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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Ramal Aeroporto do VLT reforça potencial turístico do Metrofor e amplia sistema metroviário

 ·         Post published:19/11/2021

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A construção do Ramal Aeroporto do VLT reforçará o potencial turístico do Metrofor, ao criar possibilidade de acesso ao terminal aeroportuário por meio do transporte sobre trilhos. Diversos pontos de interesse turístico – localizados entre o litoral fortalezense e o Centro da capital – já podem ser acessados por meio do sistema metroviário, e a conexão direta com o Aeroporto ampliará a demanda turística.

Considerando os projetos de expansão da malha metroviária que estão em andamento, o incremento nos próximos anos será de 17% sobre os atuais 56,8 quilômetros de trilhos em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF), o que resultará em 66 quilômetros de ferrovias operadas pelo Metrofor apenas na RMF. Além do Ramal Aeroporto, que terá 2,65 quilômetros de extensão e 3 estações, está em andamento a construção da Linha Leste, que terá outros 7,2 quilômetros e 5 estações, interligando o Centro ao Papicu – e abrirá novo acesso para regiões de intensas atividades econômicas. Ambos os empreendimentos estão sendo tocados pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará.

A linha VLT Parangaba-Mucuripe passa por trás da pista de decolagem do Aeroporto de Fortaleza, o que facilita a conexão direta com o equipamento. Por isso, no último dia 11 de novembro, o Governador Camilo Santana, o Prefeito de Fortaleza, José Sarto, o Secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes, e o Presidente do Metrofor, Igor Ponte, na presença de outras autoridades do Estado, assinaram a ordem de serviço de construção do Ramal Aeroporto, e a obra já está em andamento com a construção das estações e muros de arrimo.
Estação Iate

Aberta ao público desde 17 de setembro de 2020, a Estação Iate é um dos pontos estratégicos para o turismo no sistema metroviário. Localizada no bairro Mucuripe, a poucos metros da Avenida Beira Mar, a estação tem registrado intenso movimento de passageiros que a utilizam para chegar ao litoral. Nos fins de semana, o movimento é ainda maior. A estação fica próximo ao Mercado dos Peixes, e a população pode aproveitar toda a orla. Na região do Centro, a estação José de Alencar, da Linha Sul, permite acesso direto à praça e ao Teatro José de Alencar, e facilita o acesso ao Centro, cujo atrativo turístico é o pólo de compras e seus diversos equipamentos culturais, como teatros, galerias, praças e museus.

19/11/2021 – Metrofor

 

sábado, 20 de novembro de 2021

VLT Parangaba-Mucuripe contará com ramal de acesso ao Aeroporto de Fortaleza

 


Já pensou em chegar ou ir embora do Aeroporto de Fortaleza, sem ter que enfrentar o trânsito da cidade? Isso será possível através do novo Ramal Aeroporto do VLT Parangaba-Mucuripe. O projeto, da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), prevê a construção de três estações de embarque e desembarque, ligando o VLT ao terminal aeroportuário. As obras já foram iniciadas, com a execução de duas estações, em fase de fundações, além das contenções de um elevado.

A nova linha irá oferecer aos passageiros uma opção de mobilidade mais segura, rápida, confortável e integrada aos outros modais. “Esse ramal será fundamental para atender as pessoas que precisam acessar o Aeroporto Pinto Martins, sejam os viajantes, os acompanhantes, ou mesmo quem trabalha no Terminal, que se tornou um hub aéreo, chegando a receber, em períodos normais antes da pandemia, mais de 160 mil passageiros, por semana, e em torno de 1.300 voos semanais. Essa demanda crescente evidenciou a necessidade de reforço na infraestrutura para acesso a esse equipamento. E, por meio do VLT, o passageiro tem a opção de um modal de transporte público para a orla marítima da Capital, onde estão concentrados os principais hotéis e atrações turísticas de Fortaleza, além da possibilidade de proceder a integração com a Linha Sul do metrô e os terminais de ônibus da Prefeitura de Fortaleza – futuramente, também com a Linha Leste”, explica o Secretário da Infraestrutura do Ceará, Lucio Gomes.

O Ramal Aeroporto terá 2,4 quilômetros de extensão, sendo 0,9 km em elevado. As novas estações estarão localizadas em uma futura praça, a ser construída na Avenida dos Expedicionários, e a outra, em frente ao Aeroporto Pinto Martins. Integrada à primeira estação, também será construída uma nova, a 11ª do VLT Parangaba-Mucuripe, e ficará entre as estações Montese e Vila União, já existentes. Já a Estação Aeroporto, que será elevada, se localizará na Av. Senador Carlos Jereissati, se interligando à passarela já existente sobre a via, com acesso por meio de escadas fixas, rampas e elevador.

Além das estações do novo ramal, o projeto prevê ainda serviços complementares de urbanização e integração para garantir melhorias ao Ramal Parangaba-Mucuripe, com a implantação de equipamentos de lazer nas regiões contempladas. A previsão é que a obra seja concluída em 2022. O investimento previsto é de R$ 46 milhões.

08/11/2021 – Metrofor

 

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Linha Sul do metrô de Fortaleza só transporta 9,7% do total projetado de passageiros



