segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Energia mais cara preocupa trens e metrôs


10/11/2014 - Valor Econômico
Com pressões de custos e sem clareza sobre eventuais reajustes, as operadoras de trens urbanos e metrôs também veem um cenário nebuloso pela frente. Uma das maiores preocupações do setor é com o encarecimento da energia elétrica. Para a ANPTrilhos, entidade que representa as principais operadoras do país, o início da aplicação de "bandeiras tarifárias" nas contas de luz, a partir de janeiro, gera receio entre as empresas. A eletricidade representa de 20% a 25% dos custos operacionais no transporte sobre trilhos.

Algumas companhias, como a SuperVia (RJ) e a estatal federal CBTU, são clientes de distribuidoras de energia e devem sofrer uma alta de gastos no começo de 2015 por causa do acionamento das usinas térmicas. Para outras empresas que garantem fornecimento no mercado livre de energia, como o Metrô de São Paulo, o cenário de preços altos também é aflitivo.

"Uma das nossas maiores preocupações atuais é com o aumento dos custos da energia", diz a gerente-executiva da ANP Trilhos, Roberta Marchesi. Não há novos levantamentos sobre a defasagem de tarifas. No início do ano, a associação havia divulgado um cálculo que apontava perdas de R$ 860 milhões até o fim de 2013, com o represamento de tarifas. Em 2014, a projeção era de mais R$ 1,5 bilhão. A defasagem vem sendo coberta com recursos orçamentários, já que a maior parte das operadoras é pública, mas "suga" o dinheiro que poderia ser destinado à modernização de trens e a novas linhas.

A CBTU, que opera sistemas em Belo Horizonte e quatro capitais do Nordeste, já acumula seis pedidos negados de reajuste à União. Em Natal, por exemplo, as tarifas não sobem desde 2002.

Governo define traçado de VLT até Confins (MG)

10/10/2014 - O Estado de Minas
Foi definida, na tarde desta quinta-feira, a diretriz básica que será empregada no transporte Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que ligará o hipercentro de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana da capital. As sugestões haviam sido apresentadas pelas empresas que participam do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e foram avaliadas pelo Governo do Estado em conjunto com a Prefeitura de BH.

Segundo o governador Alberto Pinto Coelho, o desenvolvimento do projeto contribui para a melhoria da mobilidade urbana na Grande BH. “O transporte leve sobre trilhos será integrado ao Move, às linhas de ônibus convencionais existentes na região e ao próprio metrô, observando os projetos de sua expansão. Ganha o cidadão em qualidade de vida, e ganha o estado em desenvolvimento e modernidade”, enfatizou o chefe de estado.

Traçado
De acordo com o governo do Estado, a rota proposta tem como ponto de partida o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip). Em seguida, o trajeto passa pela Via Expressa Leste-Oeste, sentido Bairro Carlos Prates. Pelo Bairro Padre Eustáquio, o traçado alcança a Avenida Pedro II e continua até o cruzamento com o Anel Rodoviário, passando pela Avenida Tancredo Neves e chegando próximo à orla da Lagoa da Pampulha.

O trajeto continua por um vale até o Bairro Pio XII e depois segue acompanhando leito de córregos até a Avenida Vilarinho, na altura da Avenida Baleares, onde transpõe o relevo e chega ao Bairro Morro Alto, próximo à Cidade Administrativa, através da Alameda José Maria Alkimin.

Já no final do trecho, haverá duas opções: seguir para o Aeroporto de Confins, acompanhando a rodovia MG 010 ou ir em direção ao Aeroporto da Pampulha, passando pela Estação Vilarinho e pelo Bairro Planalto.
PMI

Conforme informações do governo, a primeira etapa do PMI buscou definir, através de estudos de alternativas, o trajeto mais viável e a definição da tecnologia a ser utilizada. Nesta etapa, quatro grupo de empresas apresentaram propostas.
O sistema deverá atender as seguintes demandas:

- ser preferencialmente em nível com as vias existentes, reduzindo-se os custos de implantação;
- ser segregado do sistema de transporte atual, com vias exclusivas, para garantir maior velocidade, frequência e pontualidade
- ser conectado, a partir do Centro de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins, sem necessidade de baldeação.


