segunda-feira, 31 de julho de 2017

Estado vai reduzir desapropriações para implantar VLT


18/07/2017 - FolhaMax

Menos imóveis serão desapropriados pelo Estado para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e Várzea Grande. Este é um dos apontamentos feitos pelos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) em relação ao acordo firmado pelo governo com o Consórcio VLT e que o secretário de Estado de Cidades Wilson Santos (PSDB) garante que será acatado pelo governo do Estado.

Conforme o secretário, a equipe técnica da Secretaria de Cidades (Secid) já está trabalhando em um novo plano de desapropriações desde o último final de semana. “Nós vamos reduzir drasticamente o número de desapropriações e de demolições, em torno de 30% a 50%. Os Ministérios Públicos exigem que esse plano esteja pronto antes da assinatura do acordo. Então, também estamos acatando essa orientação”, disse na manhã desta terça-feira (18).

Wilson Santos explicou que a Secid concordou com a alteração após constatar em outros lugares do mundo que o VLT circula a poucos metros de construções urbanas. “Com a inauguração do VLT no Rio de Janeiro, nós pudemos observar in loco que é possível ter o VLT passando a um metro e meio, dois metros de paredes, como acontece no Rio, em Lion, em várias capitais do mundo porque ele é um veículo leve, que não causa quase nenhum impacto na estrutura arquitetônica e de engenharia dos imóveis”, disse.

Trazendo o exemplo para Cuiabá, o secretário apontou que na Avenida Tenente Coronel Duarte, região da Prainha, será possível impedir a desapropriação de dezenas de imóveis. “É possível ter esse veículo leve mais próximo e evitando, por exemplo, aonde tem a papelaria Dunorte, praticamente todos aqueles sobrados estavam condenados. Nessa nova concepção, nós entendemos que é possível preservar todos aqueles sobrados”.

Outras adequações

Segundo o secretário de Cidades, outros pontos de discordância com o Ministério Público que já foram superados são a cláusula de compliance no contrato do VLT e os incentivos fiscais, que não constarão mais no contrato com o consórcio VLT.

Compliance é um conjunto de disciplinas que servem para garantir que as normas e regulamentações constantes em um contrato sejam cumpridas, além de ser uma forma de prevenir qualquer inconformidade dentro de uma empresa.

Com relação à retirada deste ponto do acordo, Wilson Santos se mostrou insatisfeito, porém, resignado. “Nós não vamos discutir, nós vamos acatar o pedidos dos Ministérios Públicos. Eu acho que é uma modernidade, é algo que protege os contratos. E nós vamos acatar o pedido do MP e retirar a cláusula do compliance”, disse.

Em relação à retirada de incentivos fiscais, Wilson Santos explicou que a desoneração havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa em 2012, ainda na gestão passada, e que na primeira etapa das obras com VLT, foram concedidos R$ 106 milhões. “Os MP’s exigem fiscalizar, o que nós concordamos”. Segundo Wilson, outra alternativa do governo é pagar diretamente o tributo. “Ao invés de darmos a desoneração, nós pagarmos o tributo. Nós temos duas alternativas para atender aos MP’s, então, este ponto não é mais polêmica, está resolvido”.

Pendências

Ainda restam pontos ainda sem consenso por parte do Estado e dos MP’s, como a definição do valor a ser pago pelo término do modal e do prazo para que isso aconteça. No caso do prazo, o acordo com o consórcio prevê 24 meses de obras, enquanto os procuradores e promotores sugerem 19 meses, mesmo prazo que, segundo Wilson Santos, foi apontado pela consultoria da empresa KPMG.

“Só que nós sabemos onde o VLT vai passar. As avenidas, o transtorno, a complexidade. Agora, pode ter certeza que a questão de prazo não será impeditivo para o acordo. Havendo necessidade de reduzir o prazo, o governo está aberto à discussão”, amenizou.

A questão do valor a ser pago pela obra é a principal preocupação da Secid. “Os valores é o item que nós mais queremos que os nossos técnicos conversem com os peritos do Ministério Público, porque o MPE fez um relatório contábil e chegou a R$ 920,79 milhões. Nós temos documento em mãos assinado pelo MPE. E o nosso é R$ 922 milhões, ou seja, nós estamos muito próximos do preço do MPE. Estamos dispostos a superar todos os problemas”, ressaltou.


“Se os MPs entenderem que não vai ter VLT, vendemos os vagões”

18/07/2017 - Midia News

O governador Pedro Taques (PSDB) demonstrou certa irritação ao ser questionado sobre o novo parecer do Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) em relação ao acordo firmado entre o Poder Executivo e o Consórcio VLT para a retomada das obras do modal de transporte.

No documento, MPE e MPF afirmam que o Estado não saneou ou deu resposta adequada às irregularidades comprovadas na ação judicial para retomada da obra.

“O secretário de Cidades Wilson Santos, o procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, o controlador-geral, Ciro Rodolpho, e todas as equipes destas secretarias estão trabalhando para resolver isso”, disse Taques.

“Ora, se o Ministério Público Federal e Estadual entenderem que não vai ter o VLT, a gente vai ter que vender os vagões do VLT e buscar outra coisa”, afirmou.

Perguntado se os MPs estariam atrapalhando o andamento da obra, ele disse que não.

“Em absoluto. O MP é uma instituição séria que ajuda muito. O que estamos aqui debatendo é: o que é melhor para o Vale do Rio Cuiabá. Não podemos ficar com essa cicatriz rasgando Cuiabá e Várzea Grande. Cuiabá vai atingir 300 anos. Uma cidade moderna não pode ficar dessa forma”, disse.

O governador afirmou também que o acordo firmado com o consórcio para a retomada da obra ao custo de R$ 922 milhões é o caminho mais fácil, mais econômico e mais rápido.

“O acordo foi feito, estamos superando algumas fases e precisamos entender que é muito mais caro fazermos outra licitação. Outra licitação será uma licitação internacional, vai demorar e o valor será bem maior”, disse.

“O MPF e MPE não têm posição final ainda. Isso [parecer] vai ao juiz federal Ciro Arapiraca e o juiz vai fazer, me parece, uma audiência de conciliação. O MP não está pondo pau na frente do VLT. Eles estão cumprindo seu papel constitucional”, concluiu Taques.

O VLT

A obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.

Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior do Executivo a fazer um aditivo, prevendo o término para 31 de dezembro daquele ano.

Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.

Desde então, a gestão Taques vem travando uma batalha judicial por conta de erros encontrados nas obras e até mesmo no contrato.


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Insegurança e falta de estrutura: após quase 10 anos, Trensurb pede reajuste de 47% na passagem


26/07/2017 - Sul 21


A Trensurb​ quer aumentar o valor da passagem depois de uma década cobrando R$ 1,70 pela viagem. Após a realização de um estudo interno, o pedido de reajuste de 47% foi encaminhado, em maio, ao Ministério das Cidades. Se aprovado, a tarifa passaria para R$ 2,50. O Sul21 conversou com usuários que consideram o valor injustificável, tendo em vista a precarização dos serviços nos últimos anos e a falta de segurança nas estações.

