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sexta-feira, 28 de abril de 2017

TTrans entra com pedido de recuperação judicial


24/03/2017 - Valor Econômico

A fornecedora do segmento metroferroviário TTrans protocolou esta semana, no Rio de Janeiro, um pedido de recuperação judicial para conseguir renegociar seus compromissos. Com dívidas que somam R$ 70 milhões, o plano da empresa é conseguir um investidor disposto a fazer uma injeção de capital que permita o pagamento dos compromissos e dê alguma folga para a companhia continuar operando. Para isso, ela contratou a Quist Investimentos e o escritório DASA Advogados.

Com faturamento de R$ 300 milhões anuais antes do agravamento da crise, a TTrans viu a receita cair mais de 35% em 2015 e 2016, tanto por conta de atrasos nos pagamentos de clientes quanto pela redução das obras de infraestrutura no país.

A carteira de clientes se divide metade com o poder público e metade com a iniciativa privada. Boa parte das obras para as quais fornece, porém, têm conexão com o poder público, especialmente Estados e municípios, que viram seus caixas minguarem.

A TTrans contabiliza hoje 30% de inadimplência nos contratos. Têm carteira de pedidos de R$ 200 milhões com prazo de 24 meses, sendo que a capacidade instalada supera os R$ 300 milhões anuais.

A expectativa é de que o mercado inicie uma retomada ainda este ano, o que facilitaria a condução da recuperação judicial. No momento, segundo o Valor apurou, a fabricante negocia com quatro fundos de private equity a entrada de recursos - dois brasileiros, um canadense e um americano. Conversas mais avançadas estariam sendo travadas com este último.

Nas negociações com potenciais investidores, a empresa fala numa expectativa de mais de US$ 3 bilhões em contratos a serem fechados no Brasil até 2019, levantamento que leva em conta obras de trens e metrôs previstas, como as da Linha 18 e da Linha 6 do Metrô de São Paulo.

Apesar da previsão de conseguir uma saída para os problemas financeiros, a decisão de recorrer à Justiça para se proteger dos credores foi tomada após a empresa não conseguir renegociar os prazos com bancos. Do total devido, 65% está concentrado com credores financeiros, como Itaú e Santander.

A empresa esteve presente em obras do metrô do Rio, de São Paulo e CPTM. É uma das empresas alvos da investigação conduzida pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel em contratos de trem e metrô de São Paulo.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Indústria deve finalizar 2016 com entrega de 483 carros de passageiros


A indústria metroferroviária brasileira deve finalizar o ano de 2016 com a produção de carros de passageiros dentro do previsto. Segundo dados do diretor do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) e conselheiro da ANPTrilhos, Vicente Abate, os fabricantes de material rodante deverão entregar 483 carros de passageiros, dez a mais em relação a expectativa inicial.
Dentro deste volume, serão exportados 138 carros de passageiros para a África do Sul e Argentina e 6 locomotivas para a Namíbia. Materiais como rodas, grampos de fixação e truques terão exportações significativas, impactadas pelo câmbio favorável do primeiro semestre do ano. O faturamento total do setor em 2016 ficará no mesmo patamar de 2015, que atingiu R$ 6,2 bilhões, observa o diretor.
Em carros de passageiros não houve nenhuma nova encomenda em 2016 e alguns projetos já contratados tiveram seus cronogramas de entrega revisados. Neste último caso foram produzidos cerca de 100 carros adicionais, que não puderam ser entregues devido à solicitação do cliente. Em 2016 houve apenas uma concorrência no Brasil, 8 trens para a Linha 13 da CPTM (Aeroporto de Guarulhos), para a qual ainda não há um vencedor, explica o vice-presidente do SIMEFRE, Luiz Fernando Ferrari.
A provável retomada de encomendas deverá apresentar reflexos positivos sensíveis a partir do segundo semestre de 2017. Houve uma adequação do contingente de mão de obra, como resposta à redução das encomendas, levando em conta as características do longo ciclo industrial típico do setor.
O vice-presidente do SIMEFRE destaca ainda o atraso no lançamento de novas concorrências, como as dos metrôs de Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, todos dentro da modelagem PPP ou concessão. “A perspectiva do setor é que estes projetos sejam retomados a partir de 2017.”
A expectativa da indústria é incrementar a produção nacional, principalmente em função das novas concorrências nos modelos PPP ou concessão esperadas para 2017. “Os fatores mais relevantes para se ter competitividade da indústria metroferroviária nacional são a existência e a confirmação do programa de investimentos sem solução de continuidade e condições de participação que não privilegiem os fornecedores estrangeiros.”
Com informações do SIMEFRE