domingo, 14 de novembro de 2021

Aeromóvel da Trensurb volta a operar

 

  • 21/10/2021

Foto: Gabrielli Zanfran/Trensurb

Linha que liga estação do metrô ao Aeroporto Salgado Filho retoma funcionamento diário das 6h15 às 22h15.

Desde a manhã desta quinta-feira (21), a linha do aeromóvel operada pela Trensurb está novamente operacional, transportando usuários entre a Estação Aeroporto do metrô e o Terminal de Passageiros do Salgado Filho. O trajeto de 814 metros é percorrido em 2 minutos e 30 segundos. O funcionamento é diário, das 6h15 às 22h15, oferecendo integração entre metrô e aeroporto sem custo adicional para os passageiros dos trens.

O serviço esteve suspenso desde 1º de setembro por falha nos inversores de frequência dos grupos motopropulsores da linha. Tratam-se de componentes cujo diagnóstico e manutenção demandam mão de obra especializada e que contam com um único centro de serviços para reparo no Brasil autorizado pelo fabricante. Desse modo, a Trensurb realizou a contratação do serviço de assistência técnica, executado na última semana. Após testes conduzidos ao longo dos últimos dias, foi possível o restabelecimento do funcionamento da linha.

21/10/2021 – Trensurb

 

 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Governo de Minas abre consulta pública sobre concessão do metrô


 11/11/2021 Diário do Comércio (MG) Notícias da Imprensa

Crédito: Alisson J. Silva / Arquivo DC

Diário do Comércio (MG) – O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), abre, nesta quarta-feira (10), consulta pública sobre o projeto de concessão do metrô de Belo Horizonte. Até 10 de dezembro, os interessados poderão enviar propostas de melhorias e alterações sobre os estudos e os documentos em apreciação.

O projeto, estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e conduzido em parceria com o governo federal, prevê a modernização e a ampliação da Linha 1, além da conclusão da construção da Linha 2, assim como a operação dos serviços por 30 anos.

De acordo com o governo estadual, a iniciativa inédita associa a venda da empresa pública federal à concessão dos serviços pelo Estado, com a outorga de melhoria, ampliação, construção e operação do metrô da capital mineira.

A modelagem tem por objetivo atrair a expertise privada para a ampliação e a operação do sistema de transporte, com mais eficiência e facilidade para acessar novas tecnologias necessárias à modernização dos serviços.

As informações sobre a concessão, o formulário e o regulamento com a forma de participação na consulta pública estão disponíveis no site da Seinfra e, também, no portal da Unidade de PPP do Governo de Minas Gerais. Informações e esclarecimentos adicionais podem ser obtidos pelo endereço de e-mail concessaometro@infraestrutura.mg.gov.br.

Projeto

O projeto prevê a ampliação da Linha 1 até a Estação Novo Eldorado, em Contagem, agregando ao trajeto cerca de um quilômetro de extensão. Além disso, está prevista a conclusão da construção da Linha 2, cujas obras foram iniciadas em 1998 e paralisadas em 2004.

Serão destinados R$ 3,2 bilhões para o metrô de Belo Horizonte, sendo R$ 2,8 bilhões do governo federal e cerca de R$ 428 milhões do Governo de Minas, provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

Fonte: https://diariodocomercio.com.br/economia/governo-de-minas-abre-consulta-publica-sobre-concessao-do-metro


Bolsonaro libera R$ 2,8 bi para privatização do metrô de BH e diz que BNDES está à frente do projeto

 01/10/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa

Metrô de Belo Horizonte — Foto: CBTU/Divulgação

Valor Econômico – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quinta-feira (30), em evento na capital mineira, projeto de lei que abre crédito especial de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões serão destinados à desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em discurso, Bolsonaro destacou que a modelagem do projeto de privatização do metrô de BH está sendo feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto também vai destinar R$ 66 milhões para obras do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), R$ 33 milhões em fomento para o setor agropecuário, R$ 22 milhões para projetos de infraestrutura hídrica da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), entre outros.