Nota do blog TransUrbPass
O governo federal, por pura demagogia e por não perseguir o equilíbrio financeiro, já que o dinheiro não é dele mas do povo, não vem autorizando o aumento das tarifas das suas operadoras de trens de passageiros (CBTU e Trensurb) há anos. 
Enquanto o sistema ônibus e os sistemas de trens estadual e privado têm reajustes regulares, o sistema de trens de passageiros federal não reajusta há anos. Para se ter uma ideia, as operadoras de VLT da CBTU em Natal, João Pessoa e Maceió cobram há anos R$ 0,50 de tarifa, enquanto que os sistemas ônibus dessas cidades cobram, respectivamente, R$ 3,35, R$ 3,20 e R$ 3,50. Em Recife a tarifa do trem está congelada, desde 2012, em R$ 1,60, e a dos ônibus está em R$ 3,20 para o Anel A e R$ 4,40 para o Anel B. A Trensurb convive com uma tarifa do sistema ônibus de R$ 4,05 e só cobra R$ 1,70. Essas tarifas demagógicas cobradas pelo governo federal alcançam no máximo 30 % dos custos dos sistemas mencionados (apenas o metrô de Belo Horizonte tem uma relação melhor). 
Por outro lado, como as receitas das operadoras federais são integralmente incorporadas ao Tesouro, elas são custeadas através do Orçamento Geral da União. Considerando os cortes anuais nos orçamentos e os contingenciamentos praticados há muitos anos, as operadoras federais vão ficando sucateadas e prestando um serviço precário às populações onde estão localizadas. Como não investem adequadamente em manutenção, são obrigados a investir verdadeiras fortunas em recuperação dos sistemas de tempos em tempos, quando chegam a conclusão que o serviço vai parar. 
Quem paga a conta e convive com sistemas inseguros é a população.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Empresas do VEM ABC insistem em monotrilho para região


13/07/2017 - Diário do Transporte

O Consórcio VEM ABC, composto pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, responsável pela construção e futura operação do monotrilho da linha 18 Bronze, diz que vai insistir no modal para ligar em 15,7 km as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e São Paulo (estação Tamanduateí).

No início desta semana, num workshop na capital paulista, o presidente do VEM ABC, Maciel Paiva, disse que não está prevista em contrato a substituição do meio de transporte e que o Governo do Estado também vai insistir em monotrilho.

“Sem dúvida é um modal de sucesso em diversos países. E para esta ligação é o mais adequado. Tem custo menor que o metrô e ocupa menos espaço que um BRT, corredor de ônibus” – defendeu o responsável pelo consórcio que faz parte da PPP – Parceria Público Privada com o Governo do Estado de São Paulo.

O VEM ABC procurou destacar para jornalistas e blogueiros as vantagens do modal, alegando capacidade de 40 mil passageiros por sentido, tração elétrica e menos área ocupada dos carros e edificações nas áreas urbanas.

Entretanto, são as desapropriações os maiores entraves hoje para o monotrilho do ABC, prometido para 2014, sair do papel. Não há mais prazo para o início da obra.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

VLT de Fortaleza inicia operação assistida nesta terça com viagens grátis


24/07/2017 - G1

A Operação Assistida do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho das estações Borges de Melo a Parangaba terá início nesta terça-feira (25). De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), o trecho faz parte do Ramal Parangaba/Mucuripe que se integrará com as linhas Sul e Leste e, indiretamente, com a Linha Oeste, cruzando 22 bairros.

São 13 km de via dupla, sendo 1,5 km de via elevada e 10 estações. Quando concluído, a demanda prevista é de 90.000 passageiros por dia.

O governador do Ceará, Camilo Santana, dará início à utilização do sistema, com saída prevista para 8h30min da Estação Borges de Melo, perfazendo o trajeto entre as estações Borges de Melo, Vila União, Montese e terminando em Parangaba.

Por se tratar de uma Operação Assistida, não haverá cobrança de passagem nesta fase. O sistema funcionará, no período, entre as 8h e 12h, de segunda a sexta-feira.

O trecho em Operação Assistida tem cinco quilômetros de extensão, compreende quatro estações e vai ligar a Parangaba ao Bairro de Fátima, passando pela Vila União, Itaoca e Montese. Para a operação, serão utilizados três trens – dois na via e um de reserva. Neste primeiro momento o VLT se integrará com o Metrô de Fortaleza e transporte rodoviário urbando, através da estação da Linha Sul e terminal, ambos no bairro Parangaba.

O início da Operação Assistida representa um avanço nas obras do trecho 2 (Parangaba – Borges de Melo) do VLT, que operava em fase experimental, sem passageiros, desde setembro do ano passado. Com 96% de execução, o trecho já está em fase de conclusão.

Além do trecho 2, as obras seguem no trecho 1, que corresponde à passagem inferior da Borges de Melo e já alcança cerca de 70% execução, com entrega prevista para setembro deste ano. Já no trecho 3, que fica entre as estações Borges de Melo e Iate, as obras vão passar por nova licitação nos dias 17 e 18 de agosto, para acelerar a conclusão.

Atrasos e paralisações nas obras

O VLT estava previsto inicialmente para ser inaugurado em 2014, a tempo de ser usado na Copa do Mundo, mas sofreu uma série de atrasos, e o então governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu o contrato com a empresa responsável.

Foi realizado um novo processo de licitação para contratar uma nova empresa, que concluiu a obra do VLT com três anos de atrasos.



terça-feira, 25 de julho de 2017

Trens em manutenção só serão devolvidos à Trensurb em outubro


06/07/2017 - Zero Hora

Recolhidos para reparos em abril de 2016, os últimos cinco dos 15 novos trens da Trensurb deverão voltar a operação somente no mês de outubro. Os reparos destes cinco trens deveriam ter sido concluídos pelas empresas Alstom e CAF — responsáveis pela construção dos veículos e pelos consertos — no mês de maio.

Em abril de 2016, toda a nova frota foi retirada de operação após a identificação de que havia infiltração nos rolamentos nos veículos, que custaram R$ 242,6 milhões quando foram adquiridos, em 2012. A Trensurb não se manifesta publicamente sobre o assunto. O Ministério Público Federal (MPF) havia fixado o prazo de 20 de maio para a retomada de todos os novos veículos, o que acabou não ocorrendo.

Para suprir a demanda, a Trensurb precisa colocar todos os mais de 20 trens antigos em funcionamento. A medida causa aumento na conta de luz que a empresa paga, pois os estes veículos consomem mais energia. Somente em 2016, o custo extra estimado em R$ 2,73 milhões. A Trensurb promete que este valor será cobrado das empresas que construíram os novos veículos.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Metrô conclui construção da Via da Linha 15-Prata


21/07/2017 - Metrô SP

Com as duas últimas vigas-guia de concreto no lugar, obra do monotrilho conclui etapa importante do processo de implantação. Cada peça pesa 70 toneladas.

