quinta-feira, 16 de junho de 2016

Prefeitura confirma plano B para o metrô do Rio


15/06/2016 - O Globo
Diante da possibilidade de o governo do estado não terminar as obras da Linha 4 do metrô (Ipanema-Barra) a tempo para os Jogos Olímpicos, a prefeitura já pensa em alternativas. Ontem, o secretário-executivo de Coordenação de Governo, Rafael Picciani, confirmou medidas para um plano B, incluindo serviços de BRT entre a Barra e a Zona Sul, mudanças nas faixas de trânsito exclusivas para a família olímpica e a possibilidade de criação de novos feriados durante o evento.

Enquanto essas estratégias são elaboradas, o presidente interino Michel Temer disse ontem não estar equacionada a ajuda financeira da União ao estado para finalizar as obras, o que acabou aumentando as dúvidas sobre o cumprimento dos prazos. Em visita ao Parque Olímpico, Temer afirmou ter conversado sobre o assunto com o governador interino Francisco Dornelles, mas que só poderá falar sobre valores e avançar no tema semana que vem.

Apesar de ainda não haver uma solução para o metrô, Picciani disse estar confiante numa saída. Segundo ele, o plano de contingência já seria elaborado independentemente do risco de a Linha 4 não ficar pronta. De modo geral, é parecido com a operação montada para a saída do público do Parque Olímpico de madrugada, quando os espectadores poderão ir de BRT até o Centro, embarcando em oito plataformas temporárias.

Trajeto pela autoestrada
No plano B, no entanto, a complexidade é maior. Além dos 158 ônibus articulados já reservados para os serviços olímpicos, podem ser deslocados coletivos comuns, de BRTs como o Transoeste. O BRT temporário ligaria a Barra provavelmente a Ipanema ou Leblon, a pontos como o Jardim de Alah ou as praças Antero de Quental e General Osório. Nesse caminho, a faixa olímpica da conexão Barra-Zona Sul seria mudada da Avenida Niemeyer para a Autoestrada Lagoa-Barra e o Túnel Zuzu Angel.

— Certamente haveria um impacto maior no trânsito. Isso exigiria que o prefeito Eduardo Paes utilizasse alguns dispositivos do pacote olímpico, como a possibilidade de decretar feriados em datas específicas, ainda não previstas pela prefeitura — disse Picciani.

Caso essas alternativas sejam necessárias, informou, na Zona Sul os ônibus articulados circulariam pelas vias com BRS. Ao mesmo tempo, linhas regulares poderiam sofrer alterações.

— Já temos prontas as premissas do plano. Mas os detalhes operacionais, como os pontos de parada, ainda precisam ser refinados — disse Picciani, ressaltando que possíveis modificações no trânsito serão informadas em plataformas como o site que a prefeitura lançará esta semana sobre a cidade olímpica e em aplicativos como o Waze.

Antes de o secretário confirmar as ideias para o plano B, Temer havia afirmado, em sua visita ao Rio, que o governo federal está finalizando os estudos financeiros sobre a Linha 4. Num breve pronunciamento numa das arenas esportivas, ele reiterou que o governo federal ajudará o estado não só no discurso, mas com dinheiro.
— Combinei com o governador Dornelles, e vamos ter uma conversa, logo mais adiante, para equacionarmos em definitivo essa questão — disse ele, lembrando a visibilidade que a Olimpíada do Rio terá no mundo. — Sabemos que cinco bilhões de pessoas acompanharão os Jogos e terão os olhos voltados para o nosso país. Vamos colaborar não apenas com palavas, mas também nas necessidades de natureza financeira.

Dornelles reafirmou que uma das propostas do estado é saldar as dívidas com o Tesouro Nacional e com organismo internacionais por meio de um empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil, já aprovado pelo Conselho Monetário Nacional e autorizado no Senado. Assim, o Rio poderia tomar novos empréstimos.

Estado está inadimplente
Hoje, como o estado está inadimplente com a União e bancos internacionais, não pode contratar operações de crédito. Um desses financiamentos, de R$ 989 milhões e que é primordial para concluir as obras do metrô, ainda depende de o Rio comprovar que está adimplente com o governo federal, para ter o aval do Ministério da Fazenda e do BNDES.

Na passagem de Temer pelo Rio, ele teve uma reunião privada com Dornelles e Paes, que foi o porta-voz de uma série de pleitos. Entre eles, pediu ao governo federal que faça o possível para auxiliar na liberação dos recursos para o metrô. E requisitou que o limite de endividamento do estado seja ampliado de forma a assegurar o pagamento do funcionalismo.


