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domingo, 28 de novembro de 2021

Marcopolo Rail fornecerá People Movers articulados para o consórcio Aerogru

 


15/09/2021 RF Revista Ferroviária

A Marcopolo Rail, divisão da Marcopolo focada no desenvolvimento de novos modais sobre trilhos, fornecerá people movers para o consórcio AeroGRU, formado pelas empresas Aerom, HTB, FBS e TSEA. O consórcio é responsável pelo projeto de transporte de passageiros da linha 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos terminais 1, 2 e 3 de passageiros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A proposta comercial de fornecimento dos veículos foi validada entre a companhia e o consórcio este mês.

O Termo Aditivo para construção do Trem de Acesso ao Aeroporto de Guarulhos – Airport People Mover – foi assinado pelo hoje (8/9) pela manhã, marcando o início das obras de construção do sistema.

Serão três composições de dois carros, conhecidos tecnicamente como Automated People Movers (ATM), fabricados e integrados pela Marcopolo Rail. O sistema terá funcionamento autônomo (driveless) e fará um trajeto de 2,6 quilômetros entre a estação ferroviária e o aeroporto. O percurso prevê quatro paradas (estação CPTM, terminal 1, terminal 2 e terminal 3) e, de acordo com o projeto, poderá ser percorrido em seis minutos.

“Com essa iniciativa, ampliamos a nossa atuação no país e reforçamos nossa estratégia de parcerias. Acreditamos fortemente no potencial do metroferroviário brasileiro, que tem condições de avançar nos deslocamentos de alta capacidade com velocidade, eficiência e conforto, além apresentar diversas vantagens na relação custo versus benefício no médio prazo”, afirma Petras Amaral, business head da Marcopolo Rail, que participou da cerimônia.

A Marcopolo Rail iniciou o fornecimento de People Movers para a Aeromóvel, em novembro de 2017. Na oportunidade, a Aerom desenvolveu conjuntamente com a Marcopolo Rail a geração G6 dos veículos do Sistema Aeromovel, representando uma evolução tecnológica significativa em relação àqueles em operação no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).

O veículo foi totalmente projetado, calculado e equipado seguindo os mais rigorosos padrões da indústria de APMs determinados pela norma ASCE 21-13 (Automated People Mover Standard), utilizando componentes de fornecedores consagrados do setor metroferroviário em subsistemas críticos como gangways, sensores, coletores de energia, portas de serviço, molas da suspensão secundária, rodeiros, freios e tantos outros.

“Este importante projeto reforça a parceria estratégica entre Marcopolo Rail e a tecnologia aeromóvel, além de demonstrar o potencial das soluções de mobilidade brasileiras para o mundo”, finaliza Petras.  No ano passado, a Marcopolo Rail iniciou um ciclo de ampliação de seu portfólio, com o lançamento do Prosper VLT, um produto de embarque em nível focado nos segmentos urbano, intercidades e turismo, tendo como primeiro cliente a Giordani Turismo, operadora gaúcha de Bento Gonçalves.

 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

São Paulo vai eliminar bilheterias do Metrô e da CPTM até o fim de 2021

 05/10/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa

Foto: AP Photo/Andre Penner

Valor Econômico – As bilheterias das estações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em São Paulo devem ser fechadas gradualmente até o final de 2021. No ano que vem, a aquisição dos bilhetes digitais poderá ser feita por meio de aplicativo de celular e em máquinas de autoatendimento nas estações. O Bilhete Único e o cartão Bom continuam sendo aceitos como forma de pagamento da passagem.

As informações foram divulgadas pelo “Bom Dia, São Paulo, da TV Globo”, e confirmadas pela “Folha de S. Paulo”. Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a expectativa é que todas as bilheterias sejam fechadas até o final do ano.

A mudança já começa nesta sexta-feira, com a redução do horário de funcionamento das bilheterias das estações Belém, na linha 3-vermelha do Metrô, e Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM. O serviço de guichês estará disponível nos horários de pico: das 6h às 10h e das 16h às 20h.

No dia 15, as bilheterias dessas estações serão desativadas. O calendário com a desativação dos guichês das demais estações deve ser informado em uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda.

Em abril, as bilheterias de 16 estações começaram a vender somente os bilhetes digitais com QR Code. Esse tipo de passagem substituiu o antigo bilhete unitário de papel, chamado de Edmonson.

À época, o governo informou que o novo modelo era mais seguro e proporcionava economia de R$ 100 milhões por ano com a emissão dos tíquetes tradicionais.

O sistema de pagamento de bilhetes unitários por QR Code passou a ser aceito em todas as estações do Metrô e da CPTM em dezembro de 2020, após pouco mais de um ano de testes.

Na época, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o novo sistema traria “facilidade e agilidade” aos passageiros da rede metroferroviária e que o modelo ajudaria a reduzir fraudes envolvendo bilhetes de transporte.

