quinta-feira, 26 de julho de 2018

Fabricante de trens novos não entregou 44% dos itens ligados ao desempenho dos veículos, diz relatório da Trensurb



24/07/2018 - Zero Hora

A Trensurb pagou R$ 244 milhões por trens que foram entregues sem quase a metade das especificações técnicas que dizem respeito ao desempenho dos veículos exigidas pela empresa. Um grupo de trabalho formado por 12 técnicos da Trensurb analisou 82 itens – selecionados com base em um critério de gravidade – previstos no edital da licitação e constatou que 44% deles não foram atendidos pelo Consórcio FrotaPoa, que reúne as empresas Alstom (francesa) e CAF (espanhola).

No relatório, os técnicos também apontam que a Trensurb abriu mão, a pedido do consórcio, de realizar ensaios dinâmicos que poderiam antecipar as falhas em série que, hoje, deixam fora de operação nove dos 15 trens da série 200, adquiridos em 2012 — a informação foi publicada ontem pelo Grupo de Investigações da RBS (GDI).

Técnicos da Trensurb compararam as especificações do edital de licitação com o produto efetivamente entregue. A vistoria foi concluída em 10 de abril passado e apresentada ao Conselho de Administração da Trensurb. O GDI teve acesso ao resultado da análise que escancara o prejuízo de uma compra milionária que não se reverteu em melhorias de serviço e mais conforto aos 180 mil usuários diários da linha de trem.

Os itens não atendidos vão desde certificados que atestem a qualidade das rodas e eixos de trem até peças de reposição a menos — sem que a Trensurb tivesse desconto no valor pago. Em cada um dos tópicos analisados, foi avaliado se houve vantagem financeira do consórcio, prejuízo técnico ou financeiro para Trensurb e se o item tinha ligação com problemas já constatados. Além de 44% dos itens examinados não terem sido atendidos, em 48% dos casos analisados houve prejuízo técnico ou financeiro para a Trensurb. Segundo o grupo de trabalho, só é possível garantir que 10% dos itens foram rigorosamente atendidos pelo consórcio.

Além da redução da qualidade e conforto dos serviços, os problemas dificultam a manutenção. Nem os manuais dos trens foram entregues conforme o especificado: têm desenhos e traduções erradas, além de recomendações de procedimentos de manutenção falhos, genéricos e sem aprofundamento técnico adequado.

Vaivém de queixas entre Trensurb e consórcio

Todos os itens não atendidos são objeto de demoradas negociações entre a estatal e as indústrias fornecedoras dos trens. Um vaivém de queixas que já resultou num inquérito civil público aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) para tentar impulsionar o funcionamento dos 15 trens que nunca operaram como deveriam. No relatório, os técnicos da Trensurb sugerem a contratação de um serviço para avaliar o impacto financeiro dos problemas e a devolução dos trens para resolvê-los.

No estudo, é apontada uma série de prejuízos na operação dos trens. Houve aumento de 30% no consumo energético em relação à previsão orçamentária da Trensurb – estimado em

R$ 10 milhões ao ano. Também há custos extras com manutenção dos trens antigos, da série 100, sobrecarregados porque só seis dos novos funcionam. Além disso, aumentou o gasto com horas extras dos empregados e a realocação de pessoas para acompanhamento e fiscalização dos retrabalhos.

Segundo a Trensurb, o relatório foi entregue ao Ministério Público Federal, que acompanha todo o processo que envolve o recall dos trens série 200.