As empresas interessadas em continuar participando do PMI deverão apresentar estudos complementares de demanda, de engenharia e infraestrutura, de impacto, social e ambiental, além de modelo econômico-financeiro e plano de negócios.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Audiência pública apresentará novo trecho do VLT em São Vicente, SP

21/10/2014 - G1 Santos
Uma audiência pública será realizada no próximo dia 29, às 14h, na Câmara Municipal de São Vicente, no litoral de São Paulo, pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que gerencia as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Baixada Santista. O encontro irá apresentar o trecho entre os bairros Barreiros e Samaritá, na Área Continental do município.

O planejamento prevê que o trajeto tenha 7,4 km de extensão e quatro estações, sendo duas de transferência e outras duas de embarque/desembarque. Além do diretor-presidente da EMTU, Joaquim Lopes, assessores técnicos da empresa, autoridades municipais, representantes de entidades e da comunidade devem estar na reunião.

CBTU BH

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Predador

ANTP 20/10/2014
Uma pesquisa realizada em Curitiba pela Brain Bureau de Inteligência Corporativa, a pedido do jornal Gazeta do Povo, traz um dado assustador: 24% dos curitibanos "em hipótese alguma" deixariam o carro em casa e optariam por outro modal para se deslocar pela cidade. Justamente Curitiba, cidade considerada modelo quando o assunto é transporte público e inovação.

Tudo bem, essa visão já está sendo questionada, como demonstra matéria do próprio Gazeta do Povo, publicada em abril deste ano com o sugestivo título "Será que Curitiba não é mais aquela?". A matéria discute artigo publicado no portal do jornal francês Le Monde, no fim de março de 2014, que é taxativo ao dizer que o que ora se vê em Curitiba "é o fim de um mito". Na mesma matéria o Gazeta do Povo também conta que, um mês antes do artigo do Le Monde, um grupo de estudantes de pós-graduação da Universidade Mines ParisTech esteve em Curitiba para realizar uma pesquisa. Resultado: "espantaram-se com a violência e com a incapacidade da prefeitura em inovar nas soluções para o transporte público, optando pelo metrô, uma invenção de 150 anos atrás".

A pesquisa contratada pelo jornal de Curitiba, divulgada neste domingo (19), traz números que podem reforçar a tese (e a percepção) de que a cidade teria perdido sua capacidade de inovar, particularmente quando o tema é transporte público. Mas será que tal problema é exclusividade da capital do Paraná? Se há especificidades, estas por si só não respondem à pergunta. O mais óbvio é buscar a resposta nas demais cidades de porte médio e grande do Brasil, que viram crescer de forma assustadora seus problemas de trânsito e, por conseguinte, de mobilidade urbana.

Não é à toa que outras alternativas de locomoção, assim como novas saídas que auxiliam na mobilidade das pessoas, têm sido a tônica em todas as discussões sobre o problema. Problema, é bom ressaltar, que atingiu de forma igual todas as cidades, causando efeitos diferentes, é claro, conforme a situação local. No caso de Curitiba a engenheira Rebeca Pinheiro-Croisel, pesquisadora francesa que esteve na cidade em fevereiro, contextualiza:
"Quando somos pioneiros e, em algum momento, atingimos patamares acima da média, sempre seremos avaliados com expectativas de excelência".

Afinal, quais os fatores que impedem as cidades brasileiras para inovar em busca de soluções para a mobilidade urbana? Uma pista para a resposta está no artigo do filósofo Renato Janine Ribeiro, publicado no caderno Aliás do Estadão. O artigo (Tachinhas e privilégios) usa como mote para uma profunda análise um recente fato ocorrido na capital paulistana: "as tachinhas que alguma alma má jogou nas ciclovias da Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros".

