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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Monotrilho irá ligar Simões Filho à Salvador



 05/11/2019
person Fala Simões Filho (Blog)
  
 Divulgação/ Simões Filho - BA
O Veículo Leve de Transporte (VLT) - do tipo monotrilho -, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente será implantado e irá Salvador a Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
"Ele vai chegar à Ilha de São João, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, a partir do bairro do Comércio, em Salvador. Serão quase 20 quilômetros de extensão, 22 estações, e capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia", informa a superintendente de Mobilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Grace Gomes.
Ainda conforme suas palavras, "a integração física do VLT Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador se adequará à lógica de mobilidade do Governo do Estado, o que viabiliza o funcionamento dos modais em um sistema de rede, através de serviços complementares. O projeto prevê uma ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim, passando pela Via Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário no Acesso Norte", complementa a gestora pública estadual.Viabilizado pelo Governo do Estado, via parceria público-privada (PPP) com o consórcio MetrogreenSkyRail Concessionária da Bahia, o VLT vai receber um investimento total que chega a R$1,5 bilhão. O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster lembra que, "como o projeto foi formulado, cada quilômetro vai custar R$75 milhões, o que representa um dos preços mais baixos já pagos no Brasil para a construção de um transporte nos mesmos moldes".
CANTEIRO DE OBRAS
O contrato para implantação do novo modal foi assinado em fevereiro passado pelo Governo do Estado. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em 24 meses após serem iniciadas."No momento, o consórcio está implantando o canteiro de obras, no pátio de manutenção dos atuais trens do subúrbio, no bairro da Calçada", reforça a superintendente da Sedur Bahia.
Quando estiver operando, o VLT substituirá o atual sistema de trens do subúrbio, que faz a linha Estação da Calçada ao bairro de Paripe, beneficiando os mais de 600 mil moradores da região. O investimento total previsto do VLT Monotrilho é de 1,5 bilhão para a fase 1 (trecho entre o Comércio e a Ilha de São João). A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP).
FASES DO PROJETO
Movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente; rápido, seguro e confortável, o monotrilho será equipado com sistema de ar condicionado e wi-fi.
A Fase 1 do projeto compreende 19,2 quilômetros, com 21 estações e vai ligar o bairro do Comércio, na cidade baixa da capital, até a Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A segunda etapa terá mais quatro quilômetros, divididos em outras cinco estações, e irá ligar o bairro da Cidade Baixa à Estação Acesso Norte do Metrô. A proposta é que o equipamento também chegue à estação Acesso Norte do metrô, através de uma ligação que levará o VLT a um total de 23.28km de extensão saindo da Ilha de São João, em Simões Filho.
Devido à tração elétrica, que não envolve a emissão de gases poluentes, o impacto ambiental local que o VLT trará é mínimo. Silencioso, o modal será equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas estabilizadoras de borracha, garantindo estabilidade. Além disso, o VLT demandará uma faixa estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante a operação e implementação.
Segundo Grace Gomes. "o VLT do tipo monotrilho só é possível ser construído sobre vigas. A obra completa levará aproximadamente dois anos, mas será entregue em etapas, proporcionando a possibilidade de utilização antes desse prazo. No que diz respeito ao seu impacto ambiental local, ela diz que é mínimo, devido à tração elétrica - não emite gases poluentes.
"Ele é equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas estabilizadoras de borracha, sendo um modal estável e silencioso. Além disso, o VLT demanda uma faixa estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante a implementação e operação. No longo prazo, os VLTs também ajudam a reduzir os custos e o consumo de energia.Sobre possíveis desapropriações, Grace Gomes informou: "Serão retirados apenas os imóveis que estão localizados na faixa de operação do VLT monotrilho. Os proprietários receberão indenizações assistidas de acordo com as benfeitorias". Quanto à manutenção dos empregos dos trabalhadores dos trens urbanos ela antecipou: "Atualmente existe um grupo de trabalho entre CTB e Sindiferro que tem discutido a questão. Há um planejamento de capacitação de parte do corpo técnico da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) para trabalhar em outras funções na própria Companhia enquanto outros grupos serão remanejados para o metrô e para as atividades de implantação e operação do VLT".
APRESENTAÇÕES
Responsável por fazer a apresentação do projeto na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba), o secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster, destacou na oportunidade "que o VLT monotrilho complementa, com mais 24 quilômetros, o projeto de expansão de mobilidade urbana na Região Metropolitana de Salvador (RMS).Já o diretor-presidente da CTB, Eduardo Copello, também presente na audiência, acrescentou: "Esse projeto vem sendo elaborado e discutido desde 2015, por meio de sessões de audiências, consultas públicas e reuniões e hoje se configura como mais uma oportunidade de demonstrar o processo de melhoria e de qualificação que a ação vai trazer principalmente para a região suburbana". Lembrou, ainda, que a implantação do VLT é tão importante quanto foi e está sendo a do Metrô para a RMS.Agora, em outubro, o Governo do Estado encerrou o primeiro ciclo de apresentações do VLT, após dez reuniões sucessivas com representantes de cerca de 20 comunidades. As 'oitivas' foram finalizadas no último dia 22 e lotou a área interna do Colégio Almirante Barroso, em Paripe. Ao longo dos encontros, que começaram no dia 2 de outubro, a superintendente Grace Gomes palestrou para integrantes das comunidades do entorno do projeto, apresentando traçados, detalhes técnicos e questões referentes a desapropriações.
AUDIÊNCIAS COMUNITÁRIAS
"Foram dez reuniões, onde tivemos a oportunidade de, não apenas apresentar o projeto, mas de esclarecermos todas as dúvidas da população com relação ao próprio equipamento; as áreas de lazer e a urbanização que virá acoplada a implantação desse veículo de mobilidade e também quanto à remoção das famílias e da empregabilidade que esse projeto vai trazer" disse Grace Gomes que acrescentou: "O saldo das reuniões é extremamente positivo, porque fomos acolhidos de braços abertos pelas comunidades e todas as pessoas, em todos esses encontros, aplaudiram o projeto do Governo do Estado, que está ampliando a mobilidade de Salvador, fazendo com que todas as áreas se comuniquem com um transporte estruturante, moderno, com conforto e segurança", completou.O Governo do Estado ainda realizará outras reuniões, desta vez, envolvendo grupos específicos, como pescadores, marisqueiras e quilombolas, em Simões Filho.