Itens não atendidos segundo relatório x consequências

Não foram fornecidos os certificados de comprovação do atendimento às normas de fornecimento das rodas e eixos de trem Consequência: há dúvida sobre o desempenho das rodas. Certificados são necessários para um diagnóstico mais preciso

Não há filtro de ar nos motores de tração Consequência: o interior dos motores está contaminado com água e sujeira

Manuais incompletos, documentação técnica desatualizada, não fornecimento de softwares e códigos-fonte Consequência: a falta de manuais adequados prejudica a manutenção dos trens

Menos peças de reposição entregues Consequência: prejudica a manutenção dos trens e prejuízo financeiro à Trensurb — o consórcio reduziu a entrega, mas não o valor cobrado

Projeto de construção do motor de tração de difícil montagem e desmontagem Consequência: troca dos rolamentos, na manutenção, fica mais cara e complexa

Durante a instalação de peças na fábrica ocorreram falhas no processo de montagem que danificaram o isolamento de cabos Consequência: ocorrência de curto circuito entre os cabos.

Contraponto

O Consórcio FrotaPoa esclarece que a fabricação e entrega dos trens seguiram rigorosamente todas as normas vigentes e especificações técnicas solicitadas pela Trensurb. O Consórcio reafirma que está engajado em realizar todas as ações necessárias para recolocar os trens em operação no menor prazo possível.


Leia mais: Metrô realoca frota G para a Linha 1-Azul

- Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/grupo-de-investigacao/noticia/2018/07/fabricante-de-trens-novos-nao-entregou-44-dos-itens-ligados-ao-desempenho-dos-veiculos-diz-relatorio-da-trensurb-cjjyxe3rn00sb01qch3y4eixa.html

terça-feira, 24 de julho de 2018

Obra de expansão do bonde de Santa Teresa será retomada pelo estado



05/07/2018 - O Globo

RIO — As obras de expansão do bondinho de Santa Teresa, paradas há pelo menos dois anos, por causa da crise financeira do estado, finalmente devem sair do papel. O governo anunciou que retomará a ampliação do sistema até o fim do mês. O novo trajeto de 3 km, entre a Praça Odylo Costa Neto, no Largo dos Guimarães, e o Largo do França, deverá ficar pronto em 120 dias. A informação foi divulgada na última quarta-feira (4), no blog do colunista Ancelmo Gois.

Os reparos num dos símbolos do bairro começaram em 2013, dois anos após o acidente que deixou seis pessoas mortas. O trecho percorrido atualmente pelo bonde é de apenas 4 km — entre o Largo da Carioca, no Centro, e a Praça Odylo Costa Neto, no Largo dos Guimarães — e deixa muitos moradores desamparados:

— Desde o acidente, o Largo das Neves está abandonado, porque era o bondinho que levava os turistas até lá. Havia muitas atrações culturais. Hoje, ainda existe um evento ou outro, mas o largo não enche mais como antes — lamentou Eduardo Anunciação, que mora há 32 anos em Santa Teresa. — Pena que essa fase de ampliação não contempla todo o bairro, mas já ficamos animados em saber que o bondinho está voltando, mesmo que lentamente.

PROBLEMAS MARCAM A VOLTA DO TRANSPORTE

O Consórcio Elmo/Azvi continuará responsável pela execução da obra de ampliação, que já apresentou diversos problemas desde que foi iniciada. Em depoimento, em maio, aos membros da CPI da Alerj que investiga irregularidades no setor de transportes, o presidente da Companhia Estadual de Engenharia, Transportes e Logística do Rio (Central), Rogério Azambuja, afirmou que, dos dez quilômetros de trilhos que deveriam ter sido construídos em Santa Teresa, somente quatro haviam sido finalizados.

Azambuja também contou que, das 14 composições previstas para o sistema, apenas cinco foram adquiridas. Destas, só três eram usadas à época pelo público, já que dois bondinhos ficavam, segundo Azambuja, de reserva.

A CADA DIA, 74 VIAGENS

O presidente da Central afirmou ainda durante a CPI que seriam necessários R$ 100 milhões para que fossem comprados novos bondinhos e os trilhos chegassem até o Silvestre. Quando começou, a obra foi orçada em R$ 58,6 milhões.

