sexta-feira, 30 de junho de 2017

Metrô faz oferta promocional após queda de 14,5% nas viagens


28/06/2017 - O Globo

A crise econômica do estado tirou passageiros do metrô: de acordo com um balanço patrimonial da concessionária do sistema, foram realizadas 46,7 milhões de viagens no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 14,5% em comparação com o mesmo período de 2016, quando o número chegou a 54,7 milhões. Em números absolutos, houve uma redução de oito milhões de embarques.

Para tentar reverter o quadro, a concessionária Metrô Rio lançou nesta terça-feira um cartão promocional que custa R$ 60 e dá direito a 42 viagens em uma semana - ou seja, cada uma sai por R$ 1,40. Considerando a tarifa atual, de R$ 4,30, a economia é de 66,8% (o total sairia por R$ 180). A oferta foi anunciada como um incentivo a cariocas e turistas no período de férias, embora tenha validade até o dia 30 de setembro.

O cartão Eu amo férias é lançado em um momento no qual projeções de fluxo não são animadoras. Segundo o professor de economia do Ibmec Gilberto Braga, tomando como parâmetro o número de passageiros do primeiro trimestre, o sistema pode encerrar o ano com 187 milhões de viagens pagas. Caso a estimativa se confirme, haverá uma redução de 16% em relação a 2016, quando foram realizadas 216,8 milhões.

- Essa projeção considera a hipótese de o metrô repetir nos próximos trimestres o volume de passageiros que a gente já conhece. Dá uma queda de 30 milhões de viagens pagas. A promoção, pelo que tudo indica, vem nessa linha, de atenuar os efeitos da crise.

Não é a primeira vez que a Metrô Rio faz uma promoção este ano para tentar atrair passageiros. Em abril, a concessionária ofereceu viagens gratuitas na Linha 4. E, no mesmo mês, a tarifa de embarque nas estações do trecho caiu para R$ 3.

O balanço de 2016 publicado pela Metrô Rio informou que, naquele ano, foram 240,9 milhões de passageiros transportados (incluindo gratuidades), o que corresponde a um aumento de 3,1% em relação a 2015 (233,6 milhões). As principais influências para o crescimento verificado, segundo a empresa, foram as alterações viárias na cidade, como as obras do VLT, a construção do BRT Transbrasil e a racionalização das linhas de ônibus. Apesar do resultado positivo, a concessionária já chamava a atenção para a situação econômica da cidade do Rio de Janeiro, com o elevado número de demissões no setor privado e o declínio da população ocupada.


O cartão especial para as férias é vendido das 9h às 19h nas estações Del Castilho, Carioca, Largo do Machado, Botafogo, Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos, Cantagalo, Nossa Senhora da Paz, Antero de Quental e Jardim Oceânico. O passageiro leva de brinde um porta-cartão e um mapa de bolso com informações sobre os transportes da cidade e indicações de pontos turísticos.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Hélio José apoia ferrovia entre Brasília e Goiânia


08/06/2017 Notícias do Setor ANPTrilhos         
O senador Hélio José (PMDB-DF) apoiou nesta quarta-feira (7) a ativação do trem de média velocidade entre Brasília e Goiânia. Ele ressaltou que a implementação da ferrovia, chamada Transpequi, faz parte da conquista do Brasil Central e do projeto de desenvolvimento nacional.

Hélio José disse que no Distrito Federal há somente 40 quilômetros de ferrovias, atualmente subutilizadas, e o funcionamento da Transpequi reduzirá os engarrafamentos. O senador espera que a parceria público-privada para o empreendimento tenha êxito, e espera que o projeto motive a implementação de outras estradas de ferro de passageiros servindo o entorno do Distrito Federal.

— A rapidez e a segurança das ferrovias poderia melhorar a vida de 2 milhões de pessoas na região — avaliou.

07/06/2017 – Agência Senado

Coreanos pretendem construir o “Transpequi”, entre Brasília e Goiânia

18/05/2017 - Metrópoles

Mesmo a mais de 16 mil quilômetros de distância, os sul-coreanos podem ser a salvação para o futuro do trem expresso que ligará Brasília a Goiânia, o Transpequi ou Expresso Pequi – apelidos dados em homenagem ao fruto típico do Centro-Oeste. Liderados pelo consórcio A’REX, da Coreia do Sul, um grupo de empresários chineses, coreanos e brasileiros demonstrou interesse em tocar o projeto.

O desejo surgiu de uma proposta idealizada pelo grupo brasileiro Sistemas de Transportes Sustentáveis, que traz diversas alterações no plano original da ferrovia. Após submeter o projeto à ANTT durante uma tomada de subsídios realizada em janeiro deste ano, os empresários apresentaram a ideia a investidores internacionais com o objetivo de integrar um consórcio capaz de tirar o plano do papel.