  05/08/2019
person G1
Há sete anos a Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) entrou em funcionamento. Isto, após quase 13 anos de obras. Hoje, a linha que liga a capital a Maracanaú, na Região Metropolitana, é a maior via de transporte de passageiros sobre trilhos em operação no Ceará, tanto em extensão como em quantidade de usuários. Entre 2015 e 2018, o aumento dos embarques foi de 84%, passando de 4,6 milhões para 8,6 milhões. A situação da linha reflete justamente os dilemas do transporte metroferroviário em Fortaleza, que, apesar de bem avaliado por quem usa, ainda padece com o ritmo lento de expansão e oferta integral dos serviços.
Apesar da expansão de 84% no número de usuários, a linha transporta por mês 34 mil passageiros, o equivalente a 9,7% do projetado em 2012, quando o metrô entrou em operação. A estimativa era de que 350 mil passageiros fossem transportados por mês caso o sistema metroferroviário estivesse operando totalmente, com a Linha Oeste e o VLT, e integrado a outros modais, como ônibus.
O presidente do Metrofor, Eduardo Hotz, considera essa quantidade "um avanço significativo" e reitera que o número estimado de transporte de 350 mil pessoas por dia seria possível se, além da Linha Sul completamente estruturada, as linhas Oeste, Leste e o VLT já estivessem em funcionamento pleno.
"Eu não avalio como um problema, embora a primeira vista seja 10% do que havia sido citado, porque na realidade o nosso sistema está operando com marcha à vista, isto é, sem sistemas automatizados, porque eles não acabaram de ser implantados. A nossa previsão era conseguir fazer essa implantação até o fim do ano e ainda continuamos com essa pauta. Se isso acontecer nós estaremos em condição de dobrar a frota e reduzir pela metade o intervalo entre os trens, portanto estarei oferecendo um serviço de muito melhor qualidade", afirma.
Eduardo também garante que não "há decepção com esse processo", porque ele depende da liberação de recursos. "Nós sabemos que o metrô de Fortaleza tem sofrido com a liberação de recursos sendo feita de maneira não sistemática e abaixo do que estava previsto nos contratos originais por conta da dificuldades financeiras que passou o governo federal, e os próprios cuidados que eram necessários o governo estadual ter pra fazer as suas despesas".
Ele avalia que, embora a operação tenha déficits, ainda é bastante consistente em relação aos outros projetos. "A nossa demanda hoje é de 34 mil. Quando começamos esse processo, não tínhamos 5 mil ou 6 mil passageiros por dia. Isso é positivo porque traz não apenas uma receita adicional como também oferece às pessoas uma confiança de que o metrô está andando".
Intervalo entre as viagens gera queixas
Entre os usuários as queixas referem-se, sobretudo, ao intervalo de tempo entre as composições. Os 20 minutos de espera na Estação da Parangaba poderiam ser reduzidos, projeta a técnica de enfermagem Amanda da Silva, mas ela reconhece que de forma gradual o intervalo entre um metrô e outro tem diminuído. Há mais de dis anos, a Linha Sul é prioridade em seu deslocamento entre Maracanaú e Fortaleza.
O faturista Michel Platini, morador da Região Metropolitana, compartilha da percepção. Dos sete anos de abertura da Linha Sul, há seis ele usufrui do modal para chegar ao trabalho no Bairro Parangaba, em Fortaleza. Sai de casa às 6h e retorna às 17h. Trajeto rápido, que caso fosse de ônibus levaria cerca de duas horas. "É um transporte muito bom, mas se tivesse menos intervalo seria melhor. Tem vezes que está tão lotado que não tem nem como a gente subir", desabafa.
O presidente do Metrofor ressalta que a perspectiva é garantir recursos para que até março de 2020 o metrô esteja automatizado. O que poderá reduzir o intervalo das viagens e aumentar a frota uma vez que haverá mais segurança da sinalização. "Isto é, eu posso reduzir o intervalo para a metade. Com isso, posso dobrar a minha frota, porque terei mais segurança para colocar mais trens operando. Hoje opero com cinco trens e passarei a operar com dez quando tiver o sistema de sinalização. A oferta de lugares será não apenas maior do ponto de vista de quantidade como muito maior do ponto de vista da qualidade. Hoje tenho de 16 a 17 minutos, terei algo em torno de sete minutos e meio a oito minutos, que facilita muito a vida das pessoas".
Integração necessária
Uma das premissas para otimizar a expansão do transporte sobre trilhos é não vê-lo como "concorrente de algum outro sistema, sobretudo transporte público por ônibus", alerta o professor de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Bruno Vieira Bertoncini. De acordo com ele, a não integração da rede metroferroviária com os ônibus e bicicletas é um elemento que prejudica o desempenho do sistema, bem como a mobilidade urbana. Um dos exemplos é a ausência de políticas para transporte de bicicletas nos vagões ou mesmo de bicicletários nas estações.
Além disso, o traçado da linha passando por áreas pouco adensadas de população, ou de comércio, pode comprometer a atração do modal e provocar um efeito de concentração de viagens em momentos bem definidos do dia e gerar ociosidade em outros períodos. "Uma quantidade de passageiros transportada por dia muito abaixo da capacidade do sistema pode ser ruim, não apenas para o equilíbrio financeiro do mesmo, mas também para outros aspectos, como manutenção do nível de serviço do sistema. Contudo, a demanda dependerá da existência de atividades ao longo do corredor, bem como da possibilidade de integração com os demais componentes da oferta de transportes".
Tarifas não pagam operação
Na Linha Sul, as tarifas são R$ 3,60 a inteira e R$ 1,80 a meia. Mas os valores pagos pelos usuários não custeiam nem as operações e nem a manutenção da linha. Essa situação, explica o conselheiro da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Conrado Grava de Souza, é comum nas operações do transporte público sobre trilhos. Conforme o professor Bruno Bertoncini, "seria inviável repassar tais custos para o valor da tarifa, pois ficaria muito cara".
O representante da ANPTrilhos também destaca que poucos sistemas pesados de metrô público do mundo são autossuficientes. Um exemplo é o sistema de São Paulo, que paga o próprio custo operacional. "Se você tiver um bom planejamento e diminuir a ineficiência do sistema, consegue manter. Mas sequer tem condições de ampliar", pondera Souza.
O G1 solicitou ao Metrofor os custos mensais de cada linha em operação, mas até a publicação desta matéria não teve resposta. Uma das alternativas avaliadas pelo Metrofor, segundo o presidente do órgão, Eduardo Hotz, é a exploração de receitas não tarifárias, como o aluguel de boxes nas estações. Isto pode acrescer entre 15% e 20% da cobertura de custeio das linhas.

Metrofor fecha 2018 com prejuízo de R$ 180,9 milhões


  

22/04/2019
person O Povo
O prejuízo da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) somou R$ 180,90 milhões em 2018, 8,1% maior que o registrado em 2017, quando o déficit foi de R$ 167,34 milhões. De acordo com balanço financeiro divulgado pelo Governo do Estado, desde que o Sistema Metroviário do Ceará começou a operar comercialmente com a Linha Sul de Fortaleza, em outubro de 2014, a empresa acumula prejuízo de R$ 880,84 milhões. Também entram na conta o VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) da Linha Oeste, que liga a Capital cearense à Caucaia, e os metrôs do Cariri e Sobral.
Apesar de o lucro bruto do Metrofor, obtido pelas tarifas pagas pelos passageiros, ainda estar longe de cobrir as despesas operacionais do equipamento, a companhia comemora o aumento da movimentação de pessoas que utilizam o sistema. Em 2018, por exemplo, a Linha Sul, que interliga Fortaleza às cidades de Maracanaú e Pacatuba, na Região Metropolitana, recebeu 8,64 milhões de passageiros, número 32% maior que os 6,53 milhões contabilizados no ano anterior. Considerando todos os ramais, foram mais de 13 milhões de passageiros transportados. Nesse total, também está incluída a movimentação de mais de 591 mil pessoas do VLT Parangaba-Mucuripe, em operação assistida desde julho de 2017.
Mesmo com o sistema deficitário, a receita operacional do Metrofor, que corresponde ao valor que a empresa recebe pela venda de seus produtos, cresceu 43,4% em razão da maior demanda de passageiros. Passou de R$ 18,52 milhões em 2017 para R$ 26,56 milhões em 2018. Por outro lado, ao longo desses 12 meses, a valorização do Metrofor recuou 0,5%. O total geral do ativo da companhia, que representa o conjunto de bens e direitos de uma organização, foi de R$ 1,89 bilhão para R$ 1,88 bilhão.
Em relação à Linha Sul, o Governo destaca que, no ano passado, foi implantado um sistema de telecomunicações ao longo da ramal e nos trens. Também observa o início do funcionamento de negócios não operacionais no equipamento, por meio do fornecimento de diversos serviços, como lojas, exploração de mídia e máquinas de vendas automáticas, com expansão prevista para 2019.
Além disso, aponta o projeto de envelopamento nas áreas externas dos trens com informes publicitários. "Ainda na Linha Sul, foi inaugurada em maio de 2018 uma área de lazer, com 127 metros quadrados, ao lado da Estação Juscelino Kubitschek, com diversos brinquedos e equipamentos de ginástica, na avenida João Pessoa", acrescenta.
Em março do ano passado, o Governo lançou edital da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) que antecede a Parceria Público-Privada (PPP) para a concessão do Sistema Metroviário do Ceará à iniciativa privada, que terá o direito de operar e explorar as linhas, além de cumprir, a longo prazo, uma agenda de manutenções e ampliações em todos os ramais. A expectativa era que o edital para a PPP fosse publicado ainda em 2018. Mas, agora, a atual gestão trabalha com prazo que pode se estender até 2020. O Governo ainda tenta destravar a obra da Linha Leste, que ligará o Centro de Fortaleza ao Papicu.


sábado, 23 de março de 2019

Ceará apresenta projeto de Monotrilho ao Banco de Desenvolvimento dos Brics


12/12/2018 - Via Trolebus

Em reunião entre representantes do Governo do Estado do Ceará e membros do New Development Bank (NDB), conhecido como Banco de Desenvolvimento dos Brics, foram discutidos projetos de logística, turismo e mobilidade urbana.