“Mesmo com menos recursos, estamos apresentando mais trabalho”, disse o presidente, em tom de campanha, acrescentando que sua gestão de quatro anos será comparada com 14 anos de mandatos do PT. O presidente também disse que chega a 1000 dias de governo sem corrupção.

Elogios e investimentos em vacinas
Na cerimônia, o presidente elogiou a administração do governador Romeu Zema (Novo), que o tem apoiado desde as eleições de 2018. Zema chegou a sofrer pressão do partido para fazer oposição a Bolsonaro, seguindo a orientação geral da legenda. Mas esta é a segunda vez no mês que o governador mineiro divide o o palanque com o mandatário.

“Como é bom ter um governador da estatura do Romeu Zema. Homem que ninguém conhecia, uma surpresa sua ascensão. Outros ascenderam, mas o ego subiu à cabeça. A humildade do Zema é o sucesso de seu trabalho em Minas”, afirmou Bolsonaro.

Zema ressaltou que tem trabalhado em conjunto com o governo federal para resolver questões antigas do Estado. Entre elas, a expansão do metrô de BH, que vai receber recursos de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões em crédito especial do governo federal e o restante em investimento do Estado.

“Esse investimento é esperado há décadas e finalmente se torna realidade”, disse Zema. O governador estima que o edital de concessão do metrô será lançado em março de 2022 e que a privatização saia antes da construção da Linha 2.

Zema também destacou a criação do Centro Nacional de Vacinas em parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O centro vai receber R$ 30 milhões de investimento do governo mineiro e R$ 80 milhões do governo federal.

“Vamos nos transformar numa Oxford brasileira. Após a inauguração deste centro, vamos congregar o que há de mais moderno na produção de vacinas com a indústria. Não vamos apenas trazer as tecnologias como fazemos hoje”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, durante o evento, em que os mandatários não falaram com a imprensa.

Fonte: https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/09/30/bolso

Um mês após decisão judicial, estado decide transformar estação da Leopoldina em mercado público

 26/10/2021 O Globo Notícias da Imprensa

A estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho, no Centro do Rio: nova promessa de reforma após sentença judicial Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Globo – Um mês depois de o juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, condenar a concessionária SuperVia, bem como a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados à estação de Leopoldina, o estado confirma que pretende transformar o local num grande mercado público, com produtos da agricultura e da gastronomia fluminenses. A informação foi divulgada por Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO. Não há detalhes do que será feito, e o projeto, segundo o governo, ficará pronto até o fim do ano.

Conforme decisão do juiz, de 24 de setembro, a Central Logística e a União têm 120 dias, a partir da notificação, para apresentar o projeto de reforma do prédio principal e do anexo da Leopoldina ao Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A execução das obras não poderá exceder a um ano.

Outros prazos, de 15 e 30 dias, foram fixados na sentença para ações emergenciais. A Justiça Federal informou, no entanto, que a SuperVia ingressou com um recurso (embargos de declaração), no último dia 4, em primeira instância, ainda não julgado. Contrarrazões foram entregues ao juízo nos dias 7, pelo Ministério Público Federal (MPF), e 22 de outubro, pelo estado.

Os réus que descumprirem os prazos determinados na sentença estão sujeitos a multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões.

Inspiração na Espanha
A Secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra) foi encarregada pelo governador Cláudio Castro de detalhar o projeto do mercado. A ideia é inspirada nos mercados públicos espanhóis, como o La Boqueria, em Barcelona, com mais de 2.500 metros quadrados, que virou atração turística.

Mas, enquanto o projeto não se materializa, a Leopoldina convive com janelas quebradas, fachada pichada e restos de telas de obras iniciadas e não acabadas. O estado da estação, com seus quatro andares, de frente para a Rua Francisco Bicalho, no Centro, é “deplorável” e “digno de dar vergonha”, de acordo com o juiz Espírito Santo.

O prédio é de dezembro de 1926. Foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). E foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil.

