terça-feira, 11 de outubro de 2016

Linha 2 do Metrô tem primeira viagem-teste entre Detran e Rodoviária


A Linha 2 do Sistema Metroviário Salvador-Lauro de Freitas teve, na manhã desta quinta-feira (29), a primeira viagem-teste, com os trens partindo da Estação Detran para a Rodoviária, marcando o início da fase de testes no trecho equivalente a 1,5 quilômetros, que permite o trajeto entre as estações.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Carlos Martins, a iniciativa representa um avanço importante para o cumprimento do prazo de entrega das Estações Acesso Norte 2, Detran e Rodoviária até o final do ano.
“O nosso prazo está absolutamente em dia. Esse é um trecho muito importante para o início da Linha 2. As Estações Detran e Rodoviária vão atender uma forte demanda. Quando forem entregues, juntamente com o Acesso Norte 2, vão melhorar a vida dos baianos, que terão transporte público de qualidade e segurança e menos engarrafamentos em uma área que hoje é bastante engarrafada”, afirmou Martins.
Iniciadas em 2015, as obras da Linha 2 estão 69% concluídas e devem ser finalizadas até o segundo semestre de 2017.

As estações Acesso Norte 2 e Detran fevereiro de já estão prontas e a da Rodoviária com aproximadamente 80% da estrutura construída. Para o presidente da CCR Metrô Bahia, Luís Valença, o resultado do primeiro teste no trecho é animador.

“Nós conseguimos chegar com o trem, vias permanentes, trilhos e todos os sistemas necessários para que o metrô opere do Acesso Norte 2 até a Rodoviária, garantindo, portanto, o funcionamento deste trecho da Linha 2 até o final do ano”.
Com duas plataformas laterais, escadas rolantes, elevadores, bicicletário e sanitários, além de estrutura de acessibilidade com piso tátio e rampas de acesso, as duas estações estão localizadas em pontos de grande circulação de pessoas e devem facilitar o tráfego na região. A expectativa é que após a entrega da etapa, 200 mil novos passageiros passem a utilizar o modal diariamente.
As duas estações, segundo o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, “ampliam a oferta do metrô em uma região onde se concentram uma grande quantidade de empregos, necessidade de movimentação das pessoas, grandes shoppings e os centros comerciais da Avenida ACM e Tancredo Neves. As pessoas vão ter mais conforto para chegar e transitar nesta parte da cidade”.
Quando finalizada, a Linha 2 vai permitir que o trajeto entre o Acesso Norte e a Estação Aeroporto seja percorrido em 27 minutos, passando por 12 estações que compõem o trecho. Destas, cinco terão integração com os terminais de ônibus – Acesso Norte, Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga, Aeroporto e Lauro e Freitas.
“Vai ser maravilhoso. Só quem tem que pegar ônibus e cortar a cidade toda para ir trabalhar sabe como vai ser bom. Vamos poder escapar dos engarrafamentos, das esperas nos pontos de ônibus e chegar mais rápido no trabalho e voltar mais rápido para a casa”, afirmou a manicure Rosangela Pereira, quando atravessava passarela do Detran com destino ao trabalho.
29/09/2016 – Tribuna da Bahia


Brasil está longe da rota global de novas tecnologias de mobilidade

26/09/2016 - Estadão
Apesar de ser palco de alguns testes de veículos elétricos/híbridos, e até mesmo de um caminhão autônomo previsto para o próximo ano, o Brasil está distante da rota internacional das novas tecnologias da mobilidade.

Com falta de infraestrutura em rodovias e avenidas das grandes cidades e, principalmente, em razão dos altos custos, o País deve manter, por um longo período, sua atual matriz energética voltada a veículos flex. “Há um grande movimento global pela digitalização e eletrificação, mas nossa realidade é diferente e, no momento, é melhor usar o que a agricultura nos oferece e a sobra do petróleo (gás) ”, diz o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes.

A Volvo iniciou em agosto testes com um ônibus elétrico em Curitiba (PR) em parceria com a prefeitura local. O veículo atende uma linha de cerca de 5 quilômetros e é abastecido em uma estação de recarga montada ao lado de um dos pontos para embarque de passageiros.

