quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Linha 9-Esmeralda irá até Varginha e deve atender 120 mil novos usuários

O Governo do Estado e o Ministério das Cidades autorizaram, nesta quinta-feira (19), a execução de dois contratos para as obras de extensão da Linha 9-Esmeralda, da CPTM, que vai ser ampliada para seguir de Grajaú a Varginha e ganhará duas novas estações.

A medida permite a liberação dos recursos do PAC da Mobilidade para o empreendimento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A assinatura foi feita pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, em reunião no Palácio dos Bandeirantes.

“A obra atenderá uma área importante da zona sul da capital paulista. Os usuários que moram próximo a Varginha não precisarão mais pegar ônibus para acessar a Linha 9-Esmeralda”, explica o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. “É o primeiro lote de recursos do Governo Federal na área, para a capital paulista, em vários anos, com investimentos que beneficiarão 120 mil pessoas”, acrescenta o secretário.

Obras
Os serviços englobam a implantação de sinalização das vias e do Sistema de Integração ao Centro de Controle Operacional do trecho de 4,5 km em construção, com o investimento total de R$ 91,8 milhões.

O valor total previsto para a obra de extensão da Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) é da ordem de R$ 790 milhões, dos quais R$ 500 milhões foram comprometidos pelo Governo Federal, verba que agora começa a ser liberada por meio do PAC da Mobilidade. Até o momento, a obra foi executada com recursos financeiros do Governo do Estado.

Um dos contratos teve como vencedor o Consórcio Integração (formado pelas empresas Spavias Engenharia e Telar Engenharia e Comércio), com o valor de R$ 49,3 milhões e prazo de 18 meses, mais seis de operação assistida. O segundo acordo foi assinado com a Alstom Brasil, sob a quantia de R$ 42,5 milhões e prazo de doze meses.

A Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) transporta cerca de 570 mil usuários por dia útil. A ampliação de 4,5 km entre Grajaú e Varginha, e a implantação das duas novas estações, Mendes-Vila Natal e Varginha, beneficiarão os moradores do extremo sul de São Paulo, Grajaú, Estrada dos Mendes, Varginha, Vila Natal, Jardim Icaraí, Jardim São Bernardo e Conjunto Residencial Palmares.

Conexões
Atualmente, a Linha 9-Esmeralda tem conexão com a Linha 5-Lilás, do Metrô, na Estação Santo Amaro, com a Linha 4-Amarela, do Metrô, na Estação Pinheiros, e com a Linha 8-Diamante, da CPTM, nas estações Osasco e Presidente Altino. Também há integração com ônibus nas estações Grajaú, Jurubatuba, Santo Amaro, Morumbi, Berrini, Pinheiros e Osasco.

A participação do Ministério das Cidades no projeto é resultado do Pacto da Mobilidade, criado por meio da Portaria nº 223, de 24 de abril de 2014. O objetivo do programa é permitir acessibilidade e mobilidade para os moradores da região sul da capital paulista, além de facilitar o acesso a todos os centros de serviços da metrópole.

19/10/2017 – Governo do Estado de SP


Falhas disparam em linhas novas, e metrô de SP tem pane a cada 3 dias

27/10/2017 - Folha de São Paulo
Duas das três linhas mais novas e modernas do metrô paulista tiveram disparada de falhas neste ano e ajudaram a rede a atingir a maior marca de panes desta década.
Os problemas nas linhas 5-lilás (Capão Redondo-Brooklin), administrada pelo governo estadual, e 4-amarela (Butantã-Luz), a cargo da iniciativa privada, ocorrem às vésperas de elas receberem uma nova avalanche de passageiros devido à entrega de estações final do mandato de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na linha 5, ocorreram entre janeiro e setembro deste ano 21 falhas graves, contra 3 em igual período de 2016, de acordo com informações obtidas pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.
Esses dados são chamados internamente de "incidentes notáveis" e incluem apenas as panes que geram transtornos aos passageiros e que duram mais de cinco minutos.
A gestão Alckmin, que pretende conceder a operação da linha 5 à iniciativa privada, atribui a disparada de falhas à implantação de um sistema de modernização –que deveria melhorar os serviços.
Esse sistema, que controla a circulação dos trens, é batizado de CBTC e foi comprado em 2008 pelo governo do Estado. Deveria estar totalmente implantado desde 2010.
Em tese, a nova tecnologia deveria permitir acompanhar a posição dos trens com maior precisão, levando à redução do tempo de espera pelos passageiros do metrô.
Alckmin planeja entregar mais sete estações da linha 5 até 2018, elevando a quantidade de passageiros nos próximos anos da casa de 260 mil para mais de 800 mil por dia.
O tucano tentará disputar a Presidência da República pelo PSDB no ano que vem –para isso, trava embate dentro do partido com João Doria, prefeito de São Paulo.