O secretário da Infraestrutura do Ceará, Lucio Gomes, apresentou projetos da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, atualmente em andamento. “Esse trecho conta com mais 5,9 quilômetros e outras cinco estações, além das estações Catedral, Luíza Távora e Leonardo Mota, que fazem parte do primeiro trecho, entre o Centro e o Papicu”, afirma o secretário.

Foram discutidos ainda o projeto de um bonde turístico na região da Av. Beira Mar, ligando o Porto do Mucuripe ao Centro da Capital, e uma linha em monotrilho, conectando Parangaba ao aeroporto de Fortaleza.

“Nós recebemos um feedback muito positivo em Brasília de que o estado é excelente para se trabalhar, já que tem as contas bem equilibradas. Isso aumentou o desejo do banco de estarmos aqui”, disse Alexandre Takahashi, do departamento de operações do banco.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Assinada ordem de serviço para obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza


09/11/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         

O objetivo de trazer mais integração aos usuários de transporte público em Fortaleza alcançou importante passo nesta quarta-feira (7). O Governo do Ceará autorizou o início da obra da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, que ligará o Centro da Capital ao Papicu, em um tempo de viagem de 15 minutos. Após concluído, o empreendimento terá capacidade de transportar até 150 mil passageiros, diariamente. A ordem de serviço para implantação do trecho foi assinada pelo governador Camilo Santana e pelo secretário da Infraestrutura Lucio Gomes. Também participaram do momento o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o presidente da Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, Eduardo Fontes Hotz.

Na ocasião, o chefe do Executivo guiou comitiva em visita ao canteiro de obras, onde se encontram as máquinas tuneladoras – usadas para escavação dos túneis – e o shaft (embocadura das tuneladoras), que está em fase de conclusão.

O empreendimento

Serão 7,3 km de extensão ligando o Centro ao Papicu, com uma estação de superfície (Tirol-Moura Brasil) e outras quatro subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu). O governador destacou que a intervenção consolida um investimento em estrutura que será referência para toda a região Nordeste.

“Fará parte desta obra a construção da Linha Leste, com 7,3 km, interligando à Linha Sul do Metrô e ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que já está em operação assistida. Então, nós vamos ter aqui a interligação do VLT Parangaba-Mucuripe, Linha Sul Pacatuba-Centro – interligando lá na Parangaba com o VLT, e aqui integrando também com a Linha Oeste que vem lá de Caucaia. Vamos ter aqui em Fortaleza, talvez, o melhor sistema metroviário interligado de uma capital do Nordeste brasileiro”, afirmou Camilo.

O secretário Lucio Gomes enfatizou a importância da obra para fortalecer a mobilidade urbana em Fortaleza, ofertando melhor e mais rápido serviço, com conforto e preço acessível, para a população cearense.

“Isso beneficiará toda a Região Metropolitana de Fortaleza, porque a Linha Leste vai fazer a integração com as linhas Oeste e Sul e com o VLT Parangaba-Mucuripe, além da integração com os ônibus da Prefeitura. A previsão de percurso daqui do Centro ao Mucuripe é de 15 minutos, um transporte rápido e seguro que vai oferecer mais opções para a população e desafogar o trânsito”, projetou.

Após a assinatura da ordem de serviço, o governador e demais autoridades acionaram remotamente o funcionamento das máquinas, representando, simbolicamente, o início dos serviços.

Investimento e execução

O projeto da Linha Leste do Metrô de Fortaleza receberá um investimento na ordem de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,0 bilhão financiado pelo BNDES, R$ 673 milhões em aporte direto do Governo Federal e R$ 186 milhões do Tesouro Estadual. Na obra, propriamente dita, será aplicado R$ 1,47 bilhão, cujo cronograma prevê conclusão em quatro anos. (O restante dos recursos será aplicado na aquisição dos trens e em Gerenciamento e Supervisão).

08/11/2018 – Metrô de Fortaleza


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Prejuízo do Metrofor cresce 10,6% e atinge R$ 167,3 milhões


16/04/2018 - O Povo

A Companhia de Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) registrou prejuízo de R$ 167,34 milhões em 2017. O valor é 10,6% maior que o déficit observado no ano anterior, de R$ 151,24 milhões. São consideradas as operações da Linha Sul, em Fortaleza, do Sistema de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) da Linha Oeste, que liga a Capital cearense à Caucaia, e dos metrôs do Cariri e Sobral.

Segundo a empresa, o prejuízo de R$ 318,58 milhões acumulado nos últimos dois anos pode ser justificado pelo fato de o lucro bruto do Metrofor, obtido pelas tarifas pagas pelos passageiros, não ser suficiente para cobrir os valores das despesas operacionais. Os dados constam em relatório que a companhia apresentou a seus acionistas.

Conforme o documento, publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), a receita operacional do Metrofor foi de R$ 18,90 milhões em 2017, valor 33,6% maior frente ao montante de R$ 14,14 calculado em 2016. Em 12 meses, a valorização do Metrofor caiu 0,52%. O total geral do ativo passou de R$ 1,90 bilhão em 2016 para R$ 1,89 bilhão em 2017. Os mesmos números também valem para o valor geral do passivo. O relatório também traz informações sobre a movimentação de passageiros no Sistema Metroviário do Ceará. No caso da Linha Sul, em 2017, 6,53 milhões de pessoas, uma média mensal de 544.464 usuários. O número representa incremento de 12% em relação a 2016, quando foram transportadas aproximadamente 5,8 milhões de passageiros. “Ressaltamos que, em maio de 2017, inauguramos a estação Juscelino Kubitschek, 19ª da Linha Sul em operação. Também durante o exercício de 2017, implantamos o sistema de bilhetagem eletrônica. E destacamos o início da venda de bilhetes múltiplos nessa linha, finalizando a implantação da referida bilhetagem”, destaca a companhia no relatório.

Quanto à movimentação dos VLTs da Linha Oeste, foram transportados 2,11 milhões de passageiros em 2017, média mensal de 176.279 pessoas. Em relação ao Metrô do Cariri, foram 200.760 usuários, ou 16.730 passageiros por mês. Já o Metrô de Sobral transportou 362.352 passageiros em 2017, ou 30.196 pessoas por mês.

Diferentemente da Linha Sul, para os VLTs da Linha Oeste e os metrôs do Cariri e Sobral, o documento não informa se houve ou não aumento na movimentação de passageiros ante 2016. O Sistema Metroviário do Ceará, que também incluí o VLT Parangaba-Mucuripe, em Fortaleza, é um dos ativos do Estado que o Governo do Ceará busca conceder à iniciativa privada.

No último dia 28 de abril, o Governo lançou edital que vai escolher quem fará os estudos de viabilidade para a Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Metroviário do Ceará.



- Fonte: https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2018/04/prejuizo-do-metrofor-cresce-10-6-e-atinge-r-167-3-milhoes.html


terça-feira, 20 de março de 2018

União libera R$ 673 milhões para Linha Leste do Metrô de Fortaleza



24/02/2018 - Diário do Transporte

O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira, dia 23 de fevereiro, um pacote de investimentos para o estado do Ceará no total de R$ 1,73 bilhões. Estavam presentes na solenidade o governador Camilo Santana, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira, e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy.

Do valor de R$ 1,73 bilhões, a maior parte está destinada à Linha Leste do Metrô de Fortaleza, com R$ 673 milhões, como contrapartida da União para a obra.

O restante dos recursos do pacote anunciado ontem será para a execução de ações de moradia, sistemas de abastecimento de água, saneamento básico, urbanização, entre outros.

Com o anúncio ontem da liberação da contrapartida do Governo Federal, somado ao valor a ser investido pelo Estado no momento, o governador Camilo Santana anunciou que pretende dar início à construção da primeira etapa do percurso (Centro – Papicu). A obra estava prevista para ser concluída em novembro de 2018, mas o cronograma está atrasado devido a paralisações.