Nesta sexta-feira, 21 de julho, o Metrô conclui o lançamento das vigas-guia, espécie de trilhos de concreto, da linha 15-Prata. Com isso, toda a via do monotrilho estará implantada avançando mais uma etapa para o funcionamento da linha, de Vila Prudente até São Mateus, na zona leste da capital.

As duas últimas vigas serão instaladas na chegada à futura estação São Mateus, sobre a avenida Sapopemba. Elas vão compor o chamado "track switch" que atua movimentando as vigas, permitindo que o trem mude de uma via para outra.

Ao todo, o trecho Vila Prudente-São Mateus tem 868 vigas-guia ao longo de 13 quilômetros, além de outras 256 que compõem o pátio Oratório, totalizando 1.124 unidades. Cada viga tem, em média, 30 metros de comprimento, 70 centímetros de largura e pesa 70 toneladas.

A implantação da linha 15-Prata conta atualmente com 2.000 funcionários no empreendimento. Agora, os trabalhos estão concentrados na construção simultânea de oito estações. Essas obras são do trecho prioritário da linha, que vai de Vila Prudente a São Mateus, com dez estações, um pátio de manutenção e 13 quilômetros de extensão. O trecho atenderá mais de 300 mil pessoas por dia, utilizando 27 trens.


O primeiro trecho, com duas estações e 2,3 km entre Vila Prudente e Oratório, já foi concluído e opera desde 2014, permitindo a integração gratuita com a linha 2-Verde e proporcionando o acesso a uma rede de 339 km de trilhos, em 22 municípios, por uma única tarifa. Já o segundo trecho inclui outros 10,7 km de vias elevadas e oito estações com previsão de entrega no primeiro semestre de 2018: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Inovação a favor dos usuários


19/07/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
Metrô de Brasília (DF) terá a primeira estação totalmente sustentável da América Latina; 100% da energia utilizada será gerada pela luz do sol

Uma estação de metrô totalmente sustentável. Essa é a aposta do metrô de Brasília (DF). O projeto, em fase final de conclusão, está sendo implantado na estação Guariroba, em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, e consiste na geração de energia elétrica solar na própria estação. Além do Distrito Federal, pelo menos outras três cidades do mundo possuem estações sustentáveis: Milão (Itália), Nova York (Estados Unidos) e Nova Déli (Índia).

Estudos realizados apontam que a estação Guariroba terá capacidade média de geração de energia de 288.484,95 Kwh durante o primeiro ano de operação. Essa taxa é capaz de suprir 100% do consumo de energia da estação de passageiros e ainda produzirá um excedente equivalente ao consumo de outras duas estações com o mesmo porte.

A energia captada servirá para abastecer a plataforma, a bilheteria e todos os outros equipamentos que necessitam de energia elétrica. As placas fotovoltaicas, que convertem a luz solar em energia, serão instaladas no telhado e irão aproveitar a energia gerada pelo sol em complementação aos sistemas tradicionais de geração, reduzindo os custos a médio prazo.

O diretor-presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, ressalta que essa é a primeira etapa de um projeto maior. “Nosso objetivo é transformar a área do centro de operação do metrô em uma grande usina de geração de energia limpa. As próximas estações que ganharão o mesmo padrão de utilização de energia serão Samambaia Sul e Feira, no Guará”, afirma.

Coordenador do programa Metrô Sustentável do Metrô-DF, Kenzo Ferreira, destaca os ganhos para o sistema e para os usuários. “As pessoas que usam o sistema diariamente em Brasília e, de uma forma geral, toda a população do Distrito Federal, serão diretamente beneficiadas pelo projeto, pois passarão a contar com um transporte público sustentável que utiliza tecnologias e conceitos modernos em relação à sustentabilidade ambiental de sua matriz energética”.

Ele ainda salienta que o projeto é inovador não só para o metrô de Brasília, mas também para todo o sistema metroferroviário.

O projeto está em fase de ajuste final em relação à estrutura de sustentação que receberá as placas fotovoltaicas.

A previsão é que o sistema entre em operação em setembro deste ano. O Metrô-DF também iniciou os estudos de viabilidade para a construção de uma usina solar de médio a grande porte, na área do Complexo Administrativo e Operacional do sistema, em Águas Claras (DF).

Iniciativa premiada

Em abril, o projeto da estação Guariroba recebeu o prêmio Golden Chariot Internacional Transport Award, na categoria Companhia Nacional de Transporte do Ano. A homenagem foi entregue na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça. É a segunda vez que uma empresa latino-americana recebe o prêmio, criado em 2005.

As atividades do Metrô-DF tiveram início em janeiro de 1992. Em dezembro de 1993, foi criada a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, que teve a incumbência de operar o novo transporte.

Atualmente, o sistema conta com 29 estações, das quais 24 estão em funcionamento. Os 32 trens em operação transportam, em média, 150 mil passageiros por dia nos 42,38km de extensão da linha.

Clique aqui e leia a reportagem em PDF


Junho/2017 – Revista CNT Transporte Atual

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Frio provoca rachadura em trilho da Trensurb em Canoas


19/07/2017 - G1

O frio desta terça-feira (18) fez com que um trilho do Trensurb trincasse entre as estações Fátima e Niterói, localizadas em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A capital gaúcha registrou 4°C na madrugada desta terça, conforme a estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho, que configura o dia mais frio do ano.

Por conta da situação, a velocidade é reduzida no trecho, no sentido Novo Hamburgo - Porto Alegre, mas sem mudança no tempo de viagem, conforme a Trensurb.


Perto da Estação Fátima foi colocada uma tala, e o conserto definitivo deve ser realizado durante a noite.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Linha 6 do Metrô: Governo de SP dá mais prazo para Consórcio obter financiamento para retomada das obras


03/07/2017 - Diário do Transporte

As obras da linha 6-Laranja do Metrô estão paradas desde setembro de 2016. Também chamada de Linha das Universidades, a Linha 6-laranja deve ligar a Vila Brasilândia, na região noroeste de São Paulo, ao centro da capital paulista. Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e 8-Diamante, da CPTM.

O Consórcio Move SP, responsável pelas intervenções e vencedor da licitação ocorrida em 2013, desde setembro vem postergando prazos para resolver o problema de dinheiro, motivo principal que paralisou a obra.

Conforme noticiou o Diário do Transporte, em primeira mão, no dia 08 de março de 2017, o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de junho, podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo de R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de São Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao BNDES de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha 6-Laranja, para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara Klabin. A linha 5 já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro.

Em 15 de junho deste ano, por exemplo, expirou o prazo dado pelo governo estadual para o Consórcio encontrar uma solução para conseguir financiamento do BNDES. O consórcio é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato.

