapid Service (Serviço Rápido de Transporte), que reserva duas faixas das vias, monitoradas eletronicamente, para que os ônibus transitem com rapidez.  “Temos também que adotar em nossas cidades políticas de estacionamento muito claras, que impeçam os automóveis particulares de obstruir a vias. Uma política assim deve desestimular, via custo, o uso corriqueiro do automóvel para os grandes deslocamentos, e, ao mesmo tempo, favorecer a utilização desses veículos particulares como alimentadores dos sistemas troncais de transporte urbano, com locais seguros para estacionar junto às estações dos corredores de ônibus e sistemas de trens urbanos e de metrôs. Uma política de estacionamento será o primeiro pedágio urbano de fato em nossas cidades”.

"Contagiar a sociedade". Nazareno Affonso parabenizou o esforço das entidades de São Paulo pelo êxito na organização do encontro na mobilização de representantes de diferentes segmentos da sociedade para participarem do evento. Ele ressaltou a importância da série de seminários sobre a Lei de Mobilidade Urbana: “Queremos contagiar a sociedade brasileira com o tema da mobilidade sustentável”, disse, sublinhando a longa trajetória até que a lei entrou em vigor em abril de 2012: “Essa lei tem dentro dela a luta que fizemos no movimento popular por muitos anos. Ela compreende uma série de pontos que faziam parte da articulação nacional das lutas de transporte, nos idos de 1987 88 e abrange aspectos que temos defendido dentro do setor”.

Segundo o dirigente do MDT, para que a lei caminhasse, houve um esforço de todas as entidades que integram o Comitê de Mobilidade e Transporte, do Conselho Nacional das Cidades. “A elaboração da primeira minuta aconteceu dentro do governo. Esse texto foi posteriormente encaminhado para a Câmara Federal. Nessa Casa, nos deparamos com uma imensa dificuldade para fazer com que essa matéria entrasse entrar na pauta e pudesse começar a tramitar normalmente”.

Nazareno destacou que foi preciso vencer também a resistência de um setor específico no interior do governo: “Com o projeto inserido na pauta, tivemos um adversário permanente: o Ministério da Fazenda, o mesmo que garante subsídios a compra dos automóveis através de renuncias fiscais, comprometendo o orçamento dos municípios. Durante todo o processo de tramitação do projeto lei esse ministério foi um insistente adversário”, disse, prosseguindo: “Para que se possa ter uma ideia do grau de dificuldade que enfrentamos, basta ver que estávamos na última Comissão no Senado, com tudo acertado do ponto de vista político e de entendimento quanto à importância da futura lei, incluindo o posicionamento favorável do relator, quando o Ministério da Fazenda emitiu um relatório de 30 páginas, buscando alterar mais de dez artigos. Se uma modificação com essas proporções acontecesse, necessariamente, o texto deveria regressar à Câmara Federal. Na prática, voltaríamos à estaca zero. Teríamos que reiniciar todo um longo processo de negociação política e o atraso seria imenso”.

Para evitar que as mudanças sugeridas pelo Ministério da Fazenda pudessem ser acatadas, foi necessário empreender nova mobilização: “Tivemos que mobilizar a sociedade civil, a Frente Nacional de Prefeitos, todas as entidades do setor, para que o texto não fosse desfigurado – ou mutilado, termo que usamos na ocasião. No final das contas, conseguimos aprovar a lei que se opõe a um tipo de política que vem vigorando há muitos anos no Brasil e que ainda favorece francamente os veículos individuais”.

Segundo Nazareno, pode-se afirmar que o Ministério da Fazenda é o motor de todas as facilidades – incluindo investimentos e desonerações – que ajudam a atulhar as cidades com um número crescente de automóveis. “Logicamente, o Ministério da Fazenda age consoante uma lógica de política econômica, mas sem levar em consideração as consequências humanas e as externalidades negativas em nossas cidades: sobretudo, congestionamentos, redução da velocidade comercial do transporte público, poluição e ocorrências de trânsito com milhares de mortos e feridos”.

No final de seu pronunciamento, o coordenador nacional do MDTvoltou a realçar a importância da mobilização social para que a Lei de Mobilidade Urbana se efetive: “Está na mão da sociedade fazer vingar essa lei. Eu fico muito feliz quando eu vejo essa plateia e essa disposição de luta, e nós vamos ter que contar muito com a sociedade civil, com os setores organizados. No Fórum Nacional da Reforma Urbana trabalhamos muito, junto com outros setores, pela aprovação da Lei de Mobilidade Urbana, uma lei feita por toda sociedade brasileira e que precisa ser colocada em prática”.