“Nós apresentamos como era o projeto e quais são as alternativas para tornar o trem mais atrativo para o setor privado”, explica Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis.

Os coreanos foram os que mais se animaram com o projeto do Transpequi. O A’REX, consórcio que mostrou interesse pela proposta, é formado por 11 empresas do país asiático e opera o Airport Railroad Express, trem que liga a capital Seul a dois aeroportos.

Alterações

O novo projeto prevê preço de R$ 100 para viagens entre Brasília e Goiânia, com saídas a cada 15 minutos e velocidade máxima de 250 km/h. O grupo acredita que a venda de passagens será suficiente para a compensação do investimento.

De acordo com Paulo Benites, a principal alteração no projeto original diz respeito ao tipo de serviço prestado. A proposta inicial previa o transporte de passageiros e cargas, a curtas e longas distâncias. Já o documento apresentado à ANTT propõe prioritariamente a condução de passageiros e a longa distância.

“O nosso projeto exclui o transporte de cargas e atende passageiros de longa distância, com um serviço considerado mais elevado. Também fizemos alterações em algumas características técnicas para colocar a ferrovia em um nível internacional.”"

Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis

O grupo prevê a formação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar o empreendimento, ao invés de um esquema puro de concessão. A contrapartida do governo – R$ 2,9 bilhões, do total de R$ 8,9 bilhões orçados para o Transpequi – seria paga em parcelas de R$ 130 milhões durante 15 anos e de R$ 30 milhões a partir do início das operações, de acordo com a proposta entregue à ANTT.

Nas estações do trem no Distrito Federal também estão previstas mudanças. Inicialmente, haveria um único terminal, na Rodoferroviária de Brasília. A proposta dos empresários, no entanto, estipula a construção de duas estações, uma próxima à Rodoviária Interestadual e uma em Samambaia. “Queremos criar estações de fácil acesso. A rodoviária, por exemplo, fica próxima ao Aeroporto e à Asa Sul, além de estar perto do metrô. Já em Samambaia, existe um desejo de desenvolvimento da região”, afirma Benites.

Exploração imobiliária

Por fim, o projeto prevê a exploração imobiliária das regiões próximas à linha rodoviária por parte da concessionária que operar o trem. “Os empreendimentos imobiliários são extremamente importantes para a realização da nossa proposta. É uma renda fundamental para angariar recursos e fazer a implantação da linha”, finaliza o diretor.

A proposta do Sistemas de Transportes Sustentáveis está em análise pela ANTT. A agência prepara uma licitação para a ferrovia e a previsão é de que o certame seja divulgado no fim deste ano ou no início de 2018.



terça-feira, 27 de junho de 2017

Governo do Piauí abre licitação para compra de VLTs que substituirão metrô


24/06/2017 - Cidade Verde

A Secretaria de Estado dos Transportes (Setrans-PI) abriu licitação para obter Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), que deverão substituir os trens do metrô de Teresina (PI). A dotação orçamentária para a compra é de R$ 92 milhões, valor para seis VLTs, mas o Estado pretende adquirir inicialmente três. As propostas serão recebidas no dia 10 de julho.

Pela licitação os veículos deverão ser compostos por três carros, com pelo menos dois conjuntos de propulsão e frenagem dinâmica, movidos a tração diesel-hidráulica ou diesel-elétrica.

Cristina Castelo Branco, superintendente de obras da Setrans, explica o Governo dispõe de recursos tanto para adquirir novos trens como para um projeto de revitalização e modernização da linha existente.

Nesse primeiro momento nós vamos apenas comprar novos trens porque nós nos certificamos de que a linha existente pode receber novos trens, disse ao Cidadeverde.com. A expectativa é de que os veículos, mais modernos e climatizados, tragam mais conforto para a população.

Enquanto realiza a concorrência para os VLTs, a Setrans prepara a documentação para lançar licitação com vistas a revitalização das linhas, com reforma de estações, modernização de linhas e troca de dormentes e trilhos. A expectativa é de que essa concorrência seja lançada em breve.


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Três anos após a Copa, obra de VLT ainda não está pronta em Cuiabá (MT)


Obra inacabada já consumiu mais de R$ 1 bilhão e precisa de mais dinheiro.
Procuradores dizem que há incoerências nos valores apresentados.
Eunice RamosCuiabá, MT

Três anos depois da Copa do Mundo de 2014, a obra do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), de Cuiabá, que já consumiu mais de R$ 1 bilhão, ainda precisa de mais dinheiro para ficar pronta.