NOVOS TRENS

Na linha 4, que é operada pela concessionária ViaQuatro, as panes significativas saltaram de 8, em 2016, para 15, em 2017 –sempre na comparação entre os primeiros nove meses de cada ano.
Neste caso, a empresa inclui os casos em que há interrupção do serviço por tempo acima de três intervalos entre trens (que costuma ser de até três minutos em dias úteis e pode passar de cinco minutos aos domingos e feriados).
A ViaQuatro culpa os testes com novos trens. A linha deve receber três novas estações entre dezembro deste ano e julho de 2018: Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie e São Paulo-Morumbi.

CONTAGEM

As linhas 4 e 5 foram inauguradas neste século (2010 e 2002, respectivamente), enquanto as mais antigas, 1-azul e 3-vermelha, foram entregues na década de 1970.
Além dessas falhas classificadas como "incidentes notáveis", existem outras de menor impacto, que afetam os usuários diariamente, mas que não entram nesses critério da contagem oficial.
Em 2017, as panes graves nas seis linhas da rede do metrô chegaram a 93 até setembro –praticamente uma a cada três dias. No ano anterior, foram 80 no mesmo período.
A quantidade de problemas nos primeiros nove meses deste ano é recorde pelo menos desde 2010 –período em que começa a série histórica fornecida pelo Metrô.
Naquele ano, por exemplo, houve 13 falhas do tipo, mas havia só quatro linhas em funcionamento integral –a 4 havia acabado de ser entregue, e a linha 15-prata, de monotrilho, foi aberta em 2014.

'ALTA TEMPORÁRIA'

O Metrô, ligado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), e a ViaQuatro, concessionária da linha 4-amarela, afirmam que a alta neste ano do número de falhas graves –chamadas internamente de "incidentes notáveis"– se deve à implantação de novos sistemas de controle de trens e de novos trens em suas linhas.
Por isso, alegam que esse fenômeno era esperado e que as falhas devem diminuir quando as novas estações forem entregues, atraindo maior demanda de passageiros.
"Quando a gente coloca o sistema novo, o número de falhas é um pouco maior até ele se estabilizar", afirma o diretor de operações do Metrô paulista, Milton Gioia.
Ele se refere à implantação do sistema eletrônico CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) na linha 5-lilás, com a intenção de acompanhar a posição dos trens com maior precisão e reduzir os tempos de espera.
O Metrô está iniciando a troca do atual sistema de controle de trens nas linhas 1-azul e 3-vermelha, o que deve se prolongar respectivamente até 2020 e 2021.

MANUTENÇÃO

O pico das falhas na linha 5 ocorreu entre maio e julho.
O diretor do Metrô nega que a situação possa piorar diante do aumento do fluxo de passageiros com as novas estações que serão entregues.
Diz que, assim como em outras inaugurações, haverá uma etapa de testes com usuários –chamada de "operação assistida"– antes do funcionamento pleno da linha.
"Tudo isso é feito de maneira planejada pelo metrô de São Paulo para garantir segurança para os usuários."
Segundo Gioia, a maior parte da manutenção da linha 5 é feita pela própria estatal –com exceção de serviços como pintura. No entanto, quando ela for concedida à iniciativa privada, isso será responsabilidade da empresa que assumir a operação.
Enfrentando grave crise orçamentária, a estatal da gestão Alckmin teve no ano passado uma queda significativa de investimentos em operação e modernização.
O diretor do Metrô diz que a quantidade de falhas da rede tem padrão similar ao de outros metrôs do mundo, como Nova York e Londres, que são mais antigos e extensos.
"Os números de incidentes que temos hoje são compatíveis com os números dos maiores metrôs do mundo, todos aceitam até este valor, até um pouquinho mais do que isso."