ANTT publica edital do TAV

14/12/2012
Foi publicado na tarde desta quinta-feira (13/12) o edital para a concessão da exploração do serviço público de transporte ferroviário de passageiros do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP). O edital está disponível no site da ANTT. 

Ao contrário do que era previsto anteriormente, o edital agora informa que o operador do TAV não será mais “exclusivamente responsável” por bancar investimentos necessários e que ultrapassem o valor inicialmente previsto. O novo edital prevê que se o custo do TAV for superior ao calculado no projeto, haverá aplicação de dinheiro público no projeto, mas na mesma proporção da participação acionária do governo, que será de 10%.
Entre as alterações está a redução, de dez para cinco anos, do tempo de experiência exigido para que um operador possa participar do leilão. O prazo sem acidentes fatais envolvendo a tecnologia também foi reduzido de dez para cinco anos.

Para vencer o leilão da EF-222, a concessionária deverá apresentar a melhor oferta, assim considerada a proposta que oferecer a maior relação entre o valor de outorga e o valor estimado de construção de elementos de parte da infraestrutura. As propostas e demais documentos necessários à participação no leilão serão recebidos no dia 13 de agosto de 2013 e o leilão será realizado dia 19 de setembro, na Bovespa, em São Paulo.

O edital e seus anexos estão disponíveis no link
http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/11659/Edital.html

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Wilsão visita VLT no interior do CE para implantar o sistema no Piauí

O governador do PI percorreu estações ao lado de Cid Gomes governador do CE e de Clodoveu Arruda, prefeito de Sobral
09/12/2012
A tecnologia do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) cearense, que já está funcionando em Fortaleza, Cariri e quase inaugurada em Sobral, no norte do Estado, pode chegar ao Piauí. Na manhã de ontem, guiado pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e pelo prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda, o governador piauiense, Wilson Martins, visitou a cidade e percorreu algumas estações.
O objetivo da visita de Martins a Sobral era conhecer o equipamento cearense, considerado um dos melhores do Brasil. O transporte metroviário piauiense passará por uma reformulação, propiciada pelos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Foi um percurso de aproximadamente sete quilômetros até chegar ao fim da linha, onde vai funcionar a oficina das composições. "Estou surpreso com a qualidade das máquinas, dos trilhos e da tecnologia implantada no transporte por VLT aqui no Ceará. A nossa pretensão é de comprar, inicialmente, cinco composições e implantarmos o sistema em nosso estado", declarou o governador piauiense ao desembarcar do metrô.
Cid Gomes falou da liberação de recursos federais, pela presidente Dilma Rousseff, para os estados que apresentarem projetos de expansão do transporte público, e estava orgulhoso pela negociação dos VLTs fabricados no Cariri e que serão fornecidos para o estado do Piauí.
O gestor do Piauí também conheceu as instalações da Escola Técnica profissionalizante, Lysia Pimentel Gomes, passou pelo Hospital Regional, e a comitiva seguiu até o Paço Municipal, onde um almoço foi oferecido pelo prefeito Clodoveu Arruda aos governantes dos dois estados.

VLTdo Sobral

O projeto do VLT de Sobral surge como uma necessidade de estruturação das cidades de médio porte do Estado do Ceará, aliando investimentos públicos à melhoria da qualidade destes municípios, de modo a aliviar a pressão migratória sobre a capital cearense. O empreendimento foi concebido pelo Governo do Estado, através da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, vinculada à Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), em parceria com o Ministério das Cidades, através da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Ao lado deste novo modal de transportes, vários outros investimentos, como a consolidação do pólo universitário, com duas universidades públicas e várias faculdades privadas; o fortalecimento do pólo industrial e, mais recentemente, a construção do Hospital Regional farão de Sobral uma das cidades mais bem preparadas para o desafio do novo milênio que é aliar desenvolvimento com sustentabilidade.

O Projeto Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Sobral surgiu a partir de duas premissas definidas no Plano Diretor do município: aproveitamento da via ferroviária e a definição do vetor transportes como estruturador de desenvolvimento urbano. Existente na paisagem da cidade desde o final do século passado, a via férrea, usada hoje só para carga, funcionou durante muito tempo como barreira à expansão urbana. Hoje, ela contorna o centro da cidade, ligando os bairros da Cohab 2, no extremo leste, ao bairro do Sumaré, no oeste, e servirá para abrigar a Linha Sul do VLT.