Segundo a Secretaria estadual de Transportes, as obras do metrô não estão paradas. A pasta não deu uma previsão, no entanto, de quanto tempo poderá manter o ritmo atual de obras, aguardando a decisão de Temer. Enquanto isso, o estado apresentará hoje a estação de São Conrado da Linha 4, com as obras civis e os serviços de acabamento concluídos.

VLT da Baixada Santista tem CCO inaugurado


16/06/2016 07:47 - Blog Ponto de Ônibus
ADAMO BAZANI
Foi inaugurado oficialmente nesta quarta-feira, 15 de junho de 2016, o CCO – Centro de Controle Operacional do VLT da Baixada Santista, sistema de Veículo Leve sobre Trilhos que liga Santos a São Vicente.
De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, o local “possui três pavimentos que somam 3.050 m2 de construção. Conta com nove consoles para o controle da operação dos veículos, dos sistemas de energia, movimentação eletrônica dos passageiros (embarque e desembarque) e segurança das estações e vias, além de um painel sinóptico de 9,5 metros de comprimento por dois metros de altura.”
O governador Geraldo Alckmin também visitou as obras do pátio de manutenção e estacionamento de veículos. “O pátio de manutenção e estacionamento tem capacidade para 33 VLTs. Dispõe de oficina, almoxarifado, subestação de energia própria, depósito de lixo, depósito para produtos inflamáveis, reservatório de água e equipamento de lavagem de VLTs e de retificação de rodas. Ao todo, 280 funcionários irão trabalhar na operação e manutenção dos VLTs ao longo do trecho Barreiros – Porto.”
No CCO também vai funcionar a sede regional da EMTU na Baixada Santista, que vai fazer a fiscalização de todo sistema do VLT e das 66 linhas metropolitanas que atendem aos nove municípios da área.
O governador anunciou que haverá novos ônibus metropolitanos entre Bertioga e Guarujá.
INTEGRAÇÃO COMEÇA DOMINGO:
A partir do próximo domingo, dia 19 de junho, passageiros que usam 37 linhas intermunicipais (Ver relação Abaixo) gerenciadas pela EMTU e que prestam serviços na Região Metropolitana da Baixada Santista vão contar com integração com o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que atualmente hoje opera em nove estações entre Santos e São Vicente.
Ambos os sistemas de transportes, tanto o VLT como os ônibus intermunicipais são operados pelo Consórcio BR Mobilidade, do Grupo Comporte, liderado por Constantino Oliveira, dono da Viação Piracicabana.
A partir deste domingo, o Consórcio assume toda a operação metropolitana, concentrando ainda mais a atuação do empresário na região.
O Grupo Comporte reúne mais de sete mil ônibus no País. Faz parte deste grupo a Viação Piracicabana, hoje a maior empresa de transportes urbanos e metropolitanos do Litoral Paulista.
 “A Comporte Participações S.A. iniciou suas atividades em 10 de junho de 2002, tendo como finalidade unificar a gestão das empresas que participa ou controla, além de maximizar e consolidar os benefícios decorrentes dessa unificação.  Atua como uma companhia de capital fechado, participando como sócia ou acionista em empresas que atuam em diversos segmentos de mercado, destacando-se principalmente: Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas; Empreendimentos Imobiliários e Transporte de Passageiros na modalidade de Táxi Aéreo, com a Global Taxi Aéreo”
Em nota, a EMTU explica que o valor final da viagem depende da tarifa do ônibus metropolitano.
Confira o funcionamento: “O sistema funcionará da seguinte maneira: ao embarcar no ônibus metropolitano será debitada no cartão do usuário a tarifa da linha utilizada, e na integração com o VLT não será debitado valor adicional. No sentido contrário, ao embarcar no VLT, serão debitados no   cartão o valor de R$ 3,80 mais o complemento da tarifa da linha no embarque no ônibus metropolitano. Exemplo: R$ 3,80 (tarifa do VLT) + R$ 0,35 (complemento) = R$ 4,15 (tarifa do ônibus). O débito vai variar de acordo com a tarifa da linha a ser utilizada. 
Sistema só deve ficar pronto em 2017:
Todo sistema de VLT da Baixada Santista deveria estar em operação no início deste ano, mas agora a EMTUdá novos prazos e as obras completas devem ser entregues somente no ano que vem.
A operação do VLT da Baixada Santista começou em abril de 2015. Atualmente, nove estações das 15 estações previstas no trecho entre Barreiros, em São Vicente, e Porto de Santos, atendem a população entre as duas cidades. Neste mês de junho começa a operação comercial da 10ª Estação, a Bernardino de Campos, em Santos. Em outubro deste ano todo o trecho de 11 km de extensão será concluído. 
Para o trecho Conselheiro Nébias – Valongo, de 8 km de extensão, a EMTU/SP aguarda a emissão da Licença Ambiental Prévia pela Cetesb para a publicação do edital de contratação de obras que deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Esta ligação do VLT contará com um terminal (Valongo) e 13 estações de embarque/desembarque.
Os dois trechos do VLT da Baixada Santista atenderão cerca de 100 mil passageiros  transportados diariamente por 22 VLT´s, 15 deles já entregues pelo fabricante. O restante dos veículos chegará em Santos até 2017. 
O VLT é uma PPP – Parceria Público Privada entre o Governo do Estado de São Paulo e o Consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, do Grupo Comporte, de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas e dono de empresas de ônibus como Viação Piracicabana, que também opera no Litoral.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Estação Joana Bezerra tem arrecadação ampliada após inauguração do Terminal Integrado

