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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Alemanha vai proibir carros a combustão

14/10/2016
Os carros com motor à combustão têm os dias contados na Alemanha. O Conselho Federal do país aprovou, na última semana, uma resolução que proíbe a venda de veículos a diesel e a gasolina a partir de 2030 (no país, o álcool não é usado como combustível), segundo o portal de notícias “UOL”, com informações da revista alemã “Der Spiegel”.

A decisão foi tomada com o objetivo de atender a decisão de reduzir as emissões de poluentes determinadas, no fim de 2015, pelo Pacto Mundial sobre o Clima da Conferência de Paris.

O governo alemão investiu € 1,1 bilhão (R$ 3,8 bilhões) para subsidiar a compra de carros elétricos até 2019, para incentivar o processo de substituição dos carros a combustão, com subsídios de  € 4 mil (R$ 14 mil) para a compra de um carro elétrico e de € 3 mil (R$ 10 mil) para um híbrido.


A decisão proíbe a venda de veículos com motor a combustão a partir de 2030, mas a frota com esse combustível poderá rodar até 2050, portanto por mais vinte anos, quando, então, será proibido rodar com qualquer veículo a gasolina e diesel. A medida vai provocar grandes mudanças na sociedade alemã, pois inúmeras atividades e profissões serão simplesmente aniquiladas, enquanto outras surgirão. O compromisso do governo alemão é reduzir entre 80% e 95% a emissão de dióxido de carbono (CO2) até 2050

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Brasil está longe da rota global de novas tecnologias de mobilidade

26/09/2016 - Estadão
Apesar de ser palco de alguns testes de veículos elétricos/híbridos, e até mesmo de um caminhão autônomo previsto para o próximo ano, o Brasil está distante da rota internacional das novas tecnologias da mobilidade.

Com falta de infraestrutura em rodovias e avenidas das grandes cidades e, principalmente, em razão dos altos custos, o País deve manter, por um longo período, sua atual matriz energética voltada a veículos flex. “Há um grande movimento global pela digitalização e eletrificação, mas nossa realidade é diferente e, no momento, é melhor usar o que a agricultura nos oferece e a sobra do petróleo (gás) ”, diz o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes.

A Volvo iniciou em agosto testes com um ônibus elétrico em Curitiba (PR) em parceria com a prefeitura local. O veículo atende uma linha de cerca de 5 quilômetros e é abastecido em uma estação de recarga montada ao lado de um dos pontos para embarque de passageiros.

Sem espaço. Não há ainda previsão de mercado para ônibus elétricos no Brasil pois, na visão de vários executivos, o transporte no País ainda será voltado, por longo período, ao uso do diesel, inclusive feito de cana, e de biocombustíveis em geral. Na Europa, a expectativa é de que 70% do transporte público de passageiros seja feito por ônibus elétricos até 2030.

Por enquanto não estão definidos subsídios para a compra desse tipo de veículo por parte dos frotistas, a exemplo do que ocorre para automóveis. Só a Alemanha estabeleceu como meta ter uma frota de 2 milhões de veículos elétricos em menos de uma década.

A Volvo também trará ao Brasil, no ano que vem, protótipo similar ao caminhão sem motorista usado na mineradora da Suécia para operar em um canavial em local a ser definido. “Será um veículo assistido, comandado por um motorista, mas que pode tirar as mãos do volante em manobras que serão controladas via GPS”, diz Nilton Roeder, diretor da Volvo na América Latina.