No pacote de investimentos anunciado ontem há também o montante de R$ 48 milhões destinado para implementação do BRT e outras obras em Fortaleza.

Na solenidade em que foi anunciado a liberação de recursos da União, o governador Camilo Santana confirmou que busca agora garantir a parte dos recursos do Estado para as obras da Linha Leste do Metrô. Ele solicitou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) a renovação do empréstimo no valor de cerca de R$ 1 bilhão.

“Nós estamos fechando com o BNDES a renovação do empréstimo de R$ 1 bilhão e eles já autorizaram a gente a relicitar a obra. Pretendemos iniciar a construção em breve. É uma obra importante para a mobilidade de Fortaleza. Integrando com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que está sendo construído e a Linha Sul do Metrô, entregaremos a Fortaleza, quem sabe, o melhor sistema integrado metroviário das capitais brasileiras”.

LINHA LESTE DO METRÔ

A Linha Leste do Metrô de Fortaleza, obra orçada em R$ 2,3 bilhões, avançou apenas 1% desde que o contrato foi assinado no final de 2013, e até o anúncio da liberação da contrapartida da União não tinha previsão de retomada.

A Linha Leste, que fará a conexão do Centro da capital com o bairro Edson Queiroz, foi assumida em outubro de 2013 pelo consórcio Cetenco-Acciona, vencedor da licitação.

Em 2015, a Cetenco, líder do consórcio, abandonou o empreendimento alegando atrasos no pagamento por parte do governo do estado. Em seu lugar entrou a Construtora Marquise S/A.

As obras que deveriam encerrar em novembro de 2018, atravessaram o ano de 2017 abandonadas. As peças de quatro tatuzões – máquinas tuneladoras usadas para perfuração dos túneis, estão abandonadas em um dos canteiros de obras, expostas às condições do tempo.

terça-feira, 6 de março de 2018

Metrô Fortaleza: governo rescinde contrato; obras até julho



16/02/2018Notícias do Setor       
Os planos do governo cearense de rescindir o contrato de construção da Linha Leste do Metrofor tiveram seguimento nessa Quarta-feira de Cinzas, quando a Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra) comunicou oficialmente a Acciona – que, juntamente com a Marquise, compõe o consórcio contratado para a construção – do distrato. O objetivo, segundo o secretário Lúcio Gomes, é “começar a obra entre junho e julho”.

“Eu já havia informado a eles do distrato verbalmente no dia 1º de fevereiro, além de o governador (Camilo Santana) ter declarado isso. Mas hoje (ontem) à tarde, informei oficialmente. Minha intenção era ter feito isso na sexta-feira (9), mas elaboramos com muito cuidado e fundamentos técnicos e jurídicos para dar respaldo à decisão, e acabou ficando para agora”, contou.

As empresas, a partir de agora, têm cinco dias para contestar a decisão do Estado. Procurada, a Acciona não retornou à reportagem até o fim desta edição. Mas, ontem (13), tornou público o desejo de permanecer à frente do empreendimento.

“A otimização do projeto Metrofor Linha Leste, defendida agora pela Seinfra como necessidade e força motriz para uma relicitação da obra por parte do órgão, já havia sido iniciada pelo consórcio, o que reforça a falta de necessidade de uma nova licitação, além do fato de haver impedimento legal para tal, uma vez que já há contrato vigente e as empresas do consórcio cumprem com suas obrigações”, diz em nota divulgada.

Legalidade garantida

Já o secretário da Infraestrutura defende que a Lei 8666/1993, que estabelece as regras sobre licitações e contratos, permite a promoção de uma nova licitação pelo governo cearense. “O coração da nossa estratégia é que é um escopo diferente. É uma outra obra, que estamos tirando algumas obrigações, mas colocamos mais outras. E também é bom frisar que o procedimento que estamos iniciando é uma recomendação do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social)”, afirmou Lúcio Gomes.

Ele explica ainda que, dentro do que é defendido pela empresa, seria preciso que o Estado apenas retirasse obrigações do contrato – em até 25% do valor da obra -, mas estão sendo acrescentadas novas obrigações que superam os valores previstos.

Sobre o possível questionamento do consórcio contratado inicialmente para a construção da Linha Leste, ele afirmou que deve continuar, “em paralelo, tocando todos os procedimentos para convocar a audiência pública para 1ª semana de março”.

Valor e novas obrigações

Lúcio Gomes revelou que o valor estimado para o novo projeto é de R$ 1,859 bilhão e deve ter 53,8% do total financiado pelo BNDES, 36,2% pela União e 10% como contrapartida do Estado. Além disso, o ganhador do leilão deverá arcar com toda a infraestrutura necessária para o funcionamento da Linha Leste.

“Nesse novo modelo que tentamos deflagrar o processo, vamos cobrar a entrega da solução completa, ou seja, do trecho que vai do Centro da Capital até o Papicu, vamos querer o sistema, o material rodante (trens) e o gerenciamento”, detalhou o secretário, afirmando que a estratégia visa resguardar o novo trecho do metrô dos mesmos impasses que sofre a Linha Sul, que ainda não tem o sistema.

A falta do recurso que deve ser destinado pela CBTU, do governo federal, impediu a aplicação do sistema no trecho entre a Capital e Pacatuba.

Tuneladoras

Já sobre as tuneladoras, Lúcio Gomes afirmar que o contrato para montagem continua mantido e um dos equipamentos já se encontra totalmente montado, aguardando os testes. “Nós devemos ter duas tuneladoras montadas daqui para março”, estimou.

15/02/2018 – Diário do Nordeste

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

VLT de Fortaleza deve ter novo trecho pronto até o fim de fevereiro


08/01/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         
Quase cinco meses depois da realização de uma nova licitação para dar continuidade às obras, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe deve ter mais um trecho finalizado até o fim do próximo mês.

Dividido em três partes e com 66,2% de execução, o modal funciona em operação assistida desde julho do ano passado no trecho de 5 km de extensão entre as estações Parangaba e Borges de Melo. Em fevereiro, a previsão da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) é entregar a parcela que corresponde à construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo, que tem 90% dos trabalhos concluídos.

Após o término da nova leva de intervenções, apenas uma etapa do ramal ficará com entrega pendente. Trata-se do terceiro trecho, situado entre as estações Borges de Melo e Iate, que inclui outras cinco plataformas.

Destas, apenas a estação Mucuripe ainda não teve obras iniciadas. Já a estação Antônio Sales é a que se encontra em estágio mais avançado, com mais de 99% dos trabalhos executados.

Segundo a Seinfra, o trecho entre as estações São João do Tauape e Borges de Melo está em operação experimental, funcionando sem passageiros. O teste servirá para alinhar e nivelar a linha férrea. O órgão não informou quando começará a operação com usuários, mas destacou que a expectativa é entregar toda a terceira etapa do modal até o fim de 2018.

Essa é a única parcela do VLT que ainda possui desapropriações em andamento. De acordo com a Seinfra, o projeto do ramal prevê 2.600 imóveis desapropriados. Desses, 10% não foram desocupados, todos no terceiro trecho de obras.

Operação assistida

Com intervenções já finalizadas, o segundo trecho do VLT, entre as estações Parangaba e Borges de Melo, funciona em operação assistida desde o último mês de julho. Conforme a Seinfra, até o dia 27 dezembro, 66.406 passageiros haviam sido transportados pelo modal.

A operação assistida acontece de segunda a sexta-feira, no período que vai das 6h até o meio-dia. O transporte dos passageiros é feito de forma gratuita.