No último domingo (05/06), ocorreu a inauguração do novo Terminal de Integração entre o sistema do Metrô e as linhas de ônibus da cidade. Com isso, a companhia passou a ter um maior controle no fluxo de pessoas e a arrecadação foi ampliada. As bilheterias do Metrô, que arrecadavam em média R$ 680 por dia, tiveram, na segunda-feira, receita total de R$ 5,2 mil. O acréscimo gira em torno de 670%.
A tarifa, de R$ 1,60, é a mais barata do Brasil. O preço baixo explica a diferença na arrecadação. Os usuários que entravam gratuitamente pelo portão que dava acesso aos passageiros dos ônibus, agora compram o bilhete mais barato do Metrô. Lembramos que 60% dos usuários da CBTU Recife são provenientes das integrações com ônibus e o restante entra no sistema pagando passagem para a companhia.

09/06/2016 – CBTU

terça-feira, 14 de junho de 2016

Parte da Linha 2 do metrô de Salvador entra em fase de finalização


10/06/2016 - G1 Bahia
As obras das estações Acesso Norte 2 e Detran, da Linha 2 do metrô de Salvador, estão em fase de finalização, segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Sedur), nesta sexta-feira (10).

De acordo com a Sedur, a estação Acesso Norte 2, que será ponto de integração com a Linha 1, já tem mais de 98% das obras concluídas e em breve estará em fase de retoques finais e limpeza. Já a Detran ultrapassa 95% de conclusão de obras, com previsão de termino no mês de julho.

Segundo o órgão, nesta sexta-feira, o secretário da Sedur, Carlos Martins, e o presidente da Companhia de Trens da Bahia (CTB), Eduardo Copello, visitaram as obras da Linha 2 e caminharam entre as estações Detran e Imbuí, passando também pelas estações Rodoviária e Pernambués.
Quando ficar pronta, a Linha 2 vai permitir que o trajeto de 23 km entre o Acesso Norte e o município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana, seja percorrido em 27 minutos, passando pelas 13 estações que compõem o trecho. A estimativa é de que todas as estações estejam prontas até o final de 2017.


Ainda conforme a Sedur, a intenção é que seis destas estações tenham integração com os terminais de ônibus. São elas: Acesso Norte, que já está em operação, Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas.

Buracos e remendos marcam o caminho do BRT Transoeste

Para especialista, problema é por falha no projeto de drenagem

POR LUIZ GUSTAVO SCHMITT
13/06/2016 6:00 / atualizado 13/06/2016 8:49

Ônibus trafega pelo corredor exclusivo, tomado por buracos: para evitar remendos, alguns motoristas dirigem fora da pista - Domingos Peixoto / Agência O Globo

RIO — Calombos, remendos e muitos, muitos buracos. Esse foi o cenário encontrado anteontem pelo GLOBO ao longo dos 52 quilômetros de extensão do BRT Transoeste, que liga o Terminal Alvorada a Campo Grande e Santa Cruz. Primeiro dos quatro corredores exclusivos para ônibus no Rio, o sistema foi inaugurado há quatro anos.