Ontem, a Secretaria de Estado de Transportes informou que, atualmente, há cinco bondes em funcionamento, quantidade que, segundo o órgão, é suficiente para atender à demanda. São oferecidas, segundo o governo, cerca de 74 viagens por dia. A média de ocupação dos 2.368 lugares é de 44%. A pasta acredita que os números são positivos e “demonstram a aprovação do serviço pela população”.

Moradores de Santa Teresa cadastrados têm direito a viagens gratuitas, assim como estudantes da rede pública uniformizados e pessoas acima de 65 anos. As despesas com funcionários e manutenção do sistema são pagas com a venda de passagens para turistas, que custam R$ 20 (ida e volta).

- Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/obra-de-expansao-do-bonde-de-santa-teresa-sera-retomada-pelo-estado-22853134


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Rio Largo: Prefeitura e CBTU assinam ordem de serviço para construção da nova estação da Utinga



25/06/2018 - Cada Minuto

O bairro Utinga, em Rio Largo, irá ganhar, nos próximos sete meses, uma nova estação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A assinatura da ordem de serviço para o início imediato das obras aconteceu na manhã desta segunda-feira (25), em uma solenidade festiva na Utinga, próximo à atual estação, com a presença do prefeito Gilberto Gonçalves, do senador Benedito de Lira, do superintendente da CBTU em Alagoas, Marcelo Aguiar, da vice-prefeita Cristina Gonçalves, do vereador Jeferson do Controle, liderança do bairro, de secretários municipais e da população local, que foi prestigiar a iniciativa e agradecer os benefícios que a nova estação vai trazer para a localidade.

A nova estação, junto com ladeira da cachoeira, que também teve sua ordem de serviço assinada hoje, vai custar R$ 1,2 milhão aos cofres públicos. Já o projeto da nova estação do VLT, no centro de Rio Largo, já está pronto e, em breve, será mais uma obra em curso. A licitação para o contrato da empresa deve sair até o mês de setembro, estando na dependência apenas de ajustes técnicos da CBTU.

“Esse é um momento muito importante em que toda população de Rio Largo está agradecida e fica feliz em receber esse empreendimento. Estamos trabalhando para trazer o desenvolvimento, com mais mobilidade urbana, emprego, infraestrutura de qualidade e cidadania. Quero agradecer ao senador Benedito de Lira pelo que ele tem feito pela nossa cidade e por Alagoas, um político que tem uma força de trabalho e uma grande preocupação com os menos favorecidos. O que seria de Rio Largo se não tivéssemos um senador nos defendendo em Brasília”, questionou o prefeito.

A construção da estação de Utinga é mais um passo para o desenvolvimento do município e, como reforçou o senador benedito de Lira, “É mais uma obra, mais um empreendimento para dar confortabilidade às pessoas que utilizam o VLT e a parceria da prefeitura é muito importante para que realmente as obras aconteçam. Estamos juntos para continuar trabalhando pelo benefício do povo de Rio Largo. Com a nova estação, a população da Utinga vai ter mais conforto para ter acesso ao VLT que hoje possibilita que apenas uma porta seja aberta para a entrada dos passageiros”. 

Já o superintendente da CBTU, Marcelo Aguiar, parabenizou o município pela conquista e falou da importância da nova estação para as famílias que utilizam o VLT diariamente. “Hoje, daremos início a construção dessa nova estação que não tem estrtutura necessária para o VLT, em se tratando de altura e tamanho da plataforma. Nossa expectativa é que essa obra traga mais conforto e qualidade de vida para a população durante o deslocamento.  A parceria da prefeitura tem sido fundamental para que essas intervenções aconteçam da forma como a população precisa, melhorando a qualidade de vida de todos”, finalizou.

Jackson Rosalvo é morador da Utinga há 20 anos e prestigiou a solenidade festiva. Na oportunidade, ele falou do atraso e da precariedade da atual estação. “Espero que essa nova estação traga os benefícios que precisamos. Há anos não temos obras aqui e só temos a agradecer a prefeitura e ao governo federal. Nós, da Utinga, estamos muito felizes com o trabalho da gestaõ do prefeito Gilberto Gonçalves”, agradeceu o morador.    