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Do Comércio a Simões Filho, veja como funcionará o VLT do Subúrbio


·         01/08/2019
·         Notícias do Setor


Com cerca de 20 km de extensão e 22 estações, o monotrilho terá capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia
A cidade de Salvador e a região metropolitana contarão, em pouco mais de dois anos, com um novo transporte. O Veículo Leve de Transporte (VLT) substituirá o atual sistema de trens que faz a linha da Estação da Calçada ao bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, beneficiando os mais de 600 mil moradores da região. O VLT operará todos os dias do ano, das 5h à 0h.
As atuais dez estações dos trens serão desativadas e reaproveitadas para a prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento.
De Salvador à região metropolitana
O transporte vai ligar o bairro do Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, no município de Simões Filho, região metropolitana. Com cerca de 20 km de extensão e 22 estações, o sistema terá capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia – acomodando 600 passageiros, no mínimo, por composição. O VLT será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente.
A escolha do modal se deu a partir de estudos realizados sobre viabilidade técnica, econômica e de demanda. De acordo com o entendimento do Governo, implantar um Veículo Leve de Transporte era a melhor opção pela vantagem financeira, sendo definido como o modal mais apropriado para substituir os atuais trens do Subúrbio. Focou-se também na inovação e no uso da energia limpa.
Além disso, o governador Rui Costa destacou que o transporte também contribuirá para o crescimento da região. “A população do Subúrbio passa a ter um transporte rápido, confortável, que abre espaço para o desenvolvimento da cidade. Novos negócios surgem, a gente atrai a iniciativa privada para construir equipamentos comerciais, residenciais, de lazer, e que geram empregos”, afirmou Rui.
Integração com o metrô
A integração do VLT Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador vai se adequar à lógica de mobilidade do Governo do Estado, que viabiliza o funcionamento dos modais em um sistema de rede, por meio de serviços complementares.
O presidente da Companhia de Transporte da Bahia (CTB), Eduardo Copello, associou o novo projeto do VLT à qualidade e modernização trazida pelo transporte metroviário. “Seguro, rápido, acessível, pontual e que atenderá plenamente aos que precisam de um transporte público de qualidade. Depois da modernidade trazida pelo metrô, vem aí mais uma revolução na mobilidade urbana da região metropolitana”, ressaltou.
O projeto prevê uma ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim, passando pela Via Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário na Estação Acesso Norte. O contrato foi assinado em fevereiro de 2019 pelo Governo e pelo consórcio Skyrail Bahia, composto pelas empresas BYD Brasil e Metrogreen – responsável pela implantação e operação do sistema.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a previsão é que a obra tenha início em setembro deste ano e seja concluída em 24 meses. “O calendário previsto está sendo seguido. Neste momento, questões e adequações são discutidas com o governo. Mas o projeto conceitual já foi entregue”, informou a Sedur.
O investimento total é de R$ 1,5 bilhão para a fase 1 – trecho entre o Comércio e a Ilha de São João. A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP).
Vantagens do modal
O projeto do VLT Subúrbio foi elaborado visando diretrizes e vantagens que poderiam ser oferecidas aos cidadãos. A intenção é implementar um sistema de transporte público coletivo de qualidade, integrado e rápido, que consiga minimizar o impacto do fluxo de veículos em Salvador e na região metropolitana.
Para desafogar o trânsito, o VLT será vinculado aos sistemas de transporte existentes na cidade. Inclusive, a integração tarifária com ônibus e metrô também está prevista no projeto.
Além disso, o tipo de modal foi escolhido com o intuito de não afetar negativamente o meio ambiente, como acontece com a maioria dos sistemas de transporte. O desenho urbanístico prevê a construção de uma área verde e a implantação, ao longo da malha férrea já existente, de passeios, travessias, áreas para serviços, estacionamentos e sinalizações .
Os cidadãos poderão contar, ainda, com bicicletários, paraciclos e ciclovias no entorno imediato às paradas, o que contribui para a acessibilidade no local.
O projeto também prevê o fechamento lateral da via no trecho Calçada – Ilha de São João, a fim de garantir a segurança operacional e das pessoas. Passagens para pedestres e veículos serão construídas em pontos estratégicos para facilitar a experiência do usuário.
01/08/2019 – Bahia.ba