A Linha Norte ligará o Pólo Industrial da Grendene, localizada à margem da avenida - onde existia o antigo ramal ferroviário de Camocim, no bairro da Expectativa, - ao bairro Cohab 3, passando pelos bairros do Junco e Terrenos Novos . As duas linhas formam dois “us” invertidos, que se tangenciam numa estação de integração.
Dentro do projeto do VLT de Sobral, estão previstas a remodelação de sete quilômetros de via permanente já existente; a implantação de mais cinco quilômetros; a construção de 11 estações de passageiros; do complexo de manutenção, da administração e do centro de controle operacional; e a aquisição de cinco VLTs de dois carros bidirecionais cada, com dupla cabine de comando, tração hidráulica e motorização a diesel.

O projeto executivo está sendo desenvolvido pela empresa MWH e, após a aprovação do edital por parte da CBTU, será lançada a licitação para o início das obras. O projeto do Metrô de Sobral está orçado em cerca de R$ 65 milhões. Serão investidos R$ 1,2 milhão em projetos e supervisão; R$ 20 milhões em material rodante; R$ 2 milhões em desapropriações; e R$ 42 milhões na execução das obras.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

SP: Cumbica terá megaterminal para trem e metrô

16/11/2012 - O Estado de S.Paulo

O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, vai ganhar um terminal ferroviário para abrigar três linhas de trem e uma de metrô. O primeiro a chegar será o da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em 2014. Depois, um trem expresso vindo do centro de São Paulo, em 2016. O metrô é prometido para o ano seguinte e o Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala, para 2019.

Epitácio Pessoa/EstadãoLigação entre estação, ao lado do Terminal 4, e outros terminais será por meio de monotrilho O anúncio foi feito ontem pela concessionária que administra o aeroporto, agora chamada GRU Airport, que assumiu anteontem a operação, ainda assistida pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Em fevereiro, a estatal sai de cena e a empresa passa a comandar o aeroporto sozinha pelos próximos 20 anos, tempo estipulado para a concessão.

Como uma estação já será construída no começo do ano que vem para o projeto mais avançado - o da CPTM -, a intenção da concessionária é ampliá-la para, futuramente, servir como hub ferroviário da região. O terreno fica na Rodovia Hélio Smidt, na frente do Terminal 4. A conexão entre este terminal - que é remoto e fica a 2 km dos demais - e a circulação dos passageiros pelo aeroporto deve ser feita por monotrilho. "Como em vários aeroportos do mundo", afirma Antonio Miguel Marques, presidente da GRU Airport. É assim em aeroportos como o de Miami e o Gatwick, em Londres.

Os projetos da Linha 13-Jade, do trem expresso e do metrô são da Secretaria dos Transportes Metropolitanos; o TAV é do governo federal. Como nada vai sair a tempo do mundial de 2014, a GRU Airport negocia com o Comitê Gestor da Copa um plano para melhorar a mobilidade em Guarulhos. A ideia é oferecer serviços de van e ônibus de e para o aeroporto, provavelmente saindo de algum ponto do centro de São Paulo.

A concessionária reforçou o cronograma das duas maiores obras em andamento no aeroporto: o Terminal 3, para abril de 2014, e o edifício-garagem com 2,3 mil vagas, pronto até abril do ano que vem. Até a Copa serão 10 mil vagas com serviço de valet e preços diferenciados. Hoje, uma diária no bolsão principal (que tem 3 mil vagas) custa R$ 50. Uma hora, R$ 9.

Nova marca. Algumas mudanças já podem ser percebidas em Cumbica. As placas indicativas de portões, check-in e terminais agora têm fundo amarelo e letras pretas, seguindo um padrão internacional de sinalização aeroportuária. As que mostram restaurantes e serviços têm fundo azul. Cerca de 75% das placas foram trocadas e, como algumas têm iluminação de LED, o aeroporto está mais claro.

Os monitores que indicam horário de vôos também tiveram o layout modificado. Nos próximos dias, outras opções de lojas tanto para compras quanto para alimentação vão começar a surgir. Dois restaurantes - uma lanchonete americana e um brasileiro chique - serão inaugurados nos terminais 1 e 2. Um deles vai ficar em um lounge no mezanino, área hoje subutilizada.

Banho de loja.
Os oito banheiros da área comum do aeroporto - antes de entrar na parte restrita de embarque e desembarque - também foram reformados, ganharam novo piso, mais luzes e ficaram maiores.

