quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Os novos trens do metrô

O primeiro dos 15 novos trens encomendados pela Trensurb deverá estar em Porto Alegre em maio de 2014, confirmou ontem o diretor de Administração e Finanças da estatal, Leonardo Hoff, a propósito de nota desta coluna relatando a adesão ao metrô de importantes executivos de empresas, moradores de Novo Hamburgo, que deixam o carro particular na estação Santo Afonso para vir a Porto Alegre. É o que faz também o diretor Hoff em seu deslocamento diário à Capital, onde fica a administração da empresa, trajeto de 35 minutos em que ele aproveita para conversar com funcionários, operadores, seguranças e com a comunidade usuária. Os novos trens, além de mais modernos, vêm equipados com ar-condicionado. Todos os 15 veículos deverão estar disponíveis até janeiro de 2015.

Novos 15 trens da Linha 4 de SP serão coreanos

17/09/2013

Os 15 novos trens que a ViaQuatro para a Linha 4-Amarela de São Paulo serão fabricados pelo consórcio Siemens/Hyundai-Rotem, na Coreia do Sul.  O consórcio é o mesmo que fabricou os 14 trens em operação na linha, que é a primeira com sistema driverless (sem condutor) da América Latina.

Segundo o presidente da ViaQuatro, Luís Valença,  os trens estão adquiridos e a opção de compra dos novos trens faz parte contrato inicial firmado com o consórcio. Os trens serão os mesmos modelos dos atuais, com seis carros cada.

Em relação aos prazos de entrega, Valença não informou datas e disse que os trens serão entregues em função da conclusão das novas estações da Linha 4, previstas para 2014. “Não faz sentido ter trem para ficar parado e nem trem faltando para a operação das novas estações”, explicou Valença ao dizer que os atuais trens atendem a demanda.

Em agosto, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), empresa para concessões do Grupo CCR, do qual a ViaQuatro faz parte, venceu a licitação da PPP para construção, manutenção, compra de material rodante e operação do metrô de Salvador.

A construção do metrô baiano iniciou em 2000 e somente seis quilômetros entre a Lapa e o
Acesso Norte foram construídos, mas nunca operados. Seis trens foram comprados do consórcio Mitsui/Hyndai-Rotem e aguardam seu destino na estação Acesso Norte. Os trens passarão por inspeção, que será definida pelo vencedor da licitação.

O fabricante dos trens do metrô baiano é o mesmo dos trens da Linha 4-Amarela de São Paulo. Valença explica que o contrato de Salvador exige índice de nacionalização e a chance dos trens serem comprados no formato da Linha 4, que são trens 100% importados, são mínimas. Mas com a parceria entre a Iesa e Hyndai-Rotem para montar a fabrica na área da Iesa, em Araraquara, existe a possibilidade de o grupo CCR adquirir os 49 novos trens para a capital baiana da fabricante coreana.

“Vai ganhar quem apresentar o melhor negócio. Apesar dele (fabricante Hyndai-Rotem) ter uma vantagem, ele precisa saber aproveitar a vantagem. Ele nos conhece e sabe que quanto mais uniforme a frota, melhor para todo mundo. As companhias áreas fazem isso. A Tam era notadamente Airbus, a Gol Boing. Evidentemente, essa vantagem o fornecedor tem que aproveitar e ser mais competitivo. Se não for mais competitivo, essa vantagem desaparece”, explicou Valença, ressaltando que a escolha do fabricante dos trens para Salvador não esta definida.

Petrópolis conclui projeto para retorno de trem

09/09/2013 - G1 Região Serrana

A Fundação de Cultura e Turismo anunciou, por meio da coordenadoria de comunicação, que o projeto da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará já está pronto e que a prefeitura prevê que terá condições de solicitar os recursos necessários para a obra através do PAC - Plano de Aceleração do Crescimento - ao Ministério das Cidades ainda este ano.

O projeto, segundo a fundação, tem orçamento total estimado de R$ 217 milhões e inclui os recursos para a remoção de casas no trecho da Serra Velha e bairro Alto da Serra, embora ainda não haja um número definido de imóveis. Também não há previsão de data para o início das obras que, segundo o projeto, teria duração estimada de três anos.

As obras da linha férrea, segundo o projeto do município, serão realizadas a partir da Vila Inhomirim, em Magé, e se estenderão até o bairro Alto da Serra, em Petrópolis,  onde está prevista a construção de uma estação de troca para a utilização de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), mais leve e moderno, até o centro da cidade.