Um dos objetivos, segundo Roeder, é que o veículo especial estabeleça um trajeto usado em todos os ciclos da colheita da cana, sem alterações. Normalmente, há uma perda de 4% a 5% do plantio porque os caminhões que percorrem as plantações passam por cima das mudas, destruindo-as.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Sistema de carros compartilhados começa a funcionar em Fortaleza

23/09/2016 09:00 - O Povo - CE
No Dia Mundial Sem Carro, oito veículos elétricos compartilhados foram liberados para uso dos fortalezenses. O sistema entrou em período de operação assistida, no qual usuários fazem cadastros e técnicos monitoram o projeto em atividade. A previsão é de que todo o sistema esteja em pleno funcionamento até novembro, quando a Prefeitura deve disponibilizar 20 carros, em 12 estações. As viagens são tarifadas de acordo com o tempo utilizado. O valor mínimo é R$ 20 para 30 minutos. 
Fortaleza é a primeira cidade brasileira a adotar o sistema. Inicialmente, os Veículos Alternativos para Mobilidade (Vamo) estão distribuídos em quatro estações, nos bairros Montese, São Gerardo, Edson Queiroz e Aldeota. Mais um ponto será instalado na Aldeota na próxima semana. “Optamos por começar com menos estações para dar assistência aos usuários e, se for necessário, fazer ajustes”, explicou o secretário da Conservação e dos Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia. 
Os motoristas poderão escolher entre dois modelos de veículos: o SUV (Zhidou EEC L7) ou o compacto (BYD e6). Conforme Nilo Rodrigues, engenheiro de Inovação da Coelce, o automóvel maior tem autonomia de 300 quilômetros com carga total, o menor viaja 120 quilômetros. Cada carga do SUV custa R$ 45 à operadora, enquanto o compacto é recarregado com o custo de R$ 8. De acordo com Rodrigues, os valores de reabastecimento representam entre 5% e 7% do montante arrecadado pelo sistema. A maior parte do valor é para cobrir a manutenção dos veículos.
O sistema será operado pela Serttel, mesma empresa responsável pelo Bicicletar, programa de compartilhamento de bicicletas. O Hapvida é o patrocinador do sistema motorizado. A SCSP é o órgão público responsável por coordenar as ações.
Cadastro e valores
Para utilizar algum dos automóveis elétricos, o usuário precisa fazer cadastro no site, incluindo a habilitação para dirigir e o comprovante de residência. Com os dados aprovados pela operadora, o motorista agenda hora e local para receber orientações sobre os veículos e assinar termo de responsabilidade. Após o cadastro, o usuário pode reservar qualquer carro, tendo 15 minutos para ir até a estação retirá-lo. 
Viagens abaixo de 30 minutos custam R$ 20. Acima desse tempo, valor adicional é aplicado a cada minuto. A taxa é menor quanto mais tempo o usuário ficar com o carro, variando entre R$ 0,40 e R$ 0,80 por minuto. Usuários poderão fazer cadastro para pagamento mensal de taxa de R$ 40. Caso possua o Bilhete Único, será dado um desconto de 25% nesse valor. Nesse caso, o motorista só paga nos meses em que usar ao menos uma vez o sistema.


A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Coluna #Trânsito e Vidas por Mario Divo
setembro 28, 2016 CarrosDestaquesNotícias - Tagged: Coluna #Trânsito e VidasMario Divo no comments



A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Exatamente nesta 4ª feira, dia 28/9, o Secretário-Geral do Fórum Internacional dos Transportes (ITF), Sr. José Viegas, tem programada a apresentação internacional dos resultados de um estudo patrocinado pela OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico sobre como métodos inteligentes em compartilhamento de veículos são a chave para resolver os problemas de mobilidade, de congestionamento e da qualidade do ar, gerando melhor acesso a empregos e educação, em grandes cidades.
A maior parte dos atuais impactos negativos em mobilidade urbana decorre da utilização ineficiente do carro particular. Um veículo é um dos investimentos familiares mais intensivos em capital e, em média, é utilizado menos de uma hora por dia para transportar menos de dois passageiros (média está abaixo de 1,6 por veículo). Enquanto isso, o meio de transporte público tradicional não está atraindo passageiros suficientes para conter o crescimento do tráfego de automóvel nas cidades, principalmente por excesso de lotação.
Com base em dados reais de mobilidade em Lisboa (Portugal), pesquisadores do ITF  promoveram experiências substituindo os ônibus regulares e carros particulares por táxis compartilhados e micro-ônibus sob demanda (com 8 e 16 lugares), complementando com a já existente rede de metrô. Os resultados foram surpreendentes, motivando que mais cinco cidades sejam base de novos testes: Auckland (Nova Zelândia), Dublin (Irlanda), Helsinque (Finlândia) e outras duas a serem escolhidas proximamente.
Objetivamente, fica evidente a maior habitabilidade na cidade, com os seguintes ganhos a partir do projeto-piloto em Lisboa: (a) 3% dos veículos que hoje circulam conseguem atender a demanda existente para as mesmas viagens; (b) 95% dos estacionamentos (garagens) não são mais necessários e podem ter outros usos; (c) O congestionamento desaparece, com 23% a 37% de menor distância total percorrida pelos veículos, e; (d) As emissões de CO2 causadas pelo tráfego caíram em 34%, sem qualquer nova tecnologia.