O atraso na entrega dos demais trechos se deve às seguidas paralisações das obras, ocasionadas por problemas contratuais com as empresas selecionadas para executar os trabalhos. Em agosto, após um distrato com o consórcio responsável pelas intervenções no terceiro trecho, uma nova licitação foi realizada para dar continuidade à obra.

O trecho foi dividido em três lotes de licitação. O lote I corresponde à construção de quatro viadutos ferroviários na região das avenidas Rui Barbosa, Antônio Sales, Dom Luís e na Rua Aderbal Nunes Ferreira; de um elevado à altura da Avenida Aguanambi; e de duas pontes sobre o riacho do bairro São João do Tauape. O segundo lote inclui a construção e conclusão de seis estações e três passarelas. Já o terceiro se refere às obras nas vias férreas e acessos.

Histórico

Antes disso, em 2014, o Governo do Estado rompeu o contrato com o primeiro consórcio à frente das obras do ramal, que fazia parte do pacote de projetos de mobilidade para a Copa do Mundo no Brasil, naquele mesmo ano. A quebra do acordo foi atribuída ao descumprimento de prazos por parte das empresas. Os trabalhos só foram retomados em 2015, com a realização de outra licitação.

O VLT Parangaba-Mucuripe deverá passar por 22 bairros de Fortaleza e atender mais de 500 mil moradores da Capital. Ao todo, o projeto conta com 10 estações, distribuídas ao longo de 13,6 km de extensão. A previsão da Seinfra é que o percurso de uma extremidade à outra da linha seja percorrido em aproximadamente 30 minutos, com intervalo de sete minutos entre veículos, em média.

O transporte terá, ainda, integração com outros modais na Capital. A estação Parangaba possibilitará a ligação do ramal com o terminal de ônibus do bairro e a Linha Sul do Metrô de Fortaleza. Já a estação Papicu será conectada à Linha Leste do Metrô e ao terminal rodoviário da região.

03/01/2018 – Diário do Nordeste

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Estado pode encurtar obra da Linha Leste de Fortaleza para obter crédito

Linha Leste em amarelo

13/11/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
O Governo do Estado está trabalhando a possibilidade de encurtar a obra da Linha Leste do Metrô de Fortaleza para viabilizar os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Eu ainda não tenho uma definição. A gente se reuniu essa semana com o BNDES e demos uma enxugada no projeto. A gente colocou a obra até o Papicu e não mais até o Edson Queiroz. Nós também vamos diminuir o número de estações até o trecho do Papicu”, acrescentou o titular da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) do Estado, Lúcio Gomes.

De acordo com ele, houve também redução dos valores dos empréstimos de R$ 2 bilhões para R$ 1,85 bilhão. “Desse total, R$ 500 milhões viriam do Ministério das Cidades”, disse o secretário. Segundo Lúcio Gomes, haverá em 15 dias outra rodada de negociação com o BNDES. “Daqui para lá, eles vão pedir mais alguma informação. Tem a possibilidade ainda dessa conversa ser em Fortaleza e não no Rio de Janeiro ou em Brasília, o que demonstra uma boa vontade da parte deles”, afirmou.

O projeto da obra da Linha Leste já sofreu algumas alterações com o intuito de obter os recursos do governo federal. “Apresentamos uma proposta de um material rodante mais simples e consequentemente mais barato. Houve neste caso simplificação da obra, no caso dos trens e dos sistemas de eletrificação para ver se melhora a equação de custo-benefício”, disse Gomes.

Não é de agora que o Governo do Ceará tem apresentado propostas mais simples ao governo federal. Em julho deste ano, por exemplo, em reunião realizada em Brasília, o governador Camilo Santana propôs mudar o fluxo e parcelar a entrada de recursos para dar continuidade às obras. A alteração foi apresentada ao presidente do BNDES, Paulo Rabello, e a representantes do Ministério das Cidades.

Parceria

O titular da Seinfra também não descartou do projeto a existência de uma Parceria Público-Privada (PPP) para a realização do empreendimento.
“Não excluímos a intenção da PPP, mas isso vai ser para o restante da obra. Inclusive tem um grande grupo chinês, CRRC (China Railway Rolling Stock Corporation), interessado nisso, mas antes eu tenho que definir essa etapa que vai do Centro até o Papicu”, esclareceu Gomes.

A China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) mostrou interesse em diferentes trechos do Metrofor. A informação, confirmada no início deste ano, fez com que o governo estadual iniciasse estudos para a publicação de editais visando a formatação das parcerias.

Projetos em andamento

Apesar da paralisação das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, os projetos de arquitetura e de engenharia continuam sendo tocados pelo Governo do Estado. Nesta semana, representante da companhia cearense esteve em São Paulo para tratar com a Themag Engenharia sobre o acompanhamento de ações relativas a estes projetos.

“A Themag é a empresa responsável por todos os projetos executivos de todas as estações e túneis da Linha Leste, tendo sido contratada pelo Consórcio para esta finalidade. Paralelamente aos esforços do Governo do Ceará para a liberação dos recursos, o Metrofor verifica e discute os projetos de engenharia e arquitetura que serão executados, sendo esta uma atividade de rotina”, informou o Metrofor.

Paralisadas

As obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, ligando o Centro da Capital ao bairro Edson Queiroz, foram iniciadas em novembro de 2013, mas paralisadas no início de 2015 devido à reformulação societária articulada pelo consórcio Cetenco-Acciona, que executava os trabalhos.

“O consórcio foi reformulado e teve a denominação e a composição alteradas para Consórcio Metrô Linha Leste Fortaleza, formado pelas empresas Acciona Infraestructuras S/A e Construtora Marquise S/A, que passou a ser a líder do consórcio. Para retomar a obra, o Governo do Estado tem trabalhado intensamente junto ao Governo Federal para que este libere os recursos garantidos. O novo cronograma só poderá ser restabelecido quando do reinício da obra”, comunicou a companhia de transportes metropolitanos.

Cautela

O titular da Seinfra afirmou ainda que o momento agora é de cautela, embora afirme manter o otimismo em relação ao empreendimento. “Eu sinto uma certa cautela pelo histórico do projeto, mas eu não posso deixar de ser determinado e otimista”, enfatizou Gomes.

O secretário também explicou que sempre houve interesse do BNDES em investir recursos no Metrô de Fortaleza. No entanto, com a crise econômica vivenciada pelo País, o Banco tomou uma posição mais prudente em relação aos seus investimentos.


10/11/2017 – Diário do Nordeste

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Passageiros no VLT de Sobral triplicam após tarifa a R$ 1


 10/10/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
O fluxo de passageiros no VLT de Sobral aumentou quase 300% a partir do último dia 19 de setembro, quando a tarifa para acesso aos trens foi reduzida para R$ 1. Da data de implantação do novo preço até o fim de setembro, um total de 32.468 pessoas utilizaram o serviço – média de 2.951 pessoas por dia. No mesmo período de 11 dias antes do aumento, a média de passageiros por dia foi de 769 passageiros. O crescimento foi de 283,74%.


Convênio assinado pela direção da Cia Cearense de Transportes Metropolitanos e a Prefeitura de Sobral no dia 18 de setembro permitiu a redução da passagem de R$ 3 para R$ 1 a partir do dia seguinte. O convênio foi assinado durante visita do prefeito Ivo Gomes à sede do Metrofor, em Fortaleza. O presidente da empresa, Eduardo Hotz, explicou que o convênio com o governo municipal faz parte de esforços que já estavam acontecendo para facilitar o acesso da população.

“O serviço foi ampliado no fim do ano passado e com isso a tarifa ficou num patamar compreendido pela população como elevado, em relação ao padrão anterior, que era um serviço gratuito. Por isso, criamos um programa de descontos em passagens por compra antecipada e isso evoluiu para esse entendimento com a Prefeitura”, explicou o gestor. Através do convênio, Prefeitura de Sobral subsidia parte da passagem do VLT.