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/10/04/sao-paulo-vai-eliminar-bilheterias-do-metro-e-da-cptm-ate-o-fim-de-2021.ghtml

 

domingo, 12 de janeiro de 2020

15 meses após inauguração, trem para Cumbica que pode ter até 2.000 pessoas circula com 35


  08/01/2020
person Folha de S.Paulo

 Vagões vazios do Expresso para Guarulhos nesta segunda-feira (6) - Bruno Santos/Folhapress

Dia 6, primeira segunda-feira de 2020. O relógio marcava 11h57, e o trem surgia na plataforma da estação da Luz, no centro de São Paulo.
Não havia filas. Não havia tumulto. Não havia correria. Apenas 36 passageiros aguardavam pela chegada da composição. As portas fecharam ao meio-dia. É hora de o trem seguir para a sua segunda viagem do dia até o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
Os 36 passageiros não ocuparam nem os 40 assentos disponíveis em um dos oito vagões. Deu para viajar sozinho num vagão inteiro, limpo e climatizado, esticar as pernas e dormir no trajeto, que dura cerca de 30 minutos, sem paradas e com seguranças circulando pelo corredor.
Na volta, a Folha pegou o Expresso das 15h e viajou com outros 35 passageiros até a Luz.
A situação presenciada pela Folha ocorreu num dia em que Cumbica recebeu cerca de 145 mil passageiros, um pico nessa época do ano provocado pelas férias escolares. O número leva em consideração o total de pessoas que circularam pelos três terminais em voos que chegaram e decolaram do aeroporto.
A GRU Airport, concessionária responsável pela gestão do maior terminal aeroportuário do país, não informou quantos desses passageiros ficaram em São Paulo.
Mas nem a comodidade e a alta demanda de Cumbica fizeram o serviço da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decolar. Até agora, o Expresso vem atraindo pouca gente.
Em 2019, atingiu uma média de 350 passageiros ou 35 ocupantes em cada uma das dez viagens (ida e volta) que faz nos dias úteis. Um trem da CPTM possui 320 assentos; incluindo quem viaja em pé, pode transportar até 2.000 pessoas.
Como o serviço expresso foi criado só em outubro de 2018, não é possível fazer uma comparação anual.
A linha 13-Jade da CPTM, da qual o Expresso faz parte, custou R$ 2,3 bilhões, valor pago com financiamento do BNDES e com dinheiro da Agência Francesa de Desenvolvimento e do Banco Europeu de Investimento.
O economista Flávio Roberto de França Júnior, 56, é um habitué do Expresso. Falou com a Folha sentado sozinho num vagão e com o laptop ligado. "É muito barato, limpo e seguro. Eu aproveito os 30 minutos da viagem para trabalhar já daqui."
"Mas não é um serviço de primeiro mundo. O ideal seria ter um trem já ligando o aeroporto de Congonhas [doméstico] a Guarulhos", diz. "O intervalo entre as viagens deveria ser menor. Isso atrapalha muito". Hoje, são duas horas entre uma viagem e outra, nos dois sentidos.
A assistente social Jaqueline dos Santos, 36, e o marido, o eletricista Roberival Silva, 41, viajaram no trem do meio-dia porque ficaram com medo de pegar o próximo, das 14h. O motivo: o voo do casal para Maceió (AL) era às 15h. "[O trem] deveria sair de 30 e 30 minutos. A gente tem que chegar muito antes no aeroporto por causa desses horários mais espaçados."
O Expresso foi inaugurado em 16 de outubro de 2018. Liga o centro da capital paulista ao aeroporto de Guarulhos em viagens diretas. Nos feriados e nos finais de semana, são três deslocamentos em cada sentido.
Rumo ao aeroporto, o primeiro trem parte às 10h. No sentido contrário, às 9h. O bilhete custa R$ 8,80 -o dobro do valor cobrado no serviço de transporte sobre trilhos nas demais linhas. Quem está no Metrô, precisa desembarcar na Luz e comprar o bilhete exclusivo do Expresso.
Mas o maior problema do serviço, apontado por Jaqueline e Roberival, é a falta de conexão direta entre o trem e os terminais de Cumbica.
Os 36 passageiros que estavam na viagem acompanhada pela Folha desembarcaram na estação Aeroporto (última da linha 13-Jade), que fica do outro lado da rodovia Hélio Smidt. Com malas em mãos, atravessaram uma passarela e ainda pegaram um ônibus para acessar a área de embarque.
"Gera um incômodo, né. O absurdo de dinheiro que gastou nisso aqui e ainda tem que pegar um ônibus até o terminal. Já gera um transtorno", reclama Roberival.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

CPTM lança trem expresso para aeroporto; veja fotos




17/10/2018 - Revista Ferroviária

A CPTM iniciou, na última terça-feira, a operação do serviço Airport Express, com viagens diretas entre as estações da Luz e Aeroporto-Guarulhos, na Linha 13-Jade. As fotos divulgadas pela CPTM mostram o embarque dos passageiros na estação da Luz, em São Paulo, e o desembarque na estação Aeroporto-Guarulhos.

O bilhete do serviço Airport Express custa R$ 8 e pode ser adquirido nas duas estações. O embarque e desembarque são realizados em plataformas exclusivas para o serviço, que conta também com uma linha de bloqueios (catracas) própria.

Os trens que atendem a linha são da série 9000. O serviço terá trens próprios, do consórcio Temoinsa/Sifang, em 2019, segundo previsão divulgada pela companhia.