NOVOS TRENS

Mauricio Dimitrov, diretor da ViaQuatro, diz que a alta do índice de falhas na linha 4-amarela se deve à introdução de novos trens no ramal.
Comprados em 2013, os trens estavam parados aguardando a abertura das estações da fase 2 da linha 4 (Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, por exemplo).
Diante da perspectiva de inaugurar essas paradas no ano que vem, a concessionária diz que começou a colocar novos trens para rodar.
Segundo Dimitrov, nas primeiras viagens dos novos trens é normal constatar falhas. Essa nova remessa apresentou falhas principalmente no controle de abertura e fechamento de portas.
Dimitrov afirma que isso não resulta necessariamente em desconforto ao usuário, já que muitas das ocorrências são contornadas sem que passageiros percebam.
Segundo a concessionária, todos os problemas com os novos trens estão solucionados e não serão um entrave à operação quando as novas estações forem inauguradas.

'LÍDER'

Com a disparada das falhas de 2016 para cá, a linha 5-lilás se tornou a mais problemática proporcionalmente ao número de passageiros –e não só devido aos trens.
Em média, de janeiro a setembro, foram 8,4 panes graves a cada cem mil usuários. Em segundo lugar nesta conta está a linha 1-azul, a mais antiga do metrô, com 2,3 falhas por cem mil passageiros. Já a linha 4-amarela teve índice de 2,2 –muito acima da marca de 1,2 no ano anterior.
A linha 5 também teve outros problemas além das panes, mesmo após a entrega de três novas estações em setembro: Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, que adicionaram 2,8 km.
Isso porque as inaugurações foram feitas sem que as obras de acabamento tivessem sido finalizadas.
Infiltrações, vazamentos, vidros estilhaçados e elevadores em manutenção ou quebrados foram falhas encontradas nas paradas.

EMERGÊNCIA

No trecho entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, houve falhas no sistema de controle uma semana depois de inaugurado, e a empresa teve de acionar um plano de emergência, que deu auxílio com 30 ônibus.
A linha apresentou também problemas nos sistemas de tração, pneus e sinalização e controle de portas, segundo um outro relatório obtido pela reportagem, que mostra a quantidade de vezes em que as equipes de manutenção foram acionadas para resolver problemas na rede metroviária.
Segundo esse relatório, as estações do sistema que mais apresentaram falhas desde 2012 são Sacomã (linha 2-verde), Santana (1-azul) e Luz (1-azul, 4-amarela e CPTM).


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Prefeito de Cuiabá desiste de VLT, e vai plantar palmeiras nos canteiros


23/10/2017 - Olhar Direto
Defensor intransigente do modal, tudo indica que a paciência do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá–Várzea Grande se esgotou. Ele anunciou na manhã de hoje, 23, que vai avaliar no final do ano o formato da licitação do transporte coletivo de Cuiabá e que, a partir do próximo mês, irá colocar em prática programa de plantio de palmeiras imperiais nas avenidas Rubens de Mendonça (CPA) e Fernando Correa da Costa.

“Cuiabá não pode pagar o pato do problema no qual se transformou o VLT, porque passou a ser obstáculo ao paisagismo e desenvolvimento urbano”, disparou Pinheiro, nesta segunda-feira (23), ao lançar as obras do Programa Saúde da Família (PSF), no Jockei Club (Grande Coxipó), na região Sul da Capital. No início do mandato, em janeiro, ele tinha prometido ao governador José Pedro Taques (PSDB) e ao secretário de Estado das Cidades, deputado Eilson Santos, que aguardaria o término do VLT.