Diversas melhorias no serviço ferroviário de Sobral aconteceram nos últimos meses. Em dezembro do ano passado, a Cia Cearense de Transportes Metropolitanos ampliou o horário de funcionamento e estabeleceu a operação de 5h30 até 23h, de segunda a sábado. Em abril deste ano, os passageiros passaram a contar com os benefícios do sistema de bilhetagem eletrônica. E no mesmo mês foram implementados os pacotes de passagens com descontos – que não são comercializados após tarifa a R$ 1.

Distribuídos em duas linhas (Norte e Sul), o VLT passa pelos principais bairros e regiões da cidade, cobrindo um percurso de 13,9 quilômetros. Com 12 estações, o Veículo Leve sobre Trilho atende mais adequadamente às necessidades de trabalhadores, empresas e estudantes, no horário matutino e no horário noturno. Os horários das viagens nas duas linhas do VLT de Sobral podem ser consultados no site do Metrofor (www.metrofor.ce.gov.br).

SERVIÇO
VLT de SOBRAL
R$ 1 (inteira) | R$ 0,50 (meia)
Horário de funcionamento: 5h30 às 23h
Mais info: www.metrofor.ce.gov.br


Novela sobre metrô de Fortaleza vai parar no STJ


10/10/2017 - O Globo

Chegou às mãos do ministro Gurgel de Faria, do STJ, o imbróglio em torno da ampliação do metrô de Fortaleza. A Cetenco, construtora paulista que deixou a obra depois de 6 meses sem receber, cobra na Justiça os R$ 40 milhões que gastou no empreendimento.

O governo do Ceará criou um novo consórcio para tocar a obra e não quer pagar os atrasados. A construtora pede que seja respeitada a ordem cronológica dos pagamentos - primeiro deve-se quitar o passivo atrasado antes de pagar qualquer coisa ao novo consórcio.


O caso foi distribuído para Gurgel de Faria na quinta-feira e ele já solicitou parecer do Ministério Público Federal sobre o caso. A obra, orçada em R$ 2,3 bilhões, está parada desde fevereiro de 2015 e avançou apenas 1%. É a maior licitação pública em andamento no país.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

VLT de Fortaleza inicia operação assistida nesta terça com viagens grátis


24/07/2017 - G1

A Operação Assistida do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho das estações Borges de Melo a Parangaba terá início nesta terça-feira (25). De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), o trecho faz parte do Ramal Parangaba/Mucuripe que se integrará com as linhas Sul e Leste e, indiretamente, com a Linha Oeste, cruzando 22 bairros.

São 13 km de via dupla, sendo 1,5 km de via elevada e 10 estações. Quando concluído, a demanda prevista é de 90.000 passageiros por dia.

O governador do Ceará, Camilo Santana, dará início à utilização do sistema, com saída prevista para 8h30min da Estação Borges de Melo, perfazendo o trajeto entre as estações Borges de Melo, Vila União, Montese e terminando em Parangaba.

Por se tratar de uma Operação Assistida, não haverá cobrança de passagem nesta fase. O sistema funcionará, no período, entre as 8h e 12h, de segunda a sexta-feira.

O trecho em Operação Assistida tem cinco quilômetros de extensão, compreende quatro estações e vai ligar a Parangaba ao Bairro de Fátima, passando pela Vila União, Itaoca e Montese. Para a operação, serão utilizados três trens – dois na via e um de reserva. Neste primeiro momento o VLT se integrará com o Metrô de Fortaleza e transporte rodoviário urbando, através da estação da Linha Sul e terminal, ambos no bairro Parangaba.

O início da Operação Assistida representa um avanço nas obras do trecho 2 (Parangaba – Borges de Melo) do VLT, que operava em fase experimental, sem passageiros, desde setembro do ano passado. Com 96% de execução, o trecho já está em fase de conclusão.

Além do trecho 2, as obras seguem no trecho 1, que corresponde à passagem inferior da Borges de Melo e já alcança cerca de 70% execução, com entrega prevista para setembro deste ano. Já no trecho 3, que fica entre as estações Borges de Melo e Iate, as obras vão passar por nova licitação nos dias 17 e 18 de agosto, para acelerar a conclusão.

Atrasos e paralisações nas obras

O VLT estava previsto inicialmente para ser inaugurado em 2014, a tempo de ser usado na Copa do Mundo, mas sofreu uma série de atrasos, e o então governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu o contrato com a empresa responsável.

Foi realizado um novo processo de licitação para contratar uma nova empresa, que concluiu a obra do VLT com três anos de atrasos.



terça-feira, 4 de julho de 2017

Metrô de Fortaleza: TCE recomenda que 2º consórcio assuma obra


13/06/2017 - O Globo

Um parecer da área técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Ceará recomenda que o consórcio que ficou em segundo lugar na licitação da Linha Leste do metrô de Fortaleza assuma as obras para a construção do empreendimento, que estão paradas e sem previsão de quando poderão ser retomadas. Caso essa medida não resolva o problema, os técnicos do tribunal querem que o governo do estado faça uma nova licitação para concluir a construção.

O consórcio que ficou em segundo lugar é formado por Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a construtora cearense Marquise.

Com data original de entrega programada para 2019, apenas pouco mais de 1% da obra foi concluída. Há três anos, o maior edital regido pela Lei de Licitações foi vencido por um consórcio formado pela espanhola Acciona e pela paulista Cetenco, que assumiram a construção da Linha Leste por R$ 2,3 bilhões. R$ 2 BI de cofres federais.

Em novembro do ano passado, reportagem do GLOBO mostrou que a obra está abandonada. Um dos emblemas do fracasso da empreitada é a imagem dos quatro “tatuzões” adquiridos pelo governo do Ceará. Os equipamentos serviriam para escavar túneis do metrô, mas hoje não passam de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas.

Do total do orçamento, R$ 2 bilhões sairiam dos cofres federais. Mas governos estadual e federal, que se associaram na obra do PAC Mobilidade Grandes Cidades, sequer concluíram os primeiros túneis da licitação. Com a interrupção de pagamentos para a obra em agosto de 2014, a Cetenco alegou ter recorrido administrativamente e na Justiça para receber pelos serviços feitos, até que enviou informação à sócia Acciona e à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do Ceará dizendo que queria deixar o consórcio.

O governo cearense alegou, na ocasião, que a interrupção dos pagamentos se deu porque a Cetenco judicializou o processo. Numa decisão polêmica, em novembro de 2015, a construtora Marquise chegou a assumir o contrato ao lado da Acciona.

Em sua decisão recente, a área técnica do TCE recomenda ainda que o tribunal anule o ato do governo do Ceará que excluiu a Cetenco do consórcio. Os técnicos consideram, no entanto, que a volta da empresa ao consórcio original é “fato de desfecho improvável”. O parecer será levado para análise do plenário do TCE-CE, mas a data para o julgamento ainda não foi definida.

Apesar da previsão de entrega para 2019, o TCE considera o prazo “inexequível”. Os técnicos do TCE-CE também levantam dúvidas “sobre a disponibilidade orçamentária do estado em acatar com estas despesas”, já que a proposta precisará passar por reajustes, segundo o texto. Aponta ainda que o acréscimo de cada um quilômetro na obra representa um adicional de quase R$ 1,5 milhão.

Procurada, a Secretaria de Infraestrutura do estado do Ceará informou que tem se dedicado ao equacionamento financeiro da obra. O órgão destacou que tem buscado, junto ao Ministério das Cidades e ao BNDES, o cumprimento dos compromissos anteriormente assumidos pelo governo federal, que fundamentaram a licitação; ou seja, R$ 1 bilhão pelo Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão em financiamento pelo BNDES.

