quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Trem turístico Rio-Minas já está 60% concluído



15/02/2018Notícias do Setor  ANPTrilhos     
O projeto de implantação de linha ferroviária turística com ligação entre Cataguases (MG) e Três Rios (RJ) segue a todo vapor. Dos 17 itens da composição, duas locomotivas e dois vagões já foram reformados. Restam agora sete vagões para restauração. A remodelação tem sido feita pelas mãos de voluntários da ONG Amigos do Trem em uma oficina localizada em Recreio (MG). O trecho a ser percorrido pelo trem se estende em 120 quilômetros de malha ferroviária, trilhos hoje inativos, que passarão por um processo de limpeza e pequenas intervenções.

A composição passará pelos municípios de Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba e Chiador, em Minas, e Sapucaia e Três Rios, no Rio de Janeiro. Serão duas locomotivas fazendo os trajetos Três Rios-Cataguases e Cataguases-Três Rios, ambos com conexões em Além Paraíba. Sendo assim, os passageiros poderão fazer viagens com destinos à sua escolha, desfrutando das estações de cada ponto de conexão.

A capacidade será de 800 passageiros por semana, e a inauguração é prevista para o segundo semestre. Serão vendidos ingressos e pacotes tanto individuais quanto para grupos de turismo, em uma plataforma on-line.

Revivendo a cultura ferroviária

A ONG Amigos do Trem tem por objetivo reviver a memória ferroviária e a representatividade do transporte sobre trilhos dentro da cultura brasileira, reativando linhas férreas e incentivando o turismo através das mesmas. A iniciativa da ONG, em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT ) e apoio da VLI (Valor da Logística Integrada), busca a preservação do patrimônio público ferroviário federal e a reativação de um costume comum no século passado.

O presidente da ONG, Paulo Henrique do Nascimento, destaca o grande interesse da população pelo projeto: “Reativar as linhas ferroviárias é reviver uma paixão, uma cultura que é nossa. E tanto os voluntários como os futuros usuários do trem estão bastante empenhados para esta inauguração. Voluntários de outros estados têm se apresentado para ajudar na reforma, pessoas de vários lugares têm buscado informação on-line sobre o início das viagens. Acreditamos que será algo interessante e agradável para todos.”

Segundo o engenheiro do DNIT Antônio José Leite Gondim, o departamento se declarou favorável ao projeto, evidenciando o interesse em dar utilidade aos trilhos. “O turismo, a cultura e a economia locais serão beneficiados, e a malha antes inativa ganha vida e novas histórias.”

14/02/2018 – O Vigilante

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Governo adquire três novos trens para o metrô de Teresina



06/02/2018Notícias do Setor ANPTrilhos       
Com novos trens operando, número de passageiros pode chegar a 15.600 pessoas por dia.

O Governo do Piauí adquiriu três novos trens que substituirão os atuais que fazem a linha do Dirceu ao Centro de Teresina. O primeiro deve chegar em maio, o segundo e o terceiro devem chegar a Teresina nos meses de julho e agosto.

Segundo Antônio Sobral, diretor da Companhia Metropolitana de Teresina, cada trem custou R$ 15 milhões e o investimento total é de R$ 45 milhões, recursos do PAC Mobilidade Urbana, dentro do Programa de Modernização do Pacto Rodoviário. “O plano é adquirir seis novos trens, sendo que os três primeiros já foram adquiridos da empresa Bom Sinal e os demais ficarão para o próximo ano”, diz.

Antonio Sobral destaca que os novos três são climatizados, mais modernos, rápidos, confortáveis. “Atualmente, o percurso total do Dirceu a Estação Central, na Praça da Bandeira, é de 34 minutos. O novo trem vai fazer o mesmo trajeto em 22 minutos”, explica, afirmando ainda que isso vai resultar no aumento do número de passageiros, que hoje é de cerca de 7.200 pessoas por dia para 15.600 por dia. “São mais pessoas beneficiadas por um transporte público mais barato, confortável, rápido, seguro e com tarifa de R$ 0,80”, diz, Sobral.