Emanuel Pinheiro observou que tomou medidas por reconhecer que o imbróglio do VLT está longe de ter solução. “Por isso, tomei algumas medidas, como a retirada de gelos baianos (blocos de concreto), pinturas de meios-fios e preparo para o plantio. Porque vou plantar as palmeiras imperiais. O processo licitatório está em andamento, porque são espécies que têm de serem plantadas com as águas [época de chuvas]”, esclareceu o chefe do Poder Executivo de Cuiabá.
A decisão da Prefeitura Municipal é pelo plantio de ipês em toda a extensão da Avenida Miguel Sutil (Perimetral) e, também, palmeiras imperiais nas avenidas Fernando Correa da Costa e Rubens de Mendonça.

Transporte coletivo 

Sobre a licitação do transporte coletivo, como não há previsão de funcionamento do VLT, vai obedecer aos critérios conjunturais. “Estou decidindo com a equipe e, no final do ano, vou anunciar a minha decisão sobre a licitação do transporte”, ponderou ele.

 O prefeito reconhece que defendeu com veemência, na tribuna da Assembleia Legislativa, quando deputado estadual, a conclusão do modal. “O VLT foi minha bandeira, como deputado estadual, porque entendo ser melhor para Cuiabá e Várzea Grande, como qualidade de vida. Aliás, enxergo como mote de desenvolvimento urbano. Já passou da hora [de sua conclusão]. Hoje passou a ser obstáculo ao desenvolvimento de Cuiabá”, sintetizou o chefe do Poder Executivo da Capital.

Até mesmo algumas obras pensadas para a cidade estão emperradas pelo VLT. “Desejo colocar elevador na passarela do Coxipó e não vamos conseguir colocar, porque vai passar o VLT. Desejo reformar a passarela da Trescinco, na Avenida Fernando Correa. Não posso, porque vão passar o VLT e tenho que fazer meia boca. Então, o VLT está emperrando o desenvolvimento urbano”, complementou Pinheiro. Ele não marcou data para lançar o programa destinado ao plantio de palmeiras imperiais nas Avenidas cortadas pelo VLT.

NOTA DO TRANSURPASS: Um escândalo envolvendo os recursos públicos. Já gastaram mais de R$ 1 bilhão e agora vão abandonar a obra. A Justiça e a Polícia têm que apurar as responsabilidades e punir os responsáveis.


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Santos lidera ranking de urbanismo no País



Implantação do VLT no Município ajudou a melhorar a qualidade do transporte (Foto: Irandy Ribas/AT)

Estudo inclui o Município entre os 10 do País com as melhores condições para fazer negócios
Implantação do VLT no Município ajudou a melhorar a qualidade do transporte
Investimentos em inovação, tecnologia e obras de infraestrutura garantiram a Santos a liderança no ranking de urbanismo. É o que aponta levantamento da Connected Smart Cities da Urban Systems, especializada em análise de dados demográficos em mapas digitais. Estudo anterior da mesma empresa incluiu o Município entre os 10 do País com as melhores condições para se fazer negócios.
A Cidade avançou cinco posições em relação ao ranking de 2016 referente ao urbanismo – quando ocupava o sexto posto. Tirou, assim, o topo até então ocupado por Curitiba, no Paraná (atual terceira colocada). Belo Horizonte aparece na segunda colocação, seguida por Maringá (PR) e Jundiaí (SP), quarto e quinto colocados, respectivamente. Praia Grande é a segunda cidade da região mais bem colocada, no 48º posto.
Um dos motivos responsáveis pela liderança santista é a legislação do planejamento urbano. A Cidade é uma das únicas do Brasil a contar com dispositivo legal que prevê o crescimento ordenado. “A lei precisa ser atualizada para se adequar à realidade”, diz o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
O estudo indica ainda a implantação do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a integração desse modal aos coletivos. O secretário municipal de Governo, Rogério Santos, aponta que inovações no transporte público fez melhorar a posição santista no ranking.
“Adotamos o primeiro ônibus movido a energia elétrica. E também híbrido (combustível e fontes alternativas). Só existem 41 veículos desse tipo no País”, destaca.
Outros pontos destacados foram as ações que devem tornar Santos uma cidade inteligente, após a conclusão do Centro de Controle Operacional (CCO). A unidade vai unificar serviços e órgãos de Segurança, Trânsito e Serviços Públicos, tornando mais veloz ações em situações de crise e de grandes mobilizações. Barbosa explica que o espaço será responsável por tornar digital todos ps processos da Administração. “Significa menor tempo de resposta nas demandas da Prefeitura”, diz.
O estudo leva em consideração 13 critérios para montar o ranking de urbanismo, divididos em setores como transportes, planejamento urbano, arborização e atendimento à população de serviços como água e de esgoto.
Negócios
Santos melhorou sete posições no ranking de melhores cidades do Brasil para investir em negócios. O Município ficou na 10º colocação em estudo da consultoria Urban Systems – no ano passado, ocupava a 17º posição. A empresa indica que a Cidade apresenta indicadores econômicos e sociais acima da média nacional, como despesas com saúde e oferta de ensino superior.
O secretário de Governo destaca programas de estímulo à economia criativa ao empreendedorismo. Ele diz que Santos registrou um aumento de 21% na criação de Microempreendedores Individuais (MEIs).
“Hoje, 85% das empresas de baixo risco (ambiental) recebem alvará de funcionamento em até quatro dias”. Ele pretende reduzir o prazo para no máximo 72 horas.
A menor carga burocrática também vai beneficiar companhias de grande porte. O prazo médio para que elas comecem a funcionar é de até 180 dias. O plano é que esse tempo caia pela metade. “O Poder Público tem que criar condições para facilitar a atração de novas empresas, gerando assim emprego e renda”, resume Barbosa.
14/10/2017 – Jornal A Tribuna