Na sentença de 24 de setembro, Espírito Santo deu prazo de 15 dias para a SuperVia promover, em até 15 dias, “a completa limpeza da gare, plataformas e do terreno adjacente, inclusive com a retirada da vegetação daninha, e que efetue a conservação e limpeza das referidas áreas, com periodicidade mínima de 30 dias.” Foi determinado ainda que concessionária apresente ao Iphan, em até 120 dias, projeto executivo de reforma da gare e das plataformas. A empresa afirmou que ” tem cumprido todas as determinações fixadas na sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública nos prazos estabelecidos” e que “se reserva ao direito de ingressar com eventual recurso processual cabível”.

Já para a Central, além dos 120 dias para a reforma, o magistrado fixou até 30 dias para “a retirada e o armazenamento adequado de todos os arquivos, mapas e documentos históricos que se encontram indevidamente depositados no prédio principal da estação Leopoldina”. O mesmo prazo foi dado para que a concessionária instale “nova rede de proteção no entorno de todo o prédio, de forma a impedir que pedaços de revestimento atinjam transeuntes”.

Por e-mail, a Central garantiu que a decisão judicial está sendo cumprida. “A retirada dos bens móveis já foi iniciada e deverá ser concluída no prazo estabelecido na sentença. Além disso, a Central já iniciou o processo de contratação da empresa que substituirá a tela de proteção da fachada do prédio”, disse a empresa.

Também por e-mail, a Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que “já oficiou o órgão responsável pelo patrimônio da União para a adoção das providências necessárias à conservação do imóvel”.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/um-mes-apos-decisao-judicial-estado-decide-transformar-estacao-da-leopoldina-em-mercado-publico-1-25251142

Justiça impõe multa diária de R$ 30 mil para que SuperVia, governo do estado e União restaurem a estação da Leopoldina

29/09/2021 O Globo Notícias da Imprensa

Fachada da estação: pichações, sujeira e ferrugem no prédio tombado pelo patrimônio Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Globo – Janelas quebradas, fachada pichada, fissuras, restos de telas de obras iniciadas e não concluídas. O estado da Estação Ferroviária Barão de Mauá, a Leopoldina, é “deplorável” e “digno de dar vergonha”, afirma o juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, na sentença que condenou a concessionária SuperVia, bem como a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados ao espaço, inaugurado em 6 de dezembro de 1926. Os réus que descumprirem os prazos fixados na decisão estão sujeitos a multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões.

Com seus quatro andares na Avenida Francisco Bicalho, no Centro, esse patrimônio cultural e histórico foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil. O terminal de trens Barão de Mauá foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac).

— O arquiteto se inspirou nas estações inglesas eduardianas (variante do estilo neobarroco) do século XX. Nunca foi completada. Visava a unificar os serviços da Estrada de Ferro Leopoldina, que, naquela época, era administrada por um grupo inglês, que, em 1946, foi nacionalizado e incorporado pela Rede Ferroviária Federal — explica o historiador Milton Teixeira. — Dali, saíam o Trem de Prata, que ia para São Paulo, e o Trem de Ouro, para Minas Gerais.

Depois que fechou as catracas para os passageiros, houve muitos projetos para o espaço, lembra Teixeira:

— Seria museu, shopping center, sede do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Absolutamente nada saiu do papel. No interior, há riquíssimos mármores e placas de bronze. Nos terrenos à volta, estão apodrecendo máquinas ferroviárias antigas. Há até um vagão e uma locomotiva da antiga Estrada de Ferro do Corcovado, de 1909. Estamos perdendo história. Em qualquer lugar do mundo, a estação estaria sendo bem aproveitada. Aqui, ao contrário. Há alguns anos promoviam bailes ali dentro. Imagina o que acontecia de vandalismo.

Desde 2013, o Ministério Público Federal tenta na Justiça que o imóvel seja recuperado. Na sentença da última sexta-feira, o juiz Paulo André Espirito Santo afirma que os réus vêm descumprindo reiteradamente uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), de 2017. Por isso, diz ele, foi acatada a tutela de urgência para que os reparos sejam iniciados. O documento cita ainda que não está excluída a possibilidade de responsabilização dos gestores no futuro.