Na data o governo do Estado publicou uma nota, ampliando o prazo para as empreiteiras se regularizarem junto ao BNDES até o dia 30 de junho, sexta-feira passada. E na mesma nota fez uma ameaça ao Consórcio: “Caso o atual concessionário não consiga obter financiamento junto ao BNDES, o Governo do Estado poderá ser impelido a iniciar o processo de decretação da caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório respeitando os devidos prazos legais”.

Hoje (dia 3) a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de SP anunciou que está analisando informações fornecidas pelo consórcio Move SP para a retomada das obras da linha 6-laranja. Ou seja, um novo prazo foi concedido ao Consórcio, que informou ao governo que está buscando financiamento de longo prazo para retomar e finalizar a obra paralisada desde setembro de 2016.

A linha 6-laranja é uma dentre as seis obras de expansão do Metrô, sendo que todas estão atrasadas.

HISTÓRICO:

A ligação entre a região de Brasilândia, na zona noroeste, e a estação São Joaquim, na região central de São Paulo, deve atender a mais de 630 mil pessoas por dia. Quando assinado em dezembro de 2013, a linha 6-Laranja foi comemorada por ser a primeira PPP – Parceria Público Privada plena do país. O consórcio Move faria a obra e seria também o responsável pela operação da linha por 25 anos. O custo total do empreendimento era de R$ 9,6 bilhões, sendo que deste valor R$ 8,9 bilhões seriam divididos entre governo e consórcio.

A previsão inicial para inauguração da linha 6 era 2020. A data agora é uma incerteza.

Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e 8-Diamante, da CPTM.

Até o momento, foram gastos R$ 1,7 bilhão no empreendimento.

OBRAS PROMETIDAS E ATRASADAS:

Linha 2 (Extensão até a Rodovia Dutra) – prometida para 2020, está sem prazo de conclusão

Linha 4 (Trecho até Vila Sônia) – prometida para 2014, com prazo de conclusão previsto para o  2º semestre de 2019

Linha 5 (Extensão até Chácara Klabin + 11 estações) – prometida para 2014, com prazo de conclusão para o 2º semestre de 2018

Linha 6 (Brasilândia a São Joaquim) – prometida para 2020; obra paralisada, sem previsão de conclusão

Linha 15 (Trecho até São Mateus) – prometida para 2016, com prazo de conclusão para o 1º semestre de 2018

Linha 17 (Congonhas ao Morumbi) – prometida para 2014, com prazo de conclusão para o 2º semestre de 2019

Linha 18 (Tamanduateí ao ABC) – prometida para 2018, sem prazo


segunda-feira, 17 de julho de 2017

CBTU deve iniciar viagens de trem e VLT em Jaraguá, Maceió, até setembro


13/07/2017 - G1

As obras de construção da expansão da Estação Ferroviária Central até o bairro de Jaraguá continuam atrasadas, desta vez devido às fortes chuvas que caíram no estado, mas agora em fase final. A previsão é de que as viagens até lá comecem a acontecer em setembro, segundo informou nesta quinta-feira (13) o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Marcelo Aguiar.

"Tivemos uma quadra chuvosa bem rigorosa e que afetou muito todo a cidade. Isso também atrasou as obras [da estação] de Jaraguá, que já era para estar em funcionamento. Mas já entramos em contato com a construtora responsável pela obra que nos garantiu que em setembro estará tudo pronto para operarmos", afirma Aguiar.

Atualmente, 12 mil pessoas por dia são beneficiadas com o Veículo Leve sob Trilhos (VLT), com a ampliação da estação, a expectativa é atender a um maior número de pessoas.

Segundo o superintendente, as obras foram iniciadas em setembro do ano passado, orçada em R$ 3,4 milhões. Meses antes, uma reportagem do G1 já denunciava o atraso no início destas obras, que naquela época eram orçadas em R$ 1,4 milhão.

Lixo no meio do trilho

Também nesta manhã a CBTU começou a implantação de lixeiras no percurso do trilho dos trens. Marcelo Aguiar conta que todos os dias a empresa precisa fazer trabalho de retirada de lixo da via férrea para que os trens possam trafegar.

"É um absurdo a quantidade de lixo que retiramos. Isso danifica os trilhos, contamina as pedras. Além de dificultar a passagem do trem. Quando o volume de lixo é muito grande, o trem precisa interromper a viagem e retornar para estação. Isso compromete toda a nossa viagem", afirma o superintendente.

Para impedir que a população jogue o lixo na via, a CBTU instalou nove lixeiras da Estação de Bebedouro até a comunidade Flexal. "Vamos fazer um trabalho educação com as crianças e a comunidade, para explicar os riscos do descarte irregular de lixo e dos problemas que eles causam aqui na linha férrea. Vamos distribuir panfletos e cartilhas", afirma Aguiar.

Depredação

Além do lixo que diariamente é jogado na linha férrea, o superintendente da CBTU explicou ainda que quatro vidros são quebrados por dia, gerando prejuízo financeiro para a empresa.

"Os trens quando estão em movimento são alvo de vândalos. Hoje fizemos uma licitação para fazer troca de vidros que quebram dessa forma. E só de vidro foi R$ 600 mil. Um valor muito alto, visto que a passagem é de apenas R$ 0,50", destaca o superintendente.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Metrô padece sem verba do VEM

Remando contra a crise, sistema vem adquirindo peças aos poucos para reequipar trens e reverter redução da frota Foto: Rafael Furtado
Recurso, que equivale a mais de 15% dos ganhos da CBTU, não tem sido repassado por empresas de ônibus e pelo Estado, que tem controle da bilhetagem
Por: Luiz Filipe Freire, da Folha de Pernambuco em 05/07/17 às 06H50, atualizado em 05/07/17 às 07H02
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Com operação reduzida em 30% devido à necessidade de reposição de peças, como a Folha de Pernambuco mostrou há duas semanas, o metrô do Recife tem uma demanda a mais para contornar: os atrasos nos repasses da verba da bilhetagem eletrônica. Trata-se de um recurso a que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) tem direito pelos usuários do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) que chegam às plataformas pelas integrações com ônibus. A transferência, intermediada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT), está atrasada.

O acumulado já ultrapassa R$ 9 milhões. Pode parecer pouco, mas é um dinheiro que representa mais de 15% da receita do metrô e que faz falta num sistema que tem a tarifa congelada em R$ 1,60 há cinco anos e que é bancado quase que por completo por subsídios do Governo Federal.

A situação foi exposta num ofício que chegou ao conhecimento do Blog da Folha. No documento, a Coordenadoria Operacional de Arrecadação da CBTU diz que os valores deixaram de ser repassados à empresa a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Também estão em aberto as parcelas de março, abril, maio e junho, uma média de R$ 2,3 milhões por mês. Além desse montante, outros R$ 52 milhões ainda não foram quitados. São referentes aos repasses do VEM dos anos de 2013, 2014 e 2015. Só os pagamentos de 2016 foram feitos de forma regular.

“Em maio do ano passado, quando assumimos, encontramos o metrô numa degradação muito grande. Temos feito uma recuperação e qualquer recurso que deixa de entrar gera um impacto negativo”, diz o superintendente regional da CBTU, Leonardo Villar Beltrão.