Horários Expresso Aeroporto:

Estação Aeroporto-Guarulhos, plataforma 2,: 9h, 11h, 13h, 15h e 21h

Estação da Luz, plataforma 5:  10h, 12h, 14h, 16h e 22h.

O Airport Express funciona de segunda a sexta-feira.

Já o serviço Connect, com viagens da Estação Brás até o Aeroporto-Guarulhos, iniciado no dia 3 de outubro, também dispensa a transferência entre trens na estação Engenheiro Goulart, mas realiza parada em todas as estações. A tarifa é a mesma do sistema metroferroviario, R$ 4.

Horários Serviço Connect:

 Sentido Brás: 6h20, 7h, 7h40, 18h, 18h40 e 19h20. E, aos sábados, 6h20, 7h e 7h40.

Sentido Aeroporto: 6h25, 7h05, 7h45, 18h05, 18h45 e 19h25. E, aos sábados, 6h25, 7h05 e 7h45. O Connect não funciona aos domingos.

Para chegar aos terminais, é necessário utilizar um serviço de transfer oferecido pela concessionária. São três linhas em circulação:

Estação CPTM -Terminal 1 - Estação CPTM

Estação CPTM - Terminal 2 - Terminal 3 - Estação CPTM

Terminal 1 - Terminal 2 - Terminal 3 - Terminal 1*

* Não tem parada na estação.


Veja também quais cidades brasileiras também oferecem o serviço de ligação com aeroportos:

Porto Alegre

Aeroporto Salgado Filho

Possui a estação Aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3,30.

Recife

Aeroporto dos Guararapes

Possui a estação Aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3. A ligação com o aeroporto é feita por meio de uma passarela de cerca de 500 metros de extensão.

Rio de Janeiro

Aeroporto Santos Dumont

Possui estação de VLT próxima ao aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3,80. É possível fazer integração com o sistema do metrô.

Salvador

Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães

Possui a estação Aeroporto com o valor de R$ 3,70. Para chegar aos terminais é necessário utilizar um ônibus fornecido pela concessionária.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Rota com trem de Alckmin da Paulista até Cumbica pode levar 2 h



09/04/2018 - Folha de São Paulo

​​O trem recém-inaugurado por Geraldo Alckmin (PSDB) para ligar a capital paulista ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), pode ser uma opção barata, mas a viagem completa pela rede sobre trilhos é demorada e com transtornos aos usuários.

Um teste feito pela Folha no sábado (7) mostrou que, a partir da avenida Paulista, esse deslocamento (incluindo caminhadas, baldeações, espera em plataforma e tempo dentro do metrô e do trem) pode superar duas horas.

A demora, além de ser maior que a do ônibus executivo, chega a ser até três vezes a de quem faz essa viagem de carro, por meio de táxi ou Uber.

O trem da linha 13-jade, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), passou a ser opção para ir a Cumbica no fim de março.

O trecho liga a estação Engenheiro Goulart, na zona leste, à estação Aeroporto.

Por enquanto, ele ainda está em fase de testes, só aos finais de semana, das 10h às 15h, com intervalos de até 30 minutos. Ao longo dos próximos meses, haverá ampliação de dias, horários e de serviços —no segundo semestre está previsto um trem expresso a partir da estação da Luz.

A expectativa pela rede de trilhos da capital ao aeroporto de Cumbica vem desde 2002, quando Alckmin prometeu terminá-la até 2004.

O tucano, que renunciou ao governo na sexta (6) para se candidatar à Presidência, fez uma maratona de inaugurações de estações incompletas dias antes de sair do cargo.

CRONÔMETRO

O trajeto testado pela reportagem, com saída na av. Paulista, em frente ao prédio da TV Gazeta, a partir das 10h30, foi feito com quatro modalidades de transporte: metrô combinado com trem, táxi, Uber e ônibus executivo.

O destino era a região de embarque do terminal 2 do aeroporto de Guarulhos.

A demora para utilizar a nova linha 13-jade foi agravada por outros obstáculos, como a necessidade de utilização de um micro-ônibus para chegar nos terminais —apenas essa etapa já pode representar mais de 20 minutos.

O trajeto de metrô e trem levou 2h10min na ida e 1h49min na volta. De carro, a demora foi de 38 e 50 minutos de táxi e de 53 e 58 minutos de Uber (já contando a espera pelo veículo após ele ser chamado).

A viagem de ônibus executivo chegou a 1h55min e 1h50min, mas agravada pela espera para a partida —já que todos os repórteres saíram no mesmo horário, sem programação prévia para coincidir com a hora de saída desse veículo. Sem isso, a viagem variou de 57 minutos a 1h16min.

O serviço Airport Bus Service tem saídas com horários fixos, mas, aos fins de semana, existem menos opções, dependendo do ponto de partida.

Por outro lado, a opção pelo novo transporte público é, disparada, a mais barata: R$ 4, com metrô e trem (o uso apenas deste último por enquanto é gratuito, por estar em etapa de testes).

O ônibus executivo, segundo melhor preço, custa R$ 50 por trajeto. A tarifa de Uber custou entre R$ 59 e R$ 73. De táxi, entre R$ 89 e R$ 150.