Sem espaço. Não há ainda previsão de mercado para ônibus elétricos no Brasil pois, na visão de vários executivos, o transporte no País ainda será voltado, por longo período, ao uso do diesel, inclusive feito de cana, e de biocombustíveis em geral. Na Europa, a expectativa é de que 70% do transporte público de passageiros seja feito por ônibus elétricos até 2030.

Por enquanto não estão definidos subsídios para a compra desse tipo de veículo por parte dos frotistas, a exemplo do que ocorre para automóveis. Só a Alemanha estabeleceu como meta ter uma frota de 2 milhões de veículos elétricos em menos de uma década.

A Volvo também trará ao Brasil, no ano que vem, protótipo similar ao caminhão sem motorista usado na mineradora da Suécia para operar em um canavial em local a ser definido. “Será um veículo assistido, comandado por um motorista, mas que pode tirar as mãos do volante em manobras que serão controladas via GPS”, diz Nilton Roeder, diretor da Volvo na América Latina.

Um dos objetivos, segundo Roeder, é que o veículo especial estabeleça um trajeto usado em todos os ciclos da colheita da cana, sem alterações. Normalmente, há uma perda de 4% a 5% do plantio porque os caminhões que percorrem as plantações passam por cima das mudas, destruindo-as.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Novo trecho do VLT será aberto em novembro


06/10/2016 - O Globo
Parte do segundo trecho do VLT começará a operar em novembro. A promessa foi feita ontem pelo secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, no dia em que a inauguração da primeira linha do transporte completou quatro meses. Segundo ele, o início dos trabalhos será entre a Praça Quinze e a Saara, na Praça da República. O serviço integral, que vai até a Central do Brasil, só deve ser aberto à população no fim do ano ou no início de 2017. Também serão inauguradas no próximo ano as estações São Diogo, Itamaraty, Camerino e Santa Rita, que fazem parte da terceira fase do sistema.

— Os testes sem passageiros (no segundo trecho) começam este mês. Em novembro, passageiros poderão embarcar, e a operação será ampliada de forma gradativa, assim como aconteceu com a primeira linha inaugurada. O serviço começa com horários reduzidos, intervalos mais longos entre os trens e vai aumentando aos poucos. Talvez seja mais rápido do que foi na primeira etapa, porque agora o carioca já está mais acostumado com o VLT — afirma Sansão.

EM FASE DE ACABAMENTO
Quando o segundo trecho estiver inaugurado, a integração com o primeiro, pelo Bilhete Único Carioca, poderá ser feita em até uma hora pelos passageiros, sem que seja cobrada uma nova passagem (R$ 3,80).

Pelas ruas por onde o bonde moderno vai passar nesta nova fase, já se vê quase tudo pronto, mas ainda faltam detalhes, como a cobertura dos pontos de parada e a instalação de vidros e alguns acabamentos. De acordo com o cronograma disponível no site do Porto Maravilha, vinculado à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), responsável pela construção da linha, as obras já deveriam ter sido encerradas no dia 30 de agosto.

Outro trecho que também está com o cronograma atrasado é a extensão da Linha 1, entre a Gamboa e a Parada dos Navios, na Avenida Rodrigues Alves. As obras deveriam ter sido entregues no dia 30 de setembro, mas quem passa por lá fica com a sensação de que ainda falta muito. Segundo comerciantes da região, a concessionária parece enfrentar problemas com a tubulação de esgoto. Nesta parte da cidade, a Cdurp está refazendo todo o sistema de drenagem das ruas, de passagem de água e esgoto e de cabeamento de telecomunicações. De acordo com a companhia, 93% das obras estão concluídas.

BATEDORES SERÃO RETIRADOS
No trecho já em operação do VLT, mais mudanças devem começar a ser implementadas gradativamente. Os batedores, que percorrem a linha de moto, à frente dos trens, devem começar a ser retirados até o fim do ano, segundo o secretário Sansão:

— Os batedores ainda vão trabalhar por algum tempo. Em novembro, vamos começar a testar a operação de composições sem eles, sempre em horários alternativos aos de pico. Se tudo correr bem, vamos retirando as motos aos poucos.