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Consórcio terá 90 dias para apresentar projeto de monotrilho em Salvador


  14/02/2019  Revista Ferroviária

   Consórcio terá 90 dias para apresentar projeto de monotrilho em Salvador
O governo do estado da Bahia assinou contrato com o consórcio Skyrail, formado pelas empresas chinesas BYD e Metrogreen, para a construção do monotrilho de Salvador. A obra substituirá os trens de subúrbio da capital baiana, que hoje vai das estações Calçada a Paripe.

Após a assinatura do contrato, o consórcio terá 90 dias para apresentar à Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) o projeto detalhado do monotrilho. Se for aprovado, segundo presidente da CTB, Eduardo Copello, as obras podem começar logo em seguida.

O projeto inicial prevê 20 km de via elevada (5 km a 5 metros de altura e 15 km a 3 metros de altura) e 22 estações. A primeira fase deve ligar a Ilha de São João a região do Comércio (na parte litorânea), enquanto a segunda etapa deve ligar o trecho da primeira fase ao metrô, operado pela CCR Metrô Bahia. A obra está avaliada em R$ 1,5 bilhão e será implementada por meio de Parceria Público-Privada. O aporte do governo será de R$ 100 milhões. A concessionária fica com o restante, além da  implantação, operação e manutenção do sistema pelo período de 20 anos.

Segundo a BYD, a expectativa é que sejam transportados 150 mil passageiros/dia no trecho. Apenas o espaço da atual via deverá ser aproveitado, afirmou o diretor da BYD, Alexandre Liu. A conclusão das obras está estimada em 24 meses. As atuais 10 estações do sistema de Salvador serão desativadas e reaproveitadas para a prestação de outros serviços, como postos de polícia militar e centros de atendimento.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Governo divulga consórcio que vai implantar VLT do Subúrbio de Salvador


Estação Calçada do Trem de Subúrbio de Salvador

23/05/2018 - Correio 24 Horas

O Consórcio Skyrail Bahia, composto pelas empresas Build Your Dreams (BYD Brasil) e Metrogreen, foi o vencedor da licitação para implantar e operar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio Ferroviário de Salvador. O modal metropolitano ligará a região do Comércio de Salvador até a Ilha de São João, no município de Simões Filho. O investimento total previsto é de R$ 1,5 bilhão.

A aprovação da proposta econômica foi realizada no modelo de Parceria Público Privada (PPP), com desconto de 0,01% na contraprestação anual, que será de R$ 152.977.352,12. O projeto vencedor foi analisado e aprovado pela Comissão de Licitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), referente às Condições de Participação, Garantia da Proposta e Qualificação Técnica Operacional.

Com isso, o consórcio liderado pela BYD Brasil, organização global especializada em energia limpa e atuante em 250 países, foi declarado totalmente apto para a concessão do modal, que será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente.