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Passageiros no VLT de Sobral triplicam após tarifa a R$ 1


 10/10/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
O fluxo de passageiros no VLT de Sobral aumentou quase 300% a partir do último dia 19 de setembro, quando a tarifa para acesso aos trens foi reduzida para R$ 1. Da data de implantação do novo preço até o fim de setembro, um total de 32.468 pessoas utilizaram o serviço – média de 2.951 pessoas por dia. No mesmo período de 11 dias antes do aumento, a média de passageiros por dia foi de 769 passageiros. O crescimento foi de 283,74%.


Convênio assinado pela direção da Cia Cearense de Transportes Metropolitanos e a Prefeitura de Sobral no dia 18 de setembro permitiu a redução da passagem de R$ 3 para R$ 1 a partir do dia seguinte. O convênio foi assinado durante visita do prefeito Ivo Gomes à sede do Metrofor, em Fortaleza. O presidente da empresa, Eduardo Hotz, explicou que o convênio com o governo municipal faz parte de esforços que já estavam acontecendo para facilitar o acesso da população.

“O serviço foi ampliado no fim do ano passado e com isso a tarifa ficou num patamar compreendido pela população como elevado, em relação ao padrão anterior, que era um serviço gratuito. Por isso, criamos um programa de descontos em passagens por compra antecipada e isso evoluiu para esse entendimento com a Prefeitura”, explicou o gestor. Através do convênio, Prefeitura de Sobral subsidia parte da passagem do VLT.

Diversas melhorias no serviço ferroviário de Sobral aconteceram nos últimos meses. Em dezembro do ano passado, a Cia Cearense de Transportes Metropolitanos ampliou o horário de funcionamento e estabeleceu a operação de 5h30 até 23h, de segunda a sábado. Em abril deste ano, os passageiros passaram a contar com os benefícios do sistema de bilhetagem eletrônica. E no mesmo mês foram implementados os pacotes de passagens com descontos – que não são comercializados após tarifa a R$ 1.

Distribuídos em duas linhas (Norte e Sul), o VLT passa pelos principais bairros e regiões da cidade, cobrindo um percurso de 13,9 quilômetros. Com 12 estações, o Veículo Leve sobre Trilho atende mais adequadamente às necessidades de trabalhadores, empresas e estudantes, no horário matutino e no horário noturno. Os horários das viagens nas duas linhas do VLT de Sobral podem ser consultados no site do Metrofor (www.metrofor.ce.gov.br).