O secretário faz um balanço positivo dos primeiros meses do serviço. Segundo ele, até agora o VLT já transportou 2,7 milhões de pessoas, tendo o seu pico na Olimpíada, quando chegou a receber 36 mil usuários por dia. A demanda normal, diz ele, é de 20 mil a 25 mil passageiros diariamente. Em relação à fiscalização iniciada em 5 de setembro, a Guarda Municipal autuou 483 passageiros que não pagaram a tarifa. A multa custa R$ 170 (R$ 255 em caso de reincidência).

— Para nós é gratificante ver o resultado do trabalho técnico, pois até agora não tivemos nenhum acidente com vítimas. Isso mostra que nossa opção por operar aos poucos foi bem sucedida — afirma Sansão.


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Com obras paradas, verba para trens e metrô tem redução de 14% em SP

04/10/2016 - Estadão
A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, órgão do governo do Estado responsável pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), recebeu a menor previsão de orçamento desde o início da atual gestão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em 2011. Em valores atualizados, a verba para investimentos da secretaria em 2017 é 14% menor do que o Orçamento aprovado para o ano corrente.

Com uma obra paralisada por prazo indefinido (a Linha 6-Laranja) e três com atrasos de mais de um ano (4-Amarela, 15-Prata e 17-Ouro), o Metrô, que é uma empresa de economia mista e tem orçamento próprio, também tem redução expressiva de previsão de investimentos. Os dados que constam na proposta orçamentária enviada pelo governo Alckmin à Assembleia Legislativa mostram queda de 13% na previsão de gastos, de R$ 3,89 bilhões, em 2016, para R$ 2,9 bilhões no ano que vem.

A queda resulta da freada nas obras da Linha 6-Laranja, prevista para ligar a Brasilândia, na zona norte, à Estação São Joaquim, da Linha 1-Azul. A previsão de gastos com o ramal caiu de R$ 1,2 bilhão, no Orçamento atual, para R$ 259 milhões para 2017. A redução de gastos é causada pela conclusão da etapa que mais consumiria dinheiro público para esta obra: as desapropriações de imóveis que darão lugar à linha. O ramal, no entanto, está paralisado desde o mês passado, porque o consórcio que executa o projeto por meio de uma parceria público-privada (PPP) não conseguiu financiamento para dar andamento aos trabalhos.

Também caiu 25% a previsão do governo para aquisição de novos trens para a rede metroferroviária. O recurso – inteiramente financiado por entidades como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird) – foi de R$ 1,37 bilhão (em valores corrigidos) para R$ 1,018 bilhão para o ano que vem.

Prioridades. Por outro lado, o governo reservou mais verba de investimentos no ano que vem para a modernização das linhas já em operação. As Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha devem ter R$ 210 milhões para execução de obras e outras melhorias, o que significa acréscimo de 27% ante o orçamento em vigência, ainda em valores atualizados. No mesmo passo, a peça traz aumento das verbas para investimento em melhorias das linhas já existentes da CPTM, de R$ 402 milhões, em 2016, para R$ 629 milhões no ano que vem. A Linha 11-Coral, que vai até Mogi das Cruzes, é a que terá maior receita – R$ 108 milhões para 2017.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

"Carro próprio" vai acabar, prevê especialista; estamos prontos?

José Rinaldo Caporal
Especial para o UOL
22/09/201610h44

 
Smart Car2Go: maior empresa do mundo em compartilhamento de carro, da Daimler, cobra aluguel por minutos utilizados; são mais de 1 milhão de usuários na Europa

A transformação de uma das maiores indústrias do mundo está logo aí. A posse do carro vai mudar e, quando isso acontecer, será um dos deslocamentos mais monumentais de riqueza que a economia mundial já viu.
Talvez o caminho para o segmento automotivo e da mobilidade será o de, ao invés de se concentrar no veículo ou no serviço como foco da marca, tornar-se fornecedor de uma máquina de branding -- uma ideia, uma solução que alavanca a marca. Nesse aspecto, carro será a plataforma na qual esta oportunidade se baseia.

