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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

SP conclui entrega da Linha Amarela do Metrô após 17 anos de obras; veja fotos da nova estação

 17/12/2021 Estadão Edição Impressa

 

Após 17 anos de obras, Estado conclui entrega da Linha Amarela do Metrô Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Estadão – Após 17 anos de obras, o governo estadual conclui a entrega da Linha 4-Amarela, com a inauguração nesta sexta-feira, 17, da Estação Vila Sônia. O trecho acrescenta 1,5 km à linha, que vai da Luz, no centro da capital, à nova estação, na zona oeste. O projeto, que chegou a ser prometido pela gestão Geraldo Alckmin para 2014, é concluído após percalços, como o acidente no canteiro de obras que abriu uma cratera em Pinheiros, em 2007, e o rompimento do contrato com o consórcio que iniciou as obras, em 2015. O Estado planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana.

A linha – a primeira do Metrô a ser operada pela iniciativa privada – tem 11 paradas e 12,8 km de extensão. Para especialistas, esse traçado foi importante para conectar regiões muito verticalizadas, com crescente demanda de mobilidade, e também para implementar o modelo de parceria com empresas.

O projeto inicial foi dividido em duas fases: a primeira com as Estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Em janeiro de 2007, houve um deslizamento em um canteiro da Estação Pinheiros, com sete mortes e 79 famílias desalojadas. A segunda etapa, iniciada em 2012, envolve as Estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Mas, em 2015, a obra foi paralisada pelo consórcio responsável e retomada só no ano seguinte, após rescisão contratual e nova licitação.

“Quando assumimos a gestão, todos os contratos estavam praticamente paralisados. Conseguimos acelerar os contratos e concluir todas as obras que precisavam ser feitas dentro desta linha”, afirmou ao Estadão o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, da gestão João Doria (PSDB). A fase 2 teve orçamento de R$ 2,1 bilhões para erguer cinco estações, o que inclui ampliação de Butantã a Vila Sônia e complementação do pátio de manutenção, além da compra de sistemas elétricos e auxiliares.

Testes
Inicialmente, a estação ficará aberta de 10h às 13h em dias úteis, sábados e domingos, com cobrança de tarifa. A fase de testes vai até março, com ampliação gradual do horário. Com o funcionamento integral, a expectativa é de que a estação atenda até 86 mil pessoas por dia. E o total de passageiros na linha deve subir para 896 mil diários.

Conforme a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), foram usados 48.419 m³ de concreto e 980 m² de vidro na construção. O local terá duas plataformas laterais para embarque e desembarque, 20 escadas rolantes, 12 escadas fixas, 46 portas automáticas de plataforma, 4 elevadores e 4 banheiros. Um terminal de ônibus na parte superior também será aberto. O local receberá linhas da capital e intermunicipais. Procurada, a ViaQuatro, concessionária responsável disse que as informações sobre a nova estação são repassadas pela STM.

Ligação
O Estado ainda planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana

Galli defende o modelo de concessão. “Com as características urbanas que nossa região tem, é impossível pensar em transporte de qualidade, com a velocidade e tempo necessários para atender à população se não tiver a participação da gestão privada”, diz. Segundo ele, é discutida a expansão para a Grande São Paulo – hoje a rede é restrita à capital.

“Taboão (de 300 mil habitantes) está nos planos do Estado”, afirma. A ideia é que a condução da obra fique sob responsabilidade da concessionária que opera a linha.

Linha 6
Na quinta-feira, 16, começaram as escavações na Freguesia do Ó para a Linha 6-Laranja, que fará a ligação entre as Estações Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (zona sul) em um trecho de 15 km, com 15 estações distribuídas. Vai passar por diversos bairros onde estão algumas das principais universidades da capital, como a FGV, a PUC, o Mackenzie e a Faap. A previsão de entrega da primeira linha ferroviária totalmente construída pela iniciativa privada no País é para 2025.

Desafios
Cláudio Barbieri da Cunha, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) diz que obras metroviárias são bem-vindas em razão da agilidade. “É um sistema sempre de muito sucesso, pois proporciona alternativa de deslocamento muito mais rápida”, afirma ele, que cobra um ritmo maior de entrega. “É preciso buscar alternativas para que as obras não atrasem tanto.”

O avanço urbano em bairros mais afastados do centro também é apontado pelos especialistas como um fator que cria demanda de mobilidade. “A área da Vila Sônia é uma região verticalizada, que não tem mais para onde crescer. Precisa de transporte de massa para se deslocar”, diz Luiz Vicente de Mello Filho, doutor em Engenharia.