Quase não há mais sinal da presença da Infraero em Cumbica - do lado de fora do aeroporto e no terminal de cargas, a marca GRU Airport já aparece em letras garrafais. No alto falante, o anúncio dos voos também já é feito com a devida chamada "A GRU Airport informa".

Thales fornecerá o CBTC do monotrilho de Manaus

08/11/2012

A Thales, empresa de sistemas de sinalização e soluções para controle de trens urbanos, fornecerá o CBTC (Communications-Based Train Control) para o monotrilho de Manaus, que está sendo implantado pelo consórcio Monotrilho Manaus, composto por CR Almeida, Mendes Junior, Serveng-Civilsan e Scomi. O contrato foi assinado na semana passada.

A notícia foi dada pelo diretor de Desenvolvimentos de Negócios de Transporte da Thales, Thomaz Aquino, com exclusividade para a Revista Ferroviária, durante a Feira Negócios nos Trilhos. “Nossa experiência é de 25 anos de CBTC e essa é a nossa diferença”, destacou Aquino ao falar que a Thales tem CBTC instalados em importantes sistemas de transporte sobre trilhos do mundo, como Hong Kong, Londres, Nova York e Vancouver.

O monotrilho amazonense será driverless (automático e sem condutor) e o primeiro sistema de transporte sobre trilhos do Estado. A Thales implantará o seu SelTrac CBTC, que será desenvolvido no centro de competência da empresa em Toronto, no Canadá, em conjunto com a Omnisys, subsidiária da empresa no Brasil.

Esse é o segundo contrato de CBTC que a empresa fecha no Brasil em menos de um ano. No ano passado, a empresa fez a parceria para o fornecimento da tecnologia para o monotrilho Linha 17-Ouro de São de Paulo. Os sistemas das duas capitais são semelhantes. 

Palestra sobre CBTC
O diretor da Thales, Thomaz Aquino, participou de um workshop no segundo dia da Feira Negócios no Trilhos e explicou a experiência da empresa nos mais diversos setores do transporte, principalmente no metroferroviário. O foco da palestra foi o CTBC, sistema automatizado que diminui o intervalo entre os trens, evita falhas humanas e reduz custos.

Aquino pontuou as características do sistema, entre elas a capacidade de localização do trem com alta precisão e a melhor utilização da via, pois o equipamento é capaz de adaptar a linha ao perfil de cada trem.  Ele citou como exemplo o VLT de São Francisco (EUA), onde não foi necessária a construção de novos túneis para ampliação do sistema. A instalação do CBTC permitiu a ampliação de 23 para 48 VLTs por hora com economia de 1,3 bilhão de dólares.

Reforço antecipado nos trilhos e na baía

Fabricação nacional de trens começará já no ano que vem. Rio recebe nesta terça-feira (04/12)  2 barcas

POR Angélica Fernandes

Rio -  Alívio à vista para usuários de transporte público no Rio. Dois catamarãs vão atracar nesta terça-feira, no Porto do Rio, com a promessa de reforçar as barcas em 1.600 lugares por hora nos horários de pico.

O serviço da SuperVia promete também entrar nos trilhos antes do esperado: até fevereiro de 2014, 20 novos trens montados em Deodoro, na Zona Oeste, devem entrar em operação com capacidade para mais 20 mil passageiros. A data prevista antes era 2016.

A nova fábrica de montagem é fruto da parceria com a empresa francesa Alstom e ficará pronta até junho. O contrato foi firmado na manhã desta segunda, com presença do governador Sérgio Cabral.

Projeção inspirada em modelos da Alstom de como será o trem nacional da SuperVia montado em Deodoro | Foto: Divulgação

Composições das linhas 3 e 4 do metrô e os VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) poderão ser produzidos lá. “Vamos avaliar a locação do espaço para atender novos projetos”, adiantou o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa.

As composições para a SuperVia serão parecidas com as da frota chinesa, com passagem interna entre vagões, TVs e painéis de LED. A capacidade para passageiros, no entanto, será 20% menor nos trens nacionais.

O mapa de linhas digital é a grande novidade nos carros: nos vagões, mostrará em que ponto do trajeto o trem está. “A ideia inicial seria fabricar os trens na França, mas decidimos trazer todo o trabalho para a nossa casa.

A grande vantagem é que vamos acompanhar todo o processo de fabricação e ainda gerar empregos na cidade”, explica o presidente da SuperVia, Carlos José da Cunha, que garantiu 270 vagas diretas e indiretas. A implantação da fábrica e construção dos trens representam investimento de R$ 2,4 bilhões da concessionária em parceria com o estado.