O edital garante a integração física do VLT com o sistema de metrô. Nesse sentido, o consórcio vencedor pretende, com investimento adicional, implantar trecho de ligação até o Retiro, ao mesmo tempo que o trecho Ilha de São João/Comércio estará em construção, passando pela Estação da Calçada. Dessa forma, será viável o funcionamento dos modais em um sistema de rede, através de serviços complementares.

O leilão, realizado nesta quarta-feira (23), na sede da Brasil Bolsa Balcão - B3 (fusão da BM&BOVESPA e Cetip), em São Paulo, teve a participação dos secretários estaduais da Casa Civil, Bruno Dauster, e de Desenvolvimento Urbano, Demir Barbosa. O procurador-geral do Estado, Paulo Moreno, e o presidente da Companhia de Transporte da Bahia, Eduardo Copello, também estiveram presentes.

“Salvador, uma das maiores cidades do país, precisa de um transporte público adequado para sua população. Avançamos muito com o metrô e com as novas vias estruturantes. Agora, vamos poder oferecer um transporte público de qualidade, seguro e confortável para quem mora, trabalha ou estuda em toda região do Subúrbio”, afirmou Dauster.

Já o secretário de Desenvolvimento Urbano destacou os próximos passos a partir da decisão desta quarta-feira (23). “Agora, seguiremos os trâmites legais para homologação da concorrência e assinatura do contrato da PPP, o que já deve ocorrer em julho”, disse Demir.

Em seguida, o cronograma dos trabalhos preliminares será iniciado, incluindo as interferências na poligonal onde será implantado o VLT, com instalação do canteiro de obras e outros procedimentos. Assim, as obras devem ser iniciadas em outubro, cerca de 90 dias após a assinatura do contrato.

Veículo Leve sobre Trilhos

O VLT, que irá substituir o atual Trem do Subúrbio, terá 19,9 quilômetros de extensão, com 22 estações. Estão previstas intervenções por trechos: o primeiro, entre o Comércio e a estação da calçada, com 3,5 quilômetros; o segundo, entre Calçada e Baixa do Fiscal, com 1,1 quilômetro; e o terceiro, entre a Baixa do Fiscal e Ilha de São João, no município de Simões Filho, com 15,3 quilômetros.

As atuais 10 estações dos trens do Subúrbio serão desativadas e reaproveitadas para prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento. O modal terá capacidade de transportar cerca de 200 mil usuários por dia.


- Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/governo-divulga-consorcio-que-vai-implantar-vlt-do-suburbio/

sábado, 30 de abril de 2016

Governo já tem cronograma de implantação do VLT do Subúrbio

Os usuários dos trens do Subúrbio Ferroviário concordam em dois pontos quando o assunto é o atual sistema: tarifa de R$ 0,50 é uma mão na roda, mas o tempo de espera não é nada camarada. Em até dois meses, o governo do estado promete iniciar o processo de licitação da concessão que vai transformar o sistema ferroviário em VLT (sigla para Veículo Leve sobre Trilhos). Permanecem os trilhos, sobe o valor da tarifa, cai o tempo de espera e de viagem, além de resolver problemas de infraestrutura e conforto hoje existentes.