SERVIÇO
VLT de SOBRAL
R$ 1 (inteira) | R$ 0,50 (meia)
Horário de funcionamento: 5h30 às 23h
Mais info: www.metrofor.ce.gov.br


Novela sobre metrô de Fortaleza vai parar no STJ


10/10/2017 - O Globo

Chegou às mãos do ministro Gurgel de Faria, do STJ, o imbróglio em torno da ampliação do metrô de Fortaleza. A Cetenco, construtora paulista que deixou a obra depois de 6 meses sem receber, cobra na Justiça os R$ 40 milhões que gastou no empreendimento.

O governo do Ceará criou um novo consórcio para tocar a obra e não quer pagar os atrasados. A construtora pede que seja respeitada a ordem cronológica dos pagamentos - primeiro deve-se quitar o passivo atrasado antes de pagar qualquer coisa ao novo consórcio.


O caso foi distribuído para Gurgel de Faria na quinta-feira e ele já solicitou parecer do Ministério Público Federal sobre o caso. A obra, orçada em R$ 2,3 bilhões, está parada desde fevereiro de 2015 e avançou apenas 1%. É a maior licitação pública em andamento no país.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Com abertura de estação na Central, número de usuários do VLT deve crescer 40%


20/10/2017 - O GLOBO
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) terá seu teste de fogo a partir deste sábado, quando será inaugurada a Estação Central, que completa o traçado previsto para a Linha 2 do bonde moderno. Última estação aberta no trajeto entre a Rodoviária e a Praça Quinze, ela é considerada estratégica para o sistema. Vizinha da Central do Brasil e do Terminal Américo Fontenelle, por onde passam 54 linhas de ônibus intermunicipais, a estação deve ser responsável pelo aumento no número de usuários do sistema. A previsão é que cerca de 20 mil novos passageiros embarquem por dia no local, elevando em 40% o movimento das Linhas 1 e 2, que hoje transportam, juntas, entre 45 mil e 50 mil pessoas por dia.

A concessionária que administra o bonde — cuja primeira linha, ligando o Aeroporto Santos Dumont à Rodoviária Novo Rio, foi inaugurada em junho de 2016 — garante estar preparada para o aumento da demanda. A frota de 32 trens, com capacidade para 420 passageiros, cada, foi projetada para receber até 200 mil pessoas por dia, quando o serviço estiver a pleno vapor. Ainda falta entrar em operação a Linha 3, que ligará a Central ao Aeroporto Santos Dumont por um trajeto alternativo, e cujas obras estão previstas para começar em março do ano que vem. Enquanto isso não acontece, estarão em operação a partir de amanhã nove trens na Linha 1 e outros nove na Linha 2.

FALTA ACERTO COM MODAIS

Hoje, a concessionária VLT Carioca diz que não sabe se alcançará o número de passageiros projetado inicialmente. Novos estudos de demanda estão em elaboração. Mas, para os usuários, o que vem preocupando é outro assunto: a falta de integração do VLT com outros modais. O sistema ainda não opera em conjunto com trens, metrô e ônibus intermunicipais — e a Central do Brasil é justamente o local onde há grande oferta dos três. Atualmente, a integração só é possível com linhas de ônibus municipais, através do Bilhete Único Carioca. O usuário, quando utiliza os dois meios de transporte, paga R$ 3,80 — R$ 3,60 pelo ônibus e R$ 0,20 pela viagem no VLT. Se o bonde for usado sozinho, custa R$ 3,80.

— Ainda estamos negociando com o Estado a integração com os outros meios de transporte, mas ainda não temos um prazo — diz Paulo Fernando Mainenti Ferreira, diretor de operações da concessionária VLT Carioca.

Enquanto a integração do VLT com os trens não sai do papel, o comerciário Alexandre de Souza Cavalcanti, de 32 anos, faz cálculos de como economizar tempo e dinheiro. Morador do Méier, ele utiliza o trem diariamente até a Central, pagando R$ 4,20 pela passagem. De lá, ele costuma ir a pé até o trabalho, numa lanchonete na Avenida Rio Branco. Agora, com o novo trajeto do VLT, ele está na dúvida se é mais vantajoso continuar pegando o trem e ir andando até o serviço, ou se é melhor usar a integração ônibus-VLT, por R$ 3,80. Apesar de custar menos, essa opção pode significar, segundo ele, mais tempo de deslocamento por conta do trânsito.