TRANSFERÊNCIAS

Da estação Trianon, na linha 2-verde de metrô, ao destino final, foram cinco baldeações, incluindo a mudança para um micro-ônibus gratuito, operado pela GRU Airport, que leva aos terminais.

Nas trocas de trens, há percursos longos, como a mudança do metrô para a CPTM na estação Brás. Só ali a caminhada levou sete minutos.

O trajeto de trem entre Engenheiro Goulart e Aeroporto levou entre 14 e 15 minutos.

A maioria dos passageiros que a Folha encontrou era de funcionários do terminal aéreo ou gente a passeio, para conhecer a nova linha. Viajantes com malas eram raros.

Funcionário da CPTM, Cláudio do Nascimento, 47, saiu de Osasco (Grande SP) com familiares e foi até a nova linha para conhecê-la. Ali, posou para fotos na plataforma da estação e, no trem, fotografou os parentes e registrou a rota pela janela.

“Viemos pela curiosidade. Nada mais do que apreciar a nova estação, um novo meio para ir ao aeroporto”, disse. Ele afirmou ter gostado da viagem, mas que esperou “bastante tempo” pelo trem.

O cozinheiro Wellington Moreno, 47, registrou tudo com um tablet. “Quando for para Pernambuco, nas minhas próximas férias, vou pegar esse trem”, disse.

Saindo da estação de trem, a espera pelo micro-ônibus que levava aos terminais teve informações desencontradas.

No local, funcionários disseram que ele iria apenas ao terminal 1. Depois, apenas ao 2 e ao 3. No fim, acabou parando em todos os terminais.

Devido à deficiência de informação, na volta a reportagem pegou um ônibus que iria ao terminal 1 e, dali, outro rumo à parada da CPTM.

Questionada, a CPTM ressaltou que a linha 13 está em operação assistida. “Portanto, a comparação de tempos de viagem, neste momento, com os meios de transporte que já operam comercialmente é prematura.” Em relação ao micro-ônibus que vai ao terminal, disse ser uma responsabilidade da concessionária do aeroporto.



- Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/rota-com-trem-de-alckmin-da-paulista-ate-cumbica-pode-levar-2-h.shtml

sábado, 31 de março de 2018



Trem que leva ao Aeroporto de Guarulhos começa a funcionar no final de semana

Nos primeiros dois meses, linha circulará somente aos sábados e domingos, das 10h às 15h, gratuitamente; veja o cronograma de funcionamento.

Por G1 SP, São Paulo
31/03/2018 02h31  Atualizado há 1 hora

Após 13 anos de atraso, a Linha 13-Jade da CPTM, que liga São Paulo ao aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, começa a funcionar neste sábado (31). A princípio, durante um mês, a linha circulará somente aos sábados e domingos, das 10h às 15h, gratuitamente. O governador Geraldo Alckmin tinha prometido entregar a Linha 13 até 2005.

Depois, passará a funcionar em todos os dias no mesmo horário e no terceiro mês começará a operação comercial, com cobrança de tarifa.

A Linha 13-Jade tem 12,2 km de extensão e três estações: Aeroporto-Guarulhos, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart (na Zona Leste de São Paulo), onde haverá integração com a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) da CPTM.

A expectativa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é que a linha seja utilizada por 120 mil passageiros por dia útil.

Inicialmente projetada para ser próxima ao terminal 3, conhecido como terminal internacional, a estação Aeroporto Guarulhos foi construída próxima ao terminal 1, o que deixará os passageiros distantes da área de embarque. A mudança ocorreu após o aeroporto que era administrado pela Infraero ser concedido à iniciativa privada.

No aeroporto, o trem para na estação que fica em frente ao Terminal 1, onde operam as companhias Azul e Passaredo. Para ir para os principais terminais do GRU Airport, o Terminal 2 (voos nacionais) e o Terminal 3 (voos internacionais), será preciso atravessar a passarela e tomar um ônibus gratuito que será disponibilizado pela concessionária do aeroporto.

Atrasos
A promessa de um trem que liga a capital ao Aeroporto de Guarulhos, no entanto, é antiga. Em sua primeira gestão, no começo dos anos 2000, o governador Geraldo Alckmin tinha prometido entregar a Linha 13 até 2005.

Em 2007, na gestão de José Serra (PSDB), a entrega do foi anunciada para 2010. Porém, em 2009, a promessa mudou para a Copa de 2014. Por falta de interesse privado, a obra não saiu do papel.

Em 2015, o governo voltou a cogitar o projeto e prometeu entregá-lo até o fim de 2017. Em setembro do ano passado, o governo alterou a data para março de 2018.

As obras da Linha 13 começaram no final de 2013 e a data da entrega foi adiada por várias vezes. A previsão é de que ela fosse concluída em 2015.



Mapa da Linha 13-Jade da CPTM que liga São Paulo ao Aeroporto de Guarulhos (Foto: Igor Estrella/Editoria de Arte/G1)

Cronograma de funcionamento
Abril: A operação assistida vai atender as estações Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e aeroporto, com intervalos de cerca de 30 minutos, aos sábados e domingos, das 10h às 15h. O trajeto será feito em cerca de 15 minutos.