Para tornar o transporte público mais atrativo, especialistas também defendem melhorias em áreas próximas da estação, de modo a privilegiar pedestres e ciclistas. Com a necessidade de cortar emissões de gases de efeito estufa, há necessidade de reduzir o total de veículos nas ruas e oferecer alternativas menos poluentes e mais integradas. “O entorno também precisa ter vias e calçadas bem conservadas. As pessoas com mobilidade reduzida precisam chegar até a estação”, continua Mello Filho.

Linha do tempo
12/2004 – O então governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a primeira fase da Linha 4, que consiste na construção das estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista, República e Luz, deve ficar pronta em 2008

01/2007 – Desmoronamento no canteiro de obras da Estação Pinheiros provoca a abertura de uma cratera de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas morrem no acidente

05/2010 – As duas primeiras estações da Linha 4-Amarela, Paulista e Faria Lima, são abertas.

10/2011 – Após sucessivos atrasos, a primeira fase da Linha 4 começa a operar completamente, com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz)

11/2014 – Inauguração da Estação Fradique Coutinho

07/2015 – O governo de SP rompe contrato com o consórcio responsável pela construção de estações que faltavam na Linha 4. Obras são retomadas no dia seguinte

2018 – Inauguração das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,apos-17-anos-de-obras-estado-conclui-entrega-da-linha-amarela-do-metro,70003928601

 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Dona da linha 6 do metrô de SP pode ficar inadimplente

06/12/2016 - Valor Econômico
A Move São Paulo, concessionária da linha 6-Laranja do Metrô, corre o risco de ficar inadimplente no pagamento de empréstimo de curto prazo de R$ 550 milhões concedido pelo Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo vencimento está previsto para 15 de dezembro. Para evitar a inadimplência, a Move São Paulo precisa estender o vencimento da dívida, que conta com fiança de bancos comerciais. Mas para ganhar mais prazo terá que apresentar garantias adicionais ao contrato de financiamento. A contar de hoje, a concessionária - cujos sócios são Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC - tem dez dias para chegar a um acordo com o BNDES.
O cenário de dificuldades financeiras da Move São Paulo é agravado por possíveis ações judiciais que começam a ser analisadas por parte das empresas japonesas sócias da Odebrecht Mobilidade, que é acionista da concessionária da linha 6. A hipótese de processo é considerada em cenário extremo, em que a Move São Paulo seja levada à recuperação judicial ou à falência. O Valor apurou que uma eventual ação judicial pode ter como alvo a Odebrecht e a Queiroz Galvão, envolvidas em casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato. As denúncias foram determinantes para o BNDES não liberar o empréstimo de longo prazo para o projeto da linha 6.
Em nota, a Move São Paulo disse não haver "fundamento" uma possível ação judicial dos japoneses. "A concessionária Move São Paulo desconhece completamente essa informação." Afirmou ainda que não há animosidade entre as empresas. A Mitsui, que lidera os investidores japoneses, não quis comentar a possibilidade de inadimplência da concessionária, nem o cenário de abertura de ações judiciais pelos japoneses. A Mitsui disse que tem interesse em investir no Brasil em novos projetos de infraestrutura, mas que sua prioridade é encontrar uma saída para o impasse que cerca a construção da linha 6 do metrô.
As empresas japonesas ligadas ao projeto da linha 6 estão reunidas na Gumi, subsidiária controlada pela trading Mitsui que investe no negócio de trens de passageiros no Brasil. Em dezembro do ano passado, a Mitsui vendeu participações acionárias na Gumi para a operadora ferroviária West Japan Railway (JRW) e para a JOIN, a Corporação Japonesa para Investimento em Infraestrutura, Transporte e Desenvolvimento Urbano no Exterior. A Gumi tem 40% da Odebrecht Mobilidade e os 60% restantes pertencem à Odebrecht Transport (OTP). A JRW dá os primeiros passos no Brasil.
De acordo com a Move São Paulo, a não efetivação do financiamento de longo prazo pelo BNDES foi o principal fator que determinou a paralisação das obras da linha 6, em setembro deste ano. No total, a concessionária havia pleiteado ao BNDES financiamento de R$ 5,5 bilhões para o projeto.
Nos contratos do BNDES, é comum que financiamentos de longo prazo, quando contratados, sirvam para repagar empréstimos-ponte (de curto prazo), além de permitir a continuidade do investimento. O empréstimo de curto prazo concedido pelo banco à Move São Paulo conta com carta de fiança dos bancos BTG Pactual, Crédit Agricole, Santander e ABC. Para estender o vencimento do empréstimo por um ano, as cartas de fiança precisam ser renovadas. Procurados, os bancos não se pronunciaram sobre o assunto.
Segundo apurou o Valor, a Move São Paulo e o BNDES assinaram, em outubro, aditivo ao contrato de financiamento que reduziu o valor do empréstimo de curto prazo para R$ 550 milhões, com base em janeiro de 2015, ante um número originalmente previsto de R$ 1,6 bilhão. A Move São Paulo afirmou em nota que as discussões para se chegar a um acordo continuam:
"As negociações junto ao BNDES e aos bancos credores seguem o cronograma previsto e ocorrem dentro da absoluta normalidade."
Também em nota, a Move São Paulo afirmou: "A retomada [das obras do projeto] depende do avanço das negociações junto ao BNDES e ao Governo do Estado de São Paulo". Afirmou ainda que o retorno das obras envolve efetivar o financiamento de longo prazo e mitigar os efeitos causados pelos atrasos na liberação de áreas públicas e na "imissão" na posse de imóveis expropriados.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) disse que o governo do Estado aportou, desde 2015, R$ 694 milhões para pagamento de eventos e R$ 979 milhões em desapropriações de 370 imóveis privados. "Cerca de 95% das áreas necessárias à implantação da Linha 6 já se encontram liberadas. Não há pendências do governo do Estado junto à concessionária que impeçam a retomada das obras", disse a STM. A secretaria afirmou que o plano de financiamento do parceiro privado, apresentado em 2014, prevê três operações de crédito junto ao BNDES: empréstimo-ponte, capital de giro e empréstimo de longo prazo. "As duas primeiras operações já foram contratadas." E concluiu: "A obtenção do financiamento junto ao BNDES é responsabilidade exclusiva do parceiro privado e é condição para a continuidade do contrato de concessão da Linha 6-Laranja. O Governo do Estado trabalha junto ao BNDES para que a questão da financiabilidade seja resolvida."
O BNDES justificou a decisão de não liberar empréstimos adicionais à Move São Paulo: "Em virtude da deterioração da situação cadastral e creditícia dos principais patrocinadores do projeto, estes [os acionistas da Move SP] estão com dificuldades em apresentar as garantias necessárias na fase de obras." Segundo o BNDES, a concessionária Move São Paulo pediu prazo para que sejam apresentadas as garantias necessárias ou seja negociada a entrada de novos patrocinadores capazes de prestá-las ao banco, bem como de aportar recursos próprios no montante requerido pelo projeto.
Há informações de que se cogitou a possibilidade de a JOIN financiar a obra junto com a Mitsui como fonte alternativa ao BNDES. Na nota, o BNDES afirmou que a entrada de novos financiadores reduziria a exposição do banco e as garantias necessárias para o equacionamento do financiamento de longo prazo. "O BNDES está comprometido com o sucesso do projeto e tem apoiado a Mitsui e o governo de São Paulo na busca da solução que permita a continuidade das obras", declarou o banco.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Governo de SP inicia obras de trem até Cumbica