Concluindo, conforme crescer o hábito de se andar de bicicleta nas cidades, os resultados serão ainda mais impactantes… Como diz José Viegas, “complexo será gerir a transição”.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Curitiba quer transformar carro elétrico em transporte público

02/09/2016 07:45 - Gazeta do Povo
Se tudo correr bem, Curitiba pode ter 50 carros elétricos em suas ruas, livres para serem compartilhados, até o fim de 2017. Duas empresas apresentaram estudos de viabilidade para o “car-sharing” (ou “compartilhamento de carros”), em resposta ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) aberto pela prefeitura. Nesta quinta-feira (1.º), o município anunciou que ambos foram aceitos e vão servir de base para a formulação do edital. A meta da vice-prefeita Mirian Gonçalves, responsável pelo projeto, é abrir a concorrência até dezembro deste ano. O anúncio dos escolhidos e assinatura do contrato seriam feitos no início do próximo ano, já na próxima gestão, seja ela qual for.
As duas propostas apresentadas – da empresa Serttel e do engenheiro Sérgio Bastos – preveem um serviço nos moldes de concessão (e não de parceria público-privada). Para a vice-prefeita, esse é o modelo mais interessante, do ponto de vista econômico, para a prefeitura. Todo o custo de implantação do sistema, como de carros e de postos de recarga, bem como sua operação (manutenção das pessoas, criação de aplicativos, fiscalização) ficaria a cargo da iniciativa privada, sem custos para os cofres públicos.
Ao mesmo tempo, quem vencer o futuro edital ganha o direito de explorar o serviço em um tempo determinado. Um dos ganhos é com a tarifa paga pelo serviço, que deve ter um valor “em conta”, para ser atrativa para o usuário. Mirian acredita que a própria lógica do mercado deve garantir um preço razoável. Pois, caso contrário, ninguém vai usar o serviço e o investidor não vai ter retorno. “Quem faz uma proposta de investimento alto se não tiver quem use?”. Por outro lado, o edital deve prever outras formas de ganhos financeiros, como a exploração do sistema para fins publicitários.
A tarifa pode ser medida tanto em tempo quanto em quilômetros. Ainda não se sabe qual das medidas Curitiba vai adotar, mas as duas propostas selecionadas optaram pelo tempo. A Serttel apresentou um programa de tarifas que varia de R$ 0,80 o minuto (viagens de meia a uma hora) a R$ 0,40 (de três a quatro horas). Já o estudo do engenheiro Sergio Bastos prevê R$ 0,60 por minuto para usuário do plano mensal, caindo para R$ 0,40 no plano anual.
A ideia é começar com 50 carros e cerca de 30 estações. Além de serem pontos de recarga para os veículos elétricos, as estações serão pontos de estacionamento. O usuário tira o carro em um ponto e devolve em outro. O espírito é de viagens curtas, de forma que os veículos permaneçam em movimento constante, ao mesmo tempo que o usuário sempre vai ter um carro disponível nos postos de abastecimento. Quem vai para o trabalho de carro, por exemplo, no lugar de deixar o veículo oito horas parado, ocupando uma vaga de estacionamento, pode deixá-lo na rua para ser utilizado pelo próximo usuário, e assim sucessivamente.
Um dos principais objetivos é desafogar a região central da cidade, que hoje sofre com o excesso de carros individuais. O famoso congestionamento das oito horas da manhã, em que se enfileiram carros nos semáforos, cada um com uma pessoa dentro. A ideia é que o carro compartilhado seja uma opção que motive o cidadão a deixar o seu veículo particular em casa.
O sistema de car-sharing foi pensado para se conectar com outras formas de transporte. O trajeto de casa até a estação, por exemplo, pode ser feito de bicicleta e, de lá, o sujeito pega o carro até o próximo ponto, próximo ao seu trabalho. Outra opção seria usar o veículo público para ir ao mercado e não precisar carregar as compras. “Você tem que ter uma cidade intermodal, permitir que a pessoa possa ter um carro, um ônibus, bicicleta. Ou mesmo um carro particular. Nossa intenção é que as pessoas tenham o carro, mas que ele não seja de uso diário”, afirma a vice-prefeita.
Ao redor do mundo
A experiência curitibana é inspirada em modelos de car-sharing internacionais. O mais famoso é o Autolib’, em Paris, criado em 2011 com 250 carros e 250 estações de recarga. A iniciativa surgiu na esteira do bem sucedido Velib’, de compartilhamento de bicicletas. Não há, no Brasil, modelo de compartilhamento de carros na escala do que se pretende em Curitiba. O que deve influenciar inclusive no edital. O mais provável é que vença um consórcio com alguma empresa internacional, com experiência no assunto, na avaliação do gabinete da vice-prefeita.
Ao redor do mundo, o compartilhamento de carros é um negócio em expansão. Estudo feito pela consultoria WRI Ross Center for Sustainables Cities levantou que o número de sistemas passou de seis, em 2012, para 41, até a metade de 2015. Os modelos variam. Um deles é o “peer-to-peer”, em que qualquer indivíduo pode disponibilizar seu carro para outro usuário que, geralmente por um aplicativo de smartphone, acessa o veículo e faz o pagamento. Outra opção é ter um sistema de carros e estações administrado por um único operador. Pode tanto ser uma empresa privada (uma locadora de carros, por exemplo), ou o setor público, como no caso de Curitiba.
Menos carros