Para chegada dos novos trens, está sendo feita manutenção da linha férrea, substituição dos dormentes. “Quando os três novos trens chegarem, dois estarão em atividade e um ficará na reserva”, explica.

O diretor diz que os atuais trens serão substituídos e passarão por conserto e manutenção e, posteriormente, serão utilizados para transporte de passageiros na linha Teresina-Altos.

06/02/2018 – Governo do Estado do Piauí

Empreiteiras são condenadas por fraudes em licitações do metrô de SP


17/02/2018 - O Globo

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, nesta sexta-feira, 12 empresas envolvidas em fraudes em licitações para a construção e instalação da Linha 5 Lilás (Largo 13 à Chácara Klabin), em São Paulo. Entre as empresas condenadas estão as empreiteiras Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior e OAS. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública, determinou que as empresas reembolsem cerca de R$ 325 milhões aos cofres públicos e fiquem proibidas de contratar com o poder Público por 5 anos e de receberem benefícios ou incentivos fiscais. Na mesma ação, a magistrada homologou o acordo entre a Camargo Corrêa — que admitiu que agiu em conluio com outras empresas para participar de lotes da obra — e o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Por conta do acordo, a Camargo Corrêa não fica inidônea e terá de pagar cerca de R$ 24 milhões aos cofres públicos. A decisão cabe recurso.

Além das empreiteras, as empresas Serveng-Cuvilsan, Heleno & Fonseca, Iesa, Cetenco, CR Almeida e Cosben também foram condenadas. A juíza também condenou o atual secretário municipal de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô e da CPTM nas gestões tucanas José Serra e Geraldo Alckmin, ao pagamento de R$326.915.754,40, a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 5 anos, além da proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais por 5 anos.

Por meio de nota, Avelleda afirmou que é inocente e que vai recorrer contra decisão. "O secretário Avelleda não é acusado de fraude, não participou da elaboração do edital, não realizou a licitação, e também não assinou qualquer contrato referente à concorrência da Linha 5 do Metrô. Não há nenhuma referência ao secretário em atos de corrupção. A única acusação feita contra Avelleda é ele ter dado continuidade aos contratos de execução da Linha 5, enquanto presidente do Metrô. O próprio Tribunal de Justiça, por duas vezes, já havia confirmado a decisão de Avelleda de ter mantido os contratos da Linha 5, pois do contrário haveria enorme prejuízo à população de São Paulo", diz o texto.

O GLOBO ainda não conseguiu contato com os demais condenados na ação.

A Camargo Corrêa admitiu no acordo firmado com o MPSP que houve superfaturamento de dois lotes da linha 5 do metrô de São Paulo. Os contratos em valores atualizados chegam a R$ 3,5 bilhões. As empresas condenadas "dividiram" a obra entre elas. No acordo com o MP, ficou estabelecido que a Camargo Corrêa pagaria R$24,3 milhões.

ACORDO DA CAMARGO CORRÊA

A investigação foi aberta com informações obtidas em acordo de leniência feito com a construtora Camargo Corrêa, executivos e ex-executivos da empresa. Por meio do acordo, as empresas confessam participação na conduta ilegal, fornecem informações e apresentam documentos para colaborar com a apuração do cartel.

A empresa indicou que a prática teria atingido 21 licitações públicas no Brasil e perdurou entre 1998 e 2014. O cartel teria envolvido nove empresas: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Carioca, Marquise, Serveng e Constran. Além disso, é possível que outras dez construtoras também tenham participado do conluio: Alstom, Cetenco, Consbem, Construcap, CR Almeida, Galvão Engenharia, Heleno & Fonseca, Iesa, Mendes Junior e Siemens.

As obras que teriam sido afetadas são, por exemplo, o metrô de Fortaleza, o metrô de Salvador, a Linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, a Linha 4 – Amarela do metrô de São Paulo, e duas obras para a Linha 2 – Verde de São Paulo. Há indícios de que também houve acordos anticompetitivos concluídos e implementados em 2008 que afetaram outras duas obras para a Linha 2 – Verde e Linha 5 – Lilás, ambas em São Paulo.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Consórcio volta a descumprir prazo de conclusão de reparo nos novos trens da Trensurb


11/01/2018 - Gaúcha ZH

Mais uma vez, a responsável pelo fornecimento e manutenção dos novos trens da Trensurb, o consórcio FrotaPoa descumpriu o prazo estabelecido e não concluiu o reparo de cinco veículos previsto para o mês passado. Ela já não havia atendido a exigência anterior, de terminar todo o conserto até outubro de 2017.