16/12/2013 - O Estado de S. Paulo
As obras do trem da Linha 13-Jade, que vai ligar a Estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo, ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, começam nesta semana, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Em entrevista ao Estado, o secretário afirmou ainda, nesta segunda-feira, dia 16, que o contrato com o consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e o fundo de Investimento Eco Realty, que venceu a licitação para a Linha 6-Laranja do Metrô (Estação São Joaquim, na região central, à Brasilândia, na região norte) também será assinado nesta semana.

As obras da Linha 13-Jade devem começar com oito meses de atraso. O cronograma original divulgado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) era de que o início fosse em março com conclusão em 2014. Agora, o secretário de Transportes Metropolitanos admite que a obra só deve ser concluída em "meados de 2015". "Essa é uma obra com poucas interferências urbanas, que já tem financiamento garantido e licenças ambientais feitas. O mais difícil é passar pelos complexos Ayrton Senna e Dutra", diz.

No caso da Linha 6-Laranja, o vencedor do contrato de 25 anos da Parceria Público-Privada (PPP) foi anunciado no dia 6 de novembro. O projeto tem custo total de R$ 9,6 bilhões. A licitação só vingou na segunda vez em que o governo do Estado tentou licitar a linha. Na primeira tentativa, em julho, nenhum interessado apresentou proposta e o governo estadual fez alterações no projeto, assumindo, por exemplo, as desapropriações. As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2014, com conclusão em 2020. Fernandes diz acreditar que a empresa pode adiantar para 2018 a operação entre a Brasilândia e a Estação Água Branca, na zona oeste. "O consórcio deve acelerar a construção para começar a ter retorno o quanto anos", aposta.

Linha 18-bronze. Outras das linhas prometidas para ter licitação neste ano, a Linha 18-Bronze, que vai ligar a Estação Tamanduateí, na Linha 2 - Verde, até a Estação Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo, deve ficar para o próximo ano. O projeto será feito por meio de PPP e tem custo de R$ 4 bilhões e previsão de construção de três a cinco anos. "Gostaria de lançar neste ano, mas prefeituras demoram muito tempo para discutir condicionantes do projeto. Além disso, a presidente Dilma (Rousseff) quer participar do lançamento", diz Fernandes.