Catamarãs ainda sem data
Os novos catamarãs alugados de Hong Kong atravessaram o oceano a bordo de um cargueiro e só vão entrar em operação após série de testes no mar, ainda sem data para começar.

A CCR Barcas também não divulgou oficialmente o itinerário das embarcações mas adiantou que o novo investimento será para desafogar os horário de pico na linha Praça 15-Praça Arariboia, a mais movimentada. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, a concessionária assumiu o compromisso de oferecer 1.600 lugares por hora nos horários de pico.


Produção de VLTs de João Pessoa e Natal começa em dezembro

06/12/2012

Os 20 VLTs que irão operar nas cidades de João Pessoa e Natal começam a ser fabricados pela Bom Sinal neste mês de dezembro.  Eles serão produzidos em Barbalha, no interior do Ceará.

Os veículos irão substituir os atuais trens movidos a diesel. A CBTU adquiriu 20 VLTs, dos quais oito serão destinados para a capital da Paraíba e 12 para Natal, uma das sedes da Copa do Mundo.  O contrato para a instalação dos novos trens foi assinado no dia 26 de novembro, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, o presidente da CBTU, Francisco Colombo, destacou a importância desses contratos assinados, com o foco na modernização das regiões. "Essa aquisição representa um ganho substancial e uma nova realidade para a mobilidade urbana de João Pessoa e Natal. A chegada dos VLTs trará melhores condições ao transporte público, com qualidade, rapidez, segurança, economia e conforto”. 

Cada veículo terá a capacidade de transportar 600 pessoas. Eles serão equipados com assentos preferências, ar-condicionado, acesso a cadeirante e circularão em uma velocidade de 40 km/h.

Estima-se que o volume de passageiros de João Pessoa passará de 10 mil para 33 mil pessoas  ao dia. Enquanto em Natal, passará de sete mil para 60 mil passageiros ao dia. O primeiro VLT tem um prazo de 15 meses para entrar em operação, sendo mais três meses para os subsequentes.

Trem Brasília-Goiânia atrai 41 propostas para estudo

25/10/2012 - Valor Econômico

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que recebeu documentação de 41 consórcios interessados na realização de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) para implantação do trem de carga e de passageiros entre as cidades de Brasília, Anápolis e Goiânia.

Entre os grupos que manifestaram interesse em realizar o estudo estão 23 consórcios liderados por empresas brasileiras e 18 liderados por empresas estrangeiras, informou a agência.

Entre esses interessados serão selecionados seis consórcios para os quais será solicitada a apresentação de proposta técnica e de preço para a realização do estudo. Uma proposta será selecionada. A assinatura do contrato com o consórcio vencedor está prevista para março do ano que vem, quando terão início os levantamentos técnicos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sem metrô, Guarulhos faz projeto para trem urbano

26/11/2012 - Valor Econômico

A prefeitura de Guarulhos tenta viabilizar projeto de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para melhorar o transporte público da cidade, que movimenta cerca de 490 mil pessoas por dia e é realizado unicamente por ônibus. Com 1,2 milhão de habitantes - 11ª maior população no país -, a cidade vive há anos a promessa de ser incluída nos projetos de metrô e trem do governo do Estado. Os projetos, no entanto, prevêem um trem até o Aeroporto de Cumbica, sem passar por bairros populosos ou pelo centro, e um metrô até a rodovia Dutra, que não chegaria aos limites do município, e entraria em operação apenas em 2018.

Com a falta de transporte sobre trilhos e sem perspectivas de projetos que atendam a população, a prefeitura encomendou estudos para a construção de um trem que corte a cidade. O VLT teria 12 quilômetros de extensão, ligando a Avenida Timóteo Penteado, próximo à divisa com o Tucuruvi, na região norte de São Paulo, até a rodovia Hélio Smidt, no aeroporto de Cumbica, passando pelo centro.

O projeto custaria R$ 1,2 bilhão e ainda não possui financiador. Entre as possibilidades estão uma Parceria Público-Privada (PPP), investimento do governo do Estado ou financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou de organismos internacionais. "Vamos buscar financiamento. Precisamos da parceria de outros entes federativos ou da iniciativa privada, só a prefeitura não tem recurso", diz o secretário de Transportes e Trânsito de Guarulhos, Atílio Pereira.

Após o estudo de viabilidade econômica, a prefeitura de Guarulhos vai encomendar o projeto básico, mas ainda não estabeleceu prazos para execução da obra. A Secretaria do Estado de Transportes Metropolitanos, por sua vez, informa que não conhece oficialmente o projeto, mas tem disposição em cooperar com a construção do VLT na cidade.