Especialistas da indústria automotiva dizem que Tesla, Google e Apple serão as próximas empresas dominantes da mobilidade no mundo. E que Uber, Lyft, Gett e Didi significarão o fim da posse do carro tradicional como conhecemos.
Também dizem que os concessionários de veículos irão acabar nas mãos de sites de compra online, como Beepi, Carvana, Vroom e Shift. No entanto, vendas de veículos nos Estados Unidos estão nos maiores níveis de todos os tempos.
Consumo em alta... e financiado
Para colocar isso em perspectiva, os saldos de financiamento de veículos naquele país totalizam mais de US$ 106 trilhões (R$ 340 trilhões) em 2016. E olha que esse número não inclui o enorme mercado de leasing. Como no Brasil, os braços financeiros das montadoras nos EUA são conhecidos como bancos de varejo. 

No Brasil, a crise nas vendas é, na verdade, uma crise de financiamento. A escassez de crédito (a maioria dos tomadores tem alguma restrição) e os juros altos tornam difícil a negociação, agravada pela falta de confiança do consumidor no futuro da economia.
A China é exceção, um gigante onde só 26% dos veículos são financiados. Esse número era bem menor há alguns anos, o que significa que a direção é a mesma. 
Apesar de todo o discurso questionando (ou mesmo condenando) o papel do carro na sociedade contemporânea, a "geração Y" está comprando mais automóveis do que nunca. E as vendas, em todo o mundo, estão intrinsecamente ligadas ao mercado de financiamento.
Sem produtos de financiamento individuais, as vendas não acontecem.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Metrô da capital paulista é mal avaliado pelos usuários


26/09/2016
Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, encomendada pelo Sindicato dos Metroviários de SP, revela que a maioria dos usuários do metrô de S. Paulo consideram insuficiente a quantidade de estações, para atender a população da capital paulista, segundo o jornal “DCI”. A insatisfação também é grande com os atrasos existentes nas linhas em construção. O estudo aponta que 9 em cada 10 usuários acreditam que o metrô deveria ter mais estações e apenas 12% disseram que o número de estações existentes é suficiente para atender a demanda.

O levantamento também ouviu a opinião dos passageiros em relação à realização das obras de expansão do sistema e detectou que 98% dos usuários consideram grave o atraso, sendo que 78% avaliam essa situação como muito grave.

A pesquisa ainda revela que a população desconhece a responsabilidade e o envolvimento da iniciativa privada na condução e gestão das obras de expansão. No estudo, 57% dos usuários acreditam que as obras são tocadas apenas pelo poder público e somente 17% afirmaram conhecer o envolvimento das empresas privadas na execução das obras.

“O fato de os usuários não enxergarem o envolvimento e a responsabilidade da iniciativa privada na condução das obras leva ao entendimento de que as obras do metrô são executadas pelo setor público, o que gera confusão. Como a iniciativa privada não está cumprindo os prazos, os atrasos são recorrentes”, explica, Alex Fernandes, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários de SP.

Atualmente, mais de 4 milhões de passageiros utilizam diariamente as linhas do metrô de São Paulo. A pesquisa “Os usuários e o metrô de São Paulo: percepções e demandas” foi realizada com 813 pessoas, nas saídas de estações de todas as linhas do metrô de São Paulo, entre os dias 6 e 12 de agosto. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais


Sistema de carros compartilhados começa a funcionar em Fortaleza

23/09/2016 09:00 - O Povo - CE
No Dia Mundial Sem Carro, oito veículos elétricos compartilhados foram liberados para uso dos fortalezenses. O sistema entrou em período de operação assistida, no qual usuários fazem cadastros e técnicos monitoram o projeto em atividade. A previsão é de que todo o sistema esteja em pleno funcionamento até novembro, quando a Prefeitura deve disponibilizar 20 carros, em 12 estações. As viagens são tarifadas de acordo com o tempo utilizado. O valor mínimo é R$ 20 para 30 minutos. 
Fortaleza é a primeira cidade brasileira a adotar o sistema. Inicialmente, os Veículos Alternativos para Mobilidade (Vamo) estão distribuídos em quatro estações, nos bairros Montese, São Gerardo, Edson Queiroz e Aldeota. Mais um ponto será instalado na Aldeota na próxima semana. “Optamos por começar com menos estações para dar assistência aos usuários e, se for necessário, fazer ajustes”, explicou o secretário da Conservação e dos Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia. 
Os motoristas poderão escolher entre dois modelos de veículos: o SUV (Zhidou EEC L7) ou o compacto (BYD e6). Conforme Nilo Rodrigues, engenheiro de Inovação da Coelce, o automóvel maior tem autonomia de 300 quilômetros com carga total, o menor viaja 120 quilômetros. Cada carga do SUV custa R$ 45 à operadora, enquanto o compacto é recarregado com o custo de R$ 8. De acordo com Rodrigues, os valores de reabastecimento representam entre 5% e 7% do montante arrecadado pelo sistema. A maior parte do valor é para cobrir a manutenção dos veículos.
O sistema será operado pela Serttel, mesma empresa responsável pelo Bicicletar, programa de compartilhamento de bicicletas. O Hapvida é o patrocinador do sistema motorizado. A SCSP é o órgão público responsável por coordenar as ações.
Cadastro e valores
Para utilizar algum dos automóveis elétricos, o usuário precisa fazer cadastro no site, incluindo a habilitação para dirigir e o comprovante de residência. Com os dados aprovados pela operadora, o motorista agenda hora e local para receber orientações sobre os veículos e assinar termo de responsabilidade. Após o cadastro, o usuário pode reservar qualquer carro, tendo 15 minutos para ir até a estação retirá-lo. 
Viagens abaixo de 30 minutos custam R$ 20. Acima desse tempo, valor adicional é aplicado a cada minuto. A taxa é menor quanto mais tempo o usuário ficar com o carro, variando entre R$ 0,40 e R$ 0,80 por minuto. Usuários poderão fazer cadastro para pagamento mensal de taxa de R$ 40. Caso possua o Bilhete Único, será dado um desconto de 25% nesse valor. Nesse caso, o motorista só paga nos meses em que usar ao menos uma vez o sistema.


A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Coluna #Trânsito e Vidas por Mario Divo
setembro 28, 2016 CarrosDestaquesNotícias - Tagged: Coluna #Trânsito e VidasMario Divo no comments



A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Exatamente nesta 4ª feira, dia 28/9, o Secretário-Geral do Fórum Internacional dos Transportes (ITF), Sr. José Viegas, tem programada a apresentação internacional dos resultados de um estudo patrocinado pela OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico sobre como métodos inteligentes em compartilhamento de veículos são a chave para resolver os problemas de mobilidade, de congestionamento e da qualidade do ar, gerando melhor acesso a empregos e educação, em grandes cidades.
A maior parte dos atuais impactos negativos em mobilidade urbana decorre da utilização ineficiente do carro particular. Um veículo é um dos investimentos familiares mais intensivos em capital e, em média, é utilizado menos de uma hora por dia para transportar menos de dois passageiros (média está abaixo de 1,6 por veículo). Enquanto isso, o meio de transporte público tradicional não está atraindo passageiros suficientes para conter o crescimento do tráfego de automóvel nas cidades, principalmente por excesso de lotação.
Com base em dados reais de mobilidade em Lisboa (Portugal), pesquisadores do ITF  promoveram experiências substituindo os ônibus regulares e carros particulares por táxis compartilhados e micro-ônibus sob demanda (com 8 e 16 lugares), complementando com a já existente rede de metrô. Os resultados foram surpreendentes, motivando que mais cinco cidades sejam base de novos testes: Auckland (Nova Zelândia), Dublin (Irlanda), Helsinque (Finlândia) e outras duas a serem escolhidas proximamente.
Objetivamente, fica evidente a maior habitabilidade na cidade, com os seguintes ganhos a partir do projeto-piloto em Lisboa: (a) 3% dos veículos que hoje circulam conseguem atender a demanda existente para as mesmas viagens; (b) 95% dos estacionamentos (garagens) não são mais necessários e podem ter outros usos; (c) O congestionamento desaparece, com 23% a 37% de menor distância total percorrida pelos veículos, e; (d) As emissões de CO2 causadas pelo tráfego caíram em 34%, sem qualquer nova tecnologia.

Concluindo, conforme crescer o hábito de se andar de bicicleta nas cidades, os resultados serão ainda mais impactantes… Como diz José Viegas, “complexo será gerir a transição”.