Seis quilômetros de trilhos foi o que sobrou da maior obra de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá. A Copa passou e os trens nunca circularam para atender a população. Estão parados no pátio da concessionária ao relento. A situação vem se arrastando desde 2012, quando as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos começaram. O projeto prevê 22 km de trilhos em duas linhas: uma liga o aeroporto, na cidade vizinha de Várzea Grande, à Zona Norte de Cuiabá. A outra liga à Zona Sul ao centro de Cuiabá.

O consórcio responsável pela obra foi contratado no governo de Silval Barbosa, do PMDB. O orçamento inicial era de R$ 1,477 bilhão, segundo a Secretaria Estadual das Cidades – R$ 1,66 bilhão já foram pagos. Quando o governador Pedro Taques, do PSDB, assumiu o governo de Mato Grosso, o consórcio pediu mais R$ 1,135 bilhão, o governo não concordou e o caso foi parar na Justiça.

Agora, o governo do estado chegou a um acordo com o consórcio para a retomada das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos, mas como o contrato estava sendo questionado na Justiça, o acordo foi encaminhado para os Ministérios Públicos Federal e Estadual. A conclusão da obra também depende da desapropriação dos imóveis no trajeto do VLT. Os processos de 128 imóveis já foram concluídos, mas ainda faltam 220.

Enquanto a obra não termina, quem sofre é a população que paga a conta e enfrenta congestionamentos nos horários de pico.

RESPOSTAS
Em nota, o Consórcio VLT disse que se empenhou para que o acordo com o governo de Mato Grosso fosse fechado e que espera que a retomada das obras ocorra o mais brevemente possível.
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual se manifestaram contra o acordo apresentado, que prevê o pagamento de R$ 922 milhões para conclusão da obra. Os procuradores dizem que há incoerências nos valores apresentados para terminar o projeto.
O governo Pedro Taques, do PSDB,  declarou que a obra parada gera muito custo. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, são R$ 16 milhões por mês entre manutenção dos trilhos e trens e pagamentos de juros e parcelas dos empréstimos contraídos. A Justiça Federal aguarda manifestação das partes no processo.
Em nota, a defesa do ex-governador Silval Barbosa, do PMDB, negou qualquer participação do cliente em eventuais irregularidades nas obras e informou que vem prestando aos órgãos competentes os esclarecimentos solicitados.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

A malha precisa crescer 80%


20/02/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
Estudo da CNT mostra necessidade de ampliar sistema de metrôs e trens de passageiros no Brasil; movimento aumentou 37,4% em cinco anos

O Brasil precisa ampliar em pelo menos 850 km a malha de metrôs e trens de passageiros para modernizar o transporte urbano nas grandes cidades. Isso significa um crescimento de cerca de 80% da infraestrutura atualmente disponível, que é de 1.062 km de extensão. Seriam necessários cerca de R$ 167,13 bilhões para a construção e ampliação de sistemas e ainda para a aquisição de material rodante e recuperação de infraestrutura. Os dados integram o estudo inédito Transporte & Desenvolvimento: Transporte Metroferroviário de Passageiros, realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), e divulgado no final do ano passado.

Foram caracterizados 14 sistemas presentes em 13 regiões metropolitanas brasileiras e na cidade de Sobral, no Ceará, com informações sobre a evolução recente da rede, indicadores operacionais – para o período de 2011 a 2015 – e aspectos econômicos e ambientais do setor. São sistemas que incluem trens metropolitanos, metrôs, monotrilho, VLTs (veículo leve sobre trilhos) e aeromóvel. O estudo também tem como objetivos identificar os principais entraves ao desempenho e propor soluções.

De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, “a ampliação da infraestrutura e o planejamento adequado do transporte sobre trilhos nas grandes cidades, sempre integrado ao sistema de ônibus, são fundamentais para atender à expansão da demanda pelo transporte de massa e para a melhoria da mobilidade urbana”.

Nas regiões onde ficam os sistemas analisados pela CNT, enquanto a população cresceu 6,2% entre 2010 e 2015, a frota dedicada ao transporte individual expandiu 24,5%. O resultado disso, conforme Clésio Andrade, foi o aumento da concorrência pelo espaço nas vias, congestionamentos e deslocamentos diários cada vez mais demorados. A malha do sistema metroferroviário, por sua vez, foi expandida apenas 6,7% nos últimos cinco anos.