O edital de licitação para operação do VLT será lançado já com a previsão de que o valor da passagem seja o correspondente ao valor de uma “tarifa integrada” entre este e outros modais. Atualmente, o valor da tarifa integrada do metrô com o ônibus, por exemplo, é igual ao valor da tarifa única dos coletivos da capital: R$ 3,30.
“Hoje, o usuário começa e termina o dia no trem. Se ele chega na Calçada e precisa pegar um ônibus de lá para o Comércio, ele paga até mais caro, R$ 3,80 (somando as tarifas). Agora, ele vai chegar ao seu destino pagando apenas uma vez”, diz Bruno Dauster, chefe da Casa Civil estadual. O edital deve ficar aberto entre 30 e 45 dias.
Tempo e obras
A transição de um sistema para o outro exigirá o fechamento temporário de estações. A expectativa é de que a implantação do modal ocorra em 24 meses após a contratação da empresa e que, ao longo desse período, as estações sejam fechadas conforme o avanço das obras, segundo o presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), José Eduardo Copello. As obras devem ocorrer em duas etapas e o segundo trecho só será interditado quando a outra parte já estiver em operação.
O primeiro trecho será entre Comércio e Plataforma, com 9,4 km. O segundo, entre Plataforma e a Avenida São Luiz (Paripe), com 9 km. As obras devem começar pelo Comércio. Segundo Coppelo, com a suspensão, os trechos serão completados com ônibus.
O sistema será maior do que é hoje e deixa de ter como uma das pontas a estação perto da feira de Paripe – vai se estender por mais de 1 km até a Estação São Luiz, na avenida de mesmo nome. “Já é um ponto mais próximo de Simões Filho, o que já chega perto de um sistema metropolitano”. Na outra ponta, a estação chega até a Avenida da França, no Comércio.
A estudante Rarianne Castro, 16, mora no Lobato e usa o trem todo dia para ir ao colégio em Praia Grande. “O trem não tem engarrafamento, então, por isso é melhor pegar o trem, mas o tempo que a gente perde esperando é grande”, conta. Segundo a CTB, o tempo médio entre as partidas é de 40 minutos.
Na manhã da última sexta-feira, quando o CORREIO visitou estações, já havia um informe de que a estação estava operando apenas com uma locomotiva. Tendo como referência a estação de Coutos, o intervalo entre uma partida e outra, no sentido Paripe, foi de mais de uma hora (após o trem das 9h58, só passou outro às 11h20).
A própria CTB avalia que o tempo de espera é alto. “É o tempo (40 minutos) que sai um ônibus de Camaçari para Salvador”, cita Copello. A promessa é que o VLT disponibilize partidas a cada 6 minutos. Hoje, esse intervalo na Linha 1 do metrô, por exemplo, é de 8 minutos, mas há também uma projeção de ser reduzido no próximo mês para 6 minutos.
Limpeza
Atualmente, os trens têm problemas de limpeza. Durante o dia, o calor é grande e os seguranças têm um trabalho constante de fazer com que os passageiros não segurem a porta para que o deslocamento seja mais ventilado, mas também mais inseguro. “Tem o trem com ar-condicionado que a gente não vê nunca”, critica a estudante de Psicologia Maria do Carmo dos Santos, 57.
Sobre isso, a CTB informou que é preciso levar em conta que trata-se de um sistema antigo e que é preciso frequentemente passar por manutenção. Alega também que quando o governo assumiu o sistema, em 2013, foi feito um diagnóstico que indicou que havia a necessidade de uma requalificação de todo o sistema. Sobre a operação com apenas um trem, diz que é eventual.

08/04/2016 – Correio da Bahia – BA

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Demanda aumenta nos trens de Salvador

04/09/2013 - Correio da Bahia
Respirar é missão árdua. Se mexer é quase impossível.  O contorcionismo é uma habilidade fundamental para os usuários dos trens do Subúrbio. Se mover dentro dos vagões de forma voluntária é quase impossível. Os corpos ficam bem próximos, colados; a música alta (oriunda de celulares) incomoda, gente grita para o maquinista adiantar a viagem, o calor sufoca, mulheres brigam por conta das mãos bobas... Enfim, um inferno sobre trilhos.

Desde que a prefeitura de Salvador passou a gestão dos trens para o governo do estado, há 90 dias, o número de usuários dos trens aumentou em 10 mil por dia, segundo avaliação da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), responsável pelo sistema ferroviário. Eram 9,3 mil passageiros diários no sistema que roda de Paripe até a Calçada, e hoje são quase 19 mil. No entanto, nenhum novo trem foi colocado em operação. Resultado: superlotação.

O excesso de passageiros provocou, anteontem, a depredação de um vagão. Ontem, o CORREIO percorreu as dez estações que compõem o sistema e fez a viagem com maior fluxo de passageiros da linha que liga Paripe até a Calçada, às 7h20.

“A via-crúcis começa na estação de Paripe e vai piorando ao longo das nove estações seguintes, onde desce um passageiro e sobem, em média, dez em cada vagão. Isso aqui é um inferno na terra. Muita gente, poucos trens, o intervalo entre um e outro demora 40 minutos. É um inferno”, reclama a estudante Carla Almeida, que mora em Paripe e estuda em Nazaré.

O presidente da CTS, Carlos Martins, afirma que a procura aumentou depois do início das obras de requalificação da Baixa do Fiscal e da abertura da cratera da BR –324, que fez com que o deslocamento de ônibus entre o Subúrbio e a Calçada passasse a demorar duas horas e o trem se tornasse a ser a melhor opção.

 “De trem, além de custar só R$ 0,50, o trajeto é feito em menos de uma hora. Quem vai de ônibus paga R$ 2,80 e passa umas duas horas engarrafado por conta das obras. O problema é que recebemos o sistema sucateado. Os trens têm mais de 40 anos de uso, vivem quebrando”, explica Martins.