Por trás de inocentes (ou maldosas) querelas entre motoristas raivosos pela perda de espaço (e privilégio) e ciclistas "adversários" (alegres pela conquista de um naco de asfalto para pedalar), Renato Janine situa o que de fato interessa discutir: "Está em jogo o que queremos da cidade. Nossas cidades foram sequestradas pelo automóvel. Todo ser racional sabe que esse é um caminho péssimo. Quase tudo que se faça para melhorar a cidade exige enfrentar o carro. (...) O verde tem que vencer o asfalto".

Curioso lembrar uma entrevista do então ministro dos transportes Cloraldino Severo à revista Veja em julho de 1983, portanto há 31 anos. O regime político do Brasil, ainda distante da democracia e às voltas com as sequelas deixadas pela grave crise do petróleo dos anos 70, buscava na diminuição do uso do automóvel e na ênfase ao transporte público uma saída para uma situação que se avizinhava perigosa para a economia brasileira. Nesta entrevista (com o título "O automóvel é predador"), Cloraldino Severo é taxativo ao afirmar que "pouco será possível fazer se o Brasil não entender que, em tempos de austeridade, a hora é do transporte coletivo".  O ministro sabia do que falava. O Brasil não entendeu, e hoje pouco se pode fazer.

Hoje, mais que austeridade, o que se discute é sustentabilidade. Janine em seu artigo observa que "em São Paulo há uma resistência insensata, egoísta, dos que têm carro à limitação de seu uso. Um baile da Ilha Fiscal, uma dança sobre um vulcão". E relembra que mais do que planos para o futuro, precisamos aceitar soluções - como as faixas de ônibus e bicicletas -, "que na Europa é presente faz tempo".

Combinar um presente de atrasos com um futuro ainda distante é o grande desafio das cidades e seus gestores. Mais difícil será, sem dúvida, contar com a compreensão daqueles que vêem em seus carros a única opção aceitável de mobilidade.

VLT de João Pessoa


Segundo bonde fabricado em Três Rios chega a Santa Teresa

Jornal Entrerios - Rio de Janeiro/RJ - HOME - 08/10/2014 - 08:30:00

O segundo dos 14 novos bondes de Santa Teresa chegou, no último domingo (05), à Estação Carioca. Outros 12 bondes estão sendo fabricados na empresa TTrans, em Três Rios. Até novembro, está prevista a chegada do terceiro veículo.

O veículo já está passando por testes estáticos, que incluem equipamentos, componentes e comandos. Em seguida, serão realizadas as avaliações dinâmicas, com simulação de carga com sacos de areia, teste para maiores inclinações e operação assistida sem passageiros.

O primeiro bonde, que passa desde agosto por avaliações estáticas e dinâmicas na Rua Joaquim Murtinho, iniciou os testes nos Arcos da Lapa na semana passada. Desde o dia 1º de outubro, o trecho em operação vai do Largo do Curvelo até a Estação Carioca.

Os novos bondes serão colocados em funcionamento com estrutura de aço reforçado, revestida com fibra de vidro, para garantir mais segurança aos passageiros. Os veículos contam com moderno painel de comando, sistema de tração controlado eletronicamente, motores de última geração com menor consumo de energia, sistemas de freios dinâmico e magnético, GPS, sistema de som para comunicação com os usuários, estribos retráteis e quatro câmeras de monitoramento.

Os novos bondes, que tiveram o visual original aprovado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), preservam as características estéticas tradicionais, entre elas a identidade visual, dimensões, cores, conjunto estético e os bancos de madeira.

TEMA DA SEMANA DA ANTP

03/11/2014
Fazer o bem sem ver a quem
"O governo precisa decidir até quando os contribuintes terão de ajudar a pagar a conta dos compradores de veículos. Este não é um setor incipiente no Brasil. Já tem mais de 60 anos. Está sempre pronto a compensar suas ineficiências com benefícios arrancados do governo". (Celso Ming)

O grande desafio do novo governo será mudar sua postura diante dos problemas da mobilidade urbana. O colunista Celso Ming, no Estadão deste domingo (2) ("Subsídios à gasolina"), coloca a questão com clareza, quando afirma que o governo Dilma terá de definir "até que ponto vai dar prioridade à mobilidade urbana e até que ponto vai continuar a subsidiar a compra de veículos".