Cada carro do car-sharing pode tirar até 11 veículos individuais das ruas. Significa 13 toneladas a menos de gás carbônico no ar, segundo estudo do Centro de Pesquisa em Transportes (TSRC) da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Eles analisaram o Car2Go, maior operador de carros compartilhados dos Estados Unidos. Atualmente, a empresa utiliza carros movidos a gasolina, em função de custos. Fossem elétricos, a economia com emissão de gases poderia ser ainda maior.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Carro Elétrico


Carro elétrico é mesmo alternativa para reduzir emissões?
02/08/2016 09:11 - Deutsche Welle
Emissão zero de CO2 e dos nocivos óxidos de nitrogênio, nenhum ruído, extrema facilidade de manuseio: as vantagens dos carros elétricos, comparados aos movidos a gasolina ou diesel, parecem indiscutíveis.
Esses veículos são também parte da estratégia do governo alemão para alcançar sua meta climática de reduzir em 40% as emissões de gases do efeito estufa, em relação a 1990. Para tal, até 2020 deveriam estar circulando pelas ruas da Alemanha 1 milhão de veículos movidos a eletricidade.
Só que a meta parece cada vez mais inalcançável. A quatro anos do fim do prazo estipulado, foram licenciados na Alemanha não mais do que 50 mil carros elétricos – cujo impacto positivo sobre o volume do CO2 é praticamente nulo.
Impacto ambiental das ruas para as usinas
No total, o balanço climático dos automóveis movidos a bateria, sob as condições atuais, é "semelhante ao dos veículos com motor a combustão, independentemente do tamanho", concluiu o Instituto de Pesquisa de Energia e Meio Ambiente (Ifeu), de Heidelberg, num estudo de 2011.
O principal motivo para isso é a transferência do impacto ambiental das ruas para as usinas, pois mais da metade da eletricidade consumida na Alemanha continua sendo gerada a partir de fontes fósseis e poluidoras, como carvão mineral e gás natural.
Pesquisas mostram que quem abastece seu carro elétrico com o mix de energia normal da Alemanha tem que percorrer 100 mil quilômetros até ser menos nocivo ao clima do que um automóvel convencional. Por sua vez, quem trafega exclusivamente com eletricidade de fontes renováveis já apresenta impacto climático zero após 30 mil quilômetros.
Baterias e metais antiecológicos
A fabricação de um veículo movido a eletricidade tampouco é um modelo de respeito ao meio ambiente, gerando o dobro de emissões de gases do efeito estufa que a produção de um com motor a combustão, segundo constatou o Instituto Fraunhofer de Física de Construção.
A principal responsável por isso é a bateria: o Ifeu calcula que cada quilowatt/hora de capacidade elétrica corresponde à emissão de 125 quilos de CO2. Assim, uma bateria de 22 kW/h, como a utilizada pelo BMW i3, por exemplo, implica emissões de quase três toneladas de dióxido de carbono.
Metais e terras raras, como cobre, cobalto e neodímio, estão entre os principais componentes das baterias automotivas. A extração dessas riquezas naturais em países como a China ou a República Democrática do Congo leva a um dano ambiental sistemático, com florestas tropicais desmatadas, rios poluídos e solos contaminados.