Maio: Trens das 10h às 15h todos os dias na semana. Nessas duas primeiras etapas de operação assistida não será cobrada tarifa dos usuários.
Junho: Trens todos os dias, das 4h à meia-noite, entre as estações Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos.
Também começará a funcionar um novo serviço, o Connect, que sairá da Estação Brás até a Estação Aeroporto-Guarulhos somente nos horários de pico, sem a necessidade de baldeação na Estação Engenheiro Goulart. O trajeto terá cerca de 35 minutos, com o trem parando nas estações para embarque e desembarque. A tarifa vai custar R$ 4.
Julho: A previsão é que entre em operação o serviço Airport-Express que levará os usuários direto da estação Aeroporto-Guarulhos até a histórica Estação da Luz, onde há transferência para as linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM e para as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô. O trajeto será realizado em cerca de 35 minutos e os trens partirão em 4 horários programados nos dois sentidos. A tarifa será diferenciada e o valor ainda está sendo definido.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Veja quais estações e linhas serão expandidas em 2018 pelo Metrô e CPTM

02/01/2018 - Metrô CPTM

Seja por coincidência ou mesmo um empurrãozinho eleitoral, o ano de 2018 tem tudo para ser o da maior expansão da rede metroferroviária de São Paulo. Na iminência de ser apontado como candidato do PSDB à presidência, o governador Geraldo Alckmin quer usar esse trunfo como vitrine na corrida eleitoral. O problema é que as obras teimam em atrasar e “nuvem” de dúvidas a respeito das suspeitas de corrupção e conluio ameaçam tirar parte do efeito que essas novas estações e quilômetros terão na vida dos cidadãos.

Política à parte, uma coisa é fato: este ano o número de inaugurações será enorme, mesmo que haja algum atraso. A razão para isso é que muitas frentes de trabalho estão na reta final, o que permite dizer que a chance de problemas empurrarem suas inaugurações para 2019 é pequena. Confira abaixo como deve ser o calendário de expansão em 2018:

Janeiro

Duas estações estão prometidas para este mês, Higienópolis-Mackenzie (Linha 4), que deveria ter sido aberta no ano passado, e Eucaliptos (Linha 5). A primeira não passa deste mês a não ser que ocorra algum “desastre”. Já a segunda pode ficar para mais tarde. Quem passa na frente da estação ao lado do Shopping Ibirapuera em Moema ainda vê muito movimento e coisas para fazer. Há ainda os testes com os trens no trecho que parecem não ter ocorrido ainda. Mas se não for em janeiro é provável que a abertura ocorra em fevereiro, juntamente com outras três estações.

Fevereiro

É o mês prometido para três outras estações da Linha 5: Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo. Dessas Moema é a mais atrasada e pode realmente ficar mais para a frente. As outras duas têm previsão de serem concluídas até o final de janeiro. Novamente, os sistemas e testes com os trens são o maior risco de atraso no momento.

Março

Muita coisa é prometida para março e certamente será bem difícil que elas aconteçam nesse mês conforme previsto. Na Linha 4, há a estação Oscar Freire que tem trabalhos em bom ritmo mas um acesso ainda cru. É possível abri-la parcialmente e depois finalizar o segundo acesso. Na Zona Leste, o Metrô pretende fazer algo que só ocorreu na inauguração da Linha 1: abrir várias estações ao mesmo tempo. A ideia é que a Linha 15 do monotrilho ganhe oito estações nesse mês. As obras estão indo bem, mas é mais sensato imaginar numa abertura progressiva a fim de testar tudo com calma. Por fim, a Linha 13-Jade da CPTM deve começar a operação assistida até o Aeroporto de Guarulhos. Novamente, tudo depende da conclusão da via (nesse caso o viaduto estaiado) e testes de sistemas. Os trens serão “emprestados” de outras linhas. Não é exagero pensar que essa linha só seja inaugurada para eleitor ver.

Abril

Embora tenha apenas duas estações previstas, abril é o mês em que o governo pretende conectar a Linha 5-Lilás às linhas 1-Azul e 2-Verde. As estações Santa Cruz e Chácara Klabin vão mexer profundamente com a distribuição de passageiros no Metrô e CPTM. Muitos trajetos acabarão modificados pelos usuários com a possibilidade de ir para a Zona Sul e vice-versa por ela. Por essa razão, a impressão é que elas terão de abrir de forma bem gradual para não causar problemas no restante da rede.

Segundo semestre

Sem data tão precisa, duas outras estações são esperadas em 2018. A primeira é São Paulo-Morumbi, da Linha 4. As obras estão num bom ritmo, o que ainda a coloca no mapa deste ano. Será um importante adendo ao ramal já que fará a linha crescer e se aproximar de regiões carentes de transporte público de qualidade. Já a segunda, Campo Belo, da Linha 5, pode ficar para 2019. A mais atrasada estação do novo trecho está na reta final das obras civis, mas há muita coisa para fazer, inclusive um viaduto por cima dela. Pode dar tempo, mas não será surpresa se ela atrasar.

