sexta-feira, 22 de julho de 2022

Em 3 anos, monotrilho da Linha-15 Prata ficou 159 dias com operação paralisada

03/11/2021 G1 Notícias da Imprensa

 

Monotrilho da Linha 15-Prata — Foto: Marcos A. Silva/ Metrô/Divulgação

G1 – O monotrilho da Linha-15 Prata ficou 159 dias com a operação paralisada de 2019 a outubro deste ano, de acordo com levantamento feito pelo SP2. Em 97 desses dias, a paralisação foi total.

Nesta terça-feira (2), a linha vai funcionar só a partir das 16h. A paralisação, segundo o Metrô, é por causa dos testes para que a estação Jardim Colonial entre em funcionamento. Os ônibus do sistema Paese vão fazer o trajeto para os passageiros que utilizam o monotilho.

Um acidente chama a atenção do Ministério Público em especial. Um inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público para investigar a obra após o estouro de pneus de uma das composições ter resultado na paralisação completa da linha por três meses em 2020. O processo também menciona a colisão entre dois trens que ocorreu em 2019 e uma sequência de falhas na linha em 2020.

“Conclui-se que a Linha 15 – Prata possuía problemas de projeto e execução nas obras civis que levaram a irregularidades na via-guia, bem como, problemas de projeto e fabricação e montagem dos trens e seus componentes, resultando em interferência entre o run flat e superfície interna da banda de rodagem dos pneus, sendo a combinação destes dois fatores a causa do estouro do pneu da composição M20”, diz o relatório do Ministério Público.

De acordo com o MP, entendeu-se que as irregularidades encontradas são de responsabilidade das empresas que formam o Consórcio Monotrilho Leste: Construtora Queiroz Galvão, Construtora OAS, Bombardier Transit Corporation e Bombardier Transportation Brasil.

No dia 27 de fevereiro de 2020, cinco pneus estouraram e todos os trens da linha foram recolhidos para análise. A linha foi interditada completamente no dia 29 de fevereiro, e a operação só foi retomada parcialmente em junho de 2020.

Os pneus do monotrilho funcionam com o sistema “run flat”, com um reforço de borracha. Análise técnica apresentada pelo próprio Consórcio já havia identificado que o problema da ruptura ocorreu devido ao toque entre o dispositivo “run flat” e a face interna do pneu de carga.

Segundo o relatório do MP, a folga entre os pneus e os dispositivos de “run flat” do monotrilho é inferior à necessária, “com riscos de superaquecimento, rupturas, projeção e queda de elementos, como o ocorrido em 27/02/2020”.

O promotor Silvio Marques, responsável pelo inquérito, solicitou novas informações ao Metrô e às empresas do Consórcio sobre a segurança da Linha-15 e prejuízos sofridos pelo erário.

Em nota enviada ao g1, o Consórcio Expresso Monotrilho Leste informou que “vem prestando todos os esclarecimentos solicitados”.

Já o Metrô afirmou que multou as empresas pelas falhas encontradas. “A conclusão do Ministério Público de que o Consórcio CEML é o responsável pelas inconformidades que levaram aos danos nos pneus de um dos trens da Linha 15, e posterior substituição das peças de outras composições, vai ao encontro do que foi constatado pelo Metrô à época, que inclusive multou essa empresa pelas falhas encontradas”, diz.

Histórico de falhas
Em janeiro de 2020, a Linha-15 Prata foi recordista de falhas no sistema de trilhos da cidade. Levantamento feito pela TV Globo com base nas informações do Metrô apontou que a linha teve operação normal em 76,4% do tempo, ou seja, a cada quatro horas de funcionamento, uma foi atípica.

Logo no início do ano, a Linha 15-Prata enfrentou falhas que duraram mais de quatro dias. Por conta de problema na altura da estação São Lucas, na Zona Leste, os trens circulavam com lentidão e maior tempo de parada.

Em 2019, foram 27 dias com funcionamento em operação parcial. O caso mais grave foi de uma colisão entre dois trens em uma área de manobra. O acidente ocorreu nos trilhos que passam sobre a Avenida Sapopemba. Não houve feridos.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/11/01/em-3-anos-monotrilho-da-linha-15-prata-ficou-159-dias-com-operacao-paralisada.ghtml

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Alstom fecha contrato para expansão do VLT Carioca

 


13/07/2022 RF Revista Ferroviária

A Alstom vai ampliar a linha do VLT do Rio em 700 metros em via dupla, entre a rodoviária do Rio de Janeiro e um terminal de BRT. A francesa assinou contrato com o VLT Carioca para o projeto que inclui, além da expansão de linha, a construção de uma nova estação (Terminal Gentileza), com quatro plataformas, o fornecimento do sistema APS para todo o trecho (1,4 km), uma subestação retificadora e adaptação de uma existente e implementação de toda a sinalização do trecho.  

O VLT do Rio é alimentado pelo sistema APS (Alimentação pelo Solo) fornecido pela Alstom. Ele é composto por duas sapatas localizadas na parte inferior do trem e, quando o veículo passa pelo local onde estão instalados os equipamentos Power Box acontece a energização dos segmentos de trilhos APS e a consequente alimentação do veículo. Existe ainda um conjunto de supercapacitores que armazena e fornece energia ao veículo nos locais sem os trilhos energizáveis ou em caso de falha localizada, até o próximo ponto de energização, o que elimina a necessidade de fios externos e, consequentemente, valoriza a arquitetura e a paisagem da cidade.   

A expansão deverá permitir um aumento de aproximadamente 40% no número de passageiros, além de abrir caminho para futuras ampliações do sistema na região de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, diz a Alstom em nota.  

Inaugurado para as Olimpíadas de 2016, o VLT do Rio é dividido entre três linhas (com 29 paradas) e possui uma frota de 32 trens com capacidade para 420 passageiros cada.

https://revistaferroviaria.com.br/2022/07/alstom-fecha-contrato-para-expansao-do-vlt-carioca/?utm_campaign=newsletter_13-07-2022-_diariamente_-_le_e_ld&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

8 a cada 10 acidentes com VLT no Ceará são colisões; saiba linhas com mais ocorrências

08/11/2021 Diário do Nordeste Notícias da Imprensa

 

Legenda: Atropelamentos são segundo tipo de acidente mais frequente envolvendo VLTs no Ceará Foto: Natinho Rodrigues

Diário do Nordeste – A expansão gradual do número de linhas e viagens realizadas pelos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) no Ceará aumenta, por efeito, os pontos das cidades expostos a acidentes: em seis anos, foram 249 colisões, atropelamentos e outras ocorrências. Os dados são da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor).

O VLT de Sobral, que realiza 84 viagens por dia, lidera em número de acidentes: foram 110 registros entre 2016 e 2021. Uma das razões, como aponta o Metrofor, é o fato de a linha ter 29 passagens de nível (PNs), os cruzamentos entre a via férrea, ruas e avenidas. É o maior número entre todas as operadas pela companhia.

Em seguida, a Linha Oeste do metrô de Fortaleza concentra mais acidentes, com 54 registros no período; mais que o dobro do VLT do Cariri, que se envolveu em 25 ocorrências. O VLT Parangaba-Mucuripe, inaugurado em 2017, soma 12 registros.

Em 2021, as colisões/abalroamentos corresponderam a 79% das ocorrências, seguidas pelos atropelamentos, com 9%, conforme o Metrofor. “As outras ocorrências são 12% do total, como vandalismo e problemas operacionais”, pontua a companhia.

No último dia 18 de outubro, um carro foi arrastado por um VLT, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, deixando três pessoas feridas. Testemunhas afirmaram que não havia sinalização nem sinal sonoro no local, informação negada pelo Metrofor.

Um mês antes, um ciclista havia sido atropelado por um VLT da linha Parangaba-Mucuripe, no bairro São João do Tauape, na Capital. Ele ficou preso embaixo do vagão. O Metrofor informou, à ocasião, que o homem “ignorou a sinalização e invadiu a passagem de nível”.

SINALIZAÇÃO DEVE SER REFORÇADA
Uma das queixas mais constantes de condutores após acidentes com trens é sobre a sinalização das vias, que não deve ser apenas visual – com instalação de cancelas, placas e símbolos no asfalto –, mas também sonora.

De acordo com o Metrofor, todos os cruzamentos de vias férreas com ruas e avenidas do Ceará contam com esses recursos, incluindo a “cruz de Santo André” e as inscrições “pare, olhe e escute”; mantidos periodicamente “para garantir o funcionamento correto”.

“Praticamente na totalidade dos casos de abalroamento (quando carros invadem a via férrea), havia sinalização operante, visualizada pelas câmeras de monitoramento. Por isso, destacamos o papel fundamental dos motoristas para se evitar colisões com trens.” METROFOR Em nota

Entre as condutas proibidas aos motoristas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) está “deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea”. A infração à determinação, que consta no artigo 212, é gravíssima, com multa de R$ 293,47 mais 7 pontos na carteira de habilitação.

Segundo o Metrofor, todas as ocorrências estão sendo monitoradas, e servirão como base para um estudo dos pontos em que os acidentes são mais recorrentes. A ideia é desenvolver e adotar estratégias para minimizar os riscos, aponta a companhia.

VIADUTOS: SOLUÇÕES MUITO CARAS

Cruzamentos entre vias férreas e rodoviárias “não são como outro qualquer”, e exigem um nível muito maior de cuidado por parte dos condutores, como salienta Mário Azevedo, professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O especialista pontua que “é preciso diminuir bastante o número de passagens de nível no ambiente urbano”, e que as possíveis soluções para isso incluem o fechamento total das vias e a construção de viadutos – a primeira “radical”, a segunda “muito cara”.

Mário recobra que parte dos VLTs é construída “aproveitando uma linha de trens de carga”, em locais da cidade “que talvez antigamente não tinham tanto movimento”, mas hoje têm um novo perfil de ocupação do solo.

“O que temos que fazer para diminuir os acidentes é eliminar a possibilidade de conflito ou, caso não seja possível, reforçar a sinalização. Reforçar também a comunicação com os motoristas e a população: o ferroviário é um veículo diferente, não se pode brincar de enfrentar um trem”, alerta o professor.

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/8-a-cada-10-acidentes-com-vlt-no-ceara-sao-colisoes-saiba-linhas-com-mais-ocorrencias-1.3156631

 

Trem dos Tropeiros: Passeio de Maria Fumaça entre Mafra e Lapa é reativado

·         15/07/2021

·         Post category:Notícias do Setor

 

O retorno do passeio de Maria Fumaça, agora denominado Trem dos Tropeiros, foi marcado em solenidade realizada no Município da Lapa, na última quarta-feira, 14, quando reuniu representantes dos Executivos das cidades da Lapa e Mafra e ainda da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e imprensa local, para detalharem as estratégias para a realização de passeios nos dias 4, 5, 6 e 7 de setembro.

O Trem dos Tropeiros é uma proposta de passeio que faz parte do plano de retomada do desenvolvimento e das potencialidades turísticas da Lapa e de Mafra. Terá um percurso de 43 quilômetros ligando as cidades, a bordo da Maria Fumaça Mallet 204. No caminho, os turistas poderão desfrutar de belas paisagens rurais, túneis, pontilhões, das estações da Lavrinha e do Rio da Várzea, além da grande ponte sobre o rio Negro, que divide os estados do Paraná e Santa Catarina. A capacidade de público será reduzida a 50%, de acordo com os decretos relativos à pandemia, vigentes à época do passeio.

Saudades do apito da Maria Fumaça

A vice-prefeita de Mafra, Celina Dittrich Vieira, destacou a importância do momento, considerado significativo para as duas cidades. “Essa ideia de reativar a Maria Fumaça, num passeio histórico e cultural entre Mafra e Lapa é de um simbolismo absoluto, por reavivar a história da nossa ferrovia, palco de tantos fatos históricos”, declarou. Disse que o executivo mafrense sente-se muito feliz por ser co-participe do projeto, parabenizando a iniciativa que vai incrementar também o turismo em ambos os municípios. “Estamos ansiosos por ouvirmos novamente o apito da Maria Fumaça”, concluiu.

O prefeito da Lapa, Diego Ribas, disse ser uma imensa alegria para a cidade poder retomar o turismo após esse período de pandemia. “A Lapa está em festa hoje por recebê-los, num momento há muito esperado, em que se investe no turismo e quando se reafirma os laços entre as duas cidades”, afirmou concluindo: “junto com a Maria Fumaça vem muita história”.

O presidente da Câmara Municipal da Lapa, vereador Gustavo Daou agradeceu a presença de todos, enalteceu o empenho e o envolvimento dos idealizadores do projeto e colocou a casa de leis a disposição para apoiar os eventos que promovam o crescimento do turismo e a preservação da cultura das cidades irmãs.

44 anos de história

Os representantes da ABPF, Suiani Ilg e Everaldo Pilz apresentaram um pouco da história dos 44 anos da Associação, fundada em 1977 pelo francês Patrick Henri Ferdinand Dollinger, com a finalidade de preservar a história e o patrimônio das ferrovias brasileiras.

O Passeio de Maria Fumaça “Trem dos Tropeiros” acontecerá nos dias 4, 5, 6 e 7 de setembro de 2021, pela manhã e à tarde, ao custo de R$ 68. Somente no dia 4 de setembro a primeira viagem sairá de Mafra às 14 horas, não havendo passeio pela manhã. As viagens serão somente de ida, devendo os turistas retornar de ônibus. Será opcional ao turista um almoço em Mafra ou um café regional na Lapa. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.abpfsul.com.br.

15/07/2021 – JMais

 

Reforma de ferrovia é aprovada e Trem Rio-Minas deve começar a funcionar em 18 meses

 


02/08/2021 Diário do Rio de Janeiro Mais LidasNotícias da Imprensa

Foto: Divulgação

Diário do Rio de Janeiro – Os ajustes no trecho entre Três Rios/RJ e Sapucaia/RJ, apresentados pela concessionária FCA/VLI, foram aprovados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e publicados no Diário Oficial da União com prazo de execução de até 18 meses. Contudo, o prazo pode ser antecipado dependendo do decorrer dos trabalhos. Na prática, isso significa que o Trem turístico Rio-Minas, em breve, estará funcionando.

“Foram anos de espera e hoje, depois de muita luta, fé e determinação, podemos comemorar. Agradecemos a todos que nos apoiaram até o momento, em especial a Paulo Henrique do Nascimento, que foi o fundador da ONG Amigos do Trem e o grande idealizador do projeto Trem Rio-Minas. Agradecemos também ao Senhor Josemo, proprietário do Grupo Mil por acreditar e apoiar este sonho. Infelizmente não estão presentes fisicamente, mas foram os grandes responsáveis por essa conquista. Agradecemos também o apoio íntegro da concessionária Ferrovia Centro-Atlântica, Ministério Público de Minas Gerais, ANTT, DNIT, Sebrae, Sumicity, Grupo Mil, as prefeituras responsáveis pelos trechos e os membros voluntários da ONG Amigos do Trem e das regionais. Agradecemos pela credibilidade e o apreço que todos têm pela OSCIP Amigos do Trem. Somos gratos por todos acreditarem no nosso trabalho e no ser humano que somos e estamos nos tornando”, informa Cyntia Nascimento, presidente da ONG Amigos do Trem.

Além da ONG Amigos do Trem, empresas privadas, prefeituras e órgãos federais e municipais estão envolvidos no projeto, que deve levar movimentação turística e econômica às cidades contempladas pela viagem do Rio-Minas.

O Trem Rio-Minas vai percorrer 8 cidades. Serão, aproximadamente, 300 mil pessoas atendidas diretamente pelo projeto e 12 milhões de pessoas na área de influencia do trecho. A capacidade é de 873 turistas por viagem, 20,952 turistas por mês e 251.424 turistas por ano.

As cidades pelas quais o Trem Rio-Minas vai passar são: Três Rios e Sapucaia, no estado do Rio de Janeiro. E Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba e Chiador, e Cataguases, em Minas Gerais.

No entanto, inicialmente, o trajeto inicial será Três Rios (RJ), Chiador (MG) e Sapucaia (RJ). Totalizando 37km.

Fonte: https://diariodorio.com/reforma-de-ferrovia-e-aprovada-e-trem-rio-minas-deve-comecar-a-funcionar-em-18-meses/

 

sábado, 8 de janeiro de 2022

Rio pode ter metrô ligando o Santos Dumont ao Galeão

 10/12/2021 Diário do Rio de Janeiro Notícias da Imprensa

 

Rio de Janeiro | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Diário do Rio de Janeiro – O Governo Federal vem cogitando algumas alternativas para tentar convencer as autoridades do Rio a privatizar o Aeroporto Santos Dumont, na região central da Capital Fluminense. O receio de integrantes das gestões municipal e estadual é de que haja um enfraquecimento do Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, com a perda de mais voos internacionais.

Uma das opções em pauta, segundo divulgou o jornal O Globo, é a possibilidade de usar os recursos das outorgas dos terminais para a construção de um metrô ligando os dois aeroportos, em um projeto estimado em R$ 5,5 bilhões.

A outra saída seria limitar o crescimento do Santos Dumont para dar tempo de recuperação do aeroporto internacional.

O aeroporto Tom Jobim, privatizado em 2013, nunca atingiu o número de passageiros previsto na concessão e viu voos internacionais migrarem para Guarulhos (SP).

A ideia que vem sendo discutida, é que tanto o Santos Dumont quanto o Galeão tenham autonomia para operar sem que o funcionamento de um prejudique o outro, inclusive, os voos internacionais só seriam liberados depois que o Aeroporto Internacional consiga ter uma atuação sustentável. Com isso, o Rio teria dois terminais para atender a demanda de viagens para outros países.

Para isso, serão realizadas mudanças operacionais no Santos Dumont: o prazo para que o operador do terminal execute a obra que permitirá a obtenção de certificação internacional para aumentar os voos vai subir de três para cinco anos. Dando tempo, que os especialistas consideram necessário para que ambos possam atuar simultaneamente.

Após esses ajustes, a previsão é de que o Santos Dumont amplie os atuais 23 movimentos por hora (pouso e decolagem) para 30 movimentos por hora. Fazendo com que o volume de usuários por ano suba algo em torno de 13 milhões de passageiros.

Segundo a última versão do edital, o Santos Dumont será leiloado em blocos de terminais com lance mínimo de R$ 355 milhões. O investimento total está estimado em R$ 1,3 bilhão. A expectativa é que leilão seja realizado até abril de 2022.

Outro ponto para ser definido será a parte dos recursos a serem pagos pelos concessionários dos dois aeroportos à União a título de outorga poderão ser aplicados na construção do metrô para ligar a área central do Rio (Santos Dumont) à Ilha do Governador (Galeão).

Fonte: https://diariodorio.com/rio-pode-ter-metro-ligando-o-santos-dumont-ao-galeao/

Ônibus rápido e VLT perderam força após os Jogos

 22/07/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa


BRT TransOeste em Guaratiba: pista deteriorada e piora no serviço — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Valor Econômico – Encarada como uma das principais heranças para a população, por ter circundado a cidade e facilitado o acesso à zona oeste, a malha formada por três linhas de ônibus rápido (BRT), se deteriorou nos anos seguintes aos jogos e vive a segunda intervenção da prefeitura em cinco anos.

Este ano, com aprovação da Câmara Municipal, a prefeitura deu início a um plano de investimento com valor previsto de R$ 133 milhões. O dinheiro será destinado a reparos na estrutura dos corredores, estações e ônibus, além de um programa de segurança específico para o serviço, até que a gestão do sistema seja redesenhada por meio de novas concessões.

Para sanear o sistema estruturalmente, diz a economista Maína Celidônio, secretária municipal de Transportes, a pasta prepara duas licitações diferentes para os serviços de operação e provisão de 500 novos ônibus.

A ideia é dividir responsabilidades para diminuir riscos ao serviço e sanar o déficit da frota, regularizando a oferta de viagens. Isso eliminaria o problema de superlotação, que persiste mesmo num cenário de queda da demanda – em cinco anos houve queda de 55% no número de passageiros devido à crise econômica e à pandemia.

Em dificuldade, os concessionários permitiram que 52 das 125 estações fechassem e que, desde 2018, o número de ônibus em circulação caísse abaixo da metade, de 440 para 195. Por ora, a falência da rede vem sendo revertida com a injeção dos recursos públicos.

Além dessas duas concessões, o BRT ainda vai entrar na licitação única da bilhetagem de todos os modais da cidade, anunciada ontem pela prefeitura. No novo modelo, um consórcio, provavelmente formado por uma empresa de tecnologia e um banco, vai gerir a arrecadação das tarifas, cujo montante será transferido para uma conta municipal a partir da qual o governo vai remunerar os concessionários por quilômetros rodados. Tanto Maína quanto o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitem subsidiar os serviços com recursos do Tesouro Municipal.

Outro projeto-chave dentro dos investimentos em mobilidade urbana que antecederam a Rio 2016, a Linha 4 do metrô – conexão entre as zonas sul e oeste da cidade – gerou dano ao erário de R$ 3,76 bilhão de acordo com auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). O valor ainda está sujeito a revisão, já que há processos em tramitação no órgão de fiscalização que se encontram em fase de recurso, portanto, sem decisão definitiva.

O investimento total, incluindo a conclusão da estação da Gávea, que não saiu do papel, somaria R$ 10,3 bilhões, de acordo com um levantamento publicado em 2018 pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). O custo estimado pelo governo fluminense para conclusão da estação da Gávea é de R$ 700 milhões.

Inaugurado em julho de 2016, dois meses antes da abertura da Olimpíada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também enfrenta dificuldades, mas numa escala menor. O contrato de concessão, com duração de 25 anos, previa investimento total de R$ 1,157 bilhão, em valores de junho de 2012.

Até o fim do ano passado, já haviam sido investidos R$ 1,69 bilhão, em valores nominais. Só a prefeitura do Rio de Janeiro injetou R$ 642,5 milhões. Embora seja vista como alternativa ao investimento público direto, a PPP equivale a um endividamento de médio e longo prazos, similar ao de uma compra parcelada.

No caso do Veículo Leve sobre Trilhos, a estimativa é de que as despesas da Prefeitura com a Concessionária VLT Carioca somem R$ 115,68 milhões por ano entre 2022 e 2030, conforme projeções incluídas no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) da prefeitura. O gasto total previsto para todo o período é de R$ 1,04 bilhão.

Em julho de 2019, ainda na administração de Marcelo Crivella, a concessionária do VLT Carioca – que tem CCR e Invepar como maiores a VLT Carioca.acionistas – ajuizou ação na Justiça com o objetivo de rescindir o contrato de concessão.

A empresa alegou “inadimplementos financeiros da Prefeitura do Rio”, conforme indicado nas demonstrações financeiras de 2020. Em outubro, a concessionária e a prefeitura assinaram memorando de entendimento que permitiu a continuidade dos investimentos e da operação. A dívida da prefeitura com a concessionária está hoje em torno de R$ 300 milhões, diz

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/07/22/onibus-rapido-e-vlt-perderam-forca-apos-os-jogos.ghtml