- Fonte: http://www.cadaminuto.com.br/noticia/322668/2018/06/25/rio-largo-prefeitura-e-cbtu-assinam-ordem-de-servico-para-construcao-da-nova-estacao-da-utinga#


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Inauguração Estação Mercado da CBTU Maceió



04/07/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         
CBTU Maceió inaugura quinta-feira a nova estação do Mercado

A nova e moderna estação do Mercado do Artesanato da CBTU será inaugurada na próxima quinta-feira, às 15 horas e contará com a presença de autoridades, convidados e da população em geral. De acordo com a programação feita pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU será disponibilizado para os convidados e a imprensa, um VLT que sairá da estação central às 14 horas e 30 minutos, fazendo assim a primeira operação da estação do Mercado de Artesanato. Após a inauguração os convidados retornarão de VLT para a Estação Central. A obra que custou 7 milhões de reais, contando com toda infraestrutura do entorno, como a substituição de trilhos, implantação de novos dormentes, construção do muro de proteção e interligação do sistema, é considerada como uma das mais modernas existentes em Alagoas. Ela é dotada de escada rolante, elevadores para pessoas com necessidades especiais, sinalização, banheiros e ampla acomodação para os passageiros. Segundo o superintendente da CBTU, Marcelo Aguiar, a nova estação do Mercado do Artesanato é considerada como Estação-Ilha, permitindo o cruzamento dos VLT´s e aumentando o fluxo de viagens com total segurança.

03/07/2018 – CBTU Maceió

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Ministério das Cidades cancela liberação de recursos para 55 projetos de mobilidades que foram selecionados para financiamentos de R$ 15 bilhões


10/07/2018 - Diário do Transporte

Ao menos 55 propostas de mobilidade urbana em todo o País não vão mais receber recursos do Governo Federal. Juntos, os projetos somam em torno de R$ 15 bilhões

As obras tinham sido selecionadas ainda no âmbito do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e receberiam as verbas por meio do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e OGU – Orçamento Geral da União, mas prefeituras e governos estaduais não cumpriram prazos ou os termos de compromisso não foram prorrogados pelo Ministério das Cidades. Alguns projetos, apesar de selecionados, foram modificados ou abandonados pelos gestores locais.

Na portaria, assinada pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, o Governo cita a crise econômica e a necessidade de realocação de recursos para tornar sem efeito a seleção das propostas.

CONSIDERANDO a crescente demanda da população brasileira pela implantação de infraestruturas de sistemas de mobilidade urbana, o atual cenário de recessão econômica, e a necessidade de aperfeiçoar a alocação de recursos visando garantir a execução de empreendimentos, resolve: Art. 1º Tornar insubsistente a seleção de propostas de empreendimentos de mobilidade urbana, inseridos no Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC), com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), constantes no Anexo a esta Portaria com a respectiva motivação

Entre as obras que tiveram a seleção sem efeito estão corredores de ônibus em São Paulo, como o Guarapiranga / Guavirutuba e da Estrada do M Boi Mirim, a implantação de corredores de transporte público coletivo e de sistema tronco-alimentado, em Mauá, na Grande São Paulo, corredores de ônibus em Recife e Belém e sistemas de trilhos como a Expansão do Metrô – Asa Norte, em Brasília, o Metrô Linha 3 – São Gonçalo – Niterói, em São Gonçalo, a Rede de Metrô da RMBH, em Belo Horizonte e o Corredor VLT Aeroporto-Maceió.

- Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2018/07/10/ministerio-das-cidades-cancela-liberacao-de-recursos-para-55-projetos-de-mobilidades-que-foram-selecionados-para-financiamentos-de-r-15-bilhoes/

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Prejuízo do Metrô com a Linha 4 pode ser de R$ 2,3 milhões por mês


Estação São Paulo-Morumbi, em construção, deve abrir no terceiro trimestre Foto: Werther Santana/Estadão

16/06/2018 - Estadão

SÃO PAULO - O atraso das obras de extensão da Linha 4-Amarela em São Paulo pode levar o governo paulista a pagar uma indenização de até R$ 70 milhões à concessionária ViaQuatro, responsável por operar o ramal que liga a região da Luz, no centro da capital, ao Butantã, na zona oeste.

Um acordo feito em 2014 definiu que a ampliação da Linha 4 até Vila Sônia, chamada fase 2, fosse concluída até março deste ano, sob pena de o Estado pagar uma compensação mensal de R$ 2,3 milhões à concessionária. O prazo não foi cumprido. A meta agora é terminar no fim de 2020.

Agora, a ViaQuatro e a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos negociam o pagamento da indenização, acertada em um dos aditivos do contrato da parceria público-privada (PPP) que concedeu a linha à empresa, controlada pelo Grupo CCR. Pelo acordo, assinado no governo Geraldo Alckmin (PSDB), a concessionária poderá requerer a compensação a partir de julho deste ano.

A indenização seria uma forma de ressarcir a ViaQuatro. O entendimento foi de que, com menos estações, a linha teria uma demanda de passageiros menor, e a concessionária, que recebe por passageiro transportado, faturaria menos.

Parte das paradas da fase 2 da Linha 4 já foi aberta: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire (parcialmente) e Fradique Coutinho. Faltam ainda a São Paulo-Morumbi, prevista agora para o terceiro trimestre deste ano, e a Vila Sônia, programada para o quarto trimestre de 2020. Além disso, há obras complementares no pátio de manobras, na Vila Sônia, que só devem terminar no ano que vem.

O possível pagamento dessa indenização é tido como um risco fiscal ao Estado e foi detalhado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em discussão na Assembleia Legislativa.

A segunda fase das obras da Linha 4-Amarela foi licitada em 2011, quando as primeiras seis paradas do ramal, entre Butantã e Luz, já estavam em operação. A licitação havia sido vencida por um consórcio liderado pelas empreiteiras Isolux-Corsán-Corviam, da Espanha, mas em junho de 2015 o Estado rompeu os contratos, após atrasos nas obras, que chegaram a ser paralisadas. Esse é o principal motivo da demora na conclusão do ramal. Na época, o governo aplicou uma multa de R$ 23 milhões ao consórcio e acionou as empresas judicialmente.

Os trabalhos tiveram de ser licitados novamente, e contratos foram assinados em julho de 2016 com um consórcio formado pelas empresas Tiisa e Comsa. No fim, a segunda fase acabou tendo um orçamento de R$ 1,1 bilhão, ou 55% a mais do que o orçamento inicial, que era de pouco mais de R$ 500 milhões, em valores de 2011.

Atrasos

 Os atrasos na primeira fase da obra também resultaram em uma ação da ViaQuatro contra o governo. A empresa da CCR procurou a Justiça para cobrar uma dívida de R$ 428 milhões, também calculada com base em indenizações por não abrir as estações no prazo. Na PPP, o Estado ficou responsável pelas obras civis e desapropriações. À concessionária, coube comprar os trens e instalar todos os sistemas, incluindo o sistema de controle de trens sem maquinistas.

Negociações. A ViaQuatro informou, por nota, que, “alinhada ao seu compromisso com a prestação de um serviço de qualidade e excelência”, as “questões relacionadas a reequilíbrio econômico e compensação financeira do contrato de concessão da Linha 4-Amarela já estão sendo encaminhadas para solução junto ao poder concedente (o governo do Estado)”.

