quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

VLT do Rio ganha mais uma estação no Centro


Parada Praia Formosa começa a funcionar às 6h de sábado. Número de viagens aumentam em dezembro.

Por G1 Rio
02/12/2017 07h00  Atualizado há 3 horas

No fim de ano, o VLT terá 25 viagens a mais por dia. (Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo) No fim de ano, o VLT terá 25 viagens a mais por dia. (Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo)

No fim de ano, o VLT terá 25 viagens a mais por dia. (Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O VLT do Rio inaugura mais mais um ponto para embarque e desembarque a partir das 6h de sábado (2). A parada Praia Formosa fica na Rua General Luis Mendes de Moraes, ao lado do terminal de ônibus Padre Henrique Otte e vai ser um dos pontos de partida das duas linhas em operação.

A linha 1 terá saídas em direção ao Santos Dumont de 6h à meia-noite. Já em direção à Praça XV, composições vão sair da Praia Formosa de 6h às 20h.

O VLT também vai disponibilizar mais viagens na linha 2 em dezembro. O trecho terá 25 viagens a mais por dia e uma redução de 30% no tempo médio de espera entre 10h e 16h. A concessionária informou que os intervalos entre as composições, que variavam entre 7 e 15 minutos ao longo do dia, vão se manter em 7 minutos de 6h30 às 20h.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Monotrilho de Alckmin para ligar Morumbi a Congonhas dará prejuízo


19/10/2017 - Folha de São Paulo
O Metrô de São Paulo, ligado ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), prevê que a operação do monotrilho no trajeto da estação Morumbi da CPTM ao aeroporto de Congonhas será deficitária. Na prática, os custos para manter os trens circulando serão muito maiores do que a receita das bilheterias.
Esse monotrilho é a chamada linha 17-ouro, que, após atrasos, agora é prevista para dezembro de 2019, com demanda estimada de 185 mil usuários por dia ao longo de 7,7 km e oito estações.
O Metrô estima um custo de operação de R$ 6,71 por passageiro, muito acima do preço atual da tarifa da rede, de R$ 3,80. O Estado, para efeito de comparação, paga R$ 4,03 por usuário à concessionária da linha 4-amarela.
O futuro prejuízo do monotrilho é usado pela gestão Alckmin como justificativa para sua inclusão em um pacote de concessão à iniciativa privada junto com a linha 5-lilás –que poderá ser lucrativa, de modo a compensar as perdas com a linha 17-ouro.
O contrato tem lance mínimo de R$ 189 milhões e faturamento estimado de R$ 10,8 bilhões (bruto, em 20 anos). Desde setembro, porém, a licitação é questionada pelo Tribunal de Contas do Estado, que decidiu suspendê-la.

A LINHA

Em construção desde 2012, a linha 17-ouro deveria ter sido entregue até a Copa do Mundo de 2014 e foi concebida quando se planejava que o estádio do Morumbi fosse a sede paulista do torneio. O trajeto original, com 17,7 km e 18 estações, deveria ligar a estação Jabaquara, na linha 1-azul, à futura linha São Paulo Morumbi, na linha 4, fazendo ainda conexão com a linha 5-lilás e a linha 9-esmeralda da CPTM.
Um ramal levaria ainda à estação Congonhas (acessível ao aeroporto por uma passagem subterrânea por baixo da av. Washington Luís). A previsão era que tivesse 450 mil passageiros por dia.
Após anos de atraso, a obra foi abandonada por uma empreiteira. O governo fez um novo contrato e encurtou o tamanho da linha, o que, para especialistas, pode ser a causa para tamanho deficit. Estações com grande potencial de passageiros, como Paraisópolis, foram excluídas.
"A linha 17 tinha sido desenvolvida de forma estratégica, ligando áreas muito povoadas e sem emprego com áreas pouco povoadas e com muito emprego. A redução do trajeto dela pode ter sido decisivo para o desequilíbrio financeiro da linha", diz Emiliano Affonso, do sindicato dos Engenheiros de São Paulo.

EXPLICAÇÕES

O valor investido na construção da linha 17-ouro chega por enquanto a R$ 1,67 bilhão –de um total que é estimado em R$ 3,58 bilhões. O prejuízo para a operação desse monotrilho quando ele estiver pronto foi informado pelo Metrô ao TCE após pedido de explicações sobre a junção das linhas 5 e 17 num mesmo pacote de concessão.
O tribunal de contas também questiona a união da operação de duas linhas com tecnologias diferentes –uma é metrô e outra, monotrilho.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou à Folha que, na atual situação, não é mais possível pensar nas duas linhas dissociadas.
Para ele, a proposta original e mais extensa da linha 17 já não serve para efeito de comparação. "Aquele projeto não existe mais. A prioridade é terminarmos aquilo que nós temos. Agora, eu não tenho condições de construir as outras estações [previstas no primeiro projeto]." O secretário disse que provará no TCE que a concessão das duas linhas em conjunto é a melhor modelagem.