Na ocasião, nove trens novos estavam sendo usados. Porém, foram identificadas mais infiltrações nas caixas de rolamentos que já haviam passado por reparo em 2016. Atualmente, apenas seis dos 15 veículos novos estão em circulação. Em nota, o consórcio informou que tem trabalhado em estreita colaboração com a Trensurb para restabelecer gradualmente os trens à operação comercial.

Até o ano passado, a Trensurb estimava que o problema relacionado à infiltração de água nos rolamentos estaria superado em abril de 2018. Agora, ela aguarda uma nova reunião entre a área responsável da Trensurb e o consórcio FrotaPoa.

As empresas — formadas pela Alstom, da França, e Caf (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), da Espanha — já foram multadas em R$ 4,87 milhões, o que corresponde a 2% do valor do contrato de compra de 15 novos trens da série A-200. Em 2016, o consórcio já havia sido penalizado em R$ 2,43 milhões.

Os pagamentos ao consórcio estão suspensos desde abril de 2016, quando foram identificadas infiltrações nas caixas de rolamentos dos veículos pela primeira vez. O dinheiro desse contrato está empenhado e não pode ser usado para outros fins. Quanto aos valores de multas, o montante deixará de ser pago ao consórcio e retorna aos cofres da União. Atualmente, a dívida da Trensurb com os fornecedores, referente ao valor que ainda falta pagar pelos trens é de R$ 24 milhões.

Trensurb volta a recolher trens novos que passaram por conserto

18/01/2018 - Zero Hora

O número de trens novos em circulação voltou a reduzir. Em outubro de 2017, nove veículos que haviam sido reparados após a identificação de problemas com infiltração estavam transportando passageiros. Em novembro, apenas seis deles eram usados pela Trensurb. Agora, só quatro trens estão fora do conserto.

Segundo a Trensurb, novamente foi constatada infiltração nos veículos que já haviam passado por reparo. Outro problema que surgiu foi a dificuldade em realizar o nivelamento dos truques dos novos trens (conjunto de rodas, rolamentos, molas, eixos, entre outros itens) que impedem que eles voltem a circular.

Na segunda-feira (15 de janeiro), dirigentes da Trensurb se reuniram com representantes do Consórcio FrotaPoa, formado pelas empresas Alstom e CAF. A empresa pública voltou a cobrar uma solução definitiva "no prazo mais breve possível". Um novo cronograma de reparos será apresentado em nova reunião, que será realizada até o fim de fevereiro.

Até o ano passado, a Trensurb estimava que o problema relacionado à infiltração de água nos rolamentos estaria superado em abril de 2018. As empresas já foram multadas em R$ 4,87 milhões, o que corresponde a 2% do valor do contrato de compra de 15 novos trens da série A-200. Em 2016, o consórcio já havia sido penalizado em R$ 2,43 milhões.

Os pagamentos ao consórcio estão suspensos desde abril de 2016, quando foram identificadas infiltrações nas caixas de rolamentos dos veículos pela primeira vez. O dinheiro desse contrato está empenhado e não pode ser usado para outros fins. Quanto aos valores de multas, o montante deixará de ser pago ao consórcio e retorna aos cofres da União. Atualmente, a dívida da Trensurb com os fornecedores, referente ao valor que ainda falta pagar pelos trens é de R$ 24 milhões.