Acrescente-se a isso o fato de grande parte das carrocerias dos carros elétricos ser manufaturada com alumínio, metal leve cuja produção a partir do minério bauxita exige enorme consumo de energia.
Carros de "emissão zero" são álibi para as montadoras
O Instituto de Meio Ambiente e Prognósticos da Alemanha (UPI) adverte, ainda, que mais automóveis elétricos podem resultar em mais tráfego. Como exemplo é citada a Noruega, país com o maior número de veículos movidos a bateria em proporção ao número de habitantes. Segundo o UPI, a grande demanda por carros elétricos resultou numa queda de mais de 80% do uso de transportes públicos para a ida e volta do trabalho.
Nesse sentido, a ONG ambientalista Greenpeace recomenda que o transporte urbano seja feito com ônibus elétricos, em vez de subvencionar a compra de veículos elétricos pessoais. Em entrevista ao jornal alemão Die Welt, o especialista em mobilidade da organização ambientalista Daniel Moser afirmou que "10 mil ônibus elétricos rendem tanto quanto 1 milhão de carros".
Apesar dessas reservas, o governo e as montadoras da Alemanha continuam apostando no transporte individual, como prova a recente introdução de um bônus para a compra de veículos elétricos.
Do ponto de vista jurídico, apesar de suas emissões indiretas de CO2, os carros elétricos continuam sendo considerados "veículos de emissão zero". As consequências dessa forma de classificação são amplas. Como os novos valores-limite de CO2 impostos pela União Europeia se referem ao total da frota de um fabricante, ao construir carros elétricos teoricamente livres de CO2, as montadoras podem ultrapassar impunes os limites da UE com SUVs e outros utilitários pesados.
Esforços para reduzir a pegada ecológica
Cientistas e ambientalistas concordam que a eletromobilidade só será um modelo de sucesso se os valores-limite forem levados a sério e se, paralelamente, a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis seguir adiante. A meta de Berlim é que, até 2035, entre 55% e 60% da eletricidade alemã provenha de fontes renováveis, como vento, sol, água e biomassa.
Os automóveis movidos a eletricidade podem assumir um papel-chave para que essa meta seja alcançada. Um sistema inteligente de carregamento poderia reconhecer quando a incidência forte de sol ou vento gera excedentes de energia, e então abastecer o veículo com esse excedente. Se o carro não for movimentado em seguida, a bateria serviria como armazenador e poderia devolver a energia à rede em horas de calmaria ou após o pôr do sol.
E a tecnologia segue evoluindo. A cada nova geração, as baterias dos veículos ganham mais capacidade e precisam ser substituídas com menor frequência. Cientistas de diferentes universidades também desenvolvem métodos para reciclar baterias usadas. No futuro, todas essas iniciativas podem reduzir a pegada ecológica dos automóveis elétricos, transformando-os numa alternativa verdadeira.
Produção de veículo elétrico no Brasil ainda está distante, diz Anfavea
12/06/2016 10:02 - Folha de SP