— De trem, eu pago R$ 4,20. A integração do ônibus com o VLT vai me permitir economizar algum dinheiro no fim do mês. Minha única dúvida é se vai valer a pena poupar e ficar mais tempo no trânsito. Mas, como entro no trabalho cedo, pode ser que não esteja tão engarrafado assim — diz Alexandre.

Os passageiros que pegam a Linha 2 são hoje obrigados a saltar na Saara. Com a abertura da Estação Central, vão conseguir chegar até a Rodoviária. Ontem, uma equipe do GLOBO acompanhou os preparativos finais para a abertura do novo ponto de embarque e desembarque e percorreu o trecho com os técnicos do VLT. Da Praça da República (Estação Saara), a composição atravessa a Avenida Presidente Vargas e passa nas imediações do Comando Militar do Leste (CML). Da Central, o trem segue por um antigo túnel ferroviário que, no passado, era usado para levar carga até o Porto do Rio, e que há anos estava desativado. Em seguida, atravessa Rua da América (um dos principais acessos ao Morro da Providência) até chegar à estação da Vila Olímpica da Gamboa. A partir daí, o trecho é compartilhado com os trens da Linha 1 até chegar à Rodoviária. A previsão é que a volta completa na Linha 2 seja feita entre 27 e 30 minutos. Hoje, os deslocamentos na Linha 1 levam 24 minutos.

O novo trecho já vem sendo percorrido pelos bondes em testes operacionais, sem passageiros, desde o fim de agosto. Agora, como ocorreu quando outras estações foram abertas, a entrada será gratuita para usuários que embarcarem na Central. A previsão é que a passagem comece a ser cobrada somente no fim do ano. Mas é preciso ficar atento: embora o valor não seja cobrado, é preciso validar o bilhete dentro do VLT ao entrar na estação Central.

Durante os primeiros meses de funcionamento, a operação do VLT ocorrerá em horário diferenciado no percurso Central-Rodoviária: será das 6h às 20 h. O trecho entre a Central e a Praça 15 terá o mesmo horário do resto do sistema: vai funcionar das 6 h à meia-noite.

Paulo Fernando Mainenti Ferreira acrescentou que a concessionária VLT Carioca não está preocupada com um possível aumento no número de calotes nas viagens com a entrada de novos usuários no sistema. Segundo ele, o percentual de passageiros que viajam sem pagar chega a no máximo 10% no Rio de Janeiro enquanto que em algumas cidades da Europa passa dos 40%. A Guarda Municipal, por sua vez, mantém agentes trabalhando na fiscalização do sistema. Entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano, já foram aplicadas 8.970 multas, uma média de 690 por mês. O recorde ocorreu em fevereiro deste ano, quando 950 usuários foram notificados O valor da multa é de R$ 170. O total arrecadado até o fim da primeira quinzena de outubro chegou a R$ 337.522,70. Muitos usuários recorreram da punição ou estão inadimplentes.

LINHA 3 PREVISTA PARA OPERAR EM 2018


As obras da Linha 3 do VLT, devem sair do papel e serem concluídas no ano que vem. Com 8,1 quilômetros, e dez estações, o projeto prevê a abertura de três novas estações ao longo da Rua Visconde de Inhaúma e é considerado uma obra complexa porque exigirá uma série de mudanças no trânsito do Centro do Rio durante as intervenções. As outras sete estações ficarão em percursos coincidentes com as Linhas 1 e 2. Em 2012, quando o projeto foi lançado, a prefeitura previa que todos os serviços estariam em operação até junho de 2016. Ao longo do tempo, o cronograma, no entanto, passou por várias revisões. O traçado original sofreu modificações e foi preciso reduzir o ritmo das obras para remanejar tubulações de prestadoras de serviço, como Cedae e Light, e até mesmo por conta de achados de interesse arqueológico, nas imediações da Sete de Setembro.