MULTA POR ATRASO

Após seguidos atrasos em obras, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) estipulou uma espécie de multa a ser paga pelo Estado à futura concessionária das linhas 17-ouro e 5-lilás caso atrase a entrega de conexões com a rede de metrô previstas nas estações Santa Cruz e Chácara Klabin.
Esse pagamento é questionado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que suspendeu a concessão das linhas. Ele foi incluído no edital de licitação como uma "remuneração contingencial".
Trata-se de um tipo de garantia para atrair a iniciativa privada depois de embate na linha 4-amarela –a primeira concedida da rede de metrô em São Paulo e cujos atrasos em obras resultaram em litígio com a concessionária.
Pelos cálculos do Metrô, a linha 5-lilás deverá atrair, até 2020, 855 mil passageiros por dia. Acontece que esse número só será atingido se a companhia conseguir prolongar esse ramal metroviário até as linhas 1-azul e 2-verde. Atualmente, a linha sai do Capão Redondo e vai somente até a estação Borba Gato.
"A demanda projetada para a linha 5 não se concretizará enquanto não houver a possibilidade de ligação com as linhas 1 ou 2 do Metrô", diz a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
A previsão é de entrega da conexão da 5-lilás com as outras linhas até o final de dezembro. No entanto, o governo do Estado já postergou várias entregas de linhas e estações –para se ter uma ideia, todas as obras de expansão do Metrô estão atrasadas.
Caso isso ocorra novamente, a gestão Alckmin se compromete a pagar R$ 1,02 à futura concessionária da linha 5-lilás para cada passageiro transportado em um trecho sem as conexões com as linhas 1 e 2. A ideia é compensar a futura concessionária com esse dispositivo.
No caso da linha 4-amarela, a entrega parcelada de estações da primeira etapa, com atraso e diferentemente do que era previsto, levou a concessionária a cobrar do Metrô R$ 500 milhões –sob a justificativa de que perdeu parte da demanda projetada.

PRAZOS

O secretário estadual Clodoaldo Pelissioni (Transportes Metropolitanos) diz que esse modelo de "remuneração contingencial" foi desenhado em abril deste ano.
O objetivo, de acordo com ele, era garantir que a linha pudesse operar, mesmo que duas de suas maiores estações não funcionassem. "O que se buscou foi coordenar os prazos de conclusão das obras das linhas e de suas concessões", afirma. Caso contrário, diz Pelissioni, haveria risco de as novas estações da linha 5-lilás ficarem prontas e não existir um consórcio para operar.
De acordo com ele, neste mês de outubro, diante do avanço das obras das estações Santa Cruz e Chácara Klabin, não há nenhuma perspectiva de novos atrasos ou que a futura concessionária tenha que ser compensada. "Eu não acredito que precisaremos usar. Essa ideia surgiu em abril ainda", disse ele à Folha.
O Metrô afirma que prestará esclarecimentos aos questionamentos feitos pelo TCE –com a intenção de derrubar a suspensão da concorrência. A estatal disse que resolveu conceder a linha 17-ouro –num pacote com a linha 5 –devido à "oportunidade de racionalizar custos operacionais garantindo a qualidade dos serviços".


Estação da CBTU em Jaraguá passa a operar nesta segunda-feira


06/11/2017 - Gazeta Web

Inaugurada em 20 de outubro, a nova Estação de Jaraguá passa a funcionar nesta segunda-feira (06). A confirmação é da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Maceió (CBTU) que, em parceria com a Prefeitura de Maceió, viabilizou o novo trecho Maceió-Jaraguá-Maceió.

Com a extensão do VLT até o bairro histórico de Jaraguá, é estimado o atendimento a cerca de três milhões de usuários por ano. "Diariamente, serão realizadas 38 viagens em dias úteis e 24 viagens aos sábados, com intervalos de trinta minutos durante o horário de pico e de hora em hora quando houver menor fluxo de passageiros", explicou o gerente operacional da CBTU, Fábio Dantas.

A operação desse novo trecho tem início às 6h e a passagem continua com o mesmo valor de R$ 0,50. Aos sábados, o início da operação se dará às 7 horas. Paralelamente, o trecho Maceió-Lourenço de Albuquerque-Maceió, será operado com a grade horária já existente e terá 24 viagens diárias.