A Estrada de Ferro Grão-Pará -  inaugurada em 1883, no império de Dom Pedro II -  está desativada desde 1964, depois de 80 anos de uso. Sua malha ferroviária contava com cerca de 6 km de extensão, utilizava a técnica de cremalheira e atingia uma cota acima dos 800 metros no Alto da Serra.

O projeto que será apresentado no Ministério das Cidades consiste em aproveitar os três quilômetros do leito da Estrada de Ferro Leopoldina e os seis quilômetros do plano inclinado da Serra da Estrela (Grão-Pará) para restabelecer a ligação ferroviária entre o Centro Histórico de Petrópolis, o bairro Alto da Serra e o município de Magé.

Publicada desoneração de PIS/Pasep e Cofins sobre transporte municipal

Agência Brasil - 12/09/2013

Brasília - Publicada, sem vetos, no Diário Oficial da União, a lei que desonera as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre a receita decorrente da prestação de serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros.

A lei alcança também as receitas provenientes da prestação dos referidos serviços em regiões metropolitanas. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dia Mundial sem Carro

Neste domingo, 22 de setembro, o Dia Mundial sem Carro volta a propor uma reflexão sobre a dependência dos automóveis nas metrópoles e pede que nesse dia as pessoas deixem espontaneamente seus carros na garagem.

Demanda aumenta nos trens de Salvador

04/09/2013 - Correio da Bahia
Respirar é missão árdua. Se mexer é quase impossível.  O contorcionismo é uma habilidade fundamental para os usuários dos trens do Subúrbio. Se mover dentro dos vagões de forma voluntária é quase impossível. Os corpos ficam bem próximos, colados; a música alta (oriunda de celulares) incomoda, gente grita para o maquinista adiantar a viagem, o calor sufoca, mulheres brigam por conta das mãos bobas... Enfim, um inferno sobre trilhos.

Desde que a prefeitura de Salvador passou a gestão dos trens para o governo do estado, há 90 dias, o número de usuários dos trens aumentou em 10 mil por dia, segundo avaliação da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), responsável pelo sistema ferroviário. Eram 9,3 mil passageiros diários no sistema que roda de Paripe até a Calçada, e hoje são quase 19 mil. No entanto, nenhum novo trem foi colocado em operação. Resultado: superlotação.

O excesso de passageiros provocou, anteontem, a depredação de um vagão. Ontem, o CORREIO percorreu as dez estações que compõem o sistema e fez a viagem com maior fluxo de passageiros da linha que liga Paripe até a Calçada, às 7h20.

“A via-crúcis começa na estação de Paripe e vai piorando ao longo das nove estações seguintes, onde desce um passageiro e sobem, em média, dez em cada vagão. Isso aqui é um inferno na terra. Muita gente, poucos trens, o intervalo entre um e outro demora 40 minutos. É um inferno”, reclama a estudante Carla Almeida, que mora em Paripe e estuda em Nazaré.

O presidente da CTS, Carlos Martins, afirma que a procura aumentou depois do início das obras de requalificação da Baixa do Fiscal e da abertura da cratera da BR –324, que fez com que o deslocamento de ônibus entre o Subúrbio e a Calçada passasse a demorar duas horas e o trem se tornasse a ser a melhor opção.

 “De trem, além de custar só R$ 0,50, o trajeto é feito em menos de uma hora. Quem vai de ônibus paga R$ 2,80 e passa umas duas horas engarrafado por conta das obras. O problema é que recebemos o sistema sucateado. Os trens têm mais de 40 anos de uso, vivem quebrando”, explica Martins.

O custo mensal do sistema é de R$ 2,5 milhões. “As tarifas pagas pelos usuários correspondem a cerca de 8% desse valor, o que deixa um déficit grande”, completa Martins.

 Segurança
A superlotação é tanta que os vagões circulam de portas abertas.

Mas não há fiscais nem monitores de acessos nas estações. A cada parada, a gritaria fica mais intensa e os vagões mais cheios. Sobram ofensas para a mãe do maquinista.

“Aqui só tem um segurança em cada estação. Os trens ficam tão cheios que as portas vão abertas. Tentamos reclamar, mandar o pessoal entrar e fechar a porta, mas somos ameaçados e temos que deixar seguir viagem mesmo com um monte de gente pendurada na porta correndo o risco de cair e morrer”, relata um segurança que prefere não se identificar.

Ontem, bastaram 80 segundos, para que os três vagões, onde cabem cerca de cem passageiros, fossem lotados na estação de Paripe, às 7h20. O desafio para entrar é árduo. O empurra-empurra é intenso e vale a lei do mais forte. “O povo sai empurrando aqui.