A produção de carros elétricos no Brasil ainda é uma realidade distante, segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
"Hoje, não temos um programa sustentável de produção e vendas no país. O governo, para estimular o uso do carro elétrico, teria que conceder subsídios para diminuir o preço. Ainda é uma tecnologia muito cara", afirma.
Megale ressalta que, no mundo, há países com programas já consolidados para o uso do carro elétrico. "Por isso, acredito que em cinco ou sete anos a produção em escala desses veículos seja viável."
De acordo com a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), desde 2014 foram vendidos no país cerca de 200 veículos puramente elétricos. Os carros híbridos —que combinam motor elétrico com outro a combustão— chegam a 1.800. Todos os modelos são importados.
Mas o preço deste tipo de carro ainda é alto, acima de R$ 100 mil. "Há a necessidade de reduzir o custo para o padrão nacional, de até R$ 90 mil, para que o veículo elétrico se torne acessível", afirma Ricardo Guggisberg, presidente executivo da ABVE.
"A indústria do veículo elétrico vem crescendo rapidamente no mundo inteiro, mas ainda tem uma participação pequena na indústria automotiva. As exigências governamentais para redução da emissão de poluentes têm estimulado o desenvolvimento desses veículos", afirma Henrique Canto, gerente da BMW.
"A bateria representa cerca de 50% do valor do veículo, mas à medida que são desenvolvidas novas tecnologias, as baterias vão se tornando mais eficientes sem aumentar seu tamanho, ao mesmo tempo em que diminui o tempo de recarga", diz Canto.
INCENTIVOS
Sobre o incentivo governamental aos carros elétricos, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços destaca que, em março deste ano, Brasil e Alemanha firmaram um acordo de cooperação técnica para aprimorar o desenvolvimento e implantação da chamada eletromobilidade no Brasil.
A parceria prevê um projeto de cooperação técnica que terá quatro anos de duração, com investimentos de 5 milhões de euros do Ministério de Cooperação Internacional e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ).
Em outubro do ano passado, a alíquota do Imposto de Importação caiu de 35% para zero para carros elétricos e movidos a células de combustível (que produzem eletricidade por meio da reação do hidrogênio com o ar).
Veículos híbridos também tiveram redução do imposto de 35% para alíquotas que variam de 0%, 2%, 4%, 5% e 7%.
Segundo o ministério, o governo aprovou a redução do Imposto de Importação como forma de demonstrar o interesse em incentivar o uso de veículos mais eficientes no Brasil.

Recarga de elétricos? Tem no posto Ipiranga
BMW firma parceria com a distribuidora de combustíveis para a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos

Um posto da rede Ipiranga na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), será o primeiro da rede a contar com um ponto de recarga elétrica para os automóveis da BMW. A iniciativa faz parte de uma parceria firmada entre a distribuidora de combustíveis e a montadora alemã, que prevê a instalação de 50 pontos em postos de todo o Brasil.

Projetado para a recarga rápida dos elétricos e híbridos plug-in da BMW i, o BMW i Wallbox Pro permite carregar completamente — e de maneira gratuita — 100% da bateria de um BMW i8 em 2h30, enquanto a recarga das baterias do i3 leva 3h45.


O equipamento pode também ser instalado na residência do proprietário do automóvel. Com preço sugerido de R$ 8.638, o equipamento funciona como um carregador e também pode ser configurado como um gerenciador de energia do imóvel, trabalhando em conjunto com geradores de energia solar e com sistemas de automação residencial.