O trem ainda pode ganhar extensões, podendo chegar ao Metrô Tucuruvi, na Linha 1-Azul. Quando essa linha de metrô foi projetada na década de 1970, foi estudada a extensão até Guarulhos, mas na época não houve viabilidade técnico-financeira para a obra.

De acordo com o projeto do VLT, cada trem tem capacidade para transportar 400 pessoas, o mesmo que 177 automóveis ou três ônibus. Guarulhos possui cerca de 530 mil veículos e a frota do transporte coletivo chega a 922 ônibus e microônibus internos. Há ainda outros 536 ônibus intermunicipais que seguem para São Paulo, Poá e Itaquaquecetuba. Além dos ônibus, a cidade conta ainda com cerca de 200 vans clandestinas que operam sob liminar da Justiça. "Só os ônibus não dão mais conta do transporte da cidade. Estamos como mineiros, aceitamos qualquer trem", diz o secretário de Transportes de Guarulhos.

Além do VLT, a cidade possui outros dois projetos de trens que se conectariam no aeroporto de Cumbica. O aeroporto é o destino da futura linha de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do trem-bala. O projeto da CPTM prevê uma linha chamada de 13-Jade, de 11,5 quilômetros até a estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo. O investimento para a construção da linha está estimado em cerca de R$ 1,2 bilhão. "Gostaríamos que esse trem fosse até o bairro São João, que fica atrás do aeroporto e é uma das áreas mais populosas da cidade.

Dessa forma, atenderia não só o aeroporto, mas também a demanda interna, mas para isso precisa de vontade política", diz Atílio Pereira. Caso haja conexão entre o VLT, projetado pela prefeitura de Guarulhos, e o trem da CPTM, a demanda do VLT passaria de 40 mil para 60 mil passageiros por dia.

As obras da Linha 13-Jade estão previstas para começar em fevereiro de 2013 e levarão de 18 a 24 meses. Hoje o projeto está em fase de estudo e um dos entraves é o local da estação no aeroporto. O governo do Estado quer que o desembarque de passageiros seja próximo aos terminais 1 e 2, os mais movimentados e que darão acesso ao 3 que está em construção. A concessionária Aeroporto de Guarulhos, que assumiu a administração do aeroporto, prevê a estação próximo ao terminal 4, distante dois quilômetros dos demais, e se compromete em construir um monotrilho interno para ligar os terminais à futura estação, onde poderia haver conexão entre os três trens planejados.

O trem de alta velocidade que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro tem estações previstas no aeroporto de Guarulhos e na região central de São Paulo. O custo do projeto é de R$ 35 bilhões e a previsão é de que fique pronto em 2018.

Já o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo, entre a Vila Prudente e a rodovia Presidente Dutra chega próximo à divisa municipal com Guarulhos, mas não atende diretamente a cidade. O trecho terá 13,5 quilômetros de extensão e as obras, segundo o governo do Estado, começam em 2013 e devem ser concluídas em 2018, com custo de R$ 7,7 bilhões.

Sondagem para novas linhas do metrô de BH ocorre há dois meses

Há dois meses, em diferentes pontos da capital, homens e máquinas fazem sondagens para saber das condições do subsolo por onde devem passar duas novas linhas do metrô de BH

Publicação: 22/11/2012 06:41 Atualização: 22/11/2012 06:45

O solo de alguns dos pontos mais movimentados de Belo Horizonte vem sendo sondado desde setembro. Para descobrir por onde podem passar as duas novas linhas do metrô da capital, cujas obras devem começar em 2014, operários usam grandes máquinas para perfurar a terra para saber a estrutura do subsolo. Essas sondagens iniciam o longo caminho a ser percorrido até que os novos trilhos passem a funcionar. As perfurações podem ser mecanizadas ou manuais. Os furos são pequenos, têm aproximadamente 10 centímetros de diâmetro, mas a profundidade varia de 30m a 50m, dependendo do túnel a ser escavado. O objetivo do trabalho é obter amostras do solos, rochas e outras informações geofísicas, como a presença de água e a resistência das camadas do terreno. É possível observar se há obstáculos à passagem do metrô.