Expansão do Metrô-DF para Ceilândia e Asa Norte está prevista para 2019


15/01/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         
Propostas para expansão da linha de Ceilândia e construção da primeira estação na Asa Norte estão sob análise pelo Ministério das Cidades, que liberou R$ 275,5 milhões para trecho de Samambaia

Após garantir o recebimento de R$ 275,5 milhões do Ministério das Cidades para a expansão do metrô em Samambaia, o Palácio do Buriti aguarda o sinal verde do órgão federal para outros dois projetos: a ampliação em 3,2 km da via dos trens em Ceilândia e a construção da primeira estação da Asa Norte. Pelas estimativas do Executivo local, as obras custariam R$ 354,4 milhões aos cofres da União e R$ 51,4 milhões aos caixas do GDF, totalizando R$ 405,8 milhões. A promessa do aumento da cobertura do transporte sobre trilhos perdura desde meados de 2009, quando o Distrito Federal foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.

O GDF entregou as duas propostas ao Ministério das Cidades em junho de 2015, junto ao projeto relativo à expansão do sistema em Samambaia. Em Ceilândia, estima-se a construção de duas estações para garantir o alcance aos moradores do Setor O. A linha da Asa Norte, por sua vez, ficará próxima ao hospital regional da cidade. O governo espera receber uma resposta sobre as proposições até o próximo ano. No meio tempo, técnicos trabalham no planejamento de outras oito estações, entre a SQN 103 e o Terminal da Asa Norte.

De forma paralela, o GDF pretende finalizar, entre junho e agosto, as obras nas estações inoperantes da 106 e 110 Sul, além da Estrada Parque, entre Taguatinga e Águas Claras. O governo, contudo, não prevê recursos para colocar em funcionamento as paradas da 104 Sul e Onoyama, situada entre as estações Praça do Relógio e Centro Metropolitano, conforme previsto no plano de governo, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — o Executivo local pretende pleitear o valor necessário para essas reformas com a União e bancos.

Diretor-presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF), Marcelo Dourado afirma que o governo investirá cerca de R$ 38 milhões na conclusão das obras previstas. “O GDF conseguiu um aporte de recursos do Banco do Brasil e estamos na fase final do processo licitatório. Apenas com a finalização da estação Estrada Parque, beneficiaremos estudantes de cinco a seis universidades”, garantiu.

Samambaia

A previsão é que as obras da expansão do transporte sobre trilhos de Samambaia comece em novembro. O projeto completo, que inclui a modernização do sistema, prevê investimentos de cerca de R$ 315 milhões — R$ 275 milhões provenientes do orçamento-geral da União e R$ 40 milhões do GDF. O valor, contudo, pode cair, a depender do resultado do processo licitatório, cuja previsão de lançamento é junho.

As obras devem durar cerca de três anos e os recursos serão liberados pelo governo federal conforme os avanços da construção. Hoje, Samambaia conta com três outras estações: Furnas, Samambaia Sul e Terminal. As novas paradas serão construídas nas quadras 111, próximo à Feira Livre, e 117, ao lado da Vila Olímpica Rei Pelé. Dourado estima que 30% da população da cidade seja beneficiada com a expansão. “Serão cerca de 78 mil pessoas afetadas direta ou indiretamente”, ressaltou.

Especialista em políticas públicas de transportes e pesquisador da Universidade de Brasília (UNB), Artur Morais vê o investimento com bons olhos. De acordo com o professor, além de melhorar as condições de acesso da população ao sistema, a iniciativa vai incrementar a valorização do imóvel na região. “A média de aumento no valor de unidades residenciais ou comerciais é de 15%. Outro ponto positivo é que as pessoas que trabalham fora e precisavam pegar um ônibus e, depois o metrô, economizarão tempo e dinheiro”, frisou.

Estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) aponta que grande parte dos moradores de Samambaia tem empregos fora da região administrativa. Entre os habitantes, 29,59% trabalham no Plano Piloto; 9,23% em Taguatinga e 8,20% e outras localidades. A estimativa, portanto, é que o aumento do alcance das linhas de metrô, desafogue a demanda dos ônibus, por exemplo, que levam 46,86% residentes da cidade ao trabalho.

Mais recursos

O orçamento do Metrô para este ano, que ficou em torno de R$ 416 de milhões, pode crescer. No projeto de lei encaminhado à Câmara Legislativa que detalha o uso do R$ 1,4 bilhão economizado com a reforma da previdência e incrementado com o recebimento de precatórios, consta a destinação de R$ 18,4 milhões ao órgão. O valor será usado na reforma de estações. A de Arniqueiras, em Águas Claras, passará por melhorias na acessibilidade.