Manchete de capa do jornal "O Globo", também deste domingo (2) - "Carros têm mais incentivos do que transporte público", apresenta matéria com números e cifras que dimensionam o que tem sido até aqui a preferência governamental pelo automóvel, evidente que em detrimento do transporte coletivo. "A redução do IPI e o preço subsidiado da gasolina custaram aos cofres públicos R$ 19,38 bilhões no ano passado, quase o dobro dos R$ 10,2 bilhões investidos por governo federal, estados e municípios em melhorias da mobilidade urbana", diz O Globo.

Pode-se dizer que a ajuda oficial à indústria automotiva se desdobra em duas frentes que se complementam - não só facilita e estimula a compra do automóvel, como dá fortes motivos (e incentivos) para que ele seja usado extensivamente. A matéria de "O Globo" põe os fatos em números: "somente no ano passado, a redução do IPI para automóveis e o subsídio da gasolina, uma espécie de 'bolsa carro', somaram R$ 19,38 bilhões". 

O resultado: a cada ano 3,7 milhões de carros novos invadem as ruas do país, "e o trânsito já leva os brasileiros a perderem, em média, uma hora e meia por dia no deslocamento para o trabalho", diz a matéria.

Quanto mais carros nas ruas, menor a velocidade dos ônibus, o que implica negativamente no custo final da tarifa, em danos ambientais, em queda de produtividade... "São 47 milhões de automóveis e 19 milhões de motos nas vias brasileiras, frota 175% maior que em 1998. Nesse período, a população brasileira cresceu 28,5%", diz O Globo. Continua a matéria: "desde 2009, os incentivos ao carro somaram R$ 56,4 bilhões -- mais de dois anos de Bolsa Família. Neste cálculo estão as reduções do IPI. Há também a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis, e a diferença entre o valor da gasolina no país e a cotação mundial.
Enquanto isso, em mobilidade urbana foram investidos R$ 32,6 bilhões no mesmo período".

Diante de tal quadro, causa espanto notícias veiculadas esta semana que dão conta de que o setor continuará insistindo em mais favores fiscais - "Setor automotivo terá pacote de 'bondades'" e "IPI para veículos pode ser zerado até o fim deste ano" são algumas delas.

Não à toa a União Europeia pediu esta semana, em Genebra, a abertura de um comitê de arbitragem na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro a setores como o automotivo ("UE questiona na OMC incentivos fiscais a automóveis no Brasil").

Como sempre, as justificativas oficiais serão de que medidas desta natureza estimulam a economia, além de manter empregos. Nesta conta, no entanto, ignora-se o alto custo que tais ações trazem ao país, não apenas em questões que saltam aos olhos nas grandes cidades - como o congestionamento, a poluição e os danos à saúde -, como a queda de produtividade e a redução da competitividade das cidades na atração e manutenção de negócios.

Quando se faz o bem sem ver a quem de fato importa, as políticas oficiais produzem distorções difíceis de serem corrigidas e mesmo mitigadas.

Ceará inaugura metrô incompleto a 4 dias da votação

03/10/2014
Às vésperas da eleição, com o candidato do governador Cid Gomes (PROS) ainda tentando a virada sobre o senador Eunício Oliveira (PMDB), a Linha Sul do Metrô de Fortaleza entrou em operação comercial (ainda parcial) nesta quarta-feira, 1.

O candidato apoiado por Cid, Camilo Santana (PT), foi quem anunciou a “novidade” no debate da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo. Embora a nova operação seja entre segunda e sábado, o Metrô funcionará “excepcionalmente” neste domingo, dia do 1.º turno da eleição. O início do funcionamento normal está previsto somente para 2016. A inauguração, entretanto, era esperada para a Copa do Mundo de 2014.