Marca dos 100 quilômetros


Caso cumpra suas promessas finalmente, o governo do estado acrescentará mais de 21 km à rede metrô além de 12 outros km à CPTM. Com isso, o Metrô de São Paulo finalmente passará a marca dos 100 quilômetros que somados à CPTM chegarão a cerca de 375 km de trilhos na Grande São Paulo e Jundiaí. Ou seja, quase 34 km a mais em apenas um ano – até então, o maior acréscimo que o sistema recebeu foram os 10,4 km entregues em 1988 na Linha 3. Mas como é sempre ter um pé atrás com promessas políticas, vamos ficar de olho se a meta será mesmo cumprida.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Linha 13 deve ter trens de outros ramais nos primeiros meses



15/11/2017 - Via Trolebus

Prevista para ser entregue em março de 2018, a linha 13 – Jade, da CPTM, ligará o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a estação Engenheiro Goulart, da linha 12 – Safira.

Por atender o aeroporto, o Governo de São Paulo assinou contrato para aquisição de novos trens com bagageiros exclusivamente para esta linha, porém eles só devem chegar em dezembro de 2018, 9 meses após a inauguração do novo ramal.

Durante este período, trens de outras linhas da CPTM farão o trajeto.


“Vamos colocar trens que estão sendo entregues da Hyundai e da CAF (para outras linhas da rede) para operar. São trens ótimos, mas não têm bagageiro. Só em dezembro o ramal receberá trens próprios”, afirma o secretário dos transportes metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, em entrevista ao jornal “Estado”.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Linha 9-Esmeralda irá até Varginha e deve atender 120 mil novos usuários

O Governo do Estado e o Ministério das Cidades autorizaram, nesta quinta-feira (19), a execução de dois contratos para as obras de extensão da Linha 9-Esmeralda, da CPTM, que vai ser ampliada para seguir de Grajaú a Varginha e ganhará duas novas estações.

A medida permite a liberação dos recursos do PAC da Mobilidade para o empreendimento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A assinatura foi feita pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, em reunião no Palácio dos Bandeirantes.

“A obra atenderá uma área importante da zona sul da capital paulista. Os usuários que moram próximo a Varginha não precisarão mais pegar ônibus para acessar a Linha 9-Esmeralda”, explica o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. “É o primeiro lote de recursos do Governo Federal na área, para a capital paulista, em vários anos, com investimentos que beneficiarão 120 mil pessoas”, acrescenta o secretário.

Obras
Os serviços englobam a implantação de sinalização das vias e do Sistema de Integração ao Centro de Controle Operacional do trecho de 4,5 km em construção, com o investimento total de R$ 91,8 milhões.

O valor total previsto para a obra de extensão da Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) é da ordem de R$ 790 milhões, dos quais R$ 500 milhões foram comprometidos pelo Governo Federal, verba que agora começa a ser liberada por meio do PAC da Mobilidade. Até o momento, a obra foi executada com recursos financeiros do Governo do Estado.

Um dos contratos teve como vencedor o Consórcio Integração (formado pelas empresas Spavias Engenharia e Telar Engenharia e Comércio), com o valor de R$ 49,3 milhões e prazo de 18 meses, mais seis de operação assistida. O segundo acordo foi assinado com a Alstom Brasil, sob a quantia de R$ 42,5 milhões e prazo de doze meses.

A Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) transporta cerca de 570 mil usuários por dia útil. A ampliação de 4,5 km entre Grajaú e Varginha, e a implantação das duas novas estações, Mendes-Vila Natal e Varginha, beneficiarão os moradores do extremo sul de São Paulo, Grajaú, Estrada dos Mendes, Varginha, Vila Natal, Jardim Icaraí, Jardim São Bernardo e Conjunto Residencial Palmares.

Conexões
Atualmente, a Linha 9-Esmeralda tem conexão com a Linha 5-Lilás, do Metrô, na Estação Santo Amaro, com a Linha 4-Amarela, do Metrô, na Estação Pinheiros, e com a Linha 8-Diamante, da CPTM, nas estações Osasco e Presidente Altino. Também há integração com ônibus nas estações Grajaú, Jurubatuba, Santo Amaro, Morumbi, Berrini, Pinheiros e Osasco.

A participação do Ministério das Cidades no projeto é resultado do Pacto da Mobilidade, criado por meio da Portaria nº 223, de 24 de abril de 2014. O objetivo do programa é permitir acessibilidade e mobilidade para os moradores da região sul da capital paulista, além de facilitar o acesso a todos os centros de serviços da metrópole.

19/10/2017 – Governo do Estado de SP


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Justiça manda CPTM entregar relatórios de fluxo de passageiros para apurar superlotação de trens em SP

Superlotação na Estação Santo Amaro, em novembro de 2016 (Foto: Fabiana Santos da Silva/VC no G1)

Associação prepara ação civil pública contra o Estado de SP. Juíza vê 'preocupação com integridade física e psíquica' dos usuários após pedido de entidade. CPTM diz que vai recorrer.