Ele explica que se o usuário entrar pela bilheteria do metrô, a CBTU fica com 100% da tarifa, mas se forem utilizados os validadores do VEM para fazer as integrações, a parte da verba que fica com o metrô depende do anel tarifário do ônibus.

No fim de 2015, a própria direção nacional da CBTU expôs a dívida do Estado com o sistema. Na época, disse que os atrasos, somados aos problemas financeiros da companhia, contribuíam para um cenário em que, num futuro próximo dali, não se poderia garantir o funcionamento dos trens em todos os dias da semana.

Em junho de 2016, o Ministério das Cidades anunciou um reforço de R$ 33 milhões no orçamento e deu novo fôlego ao modal. Desde lá, o desafio tem sido o setor de manutenção. Dezenas de trens não têm mais condições de operar, o que levou à redução da frota e ao aumento dos intervalos entre as viagens. “Fizemos licitações e as peças estão chegando. Já recebemos 20 motores, rodas para trens, dormentes. Estamos fazendo nossa parte”, afirma Villar.

Em nota, o GRCT informou que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) é o responsável pelo repasse tarifário dos valores do VEM para a CBTU e que a entidade se comprometeu a apresentar um cronograma de pagamento ainda nesta semana.


quinta-feira, 13 de julho de 2017

Hyundai negocia novo prazo para atender CPTM


27/06/2017Notícias do SetorANPTrilhos          
A fabricante de trens Hyundai-Rotem está pleiteando uma extensão no prazo de entrega de 30 unidades de oito carros para a malha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em contrato de R$ 800 milhões. O projeto está atrasado e, segundo a companhia, somente em junho de 2018 será possível finalizar a encomenda. As multas somam R$ 7,9 milhões – valor ainda não pago.

A licitação de compra dos trens está no centro de uma investigação do Ministério Público. O prazo original do contrato era julho de 2016, mas só cinco trens foram entregues até agora, segundo o grupo, e outros oito já estão prontos na fábrica do interior paulista. A empresa alega que as dificuldades não foram causadas por ela.

O fornecimento dos trens para a CPTM foi assinado em 2013. Na época, a Hyundai-Rotem era integrante de um consórcio liderado pela Iesa. Segundo o diretor comercial da companhia, Andre Han, a fabricante sul-coreana foi convidada pela brasileira a integrar o consórcio e o contrato com a sócia local previa que a Iesa assumiria as custas tributárias do projeto e o risco cambial (o contrato de sociedade era em dólar enquanto o compromisso de fornecimento foi acertado em reais).

No ano seguinte, começaram os problemas. A Iesa entrou em recuperação judicial e em agosto teria se afastado do projeto. A Hyundai-Rotem tentou então negociar com o governo de São Paulo a saída da sócia do consórcio. Para isso, antecipou a construção da fábrica, que exigiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões.

A Hyundai-Rotem já sabia que seria um contrato deficitário, conta Han, mas decidiu continuar o projeto até como um cartão de visitas no mercado brasileiro. Ainda assim, tenta conseguir se livrar ao menos de parte das multas, que podem chegar a responder por 10% do valor total do contrato.

Ao solicitar o aumento de prazo para a Secretaria de Transportes Metropolitanos, a Hyundai-Rotem alega que o atraso se deveu à demora do contratante em autorizar a saída da Iesa do consórcio. Isso aconteceu só em 2015, mais de um ano depois de a companhia ter entrado em recuperação judicial e saído das atividades da encomenda.

Outro “prejuízo” da sul-coreana no projeto diz respeito ao adiantamento. O consórcio, quando ainda liderado pela Iesa, recebeu R$ 110 milhões. Cerca de R$ 55 milhões teriam ficado pendentes de repasse para a Hyundai-Rotem, que agora está na fila dos credores da recuperação judicial da Iesa.

Segundo a CPTM, há um pedido de extensão de prazo em análise, mas ainda aguardando documentação da Hyundai- Rotem. Em paralelo, a fabricante estuda entrar na Justiça para solicitar reparação da Iesa no momento oportuno.

Essas dificuldades acontecem em um momento em que o mercado brasileiro teve a demanda reduzida, tornando mais complicada a composição de uma carteira de pedidos rentável. Além do fornecimento de trens à CPTM, o único contrato ativo da Hyundai-Rotem no país é com a CCR, que tem como escopo material rodante para o Metrô Bahia e já está na reta final.

Ainda assim, a coreana aposta no potencial do mercado brasileiro. “Acreditamos que o Brasil possui uma economia extremamente forte, e que o mercado brasileiro, já em 2017, começa a mostrar sua capacidade de recuperação”, afirmou o presidente do grupo no Brasil, Sungha Jun. O executivo cita como exemplos os leilões de aeroportos e rodovias e as licitações em andamento para a concessão da Linha 5 e 17 do Metrô de São Paulo.

Enquanto a retomada não se traduz em contratos, a Hyundai-Rotem tenta “criar oportunidades” apostando em serviços de manutenção. Além disso, uma estratégia adotada pela empresa é de usar a fábrica em Araraquara para atender a demanda de América Latina, dentro do Mercosul.


27/06/2017 – Valor Econômico

terça-feira, 11 de julho de 2017

Novas estações de Metrô dão ‘cara nova’ para Linha 5-Lilás


 Estadão Conteúdo
06.07.17 - 08h29
Com entrega prometida para o mês que vem, o Metrô se prepara para abrir mais três estações ao público e emplacar uma nova “cara” para a Linha 5-Lilás, que opera na zona sul e, até o fim do ano, deverá chegar ao centro. As Estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin estão com as obras civis praticamente concluídas e passam, agora, pela instalação de sistemas elétricos. A reportagem visitou as três paradas, que apresentam características verdes e sociais.

A nova face já surge com as cúpulas de vidro nas entradas principais das estações. Chamadas de “bolhas” pelos funcionários, fazem parte da proposta de aproveitar ao máximo a luz natural, economizando eletricidade.

Essa mesma diretriz permitirá ainda que, além das três estações, a zona sul da capital ganhe novas praças – os locais construídos para abrigar as claraboias que levarão a luz até a plataforma e ficarão abertos ao público. “As plataformas ficam mais ou menos a 30 metros de profundidade”, explica o engenheiro da Linha 5 Michel Mastaler. “Abaixo delas, há porões por onde toda a rede de cabos vai passar”, afirma.

Quem usar as estações notará ainda duas diferenças na comparação com as estações mais recentes. A primeira é a falta das portas de plataforma, tidas como uma opção de maior segurança. “Estão contratadas com o sistema CBTC (o controle computadorizado dos trens) e deverão estar instaladas até a entrega do novo trecho”, informa o Metrô. Também não haverá as catracas que têm portas de acesso automáticas, instaladas nas Linhas 2-Verde e 4-Amarela. Para o Metrô, controles de acesso antigos, com roletas, “apresentam melhores resultados operacionais”. Por dia, 54,2 mil pessoas deverão usar as três estações.