Visivelmente ainda há muito a ser feito: sinalização e ventilação das estações, por exemplo, ainda não estão completas, e há falhas no sistema de informações sonoras dos trens. Com 24km (liga o Centro de Fortaleza a Pacatuba, na Região Metropolitana), a Linha Sul começou a ser construída em 1999 e custou, até o momento, cerca de R$ 2 bilhões. Recebeu recursos do governo estadual e da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O governo do Ceará nega que o início da operação tenha objetivo eleitoreiro. Segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), a novidade foi possível graças à assinatura de um convênio pendente com o governo federal no valor de R$ 200 milhões e assinado “na semana passada”. Ainda segundo a companhia, de economia mista e ligada ao governo estadual, a operação já poderia ter começado na segunda-feira, mas, “para comunicar à população, decidiu-se começar no primeiro dia útil de outubro”, quarta-feira.

Com recursos do PAC desde 2007, as primeiras estações da Linha Sul só ficaram prontas em junho de 2012, quando teve início a chamada “operação assistida”, com viagens gratuitas entre segunda e sexta-feira, das 8h às 12h. Esta semana, o serviço foi estendido: de segunda a sábado, das 6h30 às 19h, agora com cobrança de tarifa (R$ 2,20 a inteira e R$ 1,10 a meia. É o mesmo preço das passagens de ônibus.

O número de trens operando, entretanto, permanece o mesmo: somente três, o que significa um tempo de espera de 30 minutos entre um e outro. Somente com a operação total, no início de 2016, é que o tempo de espera cairá para entre 3 e 6 minutos, informou a Metrofor, com a circulação de 25 trens.

O procurador regional do Ceará, Rômulo Conrado, informou que não vê irregularidade eleitoral no início da operação dias antes da eleição.

Remoções. No reduto eleitoral do governador Cid Gomes e de seu irmão Ciro Gomes (PROS), outro metrô, também atrasado e com recursos da União, continua sem data para começar a operar. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Sobral, cidade do sertão cearense a 240km da capital, deveria ter sido entregue em dezembro de 2012, mas até hoje não opera. Nesta quinta-feira, 2, a Metrofor não quis dar uma previsão para o início de operação do “Metrô de Sobral”, como é chamado.

A construção do VLT, que custou até agora cerca de R$ 90 milhões, envolveu um polêmico processo de remoção de 18 imóveis. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governador Cid Gomes não retornou. Ironicamente, no trecho onde hoje se veem apenas os escombros das casas que foram removidas, há placas de propaganda não só do candidato apoiado pelo governador, Camilo Santana, mas também de seu principal concorrente, Eunício Oliveira.

CPTM conclui estudo funcional de VLT que ligará Guarulhos ao ABC

Diário da CPTM - São Paulo/SP - HOME - 03/09/2014 - 18:21:05
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou hoje que concluiu o estudo funcional para a implantação do VLT que vai ligar Guarulhos ao ABC Paulista. A futura linha deve ter cerca de 30 quilômetros de extensão e contará com quatro estações no município.
De acordo com a CTPM, os próximos passos que antecedem o início das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ainda sem data definida envolvem a contratação de estudos ambientais, dos projetos básico e executivo e, principalmente, entendimentos com as cidades envolvidas, já que as ações deverão estar em conformidade com os planos municipais.
O projeto prevê a construção de 23 estações, sendo quatro delas em Guarulhos nas proximidades das rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra Petrobrás, Estrada de Guarulhos, Jardim Cumbica e João Paulo, parada final do monotrilho.
O trecho permitirá acesso direto a outras linhas da rede metro-ferroviária, como as estações da Linha 10-Turquesa, Corinthians-Itaquera, da linha 3-Vermelha do Metrô, e da linha 11-Coral da CPTM, além da futura estação União de Vila Nova, que será construída na linha 12-Safira.
O projeto prevê, ainda, a integração com o novo trecho da linha 2-Verde do Metrô, que já está sendo construído.
A previsão é de que o VLT comece a operar em 2021.

Fonte: Guarulhos Hoje


Governo Dilma investe R$ 143 bilhões em mobilidade urbana

O Girassol - Palmas/TO - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - 22/09/2014 - 21:18:40
O Brasil não para de crescer. A população aumentou e, nos últimos anos, com inflação perto de zero, o poder de consumo também cresceu. Com o objetivo de aumentar a qualidade de vida da população, o Governo Federal está investindo R$ 143 bilhões em Mobilidade Urbana, para melhorar as condições do transporte público e reduzir o tempo que se gasta nos deslocamentos diários.