No Barreiro, as sondagens estão sendo realizadas em dois pontos: nas avenidas Olinto Meireles, próximo à Avenida Tereza Cristina, e Afonso Vaz de Melo, perto do Shopping Barreiro. Essas sondagens integram o projeto de instalação da linha 2, que será totalmente subterrânea. Ela prevê a criação de sete estações e, ao longo de 10,5 quilômetros, ligará o Barreiro ao Bairro Nova Suíça, na Região Oeste da capital. O trabalho é desenvolvido na Região Centro-Sul, onde a Linha 3 terá 4,5 quilômetros, se estendendo por cinco estações e ligando a Savassi ao Complexo Viário da Lagoinha. Há sondagens sendo feitas na Rua Pernambuco – nas esquinas com a Rua Bernardo Guimarães e as avenidas Brasil e Cristóvão Colombo – e na região da rodoviária – próximo à Avenida Antônio Carlos e às ruas Além Paraíba e Itapecerica. Entre os locais onde já foram realizadas sondagens estão o pátio inferior da rodoviária e a Praça Sete, no Centro. A linha 1, que conta com 18 estações, será ampliada em 1,7 quilômetro e ganhará outra estação, a de Novo Eldorado, em Contagem, região metropolitana da capital. Porém, as sondagens para essa linha ainda não começaram.

As perfurações foram iniciaradas em 3 de setembro, após negociações com concessionária de energia, água e telecomunicações, fosse aberto o chão em locais indevidos. As investigações do subsolo devem ser concluídas em março de 2013, de acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). No total, as perfurações vão custar R$ 6,4 milhões e buscam dar subsídios ao projeto de engenharia, que vai desenhar o trajeto exato dos novos trilhos do metrô.

O processo de licitação para contratação da empresa responsável pelo projeto foi aberto em 31 de outubro. A empresa vencedora será anunciada ainda neste mês, segundo a Setop, e terá 12 meses para terminar o projeto. Em seguida, abre-se nova licitação, dessa vez para contratar a construtora responsável para executar as obras, que, na melhor das hipóteses, só começam em 2014. “O início das obras depende da liberação de recursos do governo federal”, informa nota oficial da secretaria, que evita fixar datas para as novas estações entrarem em atividade.

CRÍTICAS
Em audiência pública realizada na Câmara Municipal em julho, os itinerários das novas linhas apresentados pela Trem Metropolitano S.A. (Metrominas), sobretudo o da Linha 2, foram criticados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e pelo Sindicato dos Metroviários (Sindimetro). O representante da operadora federal dos trens da capital, Adão Guimarães Silva, afirma que os passageiros do Barreiro, embora tenha o Centro como principal destino, terão que descer na estação Nova Suíca e ingressar nos já abarrotados vagões da Linha 1 (Eldorado/Vilarinho). “O estudo da CBTU concluiu que o melhor itinerário seria Barreiro–Santa Tereza (na Região Leste, perto da área hospitalar, passando pela Praça Sete)”, diz. O Sindimetro concorda: “O certo é ir direto do Barreiro à Praça Sete e Santa Tereza. Nem que seja preciso deixar a Linha 3 (Savassi–Lagoinha) para depois”, disse o vice-presidente do sindicato, Romeu José Machado Neto.

O coordenador do projeto do metrô pela Prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Duarte, admitiu que o planta, como está, cria um gargalo na Estação Calafate. “Será uma questão operacional. Estamos fazendo estudos e simulações, em busca de soluções. Uma das respostas pode ser o trem da Linha 2 ingressar nos trilhos da Linha 1 e cumprir o restante de seu itinerário até o Centro”, afirma. Especialista em transportes e trânsito, Frederico Rodrigues concorda que “o ideal seria a linha 2 sair do Barreiro direto para o Centro”. Se isso não for feito e o usuário dessa linha tiver que tomar outro trem na Linha 1, “será preciso ampliar a capacidade de funcionamento” da linha 2, constata Rodrigues, doutor em engenharia de transportes. Mas ele considera que o projeto atual “já representa um ganho significativo” e elogia o traçado da Linha 3 (Savassi/Lagoinha). “Atualmente, o trem metropolitano não passa exatamente nos centros de demanda, os locais mais movimentados da cidade, como Praça Sete e Savassi. A Linha 3 corrige esse problema”, analisa. De acordo com a Setop, a capacidade do metrô será ampliada de 200 mil passageiros por dia para 980 mil, após a abertura das novas estações, enquanto o número de vagões aumentará de 100 para 240.

Rio lança o edital do VLT da Zona Portuária

03/12/2012
VLT na Praça Mauá

A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal da Casa Civil, publicou na semana passada o edital para implantação, operação e manutenção de sistema de Veículo Leve sobre Trilhos das regiões portuária e central da cidade.  Em regime de parceria público-privada, a concessão patrocinada será dos serviços, fornecimentos e obras de implantação, operação e manutenção do sistema.

