sexta-feira, 28 de julho de 2017

Insegurança e falta de estrutura: após quase 10 anos, Trensurb pede reajuste de 47% na passagem


26/07/2017 - Sul 21


A Trensurb​ quer aumentar o valor da passagem depois de uma década cobrando R$ 1,70 pela viagem. Após a realização de um estudo interno, o pedido de reajuste de 47% foi encaminhado, em maio, ao Ministério das Cidades. Se aprovado, a tarifa passaria para R$ 2,50. O Sul21 conversou com usuários que consideram o valor injustificável, tendo em vista a precarização dos serviços nos últimos anos e a falta de segurança nas estações.

Nota do blog TransUrbPass
O governo federal, por pura demagogia e por não perseguir o equilíbrio financeiro, já que o dinheiro não é dele mas do povo, não vem autorizando o aumento das tarifas das suas operadoras de trens de passageiros (CBTU e Trensurb) há anos. 
Enquanto o sistema ônibus e os sistemas de trens estadual e privado têm reajustes regulares, o sistema de trens de passageiros federal não reajusta há anos. Para se ter uma ideia, as operadoras de VLT da CBTU em Natal, João Pessoa e Maceió cobram há anos R$ 0,50 de tarifa, enquanto que os sistemas ônibus dessas cidades cobram, respectivamente, R$ 3,35, R$ 3,20 e R$ 3,50. Em Recife a tarifa do trem está congelada, desde 2012, em R$ 1,60, e a dos ônibus está em R$ 3,20 para o Anel A e R$ 4,40 para o Anel B. A Trensurb convive com uma tarifa do sistema ônibus de R$ 4,05 e só cobra R$ 1,70. Essas tarifas demagógicas cobradas pelo governo federal alcançam no máximo 30 % dos custos dos sistemas mencionados (apenas o metrô de Belo Horizonte tem uma relação melhor). 
Por outro lado, como as receitas das operadoras federais são integralmente incorporadas ao Tesouro, elas são custeadas através do Orçamento Geral da União. Considerando os cortes anuais nos orçamentos e os contingenciamentos praticados há muitos anos, as operadoras federais vão ficando sucateadas e prestando um serviço precário às populações onde estão localizadas. Como não investem adequadamente em manutenção, são obrigados a investir verdadeiras fortunas em recuperação dos sistemas de tempos em tempos, quando chegam a conclusão que o serviço vai parar. 
Quem paga a conta e convive com sistemas inseguros é a população.

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