O TCE não comentou o parecer e O GLOBO não conseguiu contato com a Cetenco.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Nova estação do Metrô de Fortaleza começa a funcionar na segunda, no Bairro Parangaba


12/05/2017 - G1

A 19ª estação da Linha Sul do Metrô de Fortaleza vai ser aberta ao público na próxima segunda-feira (15). A estação Juscelino Kubitschek fica na Avenida João Pessoa, no encontro com rua Alagoas, em frente ao antigo Bar do Avião. Serão beneficiados diretamente os bairros vizinhos, como Demócrito Rocha, Itaóca, Montese e Parangaba.

A estação é uma unidade elevada entre as estações Couto Fernandes e Parangaba. Terá andar térreo, mezanino e plataformas elevadas. No térreo, estão localizados o hall de bilheteria e as catracas eletrônicas. O mezanino abriga as salas técnicas e operacionais da unidade. Nas plataformas elevadas os usuários poderão embarcar para as demais estações da Linha Sul. A unidade tem uma área total de 3.200,56 metros quadrados.

Partindo da nova estação JK, o percurso de metrô terá duração de aproximadamente 26 minutos até a estação Carlito Benevides (Pacatuba), 22 minutos até a estação Maracanaú (no centro do município) e nove minutos até a estação José de Alencar, no centro de Fortaleza.

Equipada com sistemas de telecomunicações e de bilhetagem eletrônica presentes nas demais unidades, incluindo 20 câmeras de monitoramento, central de acompanhamento das imagens, equipamentos para avisos sonoros, itens de rádio digital para uso dos profissionais da unidade, além instalações de fibra ótica para transmissão de dados em qualidade digital.


terça-feira, 25 de abril de 2017

VLT de Sobral inaugura bilhetagem eletrônica e oferta descontos em passagens a partir da próxima segunda-feira


12/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
VLT Sobral-IMG_0255-Credito Arquivo Prefeitura Sobral-500pxApós ampliar o serviço ofertado à população, o VLT de Sobral inaugura no próximo dia 17 o serviço de bilhetagem eletrônica, que virá acompanhado de descontos na compra de pacotes passagens. Os usuários receberão cartões eletrônicos recarregáveis, e assim poderão adquirir várias passagens em uma mesma compra, evitando a necessidade de passar na bilhetaria cada vez que precisar usar o VLT.

Junto com essa comodidade, serão ofertados descontos nas passagens. Os pacotes anunciados anteriormente sofreram melhorias, e os descontos que passam a valer a partir de 17 de abril serão maiores. Quem comprar 25 passagens, por exemplo, receberá um desconto de 33%. Anteriormente, o maior desconto seria de 29%.

Para o público em geral, serão ofertados cartões em quatro modalidades: unitário, múltiplo, estudante e idoso. Para usufruir dos descontos, os usuários terão que adquirir o cartão múltiplo, que poderá ser recarregado com várias passagens e ficará de posse do passageiro.

O cartão unitário será usado para quem compra apenas uma passagem. Ele será recolhido pela catraca eletrônica, no momento do embarque. Já o cartão de estudante garantirá o direito dos discentes. Por fim, o cartão de idoso será concedido a pessoas com mais de 65 anos, mediante comprovação. Para estudantes e idosos será necessário cadastramento, sendo o cartão identificado com os dados de seu proprietário. No caso dos cartões múltiplos, o cadastramento será opcional, e servirá para resguardar a proteção dos créditos inserido em caso de perda ou roubo.

Operação comercial

Desde o dia 28 de dezembro do ano passado, o VLT de Sobral funciona em horário comercial, atendendo às demandas da população no período de 5h às 23h, totalizando quase 18 horas de operação, diariamente. A ampliação foi possível através da seleção pública temporária que contratou novos profissionais para a área operacional.

VLT de Sobral
Funciona de segunda-feira a sábado
5h30 às 23h
Extensão: 13,9 KM
Número de estações: 12

Foto: Prefeitura de Sobral / Arquivo


12/04/2017 – Metrofor

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Governo do Ceará tenta destravar Linha Leste do metrô


03/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
A liberação de recursos da ordem de R$ 2 bilhões para a retomada das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor) será assunto da reunião que ocorre nesta quarta-feira (5), em Brasília, entre Governo do Ceará, Ministério das Cidades, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Mundial.

O titular da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Maia Júnior, e o secretário das Cidades, Lúcio Ferreira Gomes, viajam para representar o Estado. “Queremos que a União honre seu compromisso contratual. Mesmo com a situação das contas federais muito crítica, não podemos esmorecer. Temos que ir atrás dos direitos do Estado”, afirma Maia Júnior.

De acordo com ele, o encontro é fruto de uma recente reunião que o governador do Ceará, Camilo Santana, teve com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e com o deputado federal cearense Leônidas Cristino (PDT). O parlamentar está intermediando as negociações ligadas à Linha Leste do Metrofor no Congresso Nacional.

“Vamos ver o que pode sair dessa reunião. Mesmo que não saia nenhuma decisão concreta da liberação dos recursos, esperamos, no mínimo, algum encaminhamento”, destaca Maia Júnior. “Mas o quadro do País ainda não está favorável do ponto de vista fiscal, com a economia sendo prejudicada com o aumento do desemprego. Estamos com o presidente (Michel Temer) e o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) sem nenhuma reação”, acrescenta.

Sobre a obra

A Linha Leste da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) recebe recursos do programa Mobilidade Grandes Cidades, do governo federal, de cerca de R$ 1 bilhão; e financiamento do BNDES, também de R$ 1 bilhão, aproximadamente. A contrapartida do Governo do Ceará é de R$ 259,22 milhões. Cerca de R$ 50 milhões já foram investidos na obra.

Iniciadas em novembro de 2013, as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza foram paralisadas no início de 2015 por conta da reformulação societária articulada pelo consórcio. A expectativa inicial era que parte do equipamento fosse entregue em 2014, o que não ocorreu, sendo a nova data de conclusão prevista para 2019.

Compromisso

“Queremos que a União honre seu compromisso contratual. Mesmo com a situação das contas federais muito crítica, não podemos esmorecer”


03/04/25017 – Diário do Nordeste

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

VLT de Sobral ganha bilhetagem eletrônica e usuários terão descontos em pacotes de passagens


02/02/2017Notícias de Destaque ANPTrilhos

VLT Sobral-IMG_2546-Credito Arquivo Prefeitura Sobral-500pxUsuários do VLT de Sobral, na região norte do Ceará, poderão comprar passagens mais baratas. Isso porque a Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, responsável pela operação do equipamento, está implantando um sistema de descontos na tarifa do VLT sobralense. A medida vai beneficiar, principalmente, aquelas pessoas que usam o serviço rotineiramente – para trabalhar, por exemplo. Mas os usuários esporádicos também poderão usufruir da medida.

Os passageiros terão descontos progressivos ao comprar mais de uma passagem, de uma só vez. Os descontos serão aplicados na aquisição de pacotes. Os usuários poderão optar pelas opções de duas, 12, 26 ou 52 passagens. Quanto maior o pacote, maior o desconto.

Nesse sistema, o valor da tarifa unitária – ou seja, aquela comprada na unidade ou em quantidade fora dos pacotes ofertados – não será alterado, e continuará em R$ 3 a inteira e R$ 1,50 a meia. Caso o passageiro queira comprar um dos pacotes ofertados, haverá aplicação de descontos que podem chegar até a 26% do valor total.

Valor da tarifa unitária fora dos pacotes: R$ 3,00

Bilhetagem eletrônica

Outra novidade no VLT de Sobral é o início da operação com bilhetagem eletrônica, prevista para funcionar em conjunto com os pacotes de passagens. Com a bilhetagem eletrônica será usado um cartão magnético, e as passagens serão vendidas e usadas em forma de crédito digital dentro do cartão.