Como parte da parceria, a Prefeitura reurbanizou o entorno da estação, com ações da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) e da Superintendência Municipal de Energia e Iluminação Pública (Sima).

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Começa execução de projetos para substituir escadas rolantes e permitir volta dos trens acoplados da Trensurb

A Trensurb deu ordem de início para realização do projeto que irá substituir duas escadas rolantes na estação São Leopoldo e quatro na estação Unisinos. A empresa Thyssenkrupp tem até março para concluir os estudos e fabricar os novos equipamentos. Até julho, as escadas rolantes terão que ser instaladas. Para fazer o serviço, ela receberá R$ 3,3 milhões.
Já a empresa Siemens está realizando os projetos e vistorias para construção de uma nova subestação de energia em Sapucaia do Sul. Quando os trabalhos forem concluídos, a Trensurb irá retomar a circulação dos trens acoplados. A obra irá custar R$ 18,57 milhões e a conclusão dos trabalhos está prevista para novembro de 2018.
Hoje, a Trensurb conta com quatro subestações de energia: uma em Porto Alegre, duas em Canoas e uma em Novo Hamburgo. Sem o ponto de apoio que existia em Sapucaia do Sul, falta potência para fazer o transporte de trens acoplados.
Além de transportar mais passageiros de uma só vez, os oito vagões garantem mais espaço aos usuários dando mais conforto durante uma viagem. Essa opção foi usado pela última vez entre junho de 2015 e abril de 2016.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

CBTU Maceió inaugura nessa 6ª feira a nova Estação de Bom Parto


29/11/2017Notícias do Setor  ANPTrilhos
Dentro do processo de remodelação do sistema ferroviário, a CBTU estará inaugurando, nessa sexta-feira, às 16 horas, a nova e moderna estação de passageiros do bairro do Bom Parto.

Dotada de mecanismos modernos, a nova estação conta com toda estrutura metálica, banheiro para pessoas especiais, sistema eletrônico de câmeras, subestação de alta tensão e gerador próprio, iluminação de led e uma mini estação de tratamento de esgotos.

Dentro dos padrões mais modernos de tecnologia para possibilitar conforto e segurança aos passageiros, a estação e revitalização do entorno custaram cerca de 7 milhões de reais.

Para o superintendente da CBTU, Marcelo Aguiar, esta é mais uma etapa realizada com pleno êxito e que vai ao encontro das aspirações da população daquela região. A próxima estação a ser inaugurada, prevista para o final de janeiro, é a do Mercado de Artesanato, dentro dos mesmos padrões técnicos utilizados pela CBTU.


29/11/2017 – CBTU Maceió

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Linha 9-Esmeralda irá até Varginha e deve atender 120 mil novos usuários

O Governo do Estado e o Ministério das Cidades autorizaram, nesta quinta-feira (19), a execução de dois contratos para as obras de extensão da Linha 9-Esmeralda, da CPTM, que vai ser ampliada para seguir de Grajaú a Varginha e ganhará duas novas estações.

A medida permite a liberação dos recursos do PAC da Mobilidade para o empreendimento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A assinatura foi feita pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, em reunião no Palácio dos Bandeirantes.

“A obra atenderá uma área importante da zona sul da capital paulista. Os usuários que moram próximo a Varginha não precisarão mais pegar ônibus para acessar a Linha 9-Esmeralda”, explica o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. “É o primeiro lote de recursos do Governo Federal na área, para a capital paulista, em vários anos, com investimentos que beneficiarão 120 mil pessoas”, acrescenta o secretário.

Obras
Os serviços englobam a implantação de sinalização das vias e do Sistema de Integração ao Centro de Controle Operacional do trecho de 4,5 km em construção, com o investimento total de R$ 91,8 milhões.

O valor total previsto para a obra de extensão da Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) é da ordem de R$ 790 milhões, dos quais R$ 500 milhões foram comprometidos pelo Governo Federal, verba que agora começa a ser liberada por meio do PAC da Mobilidade. Até o momento, a obra foi executada com recursos financeiros do Governo do Estado.

Um dos contratos teve como vencedor o Consórcio Integração (formado pelas empresas Spavias Engenharia e Telar Engenharia e Comércio), com o valor de R$ 49,3 milhões e prazo de 18 meses, mais seis de operação assistida. O segundo acordo foi assinado com a Alstom Brasil, sob a quantia de R$ 42,5 milhões e prazo de doze meses.

A Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) transporta cerca de 570 mil usuários por dia útil. A ampliação de 4,5 km entre Grajaú e Varginha, e a implantação das duas novas estações, Mendes-Vila Natal e Varginha, beneficiarão os moradores do extremo sul de São Paulo, Grajaú, Estrada dos Mendes, Varginha, Vila Natal, Jardim Icaraí, Jardim São Bernardo e Conjunto Residencial Palmares.

Conexões
Atualmente, a Linha 9-Esmeralda tem conexão com a Linha 5-Lilás, do Metrô, na Estação Santo Amaro, com a Linha 4-Amarela, do Metrô, na Estação Pinheiros, e com a Linha 8-Diamante, da CPTM, nas estações Osasco e Presidente Altino. Também há integração com ônibus nas estações Grajaú, Jurubatuba, Santo Amaro, Morumbi, Berrini, Pinheiros e Osasco.

A participação do Ministério das Cidades no projeto é resultado do Pacto da Mobilidade, criado por meio da Portaria nº 223, de 24 de abril de 2014. O objetivo do programa é permitir acessibilidade e mobilidade para os moradores da região sul da capital paulista, além de facilitar o acesso a todos os centros de serviços da metrópole.

19/10/2017 – Governo do Estado de SP


Falhas disparam em linhas novas, e metrô de SP tem pane a cada 3 dias

27/10/2017 - Folha de São Paulo
Duas das três linhas mais novas e modernas do metrô paulista tiveram disparada de falhas neste ano e ajudaram a rede a atingir a maior marca de panes desta década.
Os problemas nas linhas 5-lilás (Capão Redondo-Brooklin), administrada pelo governo estadual, e 4-amarela (Butantã-Luz), a cargo da iniciativa privada, ocorrem às vésperas de elas receberem uma nova avalanche de passageiros devido à entrega de estações final do mandato de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na linha 5, ocorreram entre janeiro e setembro deste ano 21 falhas graves, contra 3 em igual período de 2016, de acordo com informações obtidas pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.
Esses dados são chamados internamente de "incidentes notáveis" e incluem apenas as panes que geram transtornos aos passageiros e que duram mais de cinco minutos.
A gestão Alckmin, que pretende conceder a operação da linha 5 à iniciativa privada, atribui a disparada de falhas à implantação de um sistema de modernização –que deveria melhorar os serviços.
Esse sistema, que controla a circulação dos trens, é batizado de CBTC e foi comprado em 2008 pelo governo do Estado. Deveria estar totalmente implantado desde 2010.
Em tese, a nova tecnologia deveria permitir acompanhar a posição dos trens com maior precisão, levando à redução do tempo de espera pelos passageiros do metrô.
Alckmin planeja entregar mais sete estações da linha 5 até 2018, elevando a quantidade de passageiros nos próximos anos da casa de 260 mil para mais de 800 mil por dia.
O tucano tentará disputar a Presidência da República pelo PSDB no ano que vem –para isso, trava embate dentro do partido com João Doria, prefeito de São Paulo.

NOVOS TRENS

Na linha 4, que é operada pela concessionária ViaQuatro, as panes significativas saltaram de 8, em 2016, para 15, em 2017 –sempre na comparação entre os primeiros nove meses de cada ano.
Neste caso, a empresa inclui os casos em que há interrupção do serviço por tempo acima de três intervalos entre trens (que costuma ser de até três minutos em dias úteis e pode passar de cinco minutos aos domingos e feriados).
A ViaQuatro culpa os testes com novos trens. A linha deve receber três novas estações entre dezembro deste ano e julho de 2018: Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie e São Paulo-Morumbi.

CONTAGEM

As linhas 4 e 5 foram inauguradas neste século (2010 e 2002, respectivamente), enquanto as mais antigas, 1-azul e 3-vermelha, foram entregues na década de 1970.
Além dessas falhas classificadas como "incidentes notáveis", existem outras de menor impacto, que afetam os usuários diariamente, mas que não entram nesses critério da contagem oficial.
Em 2017, as panes graves nas seis linhas da rede do metrô chegaram a 93 até setembro –praticamente uma a cada três dias. No ano anterior, foram 80 no mesmo período.
A quantidade de problemas nos primeiros nove meses deste ano é recorde pelo menos desde 2010 –período em que começa a série histórica fornecida pelo Metrô.
Naquele ano, por exemplo, houve 13 falhas do tipo, mas havia só quatro linhas em funcionamento integral –a 4 havia acabado de ser entregue, e a linha 15-prata, de monotrilho, foi aberta em 2014.