Risco de incêndio
Segundo a decisão, a Central, o Estado do Rio de Janeiro e a União devem iniciar a retirada de documentos e móveis, bem como instalar tela de proteção no prédio principal e no anexo no prazo máximo de 30 dias, além de apresentar ao Iphan o projeto de reforma completa do espaço. A concessionária SuperVia, por sua vez, terá que iniciar em até 15 dias a limpeza completa e a conservação da gare, da plataforma e do terreno adjacente. E também apresentar ao Iphan o projeto de reforma dessas instalações. O juiz determinou também que o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Defesa Civil do estado sejam citados “pelo risco iminente” de incêndio. A sentença não estipula prazo para início e conclusão de obras.

Contra a decisão, não cabe mais recurso em primeira instância. Só ao TRF2 e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além dos laudos periciais, com fotos e análise da situação da estação, Espirito Santo informa que vistoriou o local. “Ter visto de perto toda aquela degradação, por ocasião da inspeção judicial, foi de uma tristeza só”, ressalta ele na sentença de 62 páginas. “E pior: passar por lá de carro, aumenta ainda mais essa tristeza e a sensação de vergonha. Essa situação decrépita ninguém disse ao juízo ou foi lida em algum lugar: ela foi constatada in loco, em março de 2016, por conta da inspeção judicial. E pode ser percebida ainda hoje por qualquer cidadão que passar pelo local”, acrescenta.

A vistoria, conforme a sentença, demonstra que o imóvel, em geral, precisa ser reformado, “dada a existência de infiltrações, manchas, mofo, corrosão de ferragens e acabamentos de pintura, além de fissuras, trincas e rachaduras em fachadas, pisos, vigas, mísulas, pilares, paredes e tetos”. Um dos problemas encontrados foi o de corrosão das ferragens expostas de vigas. O juiz cita “inúmeras rachaduras em estado avançado”, mas ressalta que não há risco de o prédio desabar.

‘Olhos fechados’
A sentença do juiz não poupa as autoridades responsáveis pela estação. Segundo o magistrado, “se tal situação ocorresse num país de primeiro mundo, dito desenvolvido, os gestores da empresa responsável pela manutenção ou o chefe do Poder Executivo titular da gestão (federal ou estadual) viriam a público pedir desculpas à população”. Espirito Santo escreveu que “não se consegue imaginar uma situação como essa da Estação Leopoldina num país europeu que, ao contrário do nosso, não fecha os olhos para a história e para os signos representativos da cultura nacional”.

Por e-mail, a SuperVia diz que está ciente do documento e analisando a decisão judicial a fim de adotar as providências cabíveis”.

Também por e-mail, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que o órgão recebeu ontem a intimação e “já vem buscando entendimento junto ao Estado do Rio por uma solução definitiva, uma vez que cada ente, União e estado, é proprietário de metade do imóvel”. Acrescenta que “o acordo busca cumprir as obrigações de caráter solidário e assegurar a adequada preservação do bem histórico”.

A assessoria jurídica da Secretaria estadual de Transportes foi notificada na tarde de anteontem e está dando ciência da sentença à Central Logística, responsável pela administração do patrimônio. E a Central ressalta que “não há qualquer descumprimento à decisão judicial e que já concentra esforços para cumprir os prazos estabelecidos”.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/justica-impoe-multa-diaria-de-30-mil-para-que-supervia-governo-do-estado-uniao-restaurem-estacao-da-leopoldina-2-25216849

 

Linha de monotrilho do aeroporto de Congonhas faz 10 anos inacabada e com incertezas

13/09/2021 Folha de S. Paulo Notícias da Imprensa

Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Folha de S. Paulo – Há dez anos, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinava em Paraisópolis (zona sul de SP) o contrato de implantação da linha 17-ouro para construir o monotrilho do metrô.

O bairro foi escolhido porque receberia uma das 18 estações do modal, previsto para ficar pronto antes da Copa do Mundo de 2014, ao custo de R$ 3,1 bilhões.

A Copa se foi e até hoje as obras não estão perto de terminar. A nova previsão é que elas acabem no fim do ano que vem, ao custo de R$ 4,5 bilhões. Nesse primeiro trecho, serão apenas oito estações —sem previsão se um dia haverá a tão esperada estação de Paraisópolis.