Com esses recursos, importantes obras estão sendo realizadas e planejadas em todas as regiões brasileiras para assegurar transporte público rápido, seguro e eficiente. “Esta é uma demanda que mobiliza nossa população, que gasta, cotidianamente, precioso tempo em seus deslocamentos para o trabalho, para estudar, para o lazer”, diz a presidenta Dilma Rousseff.

Mesmo não sendo atribuição do Governo Federal, a Mobilidade Urbana tornou-se prioridade do governo Dilma, que assumiu o compromisso de investir no setor. “Conhecemos e respeitamos as atribuições dos Estados e Municípios na gestão do transporte coletivo urbano, e temos procurado oferecer recursos federais para ajudá-los a melhorar a qualidade do transporte público”, explica a presidenta.

Esses investimentos estão tornando possível a ampliação e construção de nove metrôs, 14 Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), 180 Bus Rapid Transit (BRTs) e corredores de ônibus exclusivos nas principais cidades do Brasil. Ao todo, serão construídos 4.033 km de novas vias entres transporte sobre trilhos, pneus, fluvial e acessos viários. Um exemplo é o BRT Transcarioca, inaugurado por Dilma em junho, no Rio de Janeiro, com 39 km de extensão, beneficiando 27 bairros e 320 mil pessoas transportadas por dia. O Arco Metropolitano e o VLT também estão beneficiando os cariocas.

Em Porto Alegre, Dilma ampliou o Trensurb até Novo Hamburgo e construiu o Aeromóvel, que liga o aeroporto ao metrô da capital gaúcha. Em Salvador, o metrô finalmente saiu do papel. Recife e Fortaleza ganharam novas linhas e mais capitais, como Belo Horizonte e Curitiba, terão metrôs novos ou ampliados.

“Começamos este trabalho pelas capitais, pois é onde temos os maiores desafios. Mas as obras vão chegar também nas cidades de médio porte. Milhões de brasileiros, de todas as regiões, vão passar a se locomover com mais rapidez, conforto e segurança”, garante Dilma.

No Distrito Federal, o metrô foi ampliado para Samambaia e Ceilândia e em breve chegará à Asa Norte. São 14 km a mais de trilhos, 12 novas estações, além da aquisição de 10 novos trens. Os investimentos também contemplam o VLT e 142,3 km de BRT e corredores exclusivos para ônibus. Houve também intervenção viária em 3,6km da DF-047, que melhorou o acesso ao aeroporto.

Morador de Recanto das Emas, Antônio Gomes elogia os investimentos em mobilidade urbana no DF. “As faixas exclusivas para ônibus desafogaram o trânsito”, disse. Já José Francisco de Lima, morador de Águas Claras, é usuário do metrô. “É bom e vai melhorar ainda mais com o VLT”, afirmou. O sistema de VLT do DF será formado por duas linhas, sendo que a primeira partirá do Aeroporto e passará pelo Terminal Rodoviário da Asa Sul, até chegar ao Terminal da Asa Norte, totalizando um percurso de aproximadamente 22,6 km. A segunda linha fará a ligação de todo Eixo Monumental, passando por vários pontos turísticos da capital, num percurso de aproximadamente 6,3 km. Maria José Pereira, do Gama, aguarda ansiosamente a conclusão do projeto: “vai ser uma obra maravilhosa”.

No estado de São Paulo foram investidos R$ 35,81 bilhões em Mobilidade Urbana para a construção de 103 km de trilhos, sendo 16,4km de metrô, 15,4 km de trem, 46,7 km de monotrilho e 24,5 km de VLT. O metrô foi ampliado e o estado também passou a contar com 486,2 km de corredores para ônibus e, com 195,2 km, o BRT (Bus Rapid Transit) chegou aos municípios de Campinas, Jundiaí, São José dos Campos e Sorocaba. Intervenções viárias também foram realizadas na passagem subterrânea na Praça Sacadura Cabral, na Avenida de Integração da Rodovia Ayrton Senna ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, e no entorno do Estádio do Corinthians.