'ALTA TEMPORÁRIA'

O Metrô, ligado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), e a ViaQuatro, concessionária da linha 4-amarela, afirmam que a alta neste ano do número de falhas graves –chamadas internamente de "incidentes notáveis"– se deve à implantação de novos sistemas de controle de trens e de novos trens em suas linhas.
Por isso, alegam que esse fenômeno era esperado e que as falhas devem diminuir quando as novas estações forem entregues, atraindo maior demanda de passageiros.
"Quando a gente coloca o sistema novo, o número de falhas é um pouco maior até ele se estabilizar", afirma o diretor de operações do Metrô paulista, Milton Gioia.
Ele se refere à implantação do sistema eletrônico CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) na linha 5-lilás, com a intenção de acompanhar a posição dos trens com maior precisão e reduzir os tempos de espera.
O Metrô está iniciando a troca do atual sistema de controle de trens nas linhas 1-azul e 3-vermelha, o que deve se prolongar respectivamente até 2020 e 2021.

MANUTENÇÃO

O pico das falhas na linha 5 ocorreu entre maio e julho.
O diretor do Metrô nega que a situação possa piorar diante do aumento do fluxo de passageiros com as novas estações que serão entregues.
Diz que, assim como em outras inaugurações, haverá uma etapa de testes com usuários –chamada de "operação assistida"– antes do funcionamento pleno da linha.
"Tudo isso é feito de maneira planejada pelo metrô de São Paulo para garantir segurança para os usuários."
Segundo Gioia, a maior parte da manutenção da linha 5 é feita pela própria estatal –com exceção de serviços como pintura. No entanto, quando ela for concedida à iniciativa privada, isso será responsabilidade da empresa que assumir a operação.
Enfrentando grave crise orçamentária, a estatal da gestão Alckmin teve no ano passado uma queda significativa de investimentos em operação e modernização.
O diretor do Metrô diz que a quantidade de falhas da rede tem padrão similar ao de outros metrôs do mundo, como Nova York e Londres, que são mais antigos e extensos.
"Os números de incidentes que temos hoje são compatíveis com os números dos maiores metrôs do mundo, todos aceitam até este valor, até um pouquinho mais do que isso."

NOVOS TRENS

Mauricio Dimitrov, diretor da ViaQuatro, diz que a alta do índice de falhas na linha 4-amarela se deve à introdução de novos trens no ramal.
Comprados em 2013, os trens estavam parados aguardando a abertura das estações da fase 2 da linha 4 (Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, por exemplo).
Diante da perspectiva de inaugurar essas paradas no ano que vem, a concessionária diz que começou a colocar novos trens para rodar.
Segundo Dimitrov, nas primeiras viagens dos novos trens é normal constatar falhas. Essa nova remessa apresentou falhas principalmente no controle de abertura e fechamento de portas.
Dimitrov afirma que isso não resulta necessariamente em desconforto ao usuário, já que muitas das ocorrências são contornadas sem que passageiros percebam.
Segundo a concessionária, todos os problemas com os novos trens estão solucionados e não serão um entrave à operação quando as novas estações forem inauguradas.

'LÍDER'

Com a disparada das falhas de 2016 para cá, a linha 5-lilás se tornou a mais problemática proporcionalmente ao número de passageiros –e não só devido aos trens.
Em média, de janeiro a setembro, foram 8,4 panes graves a cada cem mil usuários. Em segundo lugar nesta conta está a linha 1-azul, a mais antiga do metrô, com 2,3 falhas por cem mil passageiros. Já a linha 4-amarela teve índice de 2,2 –muito acima da marca de 1,2 no ano anterior.
A linha 5 também teve outros problemas além das panes, mesmo após a entrega de três novas estações em setembro: Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, que adicionaram 2,8 km.
Isso porque as inaugurações foram feitas sem que as obras de acabamento tivessem sido finalizadas.
Infiltrações, vazamentos, vidros estilhaçados e elevadores em manutenção ou quebrados foram falhas encontradas nas paradas.

EMERGÊNCIA

No trecho entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, houve falhas no sistema de controle uma semana depois de inaugurado, e a empresa teve de acionar um plano de emergência, que deu auxílio com 30 ônibus.
A linha apresentou também problemas nos sistemas de tração, pneus e sinalização e controle de portas, segundo um outro relatório obtido pela reportagem, que mostra a quantidade de vezes em que as equipes de manutenção foram acionadas para resolver problemas na rede metroviária.
Segundo esse relatório, as estações do sistema que mais apresentaram falhas desde 2012 são Sacomã (linha 2-verde), Santana (1-azul) e Luz (1-azul, 4-amarela e CPTM).