Em todo o caminho, o quadro mais crítico é entre as estações Mato Alto e Pingo D'Água, em Guaratiba. Ali, não faltam crateras. No ponto de ônibus em frente à estação Mato Alto, no sentido Campo Grande, o asfalto cedeu tanto que é possível observar vergalhões expostos. Também havia calombos no asfalto na pista sentido Barra, em frente à Cidade das Artes, na entrada do Terminal Alvorada. Lá, há um trecho em obras, que é a segunda fase do corredor viário, que será prolongado até o Jardim Oceânico, onde se encontrará com a Linha 4 do metrô (Ipanema-Barra).

OBRA FICOU PRONTA EM 2012
O Transoeste foi anunciado em 2009, um dia depois de o Rio ter sido escolhido sede das Olimpíadas. A obra ficou pronta quatro meses antes da reeleição do prefeito Eduardo Paes, em junho de 2012. A precariedade na qualidade do asfalto não é uma particularidade do BRT: o Elevado do Joá, recém-entregue, já passou por uma operação tapa-buracos, na semana passada.

Representante da Associação Brasileira de Pontes e Estruturas (ABPE) no Conselho Regional de Engenheria e Agronomia (Crea), o engenheiro Antonio Eulalio Pedrosa Araujo disse que os buracos no corredor do BRT ocorrem por causa de falhas no projeto de drenagem da pista.

— O problema foi a falta de um projeto adequado de drenagem e o dimensionamento das camadas finais da terraplanagem do pavimento. O ideal seria rebaixar o lençol freático para aumentar a capacidade de suporte da pista. No Joá também houve problema de drenagem, mas é pontual — disse Pedrosa. — Essas deformações ocorreriam até mesmo se a pista tivesse sido feita de concreto, que também acaba rachando por falta de suporte da base. Os problemas de projetos no BRT são típicos de obras feitas às pressas e cujo andamento não é regido pela boa técnica, mas pela pressão de entregar no prazo político.

Diretora técnica da Associação Brasileira de Pavimentação, Luciana Dantas afirma que não é normal haver buracos numa obra viária de grande porte nos primeiros anos.

— No início não é para aparecer nada. O normal seria haver fissuras e trincas pequenas e não buracos. Mas isso depois de quatro ou cinco anos de uso. A falta de uma boa drenagem pode causar defeitos prematuros.

No percurso do BRT, a equipe de reportagem do GLOBO se deparou com alguns ônibus trafegando fora do corredor exclusivo, que é a essência desse sistema de transporte. No trecho entre as estações Mato Alto e Magarça, no sentido Santa Cruz, a pista do corredor teve que ser fresada, o que impedia a circulação dos veículos. Mais adiante, mesmo nos trechos onde não havia recapeamento, mas sobravam ondulações na pista segregada, os motoristas dos coletivos evitavam retornar pelo recuo e seguiam pela faixa dos carros de passeio.

Considerado um dos legados das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada, o BRT recebeu seus primeiros retoques na pista em janeiro de 2013, sete meses após o início de sua operação. Os buracos da época causaram mal-estar e levaram a um bate-boca entre a construtora Sanerio e o prefeito. Paes disse que a obra estava malfeita. A empresa argumentou que os problemas ocorreram por causa da entrega às pressas antes da eleição.

Até hoje a situação persiste e reprises de cenas de recapeamento de buracos se sucedem no corredor. Entre os usuários, o BRT não é só elogios. Embora passageiros reconheçam que houve redução do tempo de deslocamento entre a Barra e Campo Grande, não faltam críticas relacionadas ao estado da pista e à superlotação.

— A pista está muito esburacada. É difícil manter o equilíbrio para quem viaja em pé, já que o ônibus está sempre lotado. Já vi muita gente se machucar — disse a usuária Bruna Oliveira.


A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos informou que executa rotineiramente serviços de manutenção no Transoeste. Em 2016, um trecho de 12 quilômetros, em ambos os sentidos do corredor, passou por fresagem e recapeamento. Entre as estações do Magarça e do Mato Alto foi fresado outro trecho de oito quilômetros que aguarda condições climáticas favoráveis para aplicação do asfalto e finalização dos serviços. O Consórcio BRT informou que até o fim de julho serão acrescentados 158 ônibus à frota, a maior parte com 23 metros de comprimento e capacidade para transportar 220 pessoas cada.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Para TCE, ainda não há segurança suficiente para operação da Linha 4


Período de testes sem passageiros foi encurtado por causa do atraso das obras nas estações do metrô
O DIA 09/06/2016 17:23:56 

Rio - Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresentado nesta quinta-feira, afirma que não há segurança para a operação da Linha 4 do metrô, que será inaugurada na abertura da Olimpíada, em 5 de agosto, ligando Ipanema à Barra da Tijuca. De acordo com o presidente do órgão, Jonas Lopes de Carvalho, o período de testes dos trens — denominado de “marcha branca” — foi encurtado por conta do atraso nas obras.