Ao aproximar o cartão da catraca eletrônica, o aparelho fará a leitura de uma passagem. Não haverá fichas ou bilhetes de papel. A cada leitura do cartão na catraca eletrônica, será debitado o valor de uma passagem. Se o cartão estiver recarregado com um dos pacotes, o valor reduzido do saldo será o valor unitário com desconto, de acordo com a tabela acima. Se o cartão estiver recarregado com passagens unitárias, o valor descontado a cada viagem será de R$ 3,00.

Os pacotes são válidos para passagens inteiras e os créditos adquiridos terão validade de um ano. Na última quarta-feira (25/1), em Sobral, o titular da Secretaria das Cidades – pasta à qual o Metrofor é vinculado – anunciou as medidas. Segundo Lucio Gomes, em breve a população sobralense estará usufruindo das novas ferramentas.


01/02/2016 – Metrofor – Cia Cearense de Transportes Metropolitanos

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Após três anos, só 1% da Linha Leste do metrô de Fortaleza está pronta

07/11/2016 - O Globo

Os assaltos corriqueiros e a poeira nos arredores do Colégio Militar de Fortaleza são um retrato do abandono da maior obra regida pela Lei de Licitações: o metrô da capital cearense. O que deveria ser uma estação de transporte público moderna, rodeada de comércio na região nobre da cidade, tornou-se ponto de consumo de drogas e abrigo informal de moradores de rua. Eles ocuparam o espaço em torno dos tapumes que escondem o material deteriorado da obra. O caminho do metrô foi sendo ocupado pela urbanização da cidade de Fortaleza.

Há três anos, o maior edital regido pela Lei de Licitações foi vencido por um consórcio formado pela espanhola Acciona e pela paulista Cetenco, que assumiram a construção da Linha Leste do metrô de Fortaleza por R$ 2,3 bilhões. A três anos da data original de entrega, pouco mais de 1% da obra foi feito, e o empreendimento parou numa espiral de complicações.

Um dos emblemas do fracasso da empreitada é a imagem dos quatro “tatuzões” adquiridos pelo governo do Ceará. O equipamento serviria para escavar túneis do metrô, mas não passa de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas, à espera de definição sobre o contrato.

A situação revela a megalomania empreendedora que tomou conta do país até o estouro da crise econômica. A compra dos “tatuzões” pelo governo cearense — em geral, eles são alugados para obras pontuais de perfuração — é justificada pelos aliados do então governador e mentor da empreitada, Cid Gomes, como estratégia “estatizante” do passado. A ideia, segundo auxiliares, era que a construção do metrô fosse política permanente do governo do estado. Ter tuneladoras (nome formal dos “tatuzões”) significaria facilitar a ampliação contínua das linhas do transporte coletivo pela cidade.

DECISÃO POLÊMICA

Procurado, o ex-governador não quis comentar o assunto. Mas os aliados dos irmãos Ferreira Gomes admitem a frustração com a paralisação das obras e o custo de manutenção do equipamento.

— Não é normal um governo comprar esse equipamento. A ideia era boa, justificava a compra dos “tatuzões”. Mas acabou significando prejuízo ao governo. Só para guardar esse equipamento seria coisa de R$ 1 milhão por mês. E não tem mercado para vender, nem para alugar. Enquanto isso, eles vão se deteriorando — reconhece um aliado de Cid Gomes.

Governos estadual e federal, que se associaram na obra do PAC Mobilidade Grandes Cidades, sequer concluíram os primeiros túneis da licitação. Com a interrupção de pagamentos para a obra em agosto de 2014, começou o calvário das vencedoras da licitação. A Cetenco alega ter recorrido administrativamente e na Justiça para receber pelos serviços feitos — segundo ela, ainda em dívida —, até que enviou informação à sócia Acciona e à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do Ceará dizendo que queria deixar o consórcio.

Segundo o governo cearense, a interrupção dos pagamentos se deu porque a Cetenco judicializou o processo, e a reformulação do consórcio ocorreu por causa da desistência da empresa paulista, que não foi corroborada pela outra empresa do consórcio, a Acciona.

“Como a legislação brasileira não permite que empresas estrangeiras toquem obras públicas isoladamente, deu-se um prazo para que fosse prospectada uma outra empresa para compor o consórcio”, explicou a Seinfra.

Numa decisão polêmica, em novembro de 2015, a construtora cearense Marquise, que fez parte do consórcio que ficou em segundo lugar na licitação, assumiu o contrato ao lado da Acciona. A mudança foi alvo de questionamentos pela forma como ocorreu e pelo fato de a empresa ter feito doações a campanhas de aliados dos irmãos Ciro e Cid Gomes no Ceará, inclusive ao PSB no estado, partido ao qual os Gomes eram filiados até meados de 2013.

Agentes do Ministério Público Federal criticaram a substituição, mas o Tribunal de Contas da União (TCU) foi favorável. O Tribunal opina sobre a obra uma vez que, do total do orçamento, R$ 2 bilhões sairiam dos cofres federais. Contudo, mesmo com a previsão de verbas federais, o dinheiro de Caixa e BNDES nunca apareceu em Fortaleza.

Diante do imbróglio, o Ministério das Cidades não liberou dinheiro. Primeiro, devido a pendências contratuais que o governo do estado precisava superar. Solucionada esta fase, em junho de 2015, a crise do consórcio já era um problema real. Novamente, os recursos não saíram.

Para o ministério, “o empreendimento possui problemas relacionados à licitação e à composição do consórcio executor, que estão sob análise do TCU e do Ministério Público Federal (MPF), razão pela qual nenhum recurso pôde ser liberado”. Segundo a pasta, o problema da licitação foi ter sido feita antes da assinatura dos Termos de Compromisso do Ceará com a União, o que é caracterizado como licitação pretérita, não recomendada pelo TCU.

PRAZO DE 2019 É CONSIDERADO INEXEQUÍVEL

Excluída do consórcio, a Cetenco contratou um parecer de peso para questionar o processo. Coube à ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon indicar irregularidades na ação, inclusive em decisões da Justiça local. Para ela, “a administração descumpriu as regras do edital, do contrato e da Lei de Licitações, ao tempo em que também afrontou princípios constitucionais”.

“Os procedimentos do estado do Ceará, pelos seus prepostos, terminaram por beneficiar e direcionar a licitação em favor da empresa. Agiram as partes que hoje formam o Consórcio Linha Leste Fortaleza, juntamente com a Seinfra, atropelando as regras do edital, do contrato e até do instrumento que levou à formação do Consórcio Cetenco-Acciona”, escreveu a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça.

A Marquise informa que foi convidada pela empresa detentora do contrato, aceitou compor o consórcio e destaca que a nova composição foi referendada pelo TCU. A Acciona não comenta contratos com clientes, mas informa que a Cetenco pediu rescisão do contrato administrativo. A espanhola informa que recebeu a Marquise no consórcio porque “havia a necessidade de ter uma empresa brasileira líder no consórcio, conforme estabelece a Lei 8.666/93”. O Congresso debate uma reforma na lei das licitações, a própria 8.666/93.


O governo cearense afirma que realiza o replanejamento para a retomada da obra, com novo cronograma e prazos. Segundo o ministério, o cronograma depende de aprovação das instituições envolvidas (Caixa e BNDES), que aguardam posicionamento conclusivo do TCU e MPF para continuidade das análises. Tudo indica que a retomada será lenta. O consórcio precisa elaborar um inventário sobre cada trecho da obra para que possam ser avaliados possíveis danos durante a paralisação. A área técnica do Tribunal de Contas do Estado vê o prazo, de entrega em setembro de 2019, como “inexequível”.