De acordo com a CNT, o modal de transporte de passageiros sobre trilhos, por seu caráter estruturante do território, pela confiabilidade e pela grande capacidade de transporte que proporciona, pode contribuir para a melhoria da acessibilidade, da mobilidade e da qualidade de vida das populações dos aglomerados urbanos onde se inserem. “Com esse estudo, a CNT oferece mais uma contribuição para o desenvolvimento do setor de transporte”, afirma Clésio Andrade.

O trabalho analisou sistemas metroferroviários de Sobral, no Ceará, e das seguintes regiões metropolitanas: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Distrito
Federal (DF), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Teresina (PI, na região integrada com o Maranhão) e Cariri (CE). Nessas cidades-polo, 11,8 milhões (71,1%) de seus residentes trabalham fora de casa e retornam diariamente para seus domicílios. Desse total, 56,8% demoram, no mínimo, 30 minutos no percurso casa-trabalho.

Movimento

Em todo o Brasil, os sistemas metroferroviários transportam cerca de 2,5 bilhões de passageiros por ano. A Região Metropolitana de São Paulo representa 71,1% dessas viagens, o que corresponde a 1,8 bilhão de passageiros/ano somente nessa área.

Os maiores percentuais de entrada de passageiros concentram-se na região Sudeste, com 90,3% do total, seguida do Nordeste (5,7%) – sendo 4,6% apenas na Região Metropolitana do Recife -, do Sul (2,3%) e do Centro-Oeste (1,7%).

De acordo com o estudo da CNT, em cinco anos, de 2011 a 2015, o número de entradas de passageiros no sistema metroferroviário brasileiro, em dias úteis, aumentou 37,4%.

O presidente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), Joubert Flores, também reforça a necessidade de o Brasil expandir os seus sistemas metroferroviários, que devem operar sempre junto à rede de ônibus das cidades e regiões metropolitanas. “Para se ter um transporte que garanta a mobilidade nas grandes cidades, tem que oferecer um sistema estruturante, de alta capacidade, como o sobre trilhos. Isso deve acontecer sempre alimentado por outros sistemas de menor capacidade”, diz Joubert Flores.

A saturação da infraestrutura metroferroviária e os investimentos além do necessário diminuem o potencial de captação de usuários, apesar da demanda com tendência crescente. “O resultado impacta diretamente a movimentação de passageiros e os custos logísticos das empresas e a qualidade de vida da população”, também destaca o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.

O estudo da Confederação Nacional do Transporte mostrou que não houve no Brasil um critério geral para a implantação das redes sobre trilhos no país. Em muitos casos, os traçados dos sistemas existentes hoje aproveitaram antigas redes ferroviárias de cargas para o transporte de passageiros, como em Belo Horizonte. A CNT alerta que as decisões sobre implantação de sistemas metroferroviários devem sempre obedecer a critérios de demanda que justifiquem a seleção de modais de maior capacidade.


Janeiro/2017 – Revista CNT Transporte Atual

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Solução para o transporte público, VLT está abandonado em São Luís


Veículo leve sobre trilhos foi comprado às vésperas da eleição de 2012.
Obra consumiu quase R$ 8 milhões dos cofres públicos.

Um investimento que seria solução de transporte público no Maranhão acabou virando exemplo de desperdício

Dois vagões estão jogados ao relento. O veículo leve sobre trilhos era para atender 200 mil pessoas por dia, mas nunca levou ninguém a lugar nenhum, a não ser na viagem inaugural, onde percorreu 800 metros cheio de passageiros esperançosos, como mostram alguns vídeos na internet. “Isso aqui é um sonho. Eu não quero acordar desse sonho”, diz uma mulher.

Ficou só no sonho. Hoje, o veículo está se estragando com o tempo. A equipe do Jornal Nacional encontrou o VLT fora do galpão onde deveria estar guardado e já deteriorado. O veículo foi comprado em julho de 2012 pelo então prefeito João Castelo, do PSDB, dois meses antes das eleições municipais, sem análise técnica para o projeto ou previsão orçamentária.

Para o Ministério Público, uma obra eleitoreira. “Foi uma obra feita em cima da eleição, sem uma programação suficiente e sem recursos para essa obra continuar após a eleição. Tanto prova que não foi pago e a obra parou”, diz o promotor de justiça José Leonardo Pires Leal.

O projeto previa que fossem construídos 13 quilômetros de trilhos ligando a região central de São Luís ao bairro do Anjo da Guarda, que é um dos mais populosos da cidade. Mas apenas 800 metros foram colocados. A obra consumiu quase R$ 8 milhões dos cofres públicos.

Boa parte dos dormentes usados para fazer os trilhos foi roubada. Muitos trilhos foram cobertos de terra e pedras. A estação construída em um terminal de ônibus é usada como guarita para seguranças.