Os testes da Linha 4 começaram no dia 1º de junho e vão terminar no dia 31 de julho e, segundo ó órgão, não haverá testes com passageiros. Esta etapa, de acordo com o TCE, deveria ter sido iniciada em outubro de 2014 e terminado até setembro de 2015. De outubro de 2015 a janeiro de 2016 seriam realizados testes com passageiros para que o metrô fosse aberto em fevereiro deste ano. “O período de testes foi encurtado de um ano para dois meses. Isso é preocupante. A sugestão é que o estado se organize para que não ocorra nenhum acidente durante os Jogos”, destacou o presidente.

Segundo o relatório, após o término da escavação o ritmo das obras era muito intenso e acelerado para uma obra tão complexa. Com isso, o cronograma diminuiu o período de testes do metrô e, dessa maneira, o TCE afirma que não pode afirmar que esses testes garantirão a segurança da chamada família olímpica. Nesta etapa, o transporte vai levar somente o público e equipe dos Jogos. Nas palavras de Lopes, “seria muito feio” um trem parar e turistas terem que descer nos trilhos durante o evento.

A sugestão é que o estado se organize para que não ocorra nenhum acidente durante os Jogos", destacou o presidente, que acrescentou ainda que o metrô deveria ser aberto com uma capacidade menor do que a concessionária está prevendo.

Outra observação do relatório do TCE é que os trens vão operar com sistema manual, já que a pilotagem automática só estará implantada no fim do ano. Ainda segundo Jonas, a não utilização do piloto automático deve gerar intervalos maiores.

Governo garante prazo dos testes
A Secretaria Estadual de Transportes informou que, de acordo com o contrato de concessão, está estabelecido o período de 90 dias para realização do comissionamento e testes de sistemas. Ainda segundo a secretaria, os testes dos sistemas foram iniciados em janeiro e o teste do material rodante em junho de 2015, respeitando o disposto no contrato. Ainda segundo a secretaria, o prazo de testes adotado na Linha 4 leva em consideração todos os procedimentos de segurança já adotados desde a inauguração do metrô, em 1979, consideradas normas internacionais de segurança.

O término das obras da Linha depende ainda de liberação de empréstimo de R$ 1 bilhão do governo federal. O Governador em exercício, Francisco Dorneles, afirmou uma operação junto ao Banco do Brasil já foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com o financiamento, o Estado pretende pagar à União o que deve, habilitando-se assim a conseguir o aval do Tesouro para a liberação do crédito da obra junto ao BNDES. “Temos esperança que isso ocorra até o fim do mês”, disse Dornelles.

Reportagem do estagiário Luis Araújo

Expansão da Linha 9 segue em “ritmo inferior ao previsto”

02/05/2016 - Via Trolebus
Anunciada em 2010 no programa de governo de Geraldo Alckmin, as obras de extensão da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM entre Grajaú e Varginha, na Zona Sul de São Paulo, seguem em “ritmo inferior ao previsto”, de acordo com Relatório de Administração da empresa no ano de 2015.

Segundo a publicação, atraso em verbas oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento – Pac, seria o principal responsável. O Estado aguarda cerca de R$ 500 milhões para as obras.
Por outro lado, o Governo Federal diz que faz “todas as exigências previstas na legislação”, antes da liberação de recursos, “a fim de que as obras sejam executadas da melhor forma e no menor tempo possível”, segundo comunicado em janeiro deste ano.

Ritmo das construções
Segundo a CPTM, pelo menos no ano de 2015 as construções estiveram “sendo conduzidas com recursos do Governo do Estado”. O documento ainda aponta que “estão em andamento as obras das estações Mendes – Vila Natal e Varginha, dos viadutos ferroviários e da passarela Pinheiro Chagas, além da via permanente”.


O documento aponta ainda que as obras fecharam o ano passado em 25,62% de conclusão, referente ao Lote 1 entre Grajaú e Mendes/Vila Natal e no Lote 2, em 33,88% de conclusão, entre Mendes/Vila Natal e Estação e Pátio Varginha.