O plano de governo para o próximo mandato de Dilma Rousseff, caso seja reeleita, inclui novos investimentos no setor. Os objetivos são modernizar o transporte público seguro, barato e eficiente nas grandes cidades, expandir e construir metrôs nas principais aglomerações urbanas, ampliar o Trensurb de Porto Alegre, duplicar as rodovias BR-116 e BR-386 (Rio Grande do Sul), estender a rodovia BR-110 e duplicar e melhorar rodovias como a Manaus-Porto Velho, Cuiabá-Santarém, BR-060 (GO), BR-470 (SC), BR-381 (Belo Horizonte-Governador Valadares) e BR-040 (Belo Horizonte-Rio de Janeiro).

Investimento de R$ 117 milhões é destinado para VLT em Petrolina, PE

G1 - Rio de Janeiro/RJ - HOME - 30/09/2014 - 06:13:00
Autor não divulgado.

A previsão para a implantação do Sistema Integrado de Transportes (VLT) em Petrolina, no Sertão pernambucano, é que seja no primeiro semestre de 2015. Segundo a prefeitura do município, dois contratos foram assinados pelo ministro das cidades, Gilberto Occhi, destinando cerca de R$ 117 milhões para a obra que promete melhorar a mobilidade urbana na cidade.

Estão pactuados R$ 83 milhões para o VLT e R$ 29 milhões na pavimentação e qualificação de vias urbanas. De acordo com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão de Petrolina, Geraldo Junior, o tempo necessário para implantação do sistema é de dois anos.

Ainda segundo o secretário, para a celeridade da obra será usado o modelo de contração de Regime Diferenciado de Contratação (RBC). “Esse é um tipo de contratação que encurta tempo e diminui a burocracia. O Governo Federal tem usado este método como aconteceu na Copa do Mundo. Esperamos que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2015 e que tenha obra do VLT e também de pavimentação”, explica Geraldo.

De acordo com o projeto inicial, cada um dos quatro vagões têm capacidade para 380 pessoas e um trajeto de 4,8 quilômetros. Serão cinco estações e dois terminais centrais, sendo divididos em Estação Central, Rodoviária, Sementeira, Ceape, Parque de Integração, Vila Verde e Pedra Linda.

O sistema terá uma estação padrão que permitirá o fácil embarque do usuário, com portas automáticas e bilheteria. Para facilitar a circulação urbana estão previstos ainda cinco cruzamentos de nível, automatizados e operados por sinais luminosos e cancelas.

Com a implantação do VLT devem ser realizadas obras de pavimentação de corredores de transportes, proporcionando construção de terminais, construção da central operacional e um sincronismo de todo sistema de transportes da cidade.

Primeiro trem da Linha 4 carioca é entregue na China

02/10/2014
O primeiro dos 15 trens da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema) foi oficialmente entregue na última segunda-feira (29/09) na fábrica da Changchun Railway Vehicles Co, localizada na cidade de Changchun, na China.

O subsecretário de Projetos Especiais da Casa Civil, Rodrigo Vieira, acompanhou os últimos testes dinâmicos e de locomoção do trem e vistoriou outras três composições da Linha 4 que já estão na linha de produção. A composição embarca no próximo dia 15 com destino ao porto do Rio de Janeiro. A previsão é que esteja no Brasil em dezembro.

Os 15 novos trens devem passar por testes no sistema metroviário do Rio durante o ano de 2015. A previsão do governo do estado é que a Linha 4 entre em operação no ano seguinte.
Os novos trens têm maior espaço interno, seguindo padrões internacionais. Os bancos, dispostos de forma longitudinal, oferecem mais espaço aos passageiros. As composições têm ar-condicionado 33% mais potente – a temperatura média dentro dos vagões é de 23 graus, impulsionados por 336 mil BTUs, o equivalente a 33 aparelhos de ar-condicionado de 10.000 BTUs ligados ao mesmo tempo em cada trem. Câmeras no interior de todos os carros transmitirão imagens para a cabine do condutor e para o centro de controle de tráfego da concessionária, garantindo mais segurança nas viagens.

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca—Ipanema) deve transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão.