quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CBTU retoma contrato de construção da Linha 2 de BH

Revista Ferroviária 20/09/2012

A Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU BH) anunciou nesta semana a retomada do contrato com o Consórcio BH-Metrô,  composto pela Via Dragados S/A e Mendes Júnior Trading e Engenharia S/A, responsável pela implantação do trecho Calafate-Barreiro da Linha 2 da capital mineira.  Com a reativação do contrato, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) negociará com o Governo Federal a liberação dos recursos, que devem ser do PAC da Mobilidade.  As obras estavam paralisadas desde abril de 2004, por falta da liberação de verbas. O valor atual do saldo do contrato com o Consórcio BH Metrô é de cerca de R$ 80 milhões.

O trecho já conta com obras de infraestrutura, contenções, drenagem, vedação, passarelas e passagens inferiores da Gameleira até o anel rodoviário.  Agora serão realizados os serviços de infraestrutura, uma passagem inferior na Rua Benjamim Flores, outra passagem inferior na Rua Tupã, três passarelas, a transposição de parte da linha de carga e vedação de parte do trecho, entre a Gameleira e o anel rodoviário. Essas obras devem ficar prontas em dois anos, contando a partir da liberação dos recursos.  Além disso, serão construídas as estações e implantados os sistemas de sinalização e rede área. Doze trens devem comprados para o trecho.

O projeto da Linha 2 de Belo Horizonte  tem 19,5 km e 15 estações entre o Barreiro e o Hospital Santa Tereza, com trechos subterrâneos e em superfície.  A implantação será em duas etapas, sendo a primeira do trecho em superfície e a segunda do subterrâneo. O trecho Calafate-Barreiro é em superfície e conta com 10,5 km e seis estações. Cerca de 300 mil usuários serão beneficiados com a conclusão do trecho.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Belo Horizonte licita projeto básico das linhas 1, 2 e 3

Revista Ferroviária 13/09/2012 - G1 MG

A Empresa Pública Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas) publicou, nesta quinta-feira (13), o aviso de licitação do projeto básico de engenharia das linhas 1, 2 e 3 do metrô. O custo está previsto em cerca de R$ 18,5 milhões para a expansão das linhas 1 e 2, e de R$ 14,6 milhões para os obras da linha 3. A Metrominas explicou que o projeto é importante para estabelecer os custos que vão possibilitar a elaboração do edital para as obras.

De acordo com a empresa, na linha 1 está prevista a reforma e melhoria das estações, aquisições de novos trens e o aperfeiçoamento dos sistemas elétricos e de comunicação. A ampliação até a estação do Novo Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte também está entre as propostas.

A linha 2, que está prevista para ter uma extensão de 10,5 km, ligará a Região do Barreiro ao bairro Calafate, na Região Oeste da capital, por meio de sete estações.

Já a terceira linha, totalmente subterrânea e com 4,5 km de extensão, ligará a Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte ao bairro Lagoinha, na Região Oeste da cidade, com cinco estações previstas.

A entrega das propostas está prevista para o dia 30 de outubro, quando vai ocorrer a licitação. De acordo com a Metrominas, após a ordem de serviço, a obra será feita em 12 meses.

Todas as informações sobre o processo vão estar disponíveis no site do governo a partir desta sexta-feira (14).

São Luís começa a receber VLTs

Revista Ferroviária 12/09/2012

São Luís, capital do estado do Maranhão, conheceu na manhã do dia 5 de setembro as primeiras unidades do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está sendo implantado pela prefeitura.  Os VLTs estão sendo fabricados pela Bom Sinal, com sede na cidade de Barbalha (CE).

O projeto total prevê sete linhas com sete VLTs trabalhando em cada uma. Atualmente a cidade vê as obras da Linha 1 (Centro - São Cristóvão), que terá uma extensão 13 km e irá até as imediações do aeroporto, passando pelas avenidas dos Africanos e Franceses.
O primeiro trecho de 5 km, que vai até o Bairro de Fátima, na avenida dos Africanos, deve ser finalizado até o fim deste ano. Já foram concluídas as obras no trecho entre o Terminal da Praia Grande e o Mercado do Peixe, cerca de 800 metros.

De acordo com o secretário-adjunto municipal de Trânsito e Transportes, José Arthur Cabral Marques, em breve, serão iniciados os testes com o VLT na via. “Faremos os testes estáticos (via permanente) e dinâmicos (veículo)”.

Algumas desapropriações deverão ser feitas no percurso do Mercado do Peixe, além de um posto de gasolina, o secretário afirmou que essas questões já foram resolvidas.

Com capacidade máxima para 400 pessoas, os VLTs serão compostos por dois e quatro carros,  constituídos de truques motores e duas cabines de comando. A motorização do VLT é à diesel. Ele tem movimentação bidirecional (duas direções). Em cada cabeceira, haverá um motor.

Estudo aponta transporte mais indicado nas cidades

01/09/2012 - Agência Brasil
BRT, VLT e monotrilho. As duas siglas e a palavra monotrilho representam não apenas meios, mas sistemas de transportes que podem amenizar as dificuldades do trânsito nas grandes cidades. Hoje, os efeitos negativos vão além da qualidade de vida daqueles que, diariamente, perdem horas se locomovendo entre a casa e o trabalho ou a escola.

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que os problemas de deslocamento dos moradores nas grandes cidades afetam "diretamente" a produtividade do trabalhador e a competitividade do setor produtivo. De acordo com o estudo Cidades: Mobilidade, Habitação e Escala, no Brasil, a situação tem piorado, já que, entre 2003 e 2010, o tempo médio gasto pelo brasileiro em deslocamentos urbanos aumentou 20%.

A solução para o problema pode estar nas siglas BRT e VLT e no monotrilho, diz o diretor do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. A primeira delas, bus rapid transit, refere-se a um sistema de ônibus com faixa exclusiva, no qual a tarifa é paga antes do embarque, ainda na estação. A segunda sigla - veículo leve sobre trilhos - é usada para uma versão moderna dos antigos bondes. Para situações onde há menos espaços na superfície, a solução pode estar alguns metros acima do solo: o monotrilho, sistema de transporte que, em geral, é feito sobre vigas.

"A escolha do sistema ideal depende de fatores como o tamanho da demanda e as condições da cidade", disse o diretor do Sinaenco. "O veículo com maior capacidade de transporte é o metrô, que consegue transportar 80 mil passageiros por hora em cada sentido. O problema é o alto custo de construção e as dificuldades de implementá-lo em cidades já constituídas", ressaltou Bernasconi. Ele destacou, porém, que, para boa parte das cidades brasileiras, o transporte de superfície mais eficiente é o BRT.

Segundo o diretor Bernasconi, apesar de ter menor capacidade - 30 mil passageiros por hora em cada sentido -, o BRT é um sistema muito eficiente "e com metodologia totalmente brasileira". O sistema foi implantado pela primeira vez em Curitiba e, atualmente, é usado em diversos países, tanto na Europa quanto na Ásia e nas Américas.

Já o VLT tem capacidade para transportar 40 mil passageiros por hora em cada sentido. "Do ponto de vista ecológico, este bonde moderno é o melhor sistema de transporte. Além de ser agradável de andar, é bastante silencioso. Isso ajuda a evitar, também, a poluição sonora, muito comum em ambientes urbanos", explicou o especialista.

Para localidades onde não haja espaço na superfície, o mais indicado é o monotrilho. "Quem já foi a Miami ou à Disneylândia conhece bem este sistema. É como se fosse um VLT, só que elevado [por vigas]. É um transporte caro e há questionamentos quanto aos efeitos que ele causa na paisagem. Mas há também muita gente que o acha bonito". O monotrilho tem capacidade para transportar 50 mil passageiros por hora em cada sentido.

De acordo com Bernasconi, o monotrilho tem também suas vantagens. "Além de poder atingir mais velocidade em áreas complicadas, permite um passeio bonito, com paisagens vistas do alto. Isso ajuda a criar, no cidadão, o hábito de querer usar o transporte público [e deixar o carro na garagem]."

"Ainda que ter carro seja um direito, é por causa deste tipo de veículo que as cidades estão com pessoas cada vez mais aborrecidas por causa de trânsito. O problema é que não há, no Brasil, uma cultura de uso do transporte público, a exemplo do que acontece em vários países europeus. Lá, é hábito usar veículos particulares apenas nos finais de semana, geralmente para pegar rodovias. Somado a isso, há o fato de, por aqui, carro estar associado a status", acrescentou Bernasconi.

Segundo o estudo da CNI, o Brasil teve crescimento demográfico de 13% entre 2003 e 2010. No mesmo período, o número de veículos em circulação aumentou 66%. Conforme o estudo, a consequência é que cada morador das 12 metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Belém, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Recife) gasta, em média, uma hora e quatro minutos para se locomover. Nas cidades médias, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, as pessoas gastam, em média, 31 minutos em seus deslocamentos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

BNDES aprova financiamento de R$920 mi para complexo de Suape

RIO DE JANEIRO, 14 Set (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira ter aprovado financiamento de 920,3 milhões de reais para um projeto de infraestrutura no Complexo Portuário de Suape.

O financiamento será feito ao Estado de Pernambuco, controlador do porto, para a implementação de intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e de pesquisa ambiental no complexo, informou o banco em comunicado.

"O financiamento prevê, ainda, a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) para transporte público de passageiros entre os terminais do Cajueiro Seco e do Cabo de Santo Agostinho (já existentes) até a Estação Rodoferroviária de Massangana (a ser recuperada) no complexo de Suape", segundo a nota.

O complexo é um novo centro para os setores de energia, petroquímica e fabricação de embarcações, próximo a Recife, Nordeste do país.

A Petrobras está construindo a refinaria Abreu e Lima, com capacidade de 230 mil barris por dia no complexo. A petrolífera estatal da Venezuela, a PDVSA, comprometeu-se a comprar uma fatia de 40 por cento na refinaria, que deve custar até 20 bilhões de dólares e começar a produzir em 2013.

A Braskem deverá ficar com 60 por cento de participação na planta de petroquímica do complexo.

O porto também abriga o Estaleiro Atlântico Sul, que constrói navios-tanque para a frota da Petrobras.

(Por Sérgio Spagnuolo e Jeb Blount)

Governo promete metrô pronto em Salvador até a Copa das Confederações


Durante uma vistoria que envolveu 50 integrantes da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 em Salvador, nesta quarta-feira, o governo baiano se comprometeu a fazer com que o metrô da cidade funcione durante a Copa das Confederações, no ano que vem.

A garantia foi referente à Linha 1, que tem seis quilômetros e sai da Rótula do Abacaxi, principal entroncamento viário da cidade, e passa nas proximidades da Arena Fonte Nova. A obra, que se arrasta há 12 anos e consumiu cerca de R$ 1 bilhão, segundo o governo é de responsabilidade da prefeitura, mas terá uma “operação assistida” durante a Copa das Confederações.

“Inicialmente, o sistema poderá ser usado nos dias de jogos, mas estamos estudando a possibilidade de que o metrô seja liberado durante todo o período da Copa”, disse o secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo, Ney Campello. “Esta decisão, assim como a sobre a cobrança de tarifas, depende de uma série de estudos que vamos realizar”.

Segundo o diretor-executivo de operações do COL, Ricardo Trade, a vistoria realizada nesta quarta não tinha como objetivo avaliar o andamento das obras estruturais da Arena Fonte Nova, mas a evolução de 15 itens operacionais do estádio e do entorno, como acessibilidade e deslocamento dentro e fora da arena, segurança e instalações de imprensa.

Apesar disso, Trade disse ter gostado de ver o avanço das obras, que ultrapassam 70% de andamento e já têm parte da estrutura que vai sustentar a cobertura instalada. De acordo com ele, a próxima vistoria que vai avaliar a evolução da construção da arena será realizada em outubro, pouco antes de a Fifa definir quais as sedes brasileiras da Copa das Confederações.

Nesta quinta, a comitiva vistoria as instalações para a Copa no Recife e, de lá, segue para Fortaleza, onde faz trabalho semelhante na sexta.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Linha para Cumbica pode não ficar pronta para a Copa

14/09/2012 - Valor Econômico

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, admitiu que a Linha 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que vai ligar São Paulo ao Aeroporto de Guarulhos, pode não ficar pronta para a Copa do Mundo de 2014. “Tudo pode acontecer”, disse.

O secretário reiterou, no entanto, que a secretaria trabalha para que a obra fique pronta no prazo. “Ainda não desistimos [desse prazo], estamos correndo com todo gás”, afirmou. Segundo Fernandes, o Consórcio Invepar, que assumiu a administração do Aeroporto de Cumbica, já demonstrou interesse em participar do projeto que vai ligar Cumbica, em Guarulhos, à Linha 12 da CPTM – possibilitando que passageiros do aeroporto cheguem à capital paulista por meio da rede metroferroviária.

O Consórcio Invepar, ainda segundo o secretário, também solicitou a mudança do local planejado para a estação, para a instalação de um centro de convenções junto ao aeroporto. “Estamos estudando as possibilidades”, afirma. A entrega da obra que prevê 12 quilômetros de extensão entre a Estação Engenheiro Goulart (Linha 12-Safira) e o aeroporto depende, de acordo com Fernandes, das desapropriações e da velocidade da obra no tempo previsto. “Pode não ficar pronto, assim como pode estar concluído [para a Copa]”, afirmou. As obras são executadas pelo Grupo Consultor EPC, que venceu a licitação em abril, apresentando projeto no valor de R$ 22,3 milhões.

O secretário lembrou que há 55 quilômetros de obras de metrô contratadas e que deste total 30 quilômetros serão entregues em 2014, quando há eleição para o governo do Estado. “O fato de entregarmos 4,5 quilômetros em 2013 e a maior parte em 2014 não tem a ver com eleições. Gostaria de entregar tudo hoje, mas as obras têm um ritmo”, ressaltou, lembrando que em 2013 haverá entrega de 15 estações da CPTM que estão sendo reformadas.

Os recursos necessários para a execução das obras de ampliação de metrô e CPTM chegam a R$ 45 bilhões, dos quais R$ 7 bilhões saem do orçamento do Estado; R$ 23 bilhões de financiamentos junto a bancos sociais; e R$ 15 bilhões da iniciativa privada. “Estamos tentando todos os caminhos possíveis. A tendência é que a iniciativa privada caminhe mais rápido com seus projetos.”

Para o presidente da Via Quatro, Luiz Valença de Oliveira, que administra a Linha 4-Amarela, em São Paulo, a celeridade da execução da iniciativa privada ocorre por conta do modelo do negócio. “As empresas têm interesse que obras saiam mais rápido para que tenham retorno. Enquanto não há passageiros usando não temos lucro.”

Valença disse ainda que os acionistas da Via Quatro – CCR e Odebrecht TransPort – têm interesse tanto nos novos projetos de administração  e construção de novas linhas de metrô quanto nos trens regionais que vão ligar São Paulo a Jundiaí, Santos e Sorocaba. “O processo dos trens e do metrô é parecido. Temos interesse em projetos que possuem forma e estrutura vantajosa”, afirmou.