Até o fim do ano, quando o restante da Linha 5 for entregue, pelas três paradas circularão 60,2 mil pessoas. Ao todo, a Linha 5 custará R$ 9 bilhões.

As novas praças ainda têm recuos para o embarque e desembarque de carros, o que é defendido pelo professor do Departamento de Transportes da Universidade de São Paulo (USP) Claudio da Cunha Barbieri, que destaca a influência da era dos transportes por aplicativo. “Uma grande parcela usa transporte individual para a primeira ou última milha da viagem.”

Espera

Moradores da região de Santo Amaro aguardam a abertura com expectativa. “Essa obra já demorou demais. Os tapumes estão aqui há anos (a obra começou em 2011). Vou muito ao médico no Ibirapuera. Acho que, quando abrir, vou de metrô em vez de ir de táxi”,diz a aposentada Lourdes Manzanares, de 62 anos, vizinha da futura Estação Brooklin.

A Linha 5 tinha entrega prometida inicialmente para 2015. Alvo de ações criminais nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, por causa da ação de cartéis nas licitações, os serviços chegaram a ser paralisados por um mês em 2011. O MPE viu sobrepreço de R$ 320 milhões.

No mesmo local, há o corredor de ônibus intermunicipal que liga a zona sul à Diadema, no ABC. “Venho até aqui (na Avenida Roque Petroni Júnior) e tomo outro ônibus para ir até o Brooklin. Para mim, vai ajudar”, contou a recepcionista Clarice Araújo, de 23 anos, moradora de Americanópolis.

Das estações restantes, Ibirapuera, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin têm entrega prometida até o fim deste ano. A Estação Campo Belo, que um dia terá conexão com o monotrilho da Linha 17-Ouro, será inaugurada no ano que vem.

Distribuição

Para o Metrô, uma das consequências da conclusão da Linha 5 é o alívio de outros pontos da rede, especialmente o saturado corredor que liga as Linhas 4-Amarela e 2-Verde nas Estações Paulista e Consolação. Com as novas opções de conexão, “o fluxo concentrado de usuários na Estação Paulista da Linha 4 será dividido com a nova opção de transferência na Estação Chácara Klabin”, afirma o diretor de Engenharia e Construções, Sérgio Amalfi Meca.

O professor Cunha Barbieri, por outro lado, afirma que esse movimento ainda dependerá dos “testes práticos” dos passageiros. “É preciso avaliar o tempo de viagem, a lotação e o quanto o transporte é confiável”, disse, lembrando que a Linha 9-Esmeralda da CPTM, usada na viagem atual e com menos estações no trajeto, é conhecida por paralisações e lotação, além de ser mais lenta.


Novas estações da Linha 5-Lilás devem ser abertas incompletas

11/07/2017 - Metrô CPTM

Quem vê as obras de duas das três estações da Linha 5-Lilás prometidas pelo governador Geraldo Alckmin para agosto dificilmente acredita que elas estarão prontas a tempo de serem inauguradas. Faltando pouco mais de 50 dias para que a promessa vire realidade, as estações Alto da Boa Vista e Borba Gato ainda têm muito trabalho pela frente.

O blog percorreu o trecho de cerca de 3 km neste domingo (10) e viu alguns trabalhadores nos canteiros, uma prova que a obra está em ritmo frenético, porém, ainda longe de parecerem próximas de serem finalizadas.

A sensação de que elas serão entregues às pressas é reforçada por uma informação não oficial de que as PSDs, portas de plataforma que são item extra de segurança nas novas estações do Metrô, não serão instaladas a tempo. Prova disso é que as plataformas de Alto da Boa Vista e Borba Gato receberam o piso até a extremidade, ou seja, sem deixar um trecho de cerca de 40 cm para que sejam montadas as estruturas das PSDs.

Segundo relato de um funcionário da obra que repercutiu em redes sociais, as portas não estão prontas e ainda a caminho, vindas da Europa. Na estação Brooklin, a mais adiantada da obra, os operários finalizam a instalação de luminárias na praça do térreo além de outros detalhes menores, mas nem sinal das PSDs. Nesse caso, o “degrau” na plataforma foi mantido o que exige que ao menos as estruturas sejam montadas.

Acabamento simplório

Parte do lote 2 da expansão da Linha 5, as estações Alto da Boa Vista e Borba Gato foram iniciadas na mesma época de Brooklin e chegaram a estar mais adiantadas que ela. Mas atrasos e o encarecimento da obra, que chegou ao limite de aditivos, obrigaram o Metrô a relicitar a parte final do projeto. O consórcio Galvão-Serveng, que havia começado o trecho, deu lugar ao Contracta-Telar que assumiu a obra no ano passado.

A troca de bastão atrasou ainda mais os trabalhos que deveriam ter sido concluídos em junho. Um dos sintomas do aumento de custo e do atraso é o acabamento dos prédios técnicos, edificações que ficam na superfície. Ao contrário de Brooklin, com vidros fumês, e AACD-Servidor, com placas de alumínio, as duas estações receberam apenas pintura e serão finalizadas com brises metálicos na região das janelas.

Apesar disso, a esperada inauguração das três estações deve seguir o de praxe na estratégia do Metrô: elas funcionarão em horário restrito e com intervalos bem elevados, apenas para avaliar os diversos sistemas e sua infraestrutura até que haja condições de ampliar o serviço.


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Governo define projetos que entram no Avançar


29/06/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
Tentando encontrar desesperadamente uma agenda de notícias para contrabalançar a crise política, o governo já montou sua lista praticamente definitiva da carteira de obras e ações incluídas no Projeto Avançar. As iniciativas vão resultar em um dispêndio de R$ 56,6 bilhões, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), até dezembro de 2018.

Uma penúltima reunião entre ministros e técnicos da área de infraestrutura ocorreu ontem, no Palácio do Planalto, para amarrar os detalhes do Avançar. O lançamento chegou a ser planejado para esta semana, mas os trabalhos não ficaram prontos a tempo. Ainda falta bater o martelo com o presidente Michel Temer.

Visto como sucessor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado nas gestões petistas, o Avançar não tem nenhuma obra nova. O objetivo é garantir, em um cenário de restrições orçamentárias, previsibilidade a liberação de recursos para a conclusão dos empreendimentos selecionados ¬ ou pelo menos uma etapa dos projetos.

“É um esboço de retomada que o governo faz de obras paralisadas para encerrar definitivamente a cultura de desperdício, fruto de demagogia, sem que isso signifique ameaça ao esforço fiscal em andamento”, afirmou ao
Valor o ministro Moreira Franco (Secretaria¬Geral da Presidência), que coordena os preparativos.

Curiosamente, o programa será lançado em um ambiente de contração dos investimentos do governo federal, por conta das dificuldades fiscais. Ou seja, a iniciativa já nasce com uma dificuldade séria a driblar. De janeiro a abril deste ano, os investimentos tiveram queda de 60,3% ante igual período do ano passado, somando apenas R$ 8,2 bilhões.

São Paulo é, disparado, o Estado com maior volume de recursos previstos até o momento: R$ 5,01 bilhões. A Bahia aparecia em segundo lugar, com R$ 3,26 bilhões até dezembro de 2018, com Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul empatados na terceira posição: R$ 2,07 bilhões cada um.

Segundo o Valor, os projetos contemplados na área de mobilidade são:

No Rio de Janeiro, a ampliação do VLT na área central e portuária vai receber aportes de R$ 117,8 milhões até o fim do ano que vem.....

Em São Paulo, foram selecionados 613 projetos...... O mesmo acontecerá com obras de mobilidade como a extensão da Linha 9¬Esmeralda da CPTM (R$ 500 milhões) e um conjunto de corredores de ônibus (R$ 238,7 milhões): em Guarulhos, em Rio Grande da Serra, Capão Redondo¬Vila Sônia e Leste¬Itaquera.

O governo quer vender a ideia de que, com a iniciativa, serão gerados 1,2 milhão de postos de trabalho. O discurso político foca em um dos maiores problemas com o qual tem que lidar a atual gestão: o elevado nível de desemprego na economia brasileira.

Além do programa com recursos exclusivamente do OGU, o Avançar terá braços específicos em cada pasta, que podem incluir outras fontes de financiamento. É o caso do Avançar Cidades, com verbas do FGTS, ou o Avançar Energia, que englobará investimentos de estatais como a Petrobras e a Eletrobras. Mas essas vertentes estarão separadas.


O volume total de investimentos previstos até o próximo ano é de R$ 56,6 bilhões, sendo R$ 12,8 bilhões em “políticas sociais”, R$ 31,9 bilhões em infraestrutura e R$ 12 bilhões na área de defesa..........

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Metrô Bahia recebe 34º trem e completa frota da linha 1 e 2


21/06/2017 - Via Trolebus

Montadas na fábrica da Hyundai Rotem, em Araraquara (SP), as composições são formadas por quatro carros cada e têm design moderno, ar-condicionado, câmeras de vigilância, passagem livre entre carros (gangway), monitores do tipo LCD e sistema de vídeo para comunicação com o usuário, entre outras melhorias tecnológicas.

A chegada dos trens a Salvador exigiu uma logística complexa, que começa com a composição viajando vários dias em navios e termina com carretas transportando os carros ao longo de 2.500 quilômetros, passando por três estados brasileiros. Uma vez na área urbana, as carretas precisam aguardar o horário apropriado para que possam alcançar o Pátio Pirajá, onde funciona o complexo de operação e manutenção do sistema.

“A chegada do 34º trem é motivo de muito orgulho, pois são muitas as etapas desde a aquisição até o recebimento, o que inicia a fase de preparação final para circulação com passageiros. Realizar todo esse trâmite com a agilidade e eficácia que a CCR Metrô Bahia alcançou é resultado de uma equipe focada em oferecer o melhor à população de Salvador e região metropolitana”, ressaltou o diretor de Implantação de Sistemas da CCR Metrô Bahia, Claudio Andrade.

Após serem descarregados, os trens passam pelo processo de instalação de equipamentos de sinalização de controle dos trens e uma nova bateria de testes estáticos e em movimento até que estejam 100% preparados para circular garantindo conforto e segurança para os usuários do metrô.


Em função da demanda atual de passageiros no Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, média de 125 mil/dia útil, 16 trens circulam nas linhas 1 e 2, e outros dois trens ficam de reserva. Com esse número, o intervalo entre trens no horário de pico é de quatro minutos na Linha 1 (Lapa/Pirajá) e cinco minutos na Linha 2 (Acesso Norte/Pituaçu). Nos demais horários, as duas linhas trabalham com intervalo de oito minutos. O número de trens em operação irá aumentar gradualmente com o avanço da Linha 2 e o aumento da demanda.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Polêmica sobre integração ônibus/metrô em Salvador continua dividindo Estado e Prefeitura


15/06/2017 - Diário do Transporte

Em Salvador a integração ônibus/metrô tem agradado aos usuários. Há casos de passageiros que relatam que o percurso bairro/centro da cidade caiu para mais da metade do tempo. Mas a questão tarifária continua polêmica entre o governo do estado, que opera o metrô, e a prefeitura, que cuida do sistema de ônibus na capital.

Os empresários de ônibus vêm questionando o rateio da tarifa no caso da integração com o metrô, alegando prejuízos. Eles chegaram a apresentar um estudo evidenciando que o rateio da integração deveria ser 60% para o ônibus, o que não foi aceito pelo Governo do Estado, que é responsável pelo metrô. Hoje a situação é inversa: o percentual de 60% vai para a concessionária do metrô e 40% para o Consórcio Integra, que responde pela operação dos ônibus. Da tarifa atual de R$ 3,60, isso significa que R$ 2,18 ficam com o metrô e R$ 1,42 vão para os ônibus.

Após mais de um ano do início da operação comercial do sistema metrô/ônibus, somente 50% das linhas foram integradas ao sistema metroviário. Isso significa, na prática, que o usuário paga em duplicidade quando utiliza linhas que não fazem parte da integração. A CCR, concessionária do metrô, também se queixa, alegando que o metrô trabalha com ociosidade na falta da integração de 50% das linhas de ônibus.

Ontem (14) o governador Rui Costa criticou o modelo de licitação do transporte público adotado pela prefeitura, a que chamou de “equivocado”. O governador e anunciou que fará uma licitação para implantar um sistema de transporte complementar para ligar estações do metrô a bairros adjacentes, num raio de até cinco quilômetros.

O secretário municipal de mobilidade de Salvador, Fábio Mota, respondeu ao governador. O secretário disse que as discussões sobre integração estavam avançando, fato que poderá ser atrapalhado pela declaração do governador, a que chamou de “abordagem política”.

Fábio Mota informou que na terça-feira (13), reunião no Ministério Público reuniu representantes de todas as partes envolvidas na questão da integração ônibus/metrô, incluindo o governo do estado. Fábio disse que o diálogo sobre a ampliação da integração e a remuneração do sistema teria avançado bastante.

Em declaração ao jornal A Tarde o secretário disse: “Falamos sobre a desoneração para o sistema de ônibus e ficamos de fazer um estudo para a remuneração. Mas, agora, com esta declaração, o governador atrapalhou tudo”.

METRÔ DE SALVADOR COMPLETOU TRÊS ANOS DE OPERAÇÃO:

Mais de 35 milhões de passageiros transportados, onze novas estações inauguradas e 20 quilômetros de malha metroviária em operação. Estes são alguns dos números comemorados pela CCR- Metrô, concessionária que opera o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas desde 11 de junho de 2014.