Menor e proporcionalmente mais caro que o plano original, o traçado dessa primeira etapa conecta o Morumbi ao aeroporto de Congonhas. A previsão dos especialistas é que os primeiros meses após a inauguração devem ser imprevisíveis —isso porque a nova linha usa uma tecnologia diferente das que funcionam atualmente no Brasil.

Na época do anúncio do monotrilho, modelo então desconhecido no país, o modal era uma promessa de obra rápida e barata. Espécie de trem com rodas que anda sobre uma estrutura elevada, ele virou sinônimo de obra parada para os paulistanos que há uma década passam por ela.

Hoje, o modelo é bastante criticado, tanto pelas falhas onde foi implantado quanto pelo baixo custo-benefício.

A previsão é que a linha 17-ouro atenda 165.220 passageiros por dia útil em 2023, segundo dados do Metrô. Com uma extensão parecida ao do monotrilho, por exemplo, o corredor de ônibus Berrini atende 169 mil pessoas por dia, segundo dados da SPTrans.

A diferença é que os corredores de ônibus são muito mais baratos, mesmo no caso dos BRTs.

Contando os 7,8 km de extensão de obras (e não apenas os 6,7 km operacionais), o custo por quilômetro da linha 17 é de cerca de R$ 580 milhões. Embora os preços variem, um BRT, espécie de corredor de ônibus de qualidade superior, poderia ser feito por cerca de R$ 100 milhões/km, afirmam especialistas ouvidos pela reportagem.

Já um metrô tem custo variado, oscilando entre cerca de R$ 750 milhões para uma unidade de superfície até por volta de R$ 1,7 bilhão no caso de equipamento subterrâneo, de acordo com estimativas de técnicos —ele, porém, tem pelo menos o dobro de capacidade de um monotrilho.

Após a assinatura do contrato da linha 17 em 30 de julho de 2011, as obras começaram em 2012. Em 2014, uma morte foi registrada nos trabalhos, quando uma viga caiu sobre operário, iniciando um período de percalços durante as obras.

Ao longo dos anos, viveu uma rotina de paralisações ou quase paralisações, tanto por questões judiciais quanto por problemas envolvendo as empresas.

Secretário de Transportes Metropolitanos na gestão Geraldo Alckmin, Clodoaldo Pelissioni cita uma série de imbróglios que afetaram o cronograma das obras.

“Nós procuramos dar um encaminhamento correto dentro da lei para que as obras fossem concluídas e tivemos contratempos. Empreiteiras envolvidas na Lava Jato, Justiça negando um acordo que até o promotor concordou, a questão da desistência da fornecedora de trens [a malasiana Scomi] e nós deixamos tudo encaminhado para que próxima gestão pudesse dar o encaminhamento”, disse, acrescentando que no período avançaram obras da linha 5-lilás, 4-amarela e 15-prata.

Em 2019, já na gestão João Doria (PSDB), o Consórcio Monotrilho Integração, liderado pela Andrade Gutierrez, foi retirado da obra por não cumprir o cronograma e multado em R$ 88 milhões.

Em dezembro do ano passado, o governador anunciou a retomada dos trabalhos com prazo de término até dezembro de 2022. A obra é dividida em diferentes contratos, sendo os três principais de fornecimento de trens, de construção especificamente da estação Morumbi e de construção civil.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Fundo Mubadala assume Metrô do Rio por R$ 1,8 bi

 09/11/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa

MetrôRio / Divulgação

Valor Econômico – O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, assumiu ontem o controle do Metrô do Rio de Janeiro, que até então pertencia à Invepar, a holding de infraestrutura e transportes controlada pelos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros. Na operação, avaliada em R$ 1,8 bilhão, houve troca de parte da dívida da Invepar com o Mubadala e os fundos de pensão por ações do Metrô Rio e do Metrô Barra, concessionárias que operam o sistema metroviário carioca.

Mubadala assume o controle do Metrô Rio

O controle das duas empresas passa agora para a Hmobi, holding de investimentos em mobilidade urbana, na qual o Mubadala detém 51,5% e os três fundos de pensão, 48,5%. O sistema metroviário carioca se estende por 54 quilômetros, conta com três linhas e 41 estações.

Revista Ferroviária