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, confirma a negociação. Em nota, afirma que “está em tratativas com a concessionária ViaQuatro para avaliar os impactos das alterações de cronograma na fase 2 da construção da Linha 4-Amarela para posteriormente adotar as medidas necessárias a fim de resguardar os interesses tanto da empresa como do poder público”.

“Cabe ressaltar que todas as questões relativas aos contratos de concessão são submetidas a manifestações da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Comissão de Acompanhamento dos Contratos de Parcerias Público-Privadas (CAC-PPP) e do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas (CGPPP)”, informa em nota o governo. O Estado também frisou que tem “envidado todos os esforços para concluir as obras da fase 2 da Linha 4-Amarela no menor prazo possível”.

Para lembrar

Além das obras em execução na Linha 4-Amarela, o Metrô promete entregar oito estações ainda neste ano. Na Linha 5-Lilás, que faz a conexão com o extremo sul da cidade, devem ser abertas até o fim de 2018 as Estações AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz, Chácara Klabin e, por último, a Campo Belo.

Já na Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste, a promessa é concluir a linha até o terminal de ônibus de São Mateus, concluindo as paradas Sapopemba, Fazenda da Juta e a própria São Mateus. O Metrô também tem obras da Linha 17-Ouro, o monotrilho da zona sul, que estavam previstas para o ano que vem. Anteontem, entretanto, uma decisão da Justiça suspendeu os trabalhos, por causa de uma disputa entre a empresa e as empreiteiras da obra.


- Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,prejuizo-do-metro-com-a-linha-4-pode-ser-de-r-2-3-mimes,70002352290


segunda-feira, 2 de julho de 2018

Portas nas plataformas começam a ser instaladas em linhas mais antigas do Metrô de SP



12/06/2018 - Metro Jornal

Realidade em apenas algumas das novas estações, as portas nas plataformas, que impedem o acesso dos passageiros aos trilhos e abrem só no espaço destinado para embarque e desembarque, vão se espalhar pelas linhas mais antigas do Metrô.

O projeto da companhia prevê a instalação de 88 fachadas em 36 das estações mais movimentadas das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Os pontos de parada com apenas uma plataforma (esquerda e direita), caso da Conceição, terão dois conjuntos, um de cada lado. As estações com integração, como Paraí- so e República, terão quatro. A Sé ganhará 8 fachadas. Na quarta passada, o Metrô detalhou o projeto em audiência pública.

A expectativa é de que a licitação avance pelo segundo semestre e o contrato seja assinado no começo do ano que vem. O vencedor terá 56 meses – quatro anos e meio – para instalar as portas e implantar simulador de testes e centro de monitoramento. O valor do investimento não foi informado pelo Metrô. No início do ano, o governo do estado publicou projeto de lei em que pede autorização da Assembleia Legislativa para usar US$ 111 milhões (R$ 408 milhões na cotação de segunda-feira) que sobraram de um financiamento da linha 5-Lilás para usar na colocação das portas nas plataformas – que teria gasto total de R$ 454,8 milhões, ainda de acordo com o texto.

Ganho de eficiência

 “A porta de plataforma aumenta a eficiência do Metrô, pois torna quase impossível que o passageiro provoque qualquer interferência nos trilhos”. Por interferência, Machado cita desde um lixo jogado até um acidente com vítimas que caem, são empurradas ou tentam o suicídio. “Qualquer incidente assim pode provocar um efeito cascata e atrasar todas as viagens e levar ao caos. Quando se reduz a chance de incidentes, as viagens ocorrem dentro do planejado e o sistema funciona melhor.” Como os pontos de parada mais antigos não foram desde o início projetados para terem as portas nas plataformas, Machado acredita que as obras podem demandar mais ajustes. “Além disso, como as estações estão em funcionamento, o horário de trabalho ficará restrito à madrugada.”

- Fonte: https://www.metrojornal.com.br/foco/2018/06/12/portas-nas-plataformas-comecam-ser-instaladas-em-linhas-mais-antigas-metro-de-sp.html