Por Tahiane Stochero, G1 SP
30/09/2017 07h01  Atualizado há 1 hora


Passageiros enfrentam plataformas lotadas na estação Pinheiros da CPTM. Trem falhou na Linha 9-Esmeralda na manhã desta quarta-feira (20) (Foto: Roney Domingos/G1)

A Justiça de São Paulo determinou que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entregue diversos documentos que mostrem a real situação dos trens e estações no Estado de São Paulo e comprove que segue as normas técnicas que determinam a comodidade e segurança regular para os passageiros. Os dados terão que ser apresentados desde setembro de 2012.

A decisão, da juíza Simone Gomes Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, integra um pedido da Frente Nacional de Profissionais Liberais, Trabalhadores, Operários, Usuários e Associação em Defesa das Ferrovias (Ferrofrente), que prepara uma ação civil pública de danos coletivos contra o Estado pedindo indenização de mais de R$ 1 milhão para a população atingida pelos problemas.
A CPTM informou que foi intimada da decisão e irá recorrer dentro do prazo legal.

A CPTM deverá entregar vários documentos, entre eles filmagens feitas em todas as estações de embarque e desembarque, documentos técnicos que certifiquem a capacidade dos trens, com cálculos detalhados, e relatórios diários da lotação efetiva de passageiros que ocorre no dia a dia nos trens, por carro e por horário, indicando cálculos de segurança e conforto.

"Estas informações são necessárias para um processo que estamos preparando de ação civil pública pedindo idenização para toda a população que é atingida pelo desrespeito e a superlotação dos trens todos os dias. Vemos na mídia todos os dias os casos e parece que nada é feito para mudar a situação", diz o presidente da Ferrofrente, José Manoel Ferreira Gonçalves.

"Queremos informações efetivas e sérias sobre isso, como o número de ocorrências por km. Queremos entender o que ocorre para que haja uma indenização partilhada por todos os usuários prejudicados e que recebem um serviço, que é público, deste tipo, de 5ª categoria", salienta Gonçalves.

O pedido da Ferrofrente cita uma decisão do Tribunal de Justiça que já determinou que o Estado pague indenização a um passageiro que, segundo sentença judicial, entendeu que ele enfrentou "situação indigna e degradante à condição humana" ao ser transportado nos trens da CPTM. "Os próprios usuários fazem analogias entre o transporte nos trens da CPTM e o transporte de “gado”, aponta a solicitação da entidade.

A decisão judicial é de 21 de setembro. "Caso não sejam apresentados os documentos, assumirão-se como corretos os fatos apresentados", diz o texto. A Ferrofrente entende que há "dolo eventual" (assumindo o risco) por parte da CPTM e de seus dirigentes com as condições de superlotação e desrespeito às pessoas nos trens.

Nesta sexta-feira (29), duas linhas da CPTM tiveram problemas, provocando lentidão e longo tempo de espera aos passageiros. Em uma delas, houve furto de cabos. No dia anterior, na quinta-feira (28), três linhas de transporte de passageiros também haviam apresentado defeito, gerando tumultos e superlotação. Em abril, reportagem do G1 divulgou que os trens da CPTM e do Metrô enfrentaram, em 2016, um problema a cada 23 horas.

"Os usuários estão sendo desrespeitados", afirma ele. "Existe um bom senso e questões técnicas e legais que devem ser cumpridas. Se eles não conseguem entender que a vida humana é importante, então entendam que o patrimônio público está em risco, porque a superlotação das estações e dos trens podem provocar sérios riscos de dano", diz o presidente da Ferrofrente.

Na decisão que determinou a entrega dos relatórios, a juíza Simone Gomes Casoretti afirma que verificou "a relevância dos fundamentos invocados (pela Ferrofrente), porque é pública e notória a superlotação dos trens da CPTM, conforme amplamente divulgado pela imprensa, razão pela qual a preocupação com a integridade física e psíquica dos passageiros se afigura razoável, ainda mais que existem parâmetros objetivos para apurar a acomodação e capacidade dos passageiros nos vagões de trens, o que afasta o caráter subjetivo da medida".

Indenização
No ação judicial que pediu os documentos, a entidade Ferrofrente afirma que os usuários da CPTM são "são submetidos diariamente, especialmente nos horários de pico, em flagrante ofensa às normas técnicas 72 de segurança e conforto e aos direitos fundamentais da população".

"São inúmeros os registros dos próprios usuários, em vídeos publicados na plataforma Youtube, que demonstram a superlotação dos trens metropolitanos da CPTM, na cidade de São Paulo, que revelam a realidade indigna que diariamente ofende milhões de usuários", diz o diretor jurídico da Ferrofrente, Bruno César Deschamps Meirinho, na petição que pretende juntar dados para pedir indenizações aos usuários da CPTM.

"Além de serem obrigados a fazer viagens totalmente “espremidos” nos vagões, em contado corporal direto com outros usuários, os passageiros dos trens metropolitanos da CPTM são ainda submetidos ao tratamento degradante de funcionários da empresa RÉ, que sutilmente “empurram” passageiros para dentro do trem para possibilitar o fechamento das portas, cerrando assim a tampa da “lata de sardinha” em que os usuários são obrigados a viajar", salienta o advogado.