A sessão para o recebimento das propostas será no dia 10 de janeiro, às 10h, na sede da gerência de licitações (Rua Afonso Cavalcanti, 455, 15º andar, sala 1501, Cidade Nova, Rio de Janeiro). O edital está disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/banners_lista.asp#topo . As dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas através do e-mail comissaogbp@pcrj.rj.gov.br ou na gerência de licitações.

O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região. O sistema terá 30 quilômetros e 42 estações divididas em seis linhas.  A construção do sistema de VLT será em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia – Santo Cristo – Praça Mauá – Cinelândia, com prazo para ser concluída em 2015.  Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo – América – Central – Candelária, América – Vila de Mídia e Barcas – Santos Dumont, a serem implantados em 2016.

Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro


A Linha 4, cuja extensão é de cerca de 16 km, é a ampliação do sistema metroviário do Rio de janeiro, ligando a Barra da Tijuca à Zona Sul.

Atualmente estão sendo executadas as obras do trecho entre a Estação Jardim Oceânico (Av. Armando Lombardi) e a Estação Gávea (Etapa I), com extensão de 10 km, incluindo a estação intermediária de São Conrado (próxima à favela da Rocinha).

As vias serão subterrâneas em túneis em rocha e solo, e em galerias de concreto armado, exceto a ponte sobre o Canal da Barra.

Está previsto para este trecho uma demanda de 240 mil passageiros por dia.

A Etapa I está sendo executado pelo Consórcio Construtor Rio Barra, composto pelas empresas: Queiroz Galvão, Odebrecht, Carioca, Cowan e Servix.

A expansão até a Zona Sul (Gávea / Ipanema) para integração com a Linha 1 do Metrô na Estação General Osório (Etapa II) está em desenvolvimento e tem operação prevista para o início de 2016.

Sistema sobre trilhos da R. M. de São Paulo


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Presidente da SuperVia diz que vai revitalizar Central e construir hotel

Anúncio foi feito durante assinatura de contrato para compra de 20 trens.
Parceria com multinacional prevê construção de fábrica em Deodoro.
Paulo Maurício Costa Do G1 Rio

O presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, disse nesta segunda-feira (3) que a concessionária vai revitalizar a estação da Central do Brasil e erguer um novo hotel no local. O anúncio foi feito no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, durante a assinatura do contrato entre a empresa, administradora da malha ferroviária da Região Metropolitana do Rio, e a multinacional francesa Alstom para a compra de 20 novos trens, previstos para serem entregues até setembro de 2014.

Também foi acordada a instalação de uma fábrica de montagem de composições em Deodoro, na Zona Oeste, totalizando investimentos de R$ 300 milhões. "Queremos uma Central totalmente nova, próxima do que existe em outros países, como EUA e França", afirmou Cunha.

Durante a cerimônia, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, anunciou a reforma da estação de Metrô do Maracanã até 2014, antes da Copa do Mundo.

O governador Sérgio Cabral, que fechou o evento de assinatura do termo, preferiu não conversar com a imprensa. Coube a Júlio Lopes rebater a informação, publicada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira, de que o orçamento da construção dos 16 km da Linha 4 do Metrô (Zona Sul-Barra) pulou de R$ 5 bilhões para R$ 8,5 bilhões, uma variação de 70%. “O projeto agora está orçado em R$ 7,5 bilhões. Esse aumento se deve às melhorias que precisaram ser feitas e os consequentes acréscimos no valor inicial, de R$ 5 bi”, disse.

O contrato de concessão da SuperVia com o estado determinava a aquisição das duas dezenas de trens no período 2016-2020, mas a empresa resolveu antecipar o investimento em quatro anos visando, segundo o presidente da concessionária,  “à aceleração da modernização do sistema ferroviário da região metropolitana”.

O bolso do passageiro de trens da concessionária vai ser afetado depois da entrega das unidades, mas Júlio Lopes não soube informar o valor do reajuste nem a data da alteração. A passagem unitária custa atualmente R$ 2,90.

A fábrica de trens, cujas 20 composições representam a primeira encomenda, ocupará em Deodoro um terreno de 32 mil metros quadrados da SuperVia. A previsão é de que a montadora esteja em funcionamento no final do primeiro semestre de 2013.

Depois da entrega dos trens, a empresa francesa deverá assinar novo contrato para a construção de equipamentos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e algumas composições para a Linha 4.