O custo mensal do sistema é de R$ 2,5 milhões. “As tarifas pagas pelos usuários correspondem a cerca de 8% desse valor, o que deixa um déficit grande”, completa Martins.

 Segurança
A superlotação é tanta que os vagões circulam de portas abertas.

Mas não há fiscais nem monitores de acessos nas estações. A cada parada, a gritaria fica mais intensa e os vagões mais cheios. Sobram ofensas para a mãe do maquinista.

“Aqui só tem um segurança em cada estação. Os trens ficam tão cheios que as portas vão abertas. Tentamos reclamar, mandar o pessoal entrar e fechar a porta, mas somos ameaçados e temos que deixar seguir viagem mesmo com um monte de gente pendurada na porta correndo o risco de cair e morrer”, relata um segurança que prefere não se identificar.

Ontem, bastaram 80 segundos, para que os três vagões, onde cabem cerca de cem passageiros, fossem lotados na estação de Paripe, às 7h20. O desafio para entrar é árduo. O empurra-empurra é intenso e vale a lei do mais forte. “O povo sai empurrando aqui.

Ninguém consegue passar. Vão te jogando e você vai se amassando para o fundo do vagão”, reclama o eletricista Antonio Santos Costa, que mora em São Tomé de Paripe.

Quem fica na desvantagem são os idosos e gestantes. “Aqui ninguém respeita nada disso. São poucos bancos e o pessoal vem das outras estações já sentado. Chego a esperar até duas horas para conseguir entrar em um trem menos cheio”, conta a dona de casa Eliana Pereira Urbano, que tem uma filha de 3 meses e ontem pegou o trem em Escada para marcar uma consulta médica em Paripe.

“Aqui é uma lata de sardinha. Na guerra da Síria você consegue se mexer mais do que aqui dentro”, brinca o técnico em radiologia Robson dos Santos Santana, morador de Escada, que sempre tenta viajar perto da porta para facilitar a saída. Afinal, não é raro o passageiro não conseguir descer na estação que deseja porque fica espremido no meio das pessoas.

Calor

A temperatura também não ajuda. Só uma das quatro composições possui ar-condicionado. “Mas com tanta gente o ar não suporta. É um calor dos infernos que o povo chega a passar mal. Aqui é o inferno da Primavera de manhã porque vai todo mundo cheiroso, mas, na volta pra casa, o perfume compartilhado é o de suor. Vira o inferno de Verão”, brinca o aposentado Antonio Almeida, morador de São Tomé de Paripe.

A única coisa boa da viagem, por unanimidade entre os passageiros, é a vista para as praias suburbanas. Isso quando dá para ver, já que na maioria das viagens a única visão que se tem é o cangote do passageiro em frente.

Sistema é sucateado e quebras são constantes, reconhece governo
“É um sistema completamente sucateado”. Essa é a avaliação do presidente da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), Carlos Martins, sobre o sistema de trens que liga os bairros da Calçada até Paripe. Atualmente, há quatro composições com três vagões cada para operação.

Mas, constantemente, esse número é reduzido. “Os trens são velhos e entram em manutenções periódicas, quebram direto. Temos quatro composições de trens disponíveis. Três ficam operando – umas delas só vai até Platatorma – e outra fica em reserva para emergência. Mas, hoje (ontem), esse de emergência está quebrado”, destacou Martins, acrescentando que o órgão está realizando uma avaliação geral do sistema para propor alternativas.

Em caráter emergencial, ele pretende aumentar o número de trens em circulação. “Temos dois trens parados por falta de peças. Estou tentando junto à companhia de trens de São Paulo pegar essas peças que eles não estão usando mais. Se eles fizerem a doação, teremos mais dois trens disponíveis o que pode reduzir o tempo de espera”, indica Martins.

Os trens circulam a cada 40 minutos entre 6h e 19h30.  Para o futuro, a ideia do governo é substituir os trens por VLT (Veículo Leve sobre Trilho). “É um sistema mais adequado para quando se tem uma população grande no entorno dos trilhos, como no Subúrbio. É um sistema moderno e mais rápido”, explica Martins. Ele diz que ainda estão sendo feitos estudos e, em seguida, será lançado edital de licitação.

Ainda não há prazos, mas o investimento seria na ordem de R$ 1,2 bilhão. O VLT ainda seria estendido para cidades da Região Metropolitana. “A  ideia é chegar em Candeias, Camaçari e Simões Filho”, ressalta. A obra, demoraria pelo menos 18 meses.