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Obras de ampliação da linha 9 da CPTM estão abandonadas e com atraso de quase 3 anos


18/09/2017 - G1

A linha 9 – Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) tem uma obra que se arrasta por anos na região do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Faz quase três anos que uma linha de trem, que o prolongamento da linha 9, deveria estar pronta. O governo do estado prometeu retomar as obras até agosto, mas a promessa não foi cumprida.

Na manhã desta segunda (18), o Globocop gravou imagens de três vacas e um bezerro em um dos canteiros da obra. Nos últimos meses, o mato só cresceu na área abandonada. Em outro ponto da obra há barracos improvisados e pessoas morando no local.

São mais de 4,5 km e duas novas estações a partir da Grajaú, as estações Mendes/Vila Natal e Varginha.

A obra começou em 2013 e era para ficar pronta no começo de 2015, mas ela foi paralisada por falta de dinheiro. O governo federal suspendeu o repasse de verbas porque o estado fez uma licitação em um modelo que não é aceito pelo Ministério das Cidades. O prolongamento que custava R$ 350 milhões passou para R$ 860 milhões, mais que o dobro do preço inicial.

No mês de maio, o SP1 mostrou que as obras estavam paradas. Na ocasião, havia carro queimado abandonado em um dos canteiros, lixo e entulho. A passagem dos pedestres era no meio do mato.

Na época, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que o governo já estava assinando os novos contratos e retomaria as obras até agosto. No entanto, as obras permanecem paralisadas e nos últimos seis meses foi gasto R$ 1,5 milhão para manter os canteiros limpos.

Sobre as invasões, o secretário-adjunto de Transportes, Michel Serqueira, disse que isso é comum porque se trata de uma região carente e que uma empresa de segurança vai retirar as pessoas e animais da área.

“Hoje nós temos oito licitações nesse projeto. Dessas, quatro já estão com contrato assinados, nossa expectativa é que desses contratos já assinados a gente consiga retomar os serviços até o mês de outubro e as obras civis no começo do próximo ano”, afirmou.


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Veja como serão os trens da Linha 13-Jade, que atenderá o Aeroporto de Guarulhos


03/09/2017 - Metrô CPTM

Após uma longa análise, o contrato para fabricação de oito trens destinados à Linha 13-Jade da CPTM foi assinado na sexta-feira (01) pelo governador Geraldo Alckmin. As composições serão as primeiras de origem chinesa usadas na empresa e contarão com alguns diferenciais em relação ao restante da frota como os bagageiros destinados sobretudo aos passageiros originários do Aeroporto de Guarulhos.

A CPTM divulgou algumas ilustrações desse novo trem, cuja denominação interna ainda é um mistério. A maior novidade será mesmo o espaço para bagagens, instalado nas laterais dos vagões no lugar de um assento. Antes se imaginava que esses bagageiros ficariam sobre os bancos como se vê em outros sistemas. As projeções também mostram uma novidade, o botão de abertura das portas, um recurso usado em alguns sistemas como o parisiense. Com ele, as portas abrem apenas quando há passageiros entrando ou saindo do trem.

Os novos trens deverão ser entregues em até 23 meses, ou seja, a data limite seria por volta de agosto de 2019 quando a Linha 13 já estará em operação plena. Enquanto isso, segundo a CPTM, serão usados trens da Série 8500 ou 9500 que estão sendo entregues no momento para as Linhas 7 e 11 – antes existiam rumores que a Série 9000 faria esse serviço de forma provisória.

A nova série, a ser fabricada pelo consórcio Temoinsa-Sifang será equipada com todos os equipamentos de sinalização existentes na CPTM, o ATC, ATO e o CBTC, que ainda não é usado em nenhuma linha. O financiamento para a fabricação virá do Banco Europeu de Investimento, que disponibilizou 85 milhões de euros (R$ 317 milhões) para o projeto. O custo total dos oito trens será de R$ 316.720.807, segundo o governo.

4º aeroporto do país a ser interligado a um sistema ferroviário

A licitação para os trens da Linha 13, que ligará o Aeroporto de Guarulhos à rede metroferroviária, foi lançada em janeiro de 2016 e aberta em março do ano passado. O vencedor, no entanto, só foi revelado nos últimos dias de 2016, após longa análise pelo BEI. A novidade foi o consórcio chinês desbancar a espanhola CAF e a coreana Rotem, que têm fornecido os trens para a CPTM nas últimas licitações. As duas entraram com recursos contra o resultado dias depois do anúncio que só foi negado em agosto passado, permitindo que enfim o contrato pudesse ser assinado.

O governador Geraldo Alckmin, em mais uma frase eleitoreira disse que Guarulhos “será o primeiro aeroporto da América do Sul interligado ao sistema ferroviário”, esquecendo-se ou ignorando que os aeroportos Salgado Filho (Porto Alegre) e Guararapes (Recife) já são conectados à linhas ferroviárias há bastante tempo. O primeiro, inclusive, possui aquilo que a concessionária GRU Airport prometeu e não vai cumprir, um people mover, que leva os passageiros da porta do terminal até a estação da Trensurb.


A aeroporto paulista corre o risco de não ser o terceiro da lista afinal Salvador deve abrir uma estação de metrô próxima do aeroporto Luiz Eduardo Magalhães na região de Lauro de Freitas ainda em 2017.