Atualmente as duas linhas em operação transportam 125 mil passageiros por dia. As linhas  ligam as estações Lapa e Pirajá (Linha 1) e Acesso Norte e Pituaçu (Linha 2). O início da operação do trecho Rodoviária-Pituaçu aumentou em 25% o número de usuários do sistema e a tendência é de crescimento gradual, informa a CCR.


Ainda no mês de junho a CCR anunciou que completara a frota de novos trens do Sistema Metroviário, com a chegada do 34º trem da série 2000 (foto acima). As composições foram montadas na fábrica da Hyundai Rotem, em Araraquara (SP), e são formadas por quatro carros cada, com design moderno, ar-condicionado, câmeras de vigilância, passagem livre entre carros (gangway), monitores do tipo LCD e sistema de vídeo para comunicação com o usuário, entre outras melhorias tecnológicas.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Metrô de Fortaleza: TCE recomenda que 2º consórcio assuma obra


13/06/2017 - O Globo

Um parecer da área técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Ceará recomenda que o consórcio que ficou em segundo lugar na licitação da Linha Leste do metrô de Fortaleza assuma as obras para a construção do empreendimento, que estão paradas e sem previsão de quando poderão ser retomadas. Caso essa medida não resolva o problema, os técnicos do tribunal querem que o governo do estado faça uma nova licitação para concluir a construção.

O consórcio que ficou em segundo lugar é formado por Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a construtora cearense Marquise.

Com data original de entrega programada para 2019, apenas pouco mais de 1% da obra foi concluída. Há três anos, o maior edital regido pela Lei de Licitações foi vencido por um consórcio formado pela espanhola Acciona e pela paulista Cetenco, que assumiram a construção da Linha Leste por R$ 2,3 bilhões. R$ 2 BI de cofres federais.

Em novembro do ano passado, reportagem do GLOBO mostrou que a obra está abandonada. Um dos emblemas do fracasso da empreitada é a imagem dos quatro “tatuzões” adquiridos pelo governo do Ceará. Os equipamentos serviriam para escavar túneis do metrô, mas hoje não passam de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas.

Do total do orçamento, R$ 2 bilhões sairiam dos cofres federais. Mas governos estadual e federal, que se associaram na obra do PAC Mobilidade Grandes Cidades, sequer concluíram os primeiros túneis da licitação. Com a interrupção de pagamentos para a obra em agosto de 2014, a Cetenco alegou ter recorrido administrativamente e na Justiça para receber pelos serviços feitos, até que enviou informação à sócia Acciona e à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do Ceará dizendo que queria deixar o consórcio.

O governo cearense alegou, na ocasião, que a interrupção dos pagamentos se deu porque a Cetenco judicializou o processo. Numa decisão polêmica, em novembro de 2015, a construtora Marquise chegou a assumir o contrato ao lado da Acciona.

Em sua decisão recente, a área técnica do TCE recomenda ainda que o tribunal anule o ato do governo do Ceará que excluiu a Cetenco do consórcio. Os técnicos consideram, no entanto, que a volta da empresa ao consórcio original é “fato de desfecho improvável”. O parecer será levado para análise do plenário do TCE-CE, mas a data para o julgamento ainda não foi definida.

Apesar da previsão de entrega para 2019, o TCE considera o prazo “inexequível”. Os técnicos do TCE-CE também levantam dúvidas “sobre a disponibilidade orçamentária do estado em acatar com estas despesas”, já que a proposta precisará passar por reajustes, segundo o texto. Aponta ainda que o acréscimo de cada um quilômetro na obra representa um adicional de quase R$ 1,5 milhão.

Procurada, a Secretaria de Infraestrutura do estado do Ceará informou que tem se dedicado ao equacionamento financeiro da obra. O órgão destacou que tem buscado, junto ao Ministério das Cidades e ao BNDES, o cumprimento dos compromissos anteriormente assumidos pelo governo federal, que fundamentaram a licitação; ou seja, R$ 1 bilhão pelo Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão em financiamento pelo BNDES.

O TCE não comentou o parecer e O GLOBO não conseguiu contato com a Cetenco.


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Operação assistida do VLT de Fortaleza tem data definida



22/06/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
Segundo a Secretaria da Infraestrutura, o trecho 2 do modal será o 1º a ser concluído após obras retomadas em 2015

Com trabalhos iniciados em 2012 e após passar por inúmeras paralisações, o primeiro a ficar pronto será o trecho 2

A operação assistida do trecho 2, do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que fica entre as estações Borges de Melo e Parangaba, começará no dia 15 de julho. A última previsão era para início em meados de maio.

De acordo com informações da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), os testes com a presença de passageiros dependem da conclusão do trabalho de nivelamento e alinhamento da via, que é indispensável para a segurança operacional.

Na operação assistida do trecho 2 do VLT Parangaba-Mucuripe serão disponibilizados dois trens que farão o transporte de passageiros entre as estações Borges de Melo e Parangaba, que já está com mais de 90% concluído, nos dois sentidos, no horário de 8h às 12h, de segunda a sexta-feira. Neste momento, não haverá cobrança da tarifa das passagens.

Conforme ainda a Companhia, os trens passarão nas estações a cada 15 minutos. “Por enquanto, está acontecendo a operação experimental, que consiste na passagem do trem pela via, no horário de 10h às 11h, com objetivo de testar o funcionamento de todo o sistema, sem passageiros”, informou o órgão por meio de nota. As obras foram retomadas em outubro de 2015 e terão um custo total de R$ 48,4 milhões.

Sob responsabilidade da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), a obra do VLT como um todo está dividida em três trechos. Com trabalhos iniciados em 2012 e após passar por inúmeras paralisações, o primeiro a ficar pronto será o trecho 2. Para o órgão, esta é a etapa de implantação do modal em que a população começa a se habituar com a disponibilidade do novo serviço.

Após a esta entrega, deve ser concluído o trecho 1, que contempla a construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo. Com investimento de R$ 25,9 milhões, ele foi retomado em abril de 2016 e a previsão para conclusão é de 12 meses.

“Os trabalhos avançam e já alcançam 60% de execução. A previsão é de que o trecho 1 seja entregue em setembro de 2017”, reforçou a Seinfra em nota. Por fim, o trecho 3, que compreende o percurso entre as estações Iate – no bairro Mucuripe – e Borges de Melo, possui expectativa de entrega somente para o ano de 2018.

Quando finalizado, a Secretaria afirma que o VLT terá 13,4 quilômetros ligando os bairros Mucuripe e Parangaba. Desta extensão, serão 12 quilômetros em superfície e 1,4 quilômetros de trechos elevados.

O modal atravessará 22 bairros, área que concentra mais de 500 mil moradores de Fortaleza. A previsão de demanda potencial do VLT é de 90 mil passageiros diariamente.

No Cariri

Na região do Cariri, passageiros voltaram a utilizar o VLT no último dia 12. As atividades foram suspensas para viabilizar as obras da Avenida do Contorno, na cidade de Juazeiro do Norte. O modal opera de 6h às 19h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados de 6h às 14h com tarifa a R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia).


22/06/2017 – Diário do Nordeste