Ninguém consegue passar. Vão te jogando e você vai se amassando para o fundo do vagão”, reclama o eletricista Antonio Santos Costa, que mora em São Tomé de Paripe.

Quem fica na desvantagem são os idosos e gestantes. “Aqui ninguém respeita nada disso. São poucos bancos e o pessoal vem das outras estações já sentado. Chego a esperar até duas horas para conseguir entrar em um trem menos cheio”, conta a dona de casa Eliana Pereira Urbano, que tem uma filha de 3 meses e ontem pegou o trem em Escada para marcar uma consulta médica em Paripe.

“Aqui é uma lata de sardinha. Na guerra da Síria você consegue se mexer mais do que aqui dentro”, brinca o técnico em radiologia Robson dos Santos Santana, morador de Escada, que sempre tenta viajar perto da porta para facilitar a saída. Afinal, não é raro o passageiro não conseguir descer na estação que deseja porque fica espremido no meio das pessoas.

Calor

A temperatura também não ajuda. Só uma das quatro composições possui ar-condicionado. “Mas com tanta gente o ar não suporta. É um calor dos infernos que o povo chega a passar mal. Aqui é o inferno da Primavera de manhã porque vai todo mundo cheiroso, mas, na volta pra casa, o perfume compartilhado é o de suor. Vira o inferno de Verão”, brinca o aposentado Antonio Almeida, morador de São Tomé de Paripe.

A única coisa boa da viagem, por unanimidade entre os passageiros, é a vista para as praias suburbanas. Isso quando dá para ver, já que na maioria das viagens a única visão que se tem é o cangote do passageiro em frente.

Sistema é sucateado e quebras são constantes, reconhece governo
“É um sistema completamente sucateado”. Essa é a avaliação do presidente da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), Carlos Martins, sobre o sistema de trens que liga os bairros da Calçada até Paripe. Atualmente, há quatro composições com três vagões cada para operação.

Mas, constantemente, esse número é reduzido. “Os trens são velhos e entram em manutenções periódicas, quebram direto. Temos quatro composições de trens disponíveis. Três ficam operando – umas delas só vai até Platatorma – e outra fica em reserva para emergência. Mas, hoje (ontem), esse de emergência está quebrado”, destacou Martins, acrescentando que o órgão está realizando uma avaliação geral do sistema para propor alternativas.

Em caráter emergencial, ele pretende aumentar o número de trens em circulação. “Temos dois trens parados por falta de peças. Estou tentando junto à companhia de trens de São Paulo pegar essas peças que eles não estão usando mais. Se eles fizerem a doação, teremos mais dois trens disponíveis o que pode reduzir o tempo de espera”, indica Martins.

Os trens circulam a cada 40 minutos entre 6h e 19h30.  Para o futuro, a ideia do governo é substituir os trens por VLT (Veículo Leve sobre Trilho). “É um sistema mais adequado para quando se tem uma população grande no entorno dos trilhos, como no Subúrbio. É um sistema moderno e mais rápido”, explica Martins. Ele diz que ainda estão sendo feitos estudos e, em seguida, será lançado edital de licitação.

Ainda não há prazos, mas o investimento seria na ordem de R$ 1,2 bilhão. O VLT ainda seria estendido para cidades da Região Metropolitana. “A  ideia é chegar em Candeias, Camaçari e Simões Filho”, ressalta. A obra, demoraria pelo menos 18 meses.

Empresa fará estudo de ampliação da Trensurb até Sapiranga

03/09/2013 - Diário de Canoas
Sinônimo de qualificação no acesso ao transporte público para o Vale do Paranhana, o projeto de ampliação do Trensurb até Sapiranga e Taquara avança, nesta quarta-feira, em mais uma etapa. Trata-se da assinatura do contrato da estatal federal com a Oficina Engenheiros Consultores Associados, empresa que venceu a concorrência e fará a elaboração do estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira da expansão da Linha 1 até Sapiranga.

Com a presença do diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, a assinatura ocorre às 14h, na sede da Trensurb, em Porto Alegre. Ao apresentar proposta de R$ 1,49 milhões, sendo que o custo inicial estimado era de até R$ 2 milhões, a Oficina foi escolhida em julho deste ano, com base em critérios de técnica e preço.

O prazo para conclusão do estudo é de oito meses a partir da ordem de início dos serviços. A importância da obra motivou a criação, no último dia 21, de Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa, coordenada pelo deputado João Fischer, o Fixinha (PP).