Depois das eleições de 2012, o prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior, do PDT, alugou um galpão para guardar o elefante branco. Foram gastos mais de R$ 400 mil com aluguel, até que a prefeitura conseguiu na justiça que a empresa que vendeu os vagões, a Bom Sinal Indústria e Comércio, passasse a pagar os custos do aluguel. Só que depois disso o VLT foi retirado de onde estava guardado e está debaixo de sol e chuva.

A prefeitura diz que um projeto para colocar o VLT em circulação está em análise no Ministério das Cidades. Enquanto isso, a população segue vendo o VLT só mesmo pela janela dos ônibus lotados.

A prefeitura de São Luís declarou que o projeto iniciado na gestão anterior não teve planejamento. O ex-prefeito João Castelo, do PSDB, morreu este mês. Já a empresa Bom Sinal Indústria e Comércio declarou que nunca foi notificada pela justiça sobre a responsabilidade de guardar os vagões até que eles sejam usados.


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Alckmin promete para julho estação que permitirá integração entres linhas 12-Safira e 13-Jade

19/06/2017 - Diário do Transporte

Umas das mais importantes e movimentadas estações da linha 13-Jade, da CPTM, que deve ligar a capital paulista à região do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, ficará pronta até o final do mês de julho. A promessa foi feita nesta segunda-feira, 19 de junho de 2017, pelo governador Geraldo Alckmin.

Juntamente com o Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães, Alckmin visitou o canteiro de obras da estação Engenheiro Goulart, o início da linha 13 e que faz parte da linha 12.

A estação vai permitir a integração entre as linhas 12-Safira (Brás-Calmon Viana) e 13-Jade (Engenheiro Goulart-Aeroporto).

De acordo com Alckmin, em entrevista coletiva no evento, também haverá uma passarela que fará ligação direta até o Parque do Tietê.

“A Estação Engenheiro Goulart está sendo praticamente reconstruída. Ela tinha 500 metros quadrados e será reaberta com 15 mil metros quadrados, 30 vezes maior. Terá elevadores, escadas rolantes, bicicletário, acessibilidade e uma passarela sobre a linha até o Parque do Tietê. Quando ela for reaberta, mês que vem, vai facilitar o acesso ao parque para cerca de 30 mil pessoas que vêm até ele a cada fim de semana”, explicou o governador.

Apesar de o governo do estado de São Paulo anunciar que as obras estão em ritmo acelerado, a linha 13-Jade deveria ficar pronta antes da Copa do Mundo, em 2014.

Em nota, o governo do Estado detalha algumas características da linha:

A Linha-13 Jade, que ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, no município de Guarulhos, representa um investimento total do Estado da ordem de R$ 2,2 bilhões. As obras contam também com financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A estimativa inicial é que 130 mil pessoas por dia sejam beneficiadas por essa nova opção de transporte mais eficiente, rápida e barata. O valor da tarifa será o mesmo cobrado em todo o sistema metroferroviário, que atualmente é de R$ 3,80.

A nova linha terá 12,2 quilômetros de extensão, sendo que uma parte do trajeto será feita em superfície (4,3 km) e outra em via elevada (7,9 km). No total serão duas novas estações: Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos, além da Estação Engenheiro Goulart, integrando com a Linha-12 Safira. Estão sendo construídas três subestações de energia e duas cabines seccionadoras.  A nova linha faz a transposição sobre os rios Tietê e Baquirivú-Guaçú, das rodovias Ayrton Senna, Hélio Smidt, Presidente Dutra, e da Avenida Monteiro Lobato.

O horário de operação será o mesmo praticado nas demais linhas da CPTM, das 4h à meia-noite. Todas as novas estações terão acessibilidade (elevadores, pisos podotáteis, comunicação em Braille, corrimãos e rampas adequadas) e escadas rolantes para conforto dos passageiros.

A integração com o sistema sobre pneus também está contemplada no projeto. A Estação Guarulhos-Cecap terá um dos acessos transpondo o viário, que permitirá integração com outros modais, a exemplo da Rodoviária de Guarulhos, e a Estação Aeroporto-Guarulhos terá um acesso que também permitirá a integração com o Terminal Metropolitano de Taboão (Guarulhos).


Assim, a Linha-13 representa um salto de qualidade na infraestrutura de mobilidade para os moradores dessas regiões, pois poderão se deslocar em 22 cidades do Estado por meio das linhas da CPTM, terão acesso à rede de metrô e ainda serão beneficiados com a redução do tráfego de veículos, hoje o principal meio de acesso ao Aeroporto Internacional GRU Airport.