VLT de Fortaleza deve ter novo trecho pronto até o fim de fevereiro


08/01/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         
Quase cinco meses depois da realização de uma nova licitação para dar continuidade às obras, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe deve ter mais um trecho finalizado até o fim do próximo mês.

Dividido em três partes e com 66,2% de execução, o modal funciona em operação assistida desde julho do ano passado no trecho de 5 km de extensão entre as estações Parangaba e Borges de Melo. Em fevereiro, a previsão da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) é entregar a parcela que corresponde à construção da passagem inferior da Avenida Borges de Melo, que tem 90% dos trabalhos concluídos.

Após o término da nova leva de intervenções, apenas uma etapa do ramal ficará com entrega pendente. Trata-se do terceiro trecho, situado entre as estações Borges de Melo e Iate, que inclui outras cinco plataformas.

Destas, apenas a estação Mucuripe ainda não teve obras iniciadas. Já a estação Antônio Sales é a que se encontra em estágio mais avançado, com mais de 99% dos trabalhos executados.

Segundo a Seinfra, o trecho entre as estações São João do Tauape e Borges de Melo está em operação experimental, funcionando sem passageiros. O teste servirá para alinhar e nivelar a linha férrea. O órgão não informou quando começará a operação com usuários, mas destacou que a expectativa é entregar toda a terceira etapa do modal até o fim de 2018.

Essa é a única parcela do VLT que ainda possui desapropriações em andamento. De acordo com a Seinfra, o projeto do ramal prevê 2.600 imóveis desapropriados. Desses, 10% não foram desocupados, todos no terceiro trecho de obras.

Operação assistida

Com intervenções já finalizadas, o segundo trecho do VLT, entre as estações Parangaba e Borges de Melo, funciona em operação assistida desde o último mês de julho. Conforme a Seinfra, até o dia 27 dezembro, 66.406 passageiros haviam sido transportados pelo modal.

A operação assistida acontece de segunda a sexta-feira, no período que vai das 6h até o meio-dia. O transporte dos passageiros é feito de forma gratuita.

O atraso na entrega dos demais trechos se deve às seguidas paralisações das obras, ocasionadas por problemas contratuais com as empresas selecionadas para executar os trabalhos. Em agosto, após um distrato com o consórcio responsável pelas intervenções no terceiro trecho, uma nova licitação foi realizada para dar continuidade à obra.

O trecho foi dividido em três lotes de licitação. O lote I corresponde à construção de quatro viadutos ferroviários na região das avenidas Rui Barbosa, Antônio Sales, Dom Luís e na Rua Aderbal Nunes Ferreira; de um elevado à altura da Avenida Aguanambi; e de duas pontes sobre o riacho do bairro São João do Tauape. O segundo lote inclui a construção e conclusão de seis estações e três passarelas. Já o terceiro se refere às obras nas vias férreas e acessos.

Histórico

Antes disso, em 2014, o Governo do Estado rompeu o contrato com o primeiro consórcio à frente das obras do ramal, que fazia parte do pacote de projetos de mobilidade para a Copa do Mundo no Brasil, naquele mesmo ano. A quebra do acordo foi atribuída ao descumprimento de prazos por parte das empresas. Os trabalhos só foram retomados em 2015, com a realização de outra licitação.

O VLT Parangaba-Mucuripe deverá passar por 22 bairros de Fortaleza e atender mais de 500 mil moradores da Capital. Ao todo, o projeto conta com 10 estações, distribuídas ao longo de 13,6 km de extensão. A previsão da Seinfra é que o percurso de uma extremidade à outra da linha seja percorrido em aproximadamente 30 minutos, com intervalo de sete minutos entre veículos, em média.

O transporte terá, ainda, integração com outros modais na Capital. A estação Parangaba possibilitará a ligação do ramal com o terminal de ônibus do bairro e a Linha Sul do Metrô de Fortaleza. Já a estação Papicu será conectada à Linha Leste do Metrô e ao terminal rodoviário da região.

03/01/2018 – Diário do Nordeste